Cardiomiopatias: tipos, causas e como lidar com essas condições cardíacas

As cardiomiopatias podem ser de vários tipos e trazer diferentes riscos e sintomas. Suas causas podem variar e, com isso, as formas de tratamento.

Desde condições que não exigem maiores intervenções até aquelas que podem levar à necessidade de um transplante cardíaco, o que elas têm em comum é o fato de que devem ser avaliadas por um(a) cardiologista o quanto antes.

Se você quer saber mais sobre essas condições cardíacas, confira as informações a seguir.

O que são cardiomiopatias?

O que são cardiomiopatias?

As cardiomiopatias são doenças que afetam o músculo cardíaco (miocárdio), comprometendo a capacidade do coração de bombear sangue de maneira eficaz. A depender do tipo de miocardiopatia, essas condições podem resultar em um coração dilatado, espessado ou rígido, comprometendo sua função.

Entre os principais tipos de cardiomiopatias, podemos citar:

.

Cardiomiopatia dilatada (CMD)

Caracteriza-se pela dilatação das cavidades do coração, particularmente do ventrículo esquerdo, acompanhada por uma diminuição na capacidade de contração do músculo cardíaco.

As principais causas para este tipo de cardiomiopatia são:

✅ Aproximadamente 30-50% dos casos são hereditários.

✅ Infecções virais, em que uma miocardite viral pode danificar o músculo cardíaco.

✅ Exposição a substâncias tóxicas, incluindo álcool excessivo, cocaína e alguns medicamentos de quimioterapia.

✅ Doenças sistêmicas, como sarcoidose e amiloidose.

Deficiência de vitaminas e minerais essenciais, como a vitamina B1 (tiamina).

✅ Distúrbios da tireoide, como hipertireoidismo ou hipotireoidismo.

Cardiomiopatia hipertrófica (CMH)

Provoca um espessamento anormal do músculo cardíaco, geralmente do ventrículo esquerdo, o que pode dificultar a saída de sangue do coração. Entre as principais razões para o surgimento dessa condição, estão:

✅ A maioria dos casos é hereditária, causada por mutações em genes que codificam proteínas do sarcômero do músculo cardíaco.

✅ Em alguns casos, a cardiomiopatia hipertrófica pode ocorrer devido a mutações genéticas espontâneas não herdadas.

Cardiomiopatia restritiva (CMR)

Nessa condição, o músculo cardíaco torna-se rígido e menos elástico, dificultando o enchimento adequado das câmaras do coração com sangue.

As principais causas para este tipo de cardiomiopatia são:

✅ Doenças infiltrativas, como amiloidose, sarcoidose e hemocromatose, nas quais substâncias anormais se acumulam no coração.

✅ Doenças do tecido conjuntivo, como esclerodermia e outros distúrbios autoimunes.

✅ Certos tratamentos para câncer, como radioterapia, podem causar cicatrização e rigidez do músculo cardíaco.

✅ Cicatrização ou inflamação das paredes internas do coração.

Cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito (CAVD)

Uma forma rara de cardiomiopatia em que o músculo do ventrículo direito é substituído por tecido fibroso ou gorduroso, levando a arritmias. Os principais motivos são:

✅ Causas hereditárias, com mutações em genes que codificam proteínas das desmossomas, que são estruturas que mantêm as células musculares cardíacas unidas.

✅ Mutação espontânea, que pode ocorrer devido a mutações genéticas não hereditárias.

Como vimos, as causas das cardiomiopatias são variadas e frequentemente inter-relacionadas, destacando a importância de um diagnóstico preciso e de uma avaliação detalhada do histórico médico e familiar para determinar a origem da doença.

E quais os sintomas típicos? Como identificar?

Já os sintomas das cardiomiopatias podem variar em intensidade e frequência, afetando significativamente a qualidade de vida e a capacidade de realizar atividades diárias. Reconhecer esses sinais é crucial para buscar avaliação médica e gerenciamento adequado. Confira os principais:

✅ Falta de ar (dispneia) – Dificuldade em respirar que pode ocorrer durante atividades físicas ou em repouso.

Fadiga Sensação persistente de cansaço e falta de energia.

✅ Inchaço (edema) – Acumulação de líquidos, principalmente nos pés, tornozelos e pernas.

✅ Palpitações – Sensação de batimentos cardíacos rápidos, fortes ou irregulares.

✅ Dor no peito – Desconforto ou dor no peito, especialmente durante atividades físicas.

✅ Tontura e desmaios – Sensação de tontura ou episódios de desmaios, especialmente após esforço físico.

Cardiomiopatias: diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de cardiomiopatias em geral é feito por cardiologistas e envolve uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Aqui estão os principais métodos usados para diagnosticar essas condições:

História médica e exame físico

Entre as principais ações tomadas pelos(as) cardiologistas, está a avaliação de antecedentes familiares de cardiomiopatias, doenças cardíacas ou de morte súbita. Nessa avaliação também é feita uma discussão detalhada dos sintomas do paciente, como falta de ar, fadiga, palpitações e dor no peito.

Além disso, são buscados sinais de insuficiência cardíaca, como edema (inchaço) nas pernas e nos tornozelos, e sons cardíacos anormais.

Eletrocardiograma (ECG)

Eletrocadiograma é um exame que registra a atividade elétrica do coração e detecta anormalidades no ritmo cardíaco, hipertrofia ventricular e sinais de infarto prévio.

Ecocardiograma

Espécie de exame de ultrassom do coração. Avalia a estrutura e função do coração, incluindo a espessura das paredes cardíacas, tamanho das câmaras e a eficácia da função de bombeamento.

Ressonância magnética cardíaca

Um dos exames mais sofisticados disponíveis, fornece imagens detalhadas do coração, avaliando a estrutura do músculo cardíaco, detecção de fibrose, inflamação e outros danos.

Testes de esforço

O teste de esforço consiste no monitoramento do comportamento do coração e da pressão arterial, enquanto o(a) realiza exercícios físicos. Avalia a resposta do coração ao esforço e a presença de isquemia (falta de suprimento sanguíneo).

Cateterismo cardíaco

Consiste na inserção de um cateter nas artérias coronárias e no coração. Visa medir a pressão nas câmaras cardíacas e obter imagens detalhadas das artérias coronárias (angiografia).

Biópsia endomiocárdica

Procedimento que consiste na retirada de uma pequena amostra do músculo cardíaco, a fim de diagnosticar certas causas de cardiomiopatia, como miocardite ou doenças infiltrativas.

Testes genéticos

Com o advento da biologia molecular, hoje é possível estabelecer o diagnóstico de cardiomiopatias hereditárias e fazer orientação para aconselhamento familiar, por meio da análise do DNA para mutações genéticas específicas.

Já o tratamento das cardiomiopatias varia conforme o tipo e a gravidade da doença, bem como os sintomas apresentados pelo paciente. Aqui estão as principais abordagens terapêuticas:

Mudanças no estilo de vida

Algumas mudanças nos hábitos de vida são importantes como:

✅ Reduzir o consumo de sal, gordura e colesterol. Incluir frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras.

✅ Praticar atividades físicas regulares conforme orientação médica.

✅ Não fumar ou interromper o hábito é fundamental para melhorar a saúde cardiovascular.

✅ Manter um peso saudável.

Uso de medicamentos

Em alguns casos pode ser necessário o uso de podem ser utilizadas medicações específicas, como:

Betabloqueadores – Reduzem a frequência cardíaca e a pressão arterial, melhorando a função cardíaca.

Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) – Diminuem a pressão arterial e reduzem o estresse no coração.

Diuréticos – Ajudam a reduzir o acúmulo de líquidos e a aliviar o edema.

Anticoagulantes – Previnem a formação de coágulos sanguíneos em pacientes com risco de trombose.

Antiarrítmicos – Controlam ritmos cardíacos anormais.

Dispositivos médicos

Em casos mais severos de miocardiopatias, pode ser necessária a instalação de dispositivos, como:

Marcapasso Ajuda a regular o ritmo cardíaco em pacientes com bradicardia (batimentos cardíacos lentos).

Desfibrilador cardioversor implantável – Monitora e corrige ritmos cardíacos potencialmente fatais.

Dispositivos de assistência ventricular – Ajudam o coração a bombear sangue em casos de insuficiência cardíaca grave.

Procedimentos cirúrgicos

Alternativa geralmente adotada para os casos que não respondem adequadamente às condutas anteriores, os procedimentos cirúrgicos podem ser: 

Miomectomia septal – Remoção cirúrgica de parte do músculo cardíaco espessado em casos de cardiomiopatia hipertrófica.

Transplante de coração – Considerado em casos de insuficiência cardíaca terminal onde outros tratamentos falharam.

Terapias invasivas

Ablação por cateter – Utilizada para tratar arritmias ao destruir pequenas áreas do tecido cardíaco que causam ritmos anormais.

Ressincronização cardíaca – Terapia com marcapasso biventricular para coordenar melhor as contrações do coração em pacientes com insuficiência cardíaca.

O diagnóstico das cardiomiopatias envolve uma combinação de histórico médico, exames físicos e uma variedade de exames laboratoriais e de imagem. O tratamento é personalizado e deve ser iniciado assim que os primeiros sintomas forem percebidos, a fim de buscar evitar o agravamento do quadro.

————————————

Se você quer proteger ou tratar sua saúde cardiovascular e está em Brasília-DF ou Entorno, considere a Clínica Átrios como a sua opção!

Dispomos de todos os recursos necessários para investigar e acompanhar sua saúde e da sua família, além de um time de profissionais altamente qualificados e atenciosos.

Marque agora sua consulta com quem é referência no assunto.

Quero agendar minha consulta na Átrios

Cigarro faz mal para o coração? Entenda esse risco!

Que o hábito de fumar traz muitos riscos e doenças à saúde todos já sabem. O que muitos ainda não conhecem é o quanto o cigarro faz mal para o coração especificamente.

As doenças cardiovasculares são hoje a principal causa de mortes em todo o mundo, superando as mortes por câncer ou por acidentes de trânsito. E fumar colabora diretamente para isso.

Por toda essa importância, vamos mostrar a seguir todos os riscos do cigarro – tradicional e eletrônico – para o coração, que provavelmente você ainda não sabia.

Confira!

.

Afinal, cigarro faz mal para o coração?

Afinal, cigarro faz mal para o coração?

O cigarro tem inúmeros efeitos prejudiciais sobre o coração e o sistema cardiovascular, sendo que os compostos químicos presentes no tabaco e na fumaça são os principais responsáveis por esses danos. Os principais efeitos e mecanismos de ação são:

.

Aumento da frequência cardíaca e pressão arterial

A nicotina – um dos componentes mais conhecidos do cigarro – estimula a liberação de adrenalina, um hormônio que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial. Esse efeito crônico pode levar a um desgaste adicional do coração.

.

Diminuição do fornecimento de oxigênio

O monóxido de carbono, presente na fumaça do cigarro, se liga à hemoglobina no sangue, formando a substância carboxi-hemoglobina, que reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Com menos oxigênio disponível, o coração precisa trabalhar mais para fornecer o oxigênio necessário aos tecidos.

.

Oxidação do colesterol LDL

Componentes do cigarro promovem a oxidação das lipoproteínas de baixa densidade (LDL), levando à formação de placas nas paredes arteriais. Essas placas restringem o fluxo sanguíneo e podem causar endurecimento das artérias.

.

Inflamação

Substâncias como os radicais livres aumentam a inflamação nos vasos sanguíneos, contribuindo para a progressão da aterosclerose, que é a formação de placas no interior dos vasos sanguíneos.

.

Disfunção endotelial

O endotélio é a camada interna dos vasos sanguíneos, essencial para a regulação do fluxo sanguíneo e da pressão arterial. Substâncias tóxicas do cigarro, como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs), danificam essa camada, prejudicando sua função.

.

Aumento da coagulabilidade do sangue

O tabagismo aumenta a produção de substâncias pró-coagulantes, como fibrinogênio, e reduz a atividade de substâncias anticoagulantes. Isso aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos.

.

Efeitos adrenérgicos

Certas substâncias presentes no cigarro estimulam o sistema nervoso simpático, aumentando a liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), que elevam a frequência cardíaca e a pressão arterial. Além disso, causam constrição dos vasos sanguíneos, aumentando a resistência vascular e a pressão arterial.

.

Hipóxia tecidual

A substância monóxido de carbono reduz a capacidade de transporte de oxigênio do sangue, levando à hipóxia (redução da chegada de oxigênio nos tecidos), o que força o coração a trabalhar mais intensamente para compensar a falta de oxigênio.

Esses – e muitos outros – mecanismos interagem e se potencializam, amplificando os danos ao coração e ao sistema cardiovascular. A combinação desses efeitos resulta em uma sobrecarga contínua para o sistema cardiovascular, aumentando significativamente o risco de eventos cardíacos, como infarto agudo do miocárdio.

.

Cigarro e doenças cardiovasculares

Cigarro e doenças cardiovasculares

O cigarro pode provocar ou contribuir para o agravamento de várias doenças cardiovasculares, entre as quais se destacam:

✅ Infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco) – Ocorre quando uma ou mais artérias coronárias ficam bloqueadas, levando à morte do tecido cardíaco devido à falta de oxigênio. O fumo contribui para a formação de placas ateroscleróticas e aumenta o risco de rompimento dessas placas, causando um infarto.

✅ Angina – Dor no peito causada pela redução do fluxo sanguíneo para o coração. Fumantes têm maior probabilidade de desenvolver angina devido à aterosclerose e ao espasmo das artérias coronárias.

✅ AVC isquêmico – O tipo mais comum de derrame, causado por um coágulo que bloqueia o fluxo sanguíneo para o cérebro. O tabagismo aumenta a coagulabilidade do sangue e promove a aterosclerose nas artérias cerebrais.

✅ AVC hemorrágico – Menos comum, mas grave, causado pelo rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro. O fumo enfraquece as paredes arteriais, aumentando o risco de ruptura.

✅ Claudicação intermitente – Dor nas pernas ao caminhar, devido ao fluxo sanguíneo insuficiente. O cigarro contribui para a aterosclerose nas artérias periféricas, restringindo o fluxo sanguíneo para os membros inferiores.

✅ Aneurisma da aorta abdominal – Dilatação anormal da aorta, a principal artéria do corpo. O tabagismo é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de aneurismas, devido ao enfraquecimento das paredes arteriais.

Hipertensão (pressão alta) – O tabagismo crônico aumenta a pressão arterial de forma sustentada, devido à vasoconstrição e ao aumento da rigidez arterial. Isso eleva o risco de várias complicações cardiovasculares.

Insuficiência cardíaca Condição em que o coração não consegue bombear sangue de forma eficaz. O tabagismo contribui para a disfunção cardíaca por meio de danos diretos ao músculo cardíaco e pela promoção de doenças coronarianas.

✅ Tromboembolismo venoso – Formação de coágulos nas veias profundas, frequentemente nas pernas, que podem se deslocar para os pulmões. O tabagismo aumenta a coagulabilidade do sangue, elevando o risco de trombose.

✅ Doença arterial renal – Estreitamento das artérias que fornecem sangue aos rins, levando à hipertensão renovascular e insuficiência renal. O tabagismo promove a aterosclerose nas artérias renais.

✅ Gangrena – Necrose de tecidos devido à falta de fluxo sanguíneo, podendo levar à amputação. O fumo agrava a aterosclerose e a obstrução das artérias periféricas, exacerbando esta condição.

Essas doenças são interligadas e muitas vezes coexistem em fumantes, aumentando o risco geral de morbidade e mortalidade cardiovascular. A interrupção do tabagismo é uma das intervenções mais eficazes para reduzir esses riscos e melhorar a saúde cardiovascular.

Mesmo pessoas que fumam há muitos anos podem se beneficiar da suspensão desse hábito. Nunca é tarde para tomar essa decisão!

.

Cigarro eletrônico também é perigoso?

Cigarro eletrônico também é perigoso?

Os cigarros eletrônicos – ou vapers – são frequentemente erroneamente considerados menos prejudiciais do que os cigarros tradicionais, mas eles representam riscos significativos para a saúde. 

Assim como os cigarros tradicionais, muitos líquidos utilizados em cigarros eletrônicos contêm nicotina, uma substância altamente viciante. A exposição à nicotina pode levar à dependência, dificultando a cessação do uso.

Além disso, a nicotina pode aumentar a pressão arterial e a frequência cardíaca, contribuindo para problemas cardiovasculares. Estudos indicam que a nicotina pode promover a aterosclerose e causar disfunção endotelial, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

A inalação de vapores dos cigarros eletrônicos pode causar inflamação e danos aos pulmões. Substâncias químicas presentes nos líquidos – como propilenoglicol e glicerina vegetal – podem gerar compostos irritantes quando aquecidos, potencialmente causando doenças respiratórias crônicas, como bronquite e asma.

Os líquidos dos cigarros eletrônicos também contêm substâncias químicas prejudiciais, incluindo compostos voláteis, metais pesados (como níquel, estanho e chumbo) e aldeídos (como formaldeído e acetaldeído), que são liberados durante o processo de vaporização e podem ser tóxicos e cancerígenos.

Alguns desses dispositivos também contêm diacetil, uma substância usada para dar sabor a alimentos, mas que pode causar uma condição pulmonar grave, conhecida como bronquiolite obliterante, quando inalada. Esta condição é caracterizada por cicatrizes nos pequenos sacos de ar dos pulmões, levando a tosse crônica e falta de ar.

Finalmente, a exposição à nicotina durante a adolescência pode prejudicar o desenvolvimento cerebral, afetando áreas responsáveis pela atenção, aprendizagem e controle de impulsos. Isso pode levar a problemas cognitivos e comportamentais duradouros.

————————————

Se você quer proteger ou tratar sua saúde cardiovascular e está em Brasília-DF ou Entorno, considere a Clínica Átrios como a sua opção!

Dispomos de todos os recursos necessários para investigar e acompanhar sua saúde e da sua família, além de um time de profissionais altamente qualificados e atenciosos.

Marque agora sua consulta com quem é referência no assunto.

Quero agendar minha consulta na Átrios

Fibrilação atrial: sintomas, diagnóstico e opções de tratamento 

A fibrilação atrial é uma alteração no ritmo e frequência dos batimentos do coração, geralmente causada por uma desorganização da atividade elétrica cardíaca.

Enquanto que, em algumas pessoas, isso pode não provocar qualquer sintoma, em outras podem causar desconfortos intensos, inclusive com risco à vida.

Se você quer saber mais sobre esse problema, por que ele ocorre, aprender a identificar seus sinais e sintomas e entender como é feito o tratamento, confira as informações abaixo!

.

O que é fibrilação atrial?

O que é fibrilação atrial?

A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia cardíaca, ou seja, uma irregularidade no ritmo dos batimentos do coração. Especificamente, trata-se de um distúrbio na atividade elétrica dos átrios, que são as duas câmaras superiores do coração. 

O que é fibrilação atrial?

Normalmente, o coração bate de maneira regular, coordenada pelo nó sinoatrial, que envia sinais elétricos através dos átrios para os ventrículos (as câmaras inferiores), causando contrações ritmadas, que bombeiam o sangue de maneira eficiente.

.

Na fibrilação atrial, o funcionamento coordenado dos átrios é interrompido por sinais elétricos desorganizados e rápidos. Este processo pode ser descrito em mais detalhes da seguinte forma:

✅ Em condições normais, o nó sinoatrial gera impulsos elétricos que se espalham de maneira organizada através dos átrios, provocando suas contrações. Em um quadro de fibrilação atrial, múltiplos focos de sinais elétricos desorganizados se originam nos átrios. Isso faz com que eles fibrilem (tremam), em vez de se contraírem de maneira eficiente.

✅ Devido à fibrilação, os átrios não conseguem bombear o sangue de forma eficaz para os ventrículos. Em vez disso, o sangue pode se acumular e formar coágulos dentro dos átrios. 

✅ Esse batimento rápido e irregular pode ser sustentado por um circuito elétrico anormal ou por múltiplos focos de atividade elétrica anômala.

✅ Os sinais elétricos desorganizados dos átrios passam para os ventrículos de maneira irregular e muitas vezes rápida, levando a uma resposta ventricular rápida e irregular. Essa resposta ventricular irregular pode comprometer a capacidade do coração de bombear sangue de maneira eficiente para o corpo.

✅ Devido à contração ineficaz dos átrios e ao batimento irregular dos ventrículos, a quantidade de sangue que sai do coração para o corpo (débito cardíaco) pode ser reduzida.

✅ A estase sanguínea nos átrios pode aumentar o risco de formação de coágulos, que podem se deslocar e causar complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC).

A fibrilação atrial é, portanto, uma desorganização da atividade elétrica normal dos átrios, resultando em uma contração ineficaz dessas câmaras e uma resposta irregular dos ventrículos. 

Essa condição pode comprometer significativamente a eficiência do bombeamento de sangue pelo coração, aumentando o risco de formação de coágulos sanguíneos e outras complicações cardiovasculares.

.

Quais os sinais e sintomas?

Quais os sinais e sintomas?

A fibrilação atrial (FA) pode se manifestar de várias maneiras, e os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Alguns indivíduos podem ser assintomáticos, enquanto outros podem apresentar sintomas significativos que afetam sua qualidade de vida. 

Abaixo estão os sinais e sintomas mais comuns associados à fibrilação atrial:

✅ Palpitações – Sensação de batimentos cardíacos rápidos, irregulares ou fortes. Pode ser descrita como uma sensação de tremulação ou vibração no peito.

Fadiga – Sensação persistente de cansaço e falta de energia. Pode ocorrer devido à eficiência reduzida do coração em bombear sangue.

Falta de ar (dispneia) – Dificuldade em respirar, especialmente durante atividades físicas ou ao deitar-se. Pode ser devido ao acúmulo de sangue nos pulmões ou à redução do débito cardíaco.

Tontura ou vertigem – Sensação de desequilíbrio ou vertigem. Pode ser resultado da redução do fluxo sanguíneo para o cérebro. 

✅ Dor ou desconforto no peito – Sensação de aperto, pressão ou dor no peito. Pode ser confundida com sintomas de angina ou ataque cardíaco.

✅ Fraqueza – Sensação geral de fraqueza ou cansaço extremo. Muitas vezes está associada à diminuição da capacidade de realizar atividades físicas. 

✅ Intolerância a exercícios – Dificuldade em realizar atividades físicas que antes eram toleradas sem problemas. A intolerância ao exercício pode ser um dos primeiros sinais notados.

✅ Confusão mental ou dificuldade de concentração – Dificuldade em focar ou manter a clareza mental. Pode ocorrer devido ao fluxo sanguíneo inadequado para o cérebro.

✅ Sensação de desmaio (pré-síncope) ou desmaio (síncope) – Sensação de que vai desmaiar ou desmaio real. O desmaio é menos comum, mas pode ocorrer em casos de resposta ventricular extremamente rápida ou outras complicações.

A identificação precoce desses sintomas é crucial para o manejo e controle adequados da condição.

.

Fibrilação atrial: diagnóstico e tratamentos

Fibrilação atrial: diagnóstico e tratamentos

A fibrilação atrial (FA) requer uma abordagem cuidadosa para diagnóstico e tratamento, a fim de controlar a arritmia, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do(a) paciente. 

.

Diagnóstico da fibrilação atrial

Cardiologistas são os(as) especialistas encarregados de diagnosticar e tratar quadros de fibrilação atrial. Para isso, em geral é colhida a história clínica e o exame físico do(a) paciente, especialmente em relação a sintomas, histórico médico, histórico familiar de doenças cardíacas e fatores de risco. 

Também costuma ser feita a medição da pressão arterial, ausculta cardíaca para detectar irregularidades no ritmo cardíaco e exame de outros sinais vitais.

Exames de imagem também são realizados, em especial o eletrocardiograma (ECG), que é o principal exame para diagnosticar a FA, uma vez que registra a atividade elétrica do coração e mostra a irregularidade e a rapidez dos batimentos atriais, inclusive com a realização do Holter, que é o eletrocardiograma realizados durante 24h, para monitoramento contínuo do ritmo cardíaco ao longo de todo o dia, a fim de detectar episódios intermitentes de fibrilação atrial.

O exame de ecocardiograma transtorácico também é importante para o diagnóstico. Essa avaliação utiliza ultrassom para criar imagens do coração e verificar o funcionamento das válvulas e das câmaras cardíacas, além de avaliar a presença de coágulos.

.

Tratamentos para a fibrilação atrial

Os objetivos do tratamento da FA são controlar a frequência cardíaca, restaurar o ritmo normal, prevenir a formação de coágulos sanguíneos e tratar quaisquer condições subjacentes. Para isso, podem ser tomadas medidas de:

✅ Controle da frequência cardíaca – Uso de medicamentos como  betabloqueadores, que ajudam a reduzir a frequência cardíaca; bloqueadores dos canais de cálcio, que reduzem a frequência cardíaca e ajudam a controlar a pressão arterial; além de medicações como digoxina, que podem ser usadas para controlar a frequência cardíaca em repouso.

✅ Controle do ritmo cardíaco – Em quadros mais graves e agudos, podem ser realizados procedimentos de cardioversão elétrica, que é a aplicação de um choque elétrico no coração para restaurar o ritmo normal, ou ainda o uso de medicamentos antiarrítmicos, para restaurar o ritmo normal.

✅ Prevenção de coágulos sanguíneos – A formação de coágulos está entre as principais preocupações de um quadro de fibrilação atrial. Para evitar ou reverter isso, podem ser usados medicamentos anticoagulantes.

✅ Procedimentos invasivos – Em quadros mais severos, podem ser necessários procedimentos como a ablação por radiofrequência (ou crioablação), que causa a destruição de pequenas áreas do tecido cardíaco responsável pelos sinais elétricos anormais, realizada através de um cateter inserido nas veias do coração; ou ainda a cirurgia de Maze, que cria cicatrizes no átrio para interromper os sinais elétricos anormais.

Marcapasso Em casos de FA persistente, com resposta ventricular lenta, um marcapasso pode ser implantado para garantir uma frequência cardíaca adequada.

O diagnóstico da fibrilação atrial envolve uma combinação de história clínica, exames físicos e diversos testes diagnósticos, como eletrocardiograma e ecocardiograma. O tratamento da FA é multifacetado, incluindo o uso de medicamentos para controlar a frequência e o ritmo cardíaco, anticoagulantes para prevenir coágulos sanguíneos, procedimentos invasivos como ablação por cateter e mudanças no estilo de vida. 

A abordagem terapêutica deve ser individualizada, levando em consideração os sintomas do(a) paciente, a presença de outras condições médicas e os riscos associados. Consultar um(a) cardiologista é essencial para determinar o melhor plano de manejo para cada caso.

————————————

Se você quer proteger ou tratar sua saúde cardiovascular e está em Brasília-DF ou Entorno, considere a Clínica Átrios como a sua opção!

Dispomos de todos os recursos necessários para investigar e acompanhar sua saúde e da sua família, além de um time de profissionais altamente qualificados e atenciosos.

Marque agora sua consulta com quem é referência no assunto.

Quero agendar minha consulta na Átrios

Sono saudável: dicas para melhorar a qualidade e proteger sua saúde!

Ter um sono saudável é algo essencial se você quer ter uma vida cheia de energia, motivação e longe de doenças.

Mas, afinal, o que é um sono de qualidade? Tem a ver apenas com a quantidade de horas que dormimos? E quais problemas podem surgir quando não damos ao nosso organismo o sono que ele necessita?

Se você quer ter melhores noites de sono e consequentemente mais qualidade de vida, listamos abaixo dicas e orientações que farão toda diferença.

Confira!

.

Afinal, o que é um sono saudável?

Muito se fala sobre a importância de ter um sono saudável, mas pouco se explica o que, na verdade, significa ter um sono de boa qualidade. 

Um sono saudável é caracterizado por vários fatores, que contribuem para a restauração física e mental adequadas. 

Primeiramente, a quantidade de sono necessária varia conforme a idade. Adultos geralmente precisam de 7 a 9 horas por noite, enquanto crianças e adolescentes necessitam de mais, devido ao seu desenvolvimento e crescimento.

A qualidade do sono também é crucial. Isso inclui a capacidade de adormecer em até 30 minutos após ir para a cama e dormir continuamente sem interrupções frequentes ou prolongadas. Acordar não mais do que uma vez por noite e voltar a dormir em até 20 minutos é considerado normal.

Além disso, um sono saudável é aquele que segue um padrão regular, o que significa ir para a cama e acordar aproximadamente no mesmo horário todos os dias, incluindo fins de semana e dias de folga. Isso ajuda a regular o relógio biológico e promove um sono melhor.

Finalmente, acordar sentindo-se descansado e alerta, capaz de permanecer acordado e funcional durante o dia, indica que o sono foi restaurador e de boa qualidade. Esses aspectos combinados definem o que é considerado um sono saudável.

Cardiologista em Brasília (DF)

Colesterol alto: o que pode causar no corpo?

.

O que a falta de sono pode causar?

A má qualidade do sono pode trazer uma série de riscos e malefícios para a saúde, tanto física quanto mental. Aqui estão alguns dos principais problemas associados:

.

Problemas cardiovasculares

A privação de sono tem sido associada a um risco aumentado de problemas cardíacos, como hipertensão, infarto do miocárdio e AVC. Isso ocorre porque a falta de sono pode levar a alterações na pressão arterial e inflamação.

.

Obesidade e metabolismo

A falta de sono afeta os hormônios que regulam a fome e a saciedade, especificamente aumentando a grelina (que estimula o apetite) e diminuindo a leptina (que ajuda a sentir-se cheio). Isso pode levar ao aumento de peso e a maior risco de obesidade.

.

Diabetes tipo 2

A privação de sono pode influenciar a forma como o corpo processa a glicose, o que pode contribuir para a resistência à insulina e aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2.

.

Problemas de saúde mental

O sono insuficiente está ligado a várias questões de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade e distúrbios do humor. A falta de sono pode afetar o processamento emocional e a regulação do humor.

.

Comprometimento cognitivo e memória

A falta de sono pode afetar negativamente a cognição, a concentração, o raciocínio lógico e a memória. Durante o sono, especialmente durante o sono REM, ocorrem processos importantes relacionados à consolidação da memória e ao aprendizado.

.

Sistema imunológico

A privação de sono pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções.

.

Desempenho e segurança

A falta de sono pode reduzir a vigilância e aumentar o risco de acidentes de trabalho e de trânsito. A fadiga é uma das principais causas de acidentes graves.

Portanto, a má qualidade do sono não apenas diminui a qualidade de vida, mas também aumenta significativamente o risco de várias doenças e condições de saúde graves.

.

Dicas de como melhorar a qualidade do seu sono

Melhorar a qualidade do sono é essencial para a saúde geral e bem-estar. Confira algumas dicas práticas que podem ajudar a alcançar um sono mais reparador:

✅ Consistência no horário: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, inclusive nos finais de semana. Isso ajuda a regular o seu relógio biológico e facilita o adormecimento e o despertar.

✅ Ambiente propício: Mantenha seu quarto confortável, fresco, silencioso e escuro. Investir em cortinas blackout, usar tampões de ouvido ou um aparelho de som ambiente (como um ventilador ou ruído branco) pode também ajudar.

✅ Evite estimulantes: Evite cafeína, nicotina e outros estimulantes nas horas que antecedem o sono. Essas substâncias podem interferir na capacidade de adormecer.

✅ Desligue as telas: Tente desligar dispositivos eletrônicos como smartphones, tablets e televisores pelo menos uma hora antes de dormir. A luz azul emitida por essas telas pode perturbar a produção natural de melatonina, o hormônio que sinaliza ao corpo que é hora de dormir.

✅ Crie uma rotina pré-sono: Desenvolva uma rotina relaxante antes de dormir para ajudar a sinalizar ao seu corpo que é hora de descansar. Isso pode incluir ler um livro, tomar um banho quente, meditar ou praticar técnicas de respiração.

✅ Atividade física: A atividade física regular pode ajudar a promover um sono mais profundo. No entanto, evite exercícios intensos perto da hora de dormir, pois isso pode ter o efeito oposto.

✅ Cuide da alimentação: Evite refeições pesadas, bebidas alcoólicas e muitos líquidos nas horas que antecedem o sono. Esses podem interromper o sono durante a noite.

✅ Gestão do estresse: O estresse e as preocupações podem impedir uma boa noite de sono. Práticas como yoga, meditação ou escrever um diário podem ajudar a gerenciar o estresse.

Caso as dificuldades de sono persistam, apesar das mudanças de hábitos, pode ser útil consultar um médico ou especialista em sono. Eles podem avaliar se há alguma condição associada que esteja precisando de tratamento.

Se você adotar essas dicas em seu dia a dia, certamente vai melhorar a qualidade do seu sono, resultando em melhor saúde e maior energia durante o dia.

————————————

Se você está em Brasília-DF ou Entorno, considere a Clínica Átrios como a sua opção!

Dispomos de todos os recursos necessários para investigar e acompanhar sua saúde e da sua família, além de um time de profissionais altamente qualificados e atenciosos.

Marque agora sua consulta com quem é referência no assunto.

Quero agendar minha consulta na Átrios