A relação entre saúde bucal e saúde cardíaca é um tema que vem ganhando cada vez mais atenção entre especialistas. Diversos estudos sugerem que infecções e inflamações crônicas na boca, como a periodontite (inflamação nas gengivas), podem contribuir para problemas cardíacos, como doenças coronarianas.
Acredita-se que as bactérias presentes nas infecções bucais podem entrar na corrente sanguínea e causar inflamações em outras áreas do corpo, incluindo as artérias, aumentando o risco de problemas no coração.
Entender essa ligação é fundamental para quem busca prevenir doenças cardiovasculares por meio de cuidados com a saúde bucal. Confira o artigo!
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Como a saúde bucal está relacionada à saúde do coração
A conexão entre a saúde bucal e a saúde do coração vem sendo amplamente estudada nos últimos anos. Infecções e inflamações crônicas na boca, especialmente em casos de periodontite (inflamação das gengivas), podem ter consequências significativas para a saúde cardiovascular.
A teoria mais aceita é que as bactérias presentes em infecções bucais podem entrar na corrente sanguínea e atingir outras áreas do corpo, como o coração. Esse processo desencadeia uma série de reações inflamatórias que aumentam o risco de desenvolver doenças cardíacas, incluindo a aterosclerose (acúmulo de placas nas artérias).
Uma inflamação contínua na boca pode causar um aumento na produção de substâncias inflamatórias, como as citocinas, que estão associadas a doenças cardíacas. Quando essas bactérias e suas toxinas entram na corrente sanguínea, o corpo pode responder aumentando os níveis de inflamação sistêmica. Esse processo inflamatório pode acelerar o acúmulo de placas nas artérias, elevando o risco de infartos e outras complicações cardiovasculares.
Além disso, estudos mostram que a saúde bucal e cardiovascular compartilham fatores de risco, como o tabagismo, diabetes e estresse. Esses fatores contribuem tanto para problemas bucais quanto para doenças cardíacas, o que torna ainda mais importante adotar cuidados preventivos integrados.
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Problemas bucais que podem aumentar o risco de doenças cardíacas
A saúde bucal vai além do bem-estar dos dentes e gengivas; ela pode ter um impacto direto na saúde do coração. Algumas condições bucais, especialmente infecções e inflamações crônicas, são associadas a um aumento no risco de doenças cardiovasculares.
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Periodontite
A periodontite é uma inflamação grave que afeta as gengivas e o osso que sustenta os dentes. Esta condição ocorre quando a gengivite (inflamação inicial nas gengivas) não é tratada e piora, permitindo que bactérias profundas se alojem na boca.
Essas bactérias podem entrar na circulação sanguínea e se deslocar até o coração, onde aumentam o risco de formação de placas nas artérias e de doenças como a aterosclerose.
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Gengivite
A gengivite é a forma inicial de inflamação das gengivas, muitas vezes causada pela falta de higienização bucal adequada. Apesar de ser menos grave que a periodontite, se não for tratada, pode evoluir e agravar a saúde bucal.
Estudos sugerem que até mesmo essa forma leve de inflamação pode aumentar a inflamação sistêmica, contribuindo indiretamente para o risco cardiovascular.
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Cáries avançadas
A cárie não tratada pode progredir e causar abscessos, que são infecções mais profundas e dolorosas nos dentes e tecidos ao redor. Essas infecções também facilitam a entrada de bactérias na corrente sanguínea.
Embora as cáries geralmente sejam associadas à saúde dental em si, a presença de infecções crônicas decorrentes de cáries avançadas pode ter efeitos adversos na saúde geral e elevar o risco de infecções que afetam o coração, como a endocardite.
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Abscessos dentários
Um abscesso ocorre quando a infecção bacteriana gera uma “bolsa” de pus nos tecidos ao redor do dente. Essa infecção profunda pode permitir que as bactérias entrem na corrente sanguínea e causem uma resposta inflamatória em todo o corpo.
Em casos graves, um abscesso pode levar a complicações como a endocardite infecciosa, uma infecção perigosa que afeta o revestimento interno do coração.
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Cuidados de saúde bucal para proteger o coração
Cuidar da saúde bucal é essencial não só para manter os dentes e gengivas saudáveis, mas também para proteger a saúde do coração. Para reduzir esses riscos, algumas práticas simples e preventivas são fundamentais:
✅ Higiene bucal adequada – Escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia, utilizar o fio dental diariamente e enxaguar com soluções antissépticas são passos básicos que ajudam a prevenir o acúmulo de placa bacteriana e a reduzir o risco de inflamações. O uso do fio dental, em especial, é importante para remover resíduos entre os dentes, onde as cáries e inflamações costumam se desenvolver.
✅ Visitas regulares ao dentista – Consultas periódicas ao dentista, idealmente a cada seis meses, permitem o diagnóstico precoce de problemas bucais que, se não tratados, podem piorar e aumentar os riscos para o coração. Durante essas consultas, o dentista pode realizar uma limpeza profissional, remover placa endurecida e monitorar sinais de inflamações e infecções.
✅ Controle de doenças crônicas – Condições como o diabetes e a hipertensão estão associadas tanto à saúde bucal quanto ao risco cardiovascular. Pacientes diabéticos, por exemplo, têm maior predisposição para infecções gengivais, o que pode aumentar o risco de problemas cardíacos. Controlar essas condições, com a ajuda de profissionais de saúde, é essencial para minimizar os riscos para o coração.
✅ Não fumar – O cigarro é um fator de risco tanto para problemas bucais quanto para doenças cardiovasculares. Ele prejudica a saúde das gengivas, facilita o desenvolvimento de infecções e acelera o processo de inflamação sistêmica, que é prejudicial ao coração. Deixar de fumar contribui para reduzir inflamações e promove melhorias significativas na saúde bucal e cardiovascular.
✅ Alimentação equilibrada – Uma dieta rica em nutrientes, especialmente em vitaminas C e D, fortalece a imunidade e ajuda a manter as gengivas saudáveis. Evitar o excesso de açúcar também é importante, pois ele alimenta bactérias que causam cáries e infecções, podendo impactar a saúde bucal e, por consequência, a saúde do coração.
Esses cuidados com a saúde bucal vão muito além da prevenção de problemas como cáries e gengivite. Eles são essenciais para reduzir o risco de inflamações e infecções que podem comprometer a saúde cardíaca, mostrando que um cuidado preventivo abrangente, que inclua consultas regulares e uma boa rotina de higiene, é um investimento valioso para a saúde geral.
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A importância do cardiologista na prevenção e monitoramento
O acompanhamento de um(a) cardiologista é essencial para pessoas com problemas bucais que também apresentam fatores de risco para doenças cardiovasculares. Ao compreender a conexão entre saúde bucal e doenças cardíacas, o cardiologista pode recomendar uma abordagem preventiva, que inclui tanto o controle de fatores tradicionais (como hipertensão e colesterol) quanto a vigilância sobre sinais inflamatórios sistêmicos que podem surgir de infecções bucais.
Durante as consultas, o cardiologista pode investigar a presença de inflamações no organismo, muitas vezes indicadas por exames de sangue, como a dosagem de proteína C-reativa (PCR), que reflete o nível de inflamação no corpo. Se necessário, ele também pode orientar sobre mudanças no estilo de vida, ajustes na dieta e cuidados preventivos que protejam o coração.
Além disso, para quem tem doenças crônicas, como diabetes ou hipertensão, o cardiologista ajuda a desenvolver um plano de cuidados integrado, enfatizando tanto a saúde cardiovascular quanto a importância do controle de infecções e inflamações bucais.
Ao trabalhar em parceria com outros profissionais, como dentistas e clínicos gerais, o cardiologista contribui para um cuidado de saúde completo.
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O diabetes tipo 2 é uma condição crônica, que exige cuidados contínuos e afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Controlar os níveis de glicose no sangue e manter uma rotina de acompanhamento médico são passos fundamentais para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida.
Neste artigo, vamos explorar as principais opções de tratamento, desde mudanças no estilo de vida até os medicamentos mais recentes. Descubra quais são as estratégias recomendadas para o controle eficaz da diabetes tipo 2 e como elas podem ajudar você a viver com mais saúde e bem-estar.
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O que é o diabetes tipo 2?
O diabetes tipo 2 é uma condição crônica, que ocorre quando o organismo não consegue utilizar a insulina de forma eficaz, resultando em altos níveis de glicose (açúcar) no sangue. Diferente do diabetes tipo 1 – que geralmente se desenvolve na infância e tem origem autoimune – o diabetes tipo 2 está associado a fatores como idade avançada, sedentarismo, sobrepeso e histórico familiar da doença.
No diabetes tipo 2, o corpo ainda produz insulina, mas as células se tornam resistentes a ela, dificultando a entrada de glicose nas células e mantendo o açúcar no sangue em níveis elevados. Esse acúmulo de glicose, com o tempo, pode prejudicar vários órgãos e sistemas do corpo, como o coração, os rins, os nervos e os olhos.
Alguns dos principais sintomas do diabetes tipo 2 incluem sede excessiva, fome constante, cansaço, visão turva e aumento da frequência urinária.
Muitas vezes, esses sintomas se desenvolvem lentamente e podem passar despercebidos. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento seja iniciado rapidamente, evitando complicações de saúde.
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Importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce do diabetes tipo 2 é essencial para o controle da doença e para a prevenção de complicações graves.
Muitos casos de diabetes tipo 2 se desenvolvem de forma silenciosa, com sintomas que surgem de maneira gradual e podem passar despercebidos. No entanto, os níveis elevados de glicose no sangue começam a impactar o organismo desde cedo, prejudicando órgãos como o coração, os rins, os nervos e os olhos, mesmo antes que o diagnóstico seja feito.
Exames de sangue, como o de glicemia em jejum e a hemoglobina glicada, são fundamentais para detectar o diabetes tipo 2. Além disso, exames de imagem, como ecografias e exames cardíacos, ajudam a monitorar a saúde de órgãos que podem sofrer as consequências do diabetes.
Com esses exames, é possível identificar e acompanhar possíveis complicações, como doenças cardiovasculares e alterações renais, permitindo que o médico adote medidas preventivas com maior rapidez.
Por isso, consultas regulares e a realização de exames periódicos são passos importantes para o diagnóstico precoce e o controle adequado do diabetes tipo 2. Quanto mais cedo a condição é identificada, mais eficaz será o tratamento, promovendo uma melhor qualidade de vida e reduzindo o risco de complicações futuras.
O tratamento do diabetes tipo 2 combina, em grande parte dos casos, mudanças no estilo de vida e o uso de medicamentos específicos.
As modificações nos hábitos diários são frequentemente o primeiro passo e uma base essencial para o controle da glicose. Essas mudanças incluem uma alimentação balanceada (com orientação de nutricionista), prática regular de exercícios e atenção ao peso, que ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue e tornam as células do corpo mais sensíveis à insulina.
Quando apenas as mudanças de estilo de vida não são suficientes para controlar o diabetes, entram em cena os medicamentos; normalmente orientados por endocrinologistas. Existem diferentes classes de medicamentos para o diabetes tipo 2, cada uma com um mecanismo de ação específico para ajudar a reduzir os níveis de glicose no sangue:
✅ Biguanidas (metformina) – Esse é geralmente o primeiro medicamento indicado, pois reduz a quantidade de glicose produzida pelo fígado e melhora a sensibilidade à insulina nas células.
✅ Sulfonilureias e glinidas – Esses medicamentos estimulam o pâncreas a produzir mais insulina, ajudando a controlar os níveis de açúcar após as refeições.
✅ Inibidores da DPP-4 e agonistas do GLP-1 – Esses medicamentos aumentam o efeito de hormônios que regulam a glicose no sangue, promovendo maior liberação de insulina quando os níveis de glicose estão elevados.
✅ Inibidores de SGLT2 – Essa classe atua nos rins, ajudando a eliminar o excesso de glicose pela urina, o que reduz os níveis de glicose no sangue e pode ter benefícios cardiovasculares.
✅ Insulina – Em casos onde outros medicamentos não são suficientes, a insulina pode ser indicada para ajudar a controlar os níveis de glicose, especialmente em fases mais avançadas da condição.
O uso desses medicamentos, combinado com um estilo de vida saudável, é crucial para o sucesso do tratamento. As mudanças nos hábitos diários tornam o tratamento mais eficaz, ajudando a potencializar os efeitos dos medicamentos e mantendo o diabetes sob controle.
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Importância do acompanhamento médico e exames regulares
O acompanhamento médico e a realização de exames regulares são fundamentais para o controle do diabetes tipo 2 e para a prevenção de complicações. A doença pode impactar diferentes órgãos e sistemas do corpo, como o coração, os rins, os nervos e os olhos, aumentando o risco de condições como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, neuropatia e retinopatia. Por isso, o monitoramento constante é essencial.
Consultas periódicas permitem que o médico avalie o progresso do tratamento e faça ajustes necessários na medicação, na dieta e no plano de exercícios, conforme o caso.
Já os exames de sangue, como a glicemia de jejum e a hemoglobina glicada, são cruciais para acompanhar os níveis de glicose, enquanto exames de imagem, como ultrassonografias e ecocardiogramas, ajudam a monitorar a saúde de órgãos afetados pelo diabetes. Esses exames auxiliam no diagnóstico precoce de complicações e permitem intervenções rápidas, garantindo um controle mais eficaz da doença.
Manter uma rotina de exames e consultas não só ajuda a identificar e tratar problemas precocemente, mas também oferece ao paciente uma maior segurança e qualidade de vida, prevenindo que o diabetes tipo 2 evolua de forma descontrolada.
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A insuficiência cardíaca é uma condição crônica e grave, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente, essa doença impacta diretamente a qualidade de vida e pode levar a complicações sérias se não for tratada adequadamente.
Diante de um diagnóstico de insuficiência cardíaca, uma das perguntas mais comuns é: “essa condição tem cura?”.
Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que é a insuficiência cardíaca, suas causas, tratamentos e se há possibilidade de cura. Continue lendo para entender!
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O que é insuficiência cardíaca?
A insuficiência cardíaca é uma condição crônica em que o coração perde sua capacidade de bombear sangue de maneira eficiente para atender às necessidades do corpo. Isso significa que o coração, por algum motivo, não consegue fornecer oxigênio e nutrientes adequados aos órgãos e tecidos, afetando o funcionamento geral do organismo.
Embora muitas vezes seja chamada de “falência do coração”, isso não significa que o coração parou de funcionar, mas sim que ele está enfraquecido ou danificado.
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Como a insuficiência cardíaca afeta o funcionamento do coração?
Como sabemos, o coração tem a função de bombear o sangue para todo o corpo. Quando há insuficiência cardíaca, esse processo não ocorre da forma adequada, resultando em acúmulo de sangue nas veias, aumento da pressão nos vasos sanguíneos e retenção de líquidos nos pulmões e extremidades (como pernas e pés).
Isso pode causar falta de ar, inchaço e cansaço extremo, limitando a capacidade de realizar as atividades do dia a dia.
A insuficiência cardíaca pode se desenvolver gradualmente, ao longo de anos, ou surgir de forma aguda após um evento cardíaco, como um infarto. Dependendo da parte do coração que está comprometida, existem diferentes tipos de insuficiência cardíaca, cada uma com características específicas.
A insuficiência cardíaca, por ser uma condição crônica e progressiva, infelizmente não tem cura definitiva. No entanto, isso não significa que os pacientes diagnosticados com o problema não possam ter uma boa qualidade de vida.
Com os avanços da medicina, existem várias opções de tratamento e controle dos sintomas, que ajudam a controlar a doença, reduzir complicações e melhorar a função cardíaca.
A chave para viver bem com insuficiência cardíaca está no tratamento contínuo e no acompanhamento médico regular, já que a condição pode ser gerenciada e seus impactos reduzidos com o tempo.
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Tratamento vs. cura
É importante entender a diferença entre tratamento e cura, quando se fala em insuficiência cardíaca. Embora não seja possível curar a condição, o tratamento adequado pode evitar a piora da doença e, em alguns casos, até melhorar a função do coração.
Isso significa que o foco principal dos tratamentos não é eliminar a insuficiência cardíaca, mas sim:
✅ Controlar os sintomas – Reduzir sintomas como falta de ar, cansaço extremo e inchaço, que afetam o dia a dia do paciente.
✅ Prevenir complicações – Evitar que a insuficiência cardíaca progrida para estágios mais graves, como insuficiência renal, edema pulmonar ou arritmias.
✅ Melhorar a qualidade de vida – Permitir que os pacientes vivam com mais conforto e autonomia, mesmo com a condição.
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Insuficiência cardíaca reversível?
Embora a insuficiência cardíaca em si não tenha cura, em alguns casos específicos, a função do coração pode ser melhorada ou estabilizada ao tratar a causa relacionada.
Algumas causas que, quando tratadas corretamente, podem reverter ou melhorar o quadro de insuficiência cardíaca incluem:
✅ Infarto do miocárdio (ataque cardíaco) – Se tratado rapidamente, o coração pode se recuperar, e a função cardíaca pode melhorar com medicações, procedimentos (como angioplastia) ou cirurgia.
✅ Hipertensão – Quando o controle da pressão arterial é bem-sucedido, a carga sobre o coração é aliviada, podendo impedir a progressão da insuficiência cardíaca.
✅ Doenças valvares – Em casos de defeitos em válvulas cardíacas, cirurgias corretivas ou a substituição da válvula podem melhorar a função do coração.
✅ Miocardite (inflamação do coração) – Se causada por infecções ou outros fatores temporários, a função cardíaca pode ser restaurada com o tratamento adequado.
Nesses casos, apesar de a insuficiência cardíaca ter sido provocada por uma condição tratável, o coração ainda pode permanecer vulnerável e o acompanhamento médico contínuo é necessário.
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Controle de longo prazo
Para a maioria dos pacientes, a insuficiência cardíaca requer uma abordagem de controle no longo prazo, com o objetivo de manter a condição estável e impedir a progressão da doença. Isso envolve:
✅ Medicações contínuas para reduzir a sobrecarga do coração, melhorar a força do músculo cardíaco e evitar a retenção de líquidos.
✅ Mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada, atividade física supervisionada e controle de fatores de risco, como hipertensão e colesterol alto.
✅ Monitoramento médico regular para ajustes no tratamento e avaliação da função cardíaca.
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A importância do diagnóstico precoce e acompanhamento médico
A insuficiência cardíaca é uma condição progressiva, o que significa que, quanto mais cedo for identificada, maiores são as chances de controlar seus sintomas, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.
O diagnóstico precoce permite que o tratamento seja iniciado em estágios iniciais da doença, quando o coração ainda não sofreu danos irreversíveis. Além disso, o acompanhamento médico regular é crucial para ajustar o tratamento conforme a doença evolui, monitorar a saúde do coração e evitar pioras.
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Por que o diagnóstico precoce é essencial?
Nos estágios iniciais, a insuficiência cardíaca pode não apresentar sintomas evidentes ou pode ser confundida com outras condições. No entanto, mesmo sem sinais claros, o coração já pode estar funcionando de forma inadequada, o que, com o tempo, pode levar ao agravamento da doença. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para:
✅ Iniciar o tratamento antes que a função cardíaca piore – Começar o tratamento logo após o diagnóstico pode ajudar a preservar a função do coração e retardar a progressão da insuficiência cardíaca.
✅ Reduzir o risco de complicações – Ao tratar a insuficiência cardíaca desde o início, é possível prevenir complicações graves, como arritmias, insuficiência renal e edema pulmonar.
✅ Melhorar a qualidade de vida – Com o diagnóstico precoce, é mais fácil controlar os sintomas e permitir que o paciente mantenha um estilo de vida mais ativo e saudável.
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Como identificar os sinais precoces de insuficiência cardíaca?
Os sintomas iniciais da insuficiência cardíaca podem ser sutis e, muitas vezes, associados a outras condições. É importante estar atento a sinais como:
✅ Falta de ar ao realizar atividades diárias, como subir escadas ou caminhar.
✅ Cansaço excessivo, como fadiga fora do normal, mesmo com tarefas simples.
✅ Inchaço nas pernas, tornozelos ou abdômen. Esse acúmulo de líquidos pode ser um indicativo de que o coração está sobrecarregado.
✅ Ganho de peso rápido e inexplicável, devido à retenção de líquidos.
✅ Tosse persistente ou chiado no peito, especialmente ao deitar-se, o que pode indicar acúmulo de líquidos nos pulmões.
Se qualquer um desses sintomas for recorrente ou persistente, é fundamental buscar uma avaliação médica para que exames adequados sejam realizados.
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Exames para diagnosticar insuficiência cardíaca
O diagnóstico da insuficiência cardíaca envolve uma combinação de exames clínicos e de imagem, que avaliam o funcionamento do coração. Entre os principais exames estão:
✅ Eletrocardiograma (ECG) – Avalia o ritmo e a atividade elétrica do coração.
✅ Ecocardiograma – Um dos exames mais importantes para diagnosticar insuficiência cardíaca, ele usa ultrassom para visualizar o coração em movimento e medir sua capacidade de bombear sangue (fração de ejeção).
✅ Ressonância magnética cardíaca – Fornece imagens detalhadas do coração e pode avaliar o grau de dano ao músculo cardíaco.
✅ Exames de sangue – Podem detectar biomarcadores, como o BNP (peptídeo natriurético cerebral), que indicam o estresse cardíaco.
✅ Teste de esforço – Avalia como o coração responde ao exercício, ajudando a medir sua capacidade funcional.
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Acompanhamento médico regular
Uma vez diagnosticada, a insuficiência cardíaca exige um acompanhamento contínuo para garantir que o tratamento esteja funcionando e para fazer ajustes conforme necessário. O acompanhamento médico regular é importante para:
✅ Monitorar a evolução da doença – A insuficiência cardíaca pode piorar com o tempo, mesmo com tratamento. Consultas regulares permitem detectar precocemente qualquer deterioração.
✅ Ajustar medicações – Medicamentos usados para tratar insuficiência cardíaca, como diuréticos, inibidores da ECA e betabloqueadores, podem precisar de ajustes ao longo do tempo para garantir sua eficácia.
✅ Prevenir hospitalizações – Monitorar e ajustar o tratamento pode reduzir o risco de crises e hospitalizações, melhorando a qualidade de vida do paciente.
✅ Educação sobre o controle da doença – Médicos(as) ajudam os pacientes a entender como gerenciar a condição em casa, incluindo a importância de monitorar o peso, seguir uma dieta adequada e praticar exercícios leves.
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A dor de cabeça é um dos sintomas mais comuns na população e pode estar associada a diversas condições de saúde. Entre elas, a hipertensão (pressão alta) é uma das que mais preocupam, já que muitos acreditam que dores de cabeça frequentes podem ser um sinal de pressão elevada.
Mas qual é a real relação entre dor de cabeça e hipertensão? Será que a pressão alta é, de fato, a causa dessas dores?
Neste artigo, vamos explorar essa conexão, esclarecer mitos e verdades sobre o assunto e entender quando é necessário se preocupar com as dores de cabeça relacionadas à pressão arterial. Continue lendo e descubra!
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O que é hipertensão?
A hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica em que a pressão do sangue nas artérias se mantém elevada por um período prolongado. Esse aumento de pressão força o coração a trabalhar mais para bombear o sangue, o que pode, ao longo do tempo, causar danos ao coração e a outros órgãos, como rins, olhos e cérebro.
A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e é expressa por dois números: o primeiro, mais alto, refere-se à pressão sistólica (quando o coração se contrai e bombeia sangue); o segundo, mais baixo, é a pressão diastólica (quando o coração relaxa entre as batidas).
A pressão considerada normal é de cerca de 120/80 mmHg. Quando os valores são consistentemente iguais ou superiores a 140/90 mmHg, a hipertensão é diagnosticada.
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Causas e fatores de risco da hipertensão
A hipertensão pode ser classificada em dois tipos. Confira abaixo cada um deles:
✅ Hipertensão primária – É o tipo mais comum e se desenvolve ao longo dos anos, sem uma causa específica aparente. Está fortemente relacionada a fatores genéticos e ao estilo de vida.
✅ Hipertensão secundária – Surge como resultado de outra condição de saúde relacionada, como doenças renais, distúrbios hormonais, apneia do sono ou uso de certos medicamentos (como contraceptivos ou anti-inflamatórios).
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Diversos fatores de risco aumentam a probabilidade de desenvolver hipertensão, incluindo:
✅ Idade – A pressão arterial tende a aumentar com o envelhecimento.
✅ Histórico familiar – A hipertensão é mais comum em pessoas com familiares que também possuem a condição.
✅ Estilo de vida sedentário – A falta de atividade física contribui para o aumento da pressão arterial.
✅ Dieta rica em sódio e pobre em potássio – O consumo excessivo de sal e a falta de potássio podem desregular a pressão.
✅ Sobrepeso e obesidade – O excesso de peso aumenta a carga de trabalho do coração, elevando a pressão.
✅ Consumo de álcool e tabaco – Esses hábitos podem aumentar a pressão arterial a curto e longo prazo.
✅ Estresse – Níveis elevados de estresse podem contribuir para picos de pressão.
✅ Condições de saúde pré-existentes – Diabetes, doenças renais e apneia do sono podem aumentar o risco de hipertensão.
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A importância de controlar a hipertensão
A hipertensão é uma condição perigosa porque, na maioria das vezes, não apresenta sintomas visíveis, sendo chamada de “assassina silenciosa”. Se não for controlada, pode levar a complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e até perda de visão.
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Tipos de dores de cabeça e suas causas
As dores de cabeça são extremamente comuns e podem ser causadas por uma ampla variedade de fatores. Elas variam em intensidade, frequência e localização, e compreender os diferentes tipos de dor de cabeça pode ajudar a identificar suas causas e o tratamento mais adequado.
Abaixo, exploramos os principais tipos de dor de cabeça e suas causas mais comuns.
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Cefaleia tensional
A cefaleia tensional é o tipo mais comum de dor de cabeça. Ela costuma causar uma sensação de aperto ou pressão na cabeça, especialmente nas laterais, na testa ou na parte de trás do pescoço. A dor geralmente é moderada e não vem acompanhada de outros sintomas, como náuseas ou vômitos.
👉 Causas: Estresse, tensão muscular, postura inadequada, ansiedade e fadiga são as principais causas da cefaleia tensional. Também pode ser desencadeada por má qualidade do sono, longos períodos em frente ao computador ou problemas relacionados ao estilo de vida.
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Enxaqueca
A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça pulsante e intensa, muitas vezes localizada em apenas um lado da cabeça. Ela pode ser acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia). Em alguns casos, a enxaqueca é precedida por uma “aura”, que pode incluir alterações visuais, como pontos brilhantes ou linhas onduladas.
👉 Causas: A enxaqueca pode ser desencadeada por uma série de fatores, incluindo estresse, alterações hormonais (particularmente em mulheres), consumo de certos alimentos ou bebidas (como chocolate, café e álcool), jejum prolongado, mudanças climáticas e falta de sono. A predisposição genética também desempenha um papel importante no desenvolvimento da enxaqueca.
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Cefaleia em salvas
A cefaleia em salvas é um tipo raro, mas extremamente doloroso, de dor de cabeça. Ela é caracterizada por crises intensas e recorrentes, que podem durar semanas ou meses, seguidas de longos períodos sem dor. A dor geralmente é localizada em torno de um dos olhos e pode ser acompanhada de sintomas como olhos lacrimejantes, vermelhidão, congestão nasal e inchaço da pálpebra do lado afetado.
👉 Causas: As causas exatas da cefaleia em salvas não são completamente conhecidas, mas acredita-se que estejam relacionadas a anomalias no relógio biológico do cérebro. Fatores desencadeantes podem incluir o uso de álcool, tabaco e exposição a certas substâncias químicas, embora alguns episódios ocorram sem causa aparente.
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Cefaleia sinusal
A cefaleia sinusal ocorre quando há inflamação nos seios da face, geralmente associada a infecções ou alergias. A dor é sentida como uma pressão ou dor no rosto, particularmente ao redor dos olhos, bochechas e testa, e pode piorar quando a pessoa se inclina para frente ou se deita. Outros sintomas incluem congestão nasal, coriza e febre.
👉 Causas: Infecções sinusais (sinusite), alergias, gripes e resfriados são as principais causas dessa dor de cabeça. O acúmulo de muco nos seios da face causa inflamação e pressão, resultando na dor característica.
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Cefaleia de rebote
A cefaleia de rebote, também conhecida como cefaleia por uso excessivo de medicamentos, ocorre quando a dor de cabeça é causada pelo uso frequente de analgésicos. Embora os medicamentos ajudem a aliviar a dor inicialmente, seu uso excessivo pode levar a um ciclo de dores de cabeça recorrentes.
👉 Causas: Uso frequente e em grandes quantidades de analgésicos de venda livre ou prescritos, como aspirina, ibuprofeno ou medicamentos com cafeína. Esse tipo de cefaleia é mais comum em pessoas que já sofrem de enxaquecas ou cefaleias tensionais.
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Cefaleia associada à hipertensão
A dor de cabeça causada pela hipertensão é relativamente rara, mas pode ocorrer em casos de hipertensão grave ou crises hipertensivas. Esse tipo de dor de cabeça geralmente é sentida na parte de trás da cabeça (região occipital) e pode ser acompanhada por outros sintomas, como visão turva, tontura ou sangramento nasal.
👉 Causas: A dor de cabeça associada à hipertensão ocorre quando a pressão arterial está extremamente elevada, normalmente em níveis superiores a 180/120 mmHg, o que pode desencadear crises hipertensivas. Esse tipo de dor de cabeça requer atenção médica imediata, pois pode ser um sinal de que a pressão alta está fora de controle.
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A relação entre dor de cabeça e hipertensão
A relação entre dor de cabeça e hipertensão é uma questão que gera dúvidas em muitas pessoas, principalmente porque a pressão alta costuma ser chamada de “assassina silenciosa” por, em geral, não apresentar sintomas evidentes.
No entanto, é comum que muitos associem dores de cabeça frequentes à hipertensão, acreditando que elas podem ser um sinal direto da elevação da pressão arterial.
Vamos esclarecer logo abaixo essa relação e entender quando a dor de cabeça pode estar associada à hipertensão.
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Quando a dor de cabeça pode estar associada à hipertensão?
A dor de cabeça relacionada à hipertensão, apesar de ser frequentemente mencionada, não é um sintoma comum em pessoas com pressão alta de forma leve a moderada. Na verdade, na maioria dos casos de hipertensão crônica, a pessoa não apresenta sintomas.
Contudo, quando a pressão arterial atinge níveis muito elevados, como em uma crise hipertensiva, a dor de cabeça pode surgir como um dos sintomas.
A dor de cabeça causada pela pressão alta costuma ter as seguintes características:
✅ Localização – Geralmente, a dor é sentida na parte de trás da cabeça, chamada de região occipital. Algumas pessoas também relatam dor em outras áreas do crânio.
✅ Intensidade – Pode variar de moderada a intensa e, em casos mais graves, a dor é descrita como latejante ou pulsátil.
✅ Acompanhamento de outros sintomas – Além da dor de cabeça, outros sinais de uma crise hipertensiva podem incluir tontura, visão turva, sangramentos nasais, falta de ar, dor no peito e até confusão mental.
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Crises hipertensivas e dor de cabeça
A dor de cabeça geralmente se torna um sintoma relevante quando há uma crise hipertensiva, uma condição em que a pressão arterial sobe de forma perigosa, geralmente acima de 180/120 mmHg. Nessas situações, a dor de cabeça pode ser um alerta de que o corpo está em sofrimento devido à pressão extremamente alta, o que exige atenção médica imediata.
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Mitos e verdades sobre a relação entre dor de cabeça e hipertensão
❌ Mito: “Se você tem pressão alta, vai sentir dores de cabeça regularmente.”
Na verdade, a maioria das pessoas com hipertensão leve a moderada não sente dores de cabeça como sintoma. Apenas em casos de crises hipertensivas a dor de cabeça pode se manifestar de forma significativa.
✅ Verdade: “A dor de cabeça pode ser um sinal de uma crise hipertensiva.”
Sim, em situações de pressão arterial muito elevada, especialmente acima de 180/120 mmHg, a dor de cabeça pode ocorrer como um dos sinais de alerta, indicando que a pressão alta precisa ser tratada imediatamente para evitar complicações graves.
❌ Mito: “A dor de cabeça é o melhor indicador para medir se minha pressão está alta.”
Não se deve depender da dor de cabeça como um sinal de que a pressão está alta. A hipertensão geralmente não apresenta sintomas e, por isso, o acompanhamento regular da pressão arterial com um medidor é a melhor forma de monitorá-la.
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Outras causas de dor de cabeça em pessoas com hipertensão
Vale ressaltar que, embora a hipertensão possa, em alguns casos, causar dor de cabeça, existem muitas outras causas para esse sintoma em pessoas com pressão alta.
O estresse, a tensão muscular, o uso excessivo de medicamentos ou até mesmo fatores como a má qualidade do sono e desidratação podem desencadear dores de cabeça em pessoas hipertensas, mas isso não significa que a dor esteja diretamente ligada ao aumento da pressão.
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A menopausa é uma fase natural da vida da mulher que traz diversas mudanças hormonais, e uma das áreas mais impactadas por essas transformações é o coração.
Com a queda dos níveis de estrogênio, o risco de desenvolver doenças cardíacas aumenta significativamente, tornando essencial adotar cuidados específicos para proteger a saúde cardiovascular.
Entender como essas mudanças afetam o coração e quais medidas podem ser tomadas para preveni-las é fundamental para manter uma vida saudável durante e após a menopausa.
Neste artigo, vamos abordar os principais cuidados que você pode tomar para proteger seu coração nessa fase!
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Como a menopausa afeta o coração?
A menopausa marca o fim da fase reprodutiva da mulher e traz consigo uma série de mudanças hormonais que afetam todo o corpo, incluindo o coração. Uma das alterações mais significativas é a queda nos níveis de estrogênio, um hormônio que tem um papel protetor na saúde cardiovascular.
Essa mudança hormonal pode aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas, como hipertensão, aterosclerose e infartos.
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O papel do estrogênio na saúde do coração
O estrogênio ajuda a manter as artérias flexíveis e promove a circulação saudável, além de contribuir para níveis equilibrados de colesterol. Quando os níveis de estrogênio diminuem durante a menopausa, o corpo perde essa proteção natural. Isso pode levar ao endurecimento das artérias (aterosclerose), o que dificulta o fluxo sanguíneo e aumenta o risco de problemas cardíacos.
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Aumento dos fatores de risco cardiovascular
Com a menopausa, alguns fatores de risco para doenças cardíacas se tornam mais pronunciados, como:
✅ Pressão arterial elevada – A diminuição do estrogênio pode causar um aumento na pressão arterial, o que força o coração a trabalhar mais.
✅ Colesterol alto – A menopausa pode alterar o equilíbrio entre o colesterol LDL (ruim) e HDL (bom). O LDL tende a aumentar, o que favorece o acúmulo de placas nas artérias, enquanto o HDL pode diminuir, reduzindo sua função protetora.
✅ Resistência à insulina e aumento do risco de diabetes – A menopausa pode influenciar a forma como o corpo processa a glicose, aumentando o risco de diabetes tipo 2, outro fator que eleva o risco de problemas cardíacos.
✅ Acúmulo de gordura abdominal – A redistribuição da gordura corporal durante a menopausa, com maior acúmulo na região abdominal, está associada a um risco maior de doenças cardíacas.
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Sinais de alerta para problemas cardíacos durante a menopausa
As doenças cardíacas nas mulheres nem sempre apresentam os mesmos sintomas que nos homens. Durante a menopausa, é importante estar atenta a sinais como:
✅ Dor ou desconforto no peito.
✅ Fadiga extrema e falta de ar.
✅ Palpitações ou sensação de batimentos cardíacos irregulares.
✅ Tonturas ou desmaios.
✅ Inchaço nas pernas, tornozelos ou pés.
Esses sintomas podem ser sutis, mas indicam que é hora de buscar orientação médica.
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Principais fatores de risco cardíaco na menopausa
Durante a menopausa, o risco de desenvolver doenças cardíacas aumenta devido às mudanças hormonais e metabólicas que ocorrem nesse período. Com a queda do estrogênio, o corpo perde parte da proteção natural que o hormônio oferecia ao coração e às artérias.
Entender os principais fatores de risco é essencial para adotar medidas preventivas e cuidar da saúde cardiovascular.
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Obesidade e acúmulo de gordura abdominal
A menopausa está associada a mudanças na forma como o corpo armazena gordura, com maior tendência ao acúmulo na região abdominal. Esse tipo de gordura, chamada visceral, está diretamente ligado a um maior risco de doenças cardíacas, como infarto e derrame.
O excesso de peso, especialmente na cintura, sobrecarrega o coração, aumenta a pressão arterial e eleva os níveis de colesterol ruim (LDL), além de contribuir para a resistência à insulina, que pode levar ao diabetes tipo 2.
Hipertensão (pressão alta)
A pressão arterial tende a aumentar com a idade, e a menopausa pode acelerar esse processo. O estrogênio ajuda a manter a flexibilidade das artérias, permitindo que o sangue flua mais facilmente. Com a queda do estrogênio, as artérias podem ficar mais rígidas, aumentando a resistência ao fluxo sanguíneo e, consequentemente, a pressão arterial.
A hipertensão é um dos maiores fatores de risco para doenças cardiovasculares, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).
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Colesterol elevado
Com a menopausa, ocorrem alterações nos níveis de colesterol. O colesterol LDL (colesterol “ruim”) tende a aumentar, favorecendo o acúmulo de placas de gordura nas artérias, enquanto o colesterol HDL (colesterol “bom”), que ajuda a remover o excesso de colesterol das artérias, pode diminuir.
Esse desequilíbrio é um importante fator de risco para a aterosclerose, que pode causar obstrução das artérias e levar a doenças cardíacas.
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Resistência à insulina e diabetes
A menopausa também pode afetar a maneira como o corpo lida com a insulina, o hormônio responsável por regular o açúcar no sangue. Com a resistência à insulina, o corpo passa a ter mais dificuldade em utilizar a glicose adequadamente, aumentando o risco de diabetes tipo 2.
O diabetes, por sua vez, é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas, pois pode danificar os vasos sanguíneos e o coração ao longo do tempo.
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Sedentarismo
A falta de atividade física é um dos fatores que mais contribuem para o risco de doenças cardíacas, principalmente durante e após a menopausa. O sedentarismo favorece o ganho de peso, o aumento da pressão arterial e do colesterol, além de contribuir para a resistência à insulina.
A prática regular de exercícios não apenas ajuda a controlar esses fatores de risco, como também fortalece o coração e melhora a circulação sanguínea.
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Estresse e saúde emocional
Durante a menopausa, as alterações hormonais podem também influenciar a saúde emocional, aumentando o estresse, a ansiedade e, em alguns casos, até a depressão.
O estresse crônico está associado a um aumento na pressão arterial e na inflamação no corpo, dois fatores de risco importantes para doenças cardíacas.
Além disso, o estresse pode levar a hábitos prejudiciais, como alimentação inadequada e falta de sono, que agravam o risco cardiovascular.
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O que fazer para proteger o coração na menopausa
A menopausa é um período de grandes mudanças no corpo da mulher, e o coração merece uma atenção especial durante essa fase. Com a queda dos níveis de estrogênio, o risco de doenças cardíacas aumenta, tornando fundamental adotar hábitos saudáveis para proteger o coração.
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Alimentação saudável para proteger o coração
Uma dieta equilibrada é a base para manter o coração saudável, especialmente durante a menopausa.
Alimentos ricos em gorduras saudáveis, fibras e nutrientes essenciais ajudam a controlar o colesterol, a pressão arterial e os níveis de glicose, fatores que podem impactar diretamente a saúde cardiovascular. Por isso, adote hábitos como:
✅ Inclua alimentos ricos em ômega-3, como peixes (salmão, sardinha) e sementes de linhaça, que ajudam a reduzir a inflamação e o colesterol LDL (ruim).
✅ Aumente o consumo de **fibras** com grãos integrais, frutas e legumes. As fibras ajudam a controlar os níveis de colesterol e mantêm o sistema digestivo funcionando bem.
✅ Evite alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, sal e gorduras saturadas, que podem aumentar o risco de aterosclerose e hipertensão.
✅ Prefira fontes de **gorduras saudáveis**, como azeite de oliva, abacate e nozes, para melhorar os níveis de colesterol HDL (bom) e proteger as artérias.
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Pratique atividades físicas regularmente
A prática de exercícios é uma das melhores maneiras de manter o coração saudável na menopausa. O sedentarismo contribui para o ganho de peso, eleva a pressão arterial e piora o controle do colesterol e da glicose. Manter-se ativa ajuda a fortalecer o coração, melhora a circulação sanguínea e diminui o risco de doenças cardíacas. Nesse sentido, adote hábitos como:
✅ Caminhadas diárias, ciclismo ou natação são ótimas opções para melhorar a saúde cardiovascular sem exigir muito impacto.
✅ Exercícios de força, como musculação, ajudam a manter a massa muscular, o que também beneficia o metabolismo e o controle de peso.
✅ A prática de yoga e pilates pode ser benéfica tanto para o corpo quanto para a mente, reduzindo o estresse e ajudando a equilibrar o sistema cardiovascular.
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Controle do estresse e da saúde emocional
O estresse pode ser um grande inimigo do coração, especialmente na menopausa, quando as alterações hormonais podem amplificar sentimentos de ansiedade, irritabilidade e depressão.
O estresse crônico contribui para o aumento da pressão arterial e dos níveis de inflamação no corpo, elevando o risco de doenças cardíacas. Algumas dicas para gerenciar o estresse são:
✅ Meditação e mindfulness são técnicas eficazes para reduzir a ansiedade e melhorar o foco no presente, ajudando a acalmar a mente.
✅ Praticar “respiração profunda” e reservar alguns minutos do dia para relaxamento podem ajudar a regular o ritmo cardíaco e aliviar a tensão.
✅ Mantenha atividades prazerosas em sua rotina, como hobbies, momentos de lazer e convivência social, que ajudam a reduzir o estresse e aumentar a sensação de bem-estar.
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Acompanhamento médico e exames preventivos
O acompanhamento médico regular é fundamental para a saúde do coração, especialmente durante a menopausa. Cardiologistas podem solicitar exames preventivos importantes que ajudam a monitorar o estado das artérias e do coração, identificando problemas antes que eles se agravem, como:
✅ Eletrocardiograma (ECG) para avaliar o ritmo cardíaco e verificar a presença de arritmias.
✅ Ecocardiograma para visualizar a estrutura do coração e o fluxo sanguíneo.
✅ Monitoramento regular de colesterol, glicose no sangue e pressão arterial para identificar fatores de risco e iniciar intervenções precoces, se necessário.
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Terapia de reposição hormonal (TRH) e o coração
A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) pode ser uma opção para aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor e secura vaginal, além de oferecer alguns benefícios para o coração.
No entanto, a TRH deve ser considerada com cautela e sempre sob orientação médica, já que seus efeitos na saúde cardiovascular variam de acordo com o histórico de cada mulher. Algumas dicas importantes são:
✅ Discuta com seu médico os benefícios e riscos da terapia de reposição hormonal para o seu caso específico. Em algumas mulheres, a TRH pode melhorar a saúde cardiovascular, enquanto em outras pode aumentar o risco de coágulos e derrames.
✅ Caso a TRH não seja indicada, converse com seu médico sobre alternativas para proteger o coração e controlar os sintomas da menopausa.
Adotar essas medidas simples, como manter uma alimentação saudável, praticar exercícios regularmente, controlar o estresse e seguir orientações médicas, pode fazer uma grande diferença na proteção do coração durante a menopausa.
Cuidar do corpo e da mente é essencial para garantir uma vida longa e saudável, especialmente nessa fase em que o coração merece atenção especial.
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Muitas pessoas confundem os termos “ataque cardíaco” e “parada cardíaca”, mas é importante entender que são situações diferentes, com causas e tratamentos distintos. Saber reconhecer os sinais e saber como agir em cada caso pode salvar vidas.
Neste artigo, vamos explicar de forma simples e clara as principais diferenças entre essas duas condições, quais são os fatores de risco e como prevenir problemas cardíacos.
Continue lendo para aprender a identificar os sintomas e a agir corretamente em situações de emergência!
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O que é um ataque cardíaco?
O ataque cardíaco, também conhecido como infarto do miocárdio, ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do coração é bloqueado, impedindo que o músculo cardíaco receba oxigênio suficiente.
Essa falta de oxigênio provoca danos ao tecido cardíaco, que pode começar a morrer se o fluxo sanguíneo não for restaurado rapidamente.
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Como o ataque cardíaco acontece?
O ataque cardíaco geralmente é causado pelo acúmulo de placas de gordura, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias coronárias, que são responsáveis por levar sangue e oxigênio ao coração.
Esse acúmulo, chamado de aterosclerose, pode levar à formação de um coágulo sanguíneo. Quando o coágulo obstrui completamente a passagem de sangue em uma artéria, o infarto ocorre.
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Causas do ataque cardíaco
As principais causas de ataque cardíaco incluem:
✅ Doença arterial coronariana (DAC): é a causa mais comum, resultante do acúmulo de placas de gordura nas artérias.
✅ Espasmo coronário: Uma contração súbita das artérias que pode bloquear o fluxo de sangue ao coração, mesmo sem a presença de placas.
✅ Ruptura de placas: uma placa de gordura na artéria pode se romper, formando um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo.
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Sintomas comuns do ataque cardíaco
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e nem sempre são intensos. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
✅ Dor no peito – Sensação de pressão ou aperto, geralmente no centro ou lado esquerdo do peito. Pode durar mais de alguns minutos ou ir e voltar.
✅ Falta de ar – A dificuldade para respirar pode ocorrer junto com a dor no peito ou sozinha.
✅ Desconforto em outras partes do corpo – A dor pode se espalhar para os ombros, braços, costas, pescoço, mandíbula ou estômago.
✅ Suor frio e tontura – Suar frio, sentir-se fraco ou tonto são sintomas comuns.
✅ Náusea ou vômito – Especialmente em mulheres, esses sintomas podem ser mais frequentes que a dor no peito.
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Ataque cardíaco em mulheres
É importante destacar que os sintomas de ataque cardíaco nas mulheres podem ser diferentes dos sintomas nos homens. Mulheres têm mais chances de experimentar sintomas como falta de ar, dor nas costas ou mandíbula, e náusea, que muitas vezes são confundidos com problemas menos graves.
A parada cardíaca ocorre quando o coração para de bater de maneira súbita e inesperada, interrompendo o fluxo de sangue para o corpo e o cérebro.
Ao contrário do ataque cardíaco, que é um problema de circulação, a parada cardíaca é um problema elétrico. Isso significa que, em uma parada cardíaca, o sistema elétrico do coração, que controla o ritmo dos batimentos, não funciona corretamente.
Como resultado, o coração não consegue bombear o sangue de forma eficaz, levando à perda quase imediata de consciência e respiração.
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Como a parada cardíaca acontece?
Em uma parada cardíaca, o ritmo normal do coração, que é regular e coordenado, torna-se caótico. A forma mais comum de parada cardíaca é chamada de fibrilação ventricular, onde os ventrículos (as câmaras inferiores do coração) começam a tremer de maneira desordenada, em vez de bater de forma rítmica. Isso impede que o coração bombeie sangue para o resto do corpo, incluindo o cérebro e os órgãos vitais.
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Causas da parada cardíaca
Vários fatores podem desencadear uma parada cardíaca. Alguns dos principais incluem:
✅ Arritmias graves – Como fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular, que afetam o ritmo cardíaco.
✅ Doença arterial coronariana – A aterosclerose, que também é causa de ataque cardíaco, pode levar a uma parada cardíaca se o fluxo de sangue for severamente comprometido.
✅ Infarto agudo do miocárdio – Um ataque cardíaco pode evoluir para uma parada cardíaca se não tratado rapidamente.
✅ Cardiomiopatias – Doenças que afetam o músculo cardíaco, como a dilatação ou espessamento anormal do coração.
✅ Anormalidades genéticas – Algumas pessoas nascem com problemas elétricos no coração, como a síndrome de Brugada ou a síndrome do QT longo, que aumentam o risco de parada cardíaca.
✅ Doenças cardíacas congênitas – Problemas estruturais do coração presentes desde o nascimento.
✅ Insuficiência respiratória – A falta de oxigênio pode provocar alterações elétricas no coração, levando à parada.
✅ Uso abusivo de drogas – Substâncias como cocaína ou metanfetaminas podem causar arritmias fatais.
❤️ Para entender mais a fundo os motivos que podem levar a esse problema, confira este outro conteúdo do nosso blog, com título “O que pode causar parada cardíaca“.
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Sintomas e sinais de parada cardíaca
Ao contrário do ataque cardíaco, que pode ter sintomas mais graduais, a parada cardíaca ocorre de forma súbita e dramática. Os sinais principais são:
✅ Perda súbita de consciência – A pessoa desmaia repentinamente.
✅ Ausência de pulso – Não é possível sentir o pulso nas artérias, como no pescoço ou no pulso.
✅ Ausência de respiração – A pessoa para de respirar ou respira de forma anormal (gasping).
✅ Pele pálida ou azulada – Devido à falta de circulação sanguínea adequada.
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Como agir nessas situações?
Saber como agir em casos de ataque cardíaco e parada cardíaca pode salvar vidas. A cada minuto de espera, as chances de sobrevivência ficam menores.
Apesar de haver algumas diferenças entre o que fazer nos casos de parada cardíaca ou de ataque cardíaco, os procedimentos principais acabam sendo semelhantes, como:
✅ Ligue imediatamente para serviços de emergência, como SAMU (192) ou bombeiros (193). Quanto antes a ajuda chegar, maiores são as chances de evitar danos permanentes ao coração. Não espere que os sintomas passem sozinhos ou minimizem a gravidade do problema.
✅ Mantenha a pessoa em repouso e, se possível, ajude-a a se sentar em uma posição confortável, com a cabeça e os ombros apoiados e os joelhos dobrados.
✅ Evite que a pessoa se deite completamente, pois isso pode aumentar a pressão sobre o coração.
✅ Tente conseguir e ofereça aspirina (AAS). Se a pessoa não for alérgica e não tiver contraindicações, uma aspirina de 300 mg pode ser mastigada lentamente. A aspirina ajuda a evitar a formação de coágulos e a minimizar os danos ao coração.
✅ Não ofereça nenhum outro medicamento sem orientação médica.
✅ Afrouxe roupas apertadas, como gravatas e cintos, para facilitar a respiração.
✅ Fique ao lado da pessoa, oferecendo apoio emocional. A ansiedade pode piorar os sintomas.
✅ Observe a respiração e o nível de consciência da pessoa até que o socorro chegue. Se a pessoa desmaiar ou parar de respirar, inicie a ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
Em ambas as situações, tempo é vida. No caso do ataque cardíaco, um tratamento precoce pode evitar danos permanentes ao coração e melhorar significativamente as chances de recuperação. Na parada cardíaca, cada minuto sem tratamento reduz em 10% as chances de sobrevivência. Por isso, é fundamental saber como agir e ter conhecimento básico de primeiros socorros.
❤️ Para saber o que fazer no dia a dia para reduzir o risco de um ataque cardíaco ou de uma parada cardíaca, confira as dicas deste outro artigo do nosso blog, que tem o título de alimentos para prevenir infarto e outras doenças do coração.
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A parada cardíaca é uma emergência médica que pode acontecer de forma súbita e sem aviso, afetando pessoas de todas as idades e condições de saúde.
Saber o que pode causar essa situação crítica é essencial para a prevenção e para a adoção de hábitos que protejam o coração. Embora muitos associem a parada cardíaca apenas a problemas de saúde graves, diversos fatores, como arritmias e uso de substâncias podem causar esse evento.
Neste artigo, você vai conhecer as principais causas da parada cardíaca, os fatores de risco e o que fazer para reduzir as chances de que isso ocorra com você ou alguém próximo.
Boa leitura!
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O que é parada cardíaca?
Parada cardíaca é uma condição médica grave, em que o coração para de bombear sangue para o corpo da forma como deveria. Isso pode ocorrer devido a uma falha no sistema elétrico do coração, fazendo com que ele deixe de bater ou bata de forma descoordenada.
Sem a circulação adequada de sangue, órgãos vitais, como o cérebro e os pulmões, começam a sofrer danos em poucos minutos, o que pode levar à morte se não houver atendimento imediato.
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Diferença entre parada cardíaca e ataque cardíaco
Embora muitas pessoas usem os termos “parada cardíaca” e “ataque cardíaco” como sinônimos, eles são diferentes.
Um ataque cardíaco (infarto do miocárdio) ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do coração é bloqueado, geralmente por um coágulo em uma artéria coronária, resultando na morte do tecido cardíaco afetado. Durante um ataque cardíaco, o coração geralmente continua a bater, embora de forma menos eficiente.
Já a parada cardíaca é um problema elétrico: o coração deixa de bater ou entra em um ritmo anormal, como a fibrilação ventricular, onde os ventrículos tremem em vez de contrair normalmente. Enquanto o ataque cardíaco pode evoluir para uma parada cardíaca se não tratado a tempo, nem todas as paradas cardíacas são causadas por ataques cardíacos.
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Sinais de Alerta para uma Parada Cardíaca
A parada cardíaca pode ocorrer de forma súbita e sem aviso prévio, mas alguns sinais podem indicar que o coração está em risco, incluindo:
✅ Palpitações – Sensação de que o coração está batendo muito rápido, forte ou de maneira irregular.
✅ Tontura ou desmaio – Pode ser um indicativo de que o coração não está conseguindo bombear sangue de forma eficaz para o cérebro.
✅ Dor no peito – Embora seja mais comum em ataques cardíacos, a dor ou pressão intensa no peito pode preceder uma parada cardíaca.
✅ Falta de ar – Dificuldade para respirar sem motivo aparente pode ser um alerta de problemas cardíacos.
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Principais causas da parada cardíaca
Entender as causas da parada cardíaca é essencial para prevenir esse evento grave e buscar o tratamento adequado o quanto antes. A seguir, estão as principais causas da parada cardíaca:
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Doenças cardíacas
As doenças cardíacas são a causa mais comum de parada cardíaca. Elas afetam a estrutura e o funcionamento do coração, podendo levar a alterações no ritmo cardíaco e, eventualmente, à interrupção do bombeamento de sangue. As principais doenças cardíacas associadas à parada cardíaca são:
✅ Infarto agudo do miocárdio – O infarto ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do coração é interrompido, geralmente por um coágulo que bloqueia uma artéria coronariana. Isso pode causar danos ao músculo cardíaco e levar a uma parada cardíaca se o coração não conseguir se recuperar.
✅ Insuficiência cardíaca – A insuficiência cardíaca acontece quando o coração não consegue bombear sangue de maneira eficaz para todo o corpo. Isso aumenta o risco de arritmias e, consequentemente, de parada cardíaca.
✅ Doença arterial coronariana – Caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias, que fornecem sangue ao coração, essa condição pode reduzir o fluxo sanguíneo e levar a arritmias fatais.
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Arritmias cardíacas
Arritmias são alterações no ritmo normal dos batimentos cardíacos e podem variar de um leve desconforto a uma condição perigosa, como a parada cardíaca. Algumas arritmias que podem desencadear a parada cardíaca incluem:
✅ Fibrilação ventricular – Uma arritmia grave em que os ventrículos (câmaras inferiores do coração) tremem de forma descoordenada, impedindo o bombeamento eficaz de sangue para o corpo.
✅ Taquicardia ventricular – Ocorre quando os ventrículos batem de forma muito rápida, comprometendo a função do coração. Se não tratada, pode evoluir para fibrilação ventricular e parada cardíaca.
✅ Síndromes cardíacas genéticas – Algumas condições genéticas, como a síndrome do QT longo e a síndrome de Brugada, afetam a condução elétrica do coração e aumentam o risco de parada cardíaca súbita, especialmente em pessoas jovens e aparentemente saudáveis.
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Cardiomiopatias
As cardiomiopatias são doenças que afetam o músculo cardíaco, alterando sua estrutura e funcionamento. Elas podem enfraquecer o coração e aumentar o risco de arritmias perigosas. Os principais tipos de cardiomiopatia incluem:
✅ Cardiomiopatia hipertrófica – Espessamento anormal do músculo cardíaco, que pode dificultar o bombeamento de sangue. É uma das causas mais comuns de parada cardíaca súbita em jovens atletas.
✅ Cardiomiopatia dilatada – As câmaras do coração se alargam e o músculo cardíaco se torna fraco, reduzindo a capacidade de bombeamento e aumentando o risco de insuficiência cardíaca e arritmias.
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Problemas estruturais do coração
Problemas estruturais, como defeitos congênitos (presentes desde o nascimento) e doenças valvares, também podem levar a uma parada cardíaca. Esses problemas afetam a circulação sanguínea e podem provocar arritmias severas. Exemplos incluem:
✅ Defeitos congênitos – Algumas pessoas nascem com anomalias nas estruturas do coração, como tetralogia de Fallot e comunicação interatrial, que podem aumentar o risco de parada cardíaca.
✅ Doenças valvares – Problemas nas válvulas cardíacas, como estenose (estreitamento) ou insuficiência (quando as válvulas não fecham corretamente), podem causar sobrecarga no coração e predispor a arritmias graves.
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Sintomas e sinais de alerta
A parada cardíaca costuma ocorrer de forma súbita e sem aviso, mas, em alguns casos, o corpo pode apresentar sinais que indicam que algo não está bem. Confira a seguir os principais sinais de alerta que podem preceder uma parada cardíaca.
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Palpitações e arritmias
Palpitações são sensações de que o coração está batendo mais rápido, forte ou de maneira irregular. Podem ser sentidas como uma “batida extra” ou a sensação de que o coração está “falhando” momentaneamente. Embora nem sempre sejam perigosas, palpitações acompanhadas de outros sintomas, como tontura ou dor no peito, devem ser investigadas, pois podem indicar arritmias, que aumentam o risco de parada cardíaca.
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Tontura ou desmaio
Tontura, sensação de desmaio ou perda temporária de consciência (síncope) podem ocorrer quando o coração não está bombeando sangue adequadamente para o cérebro. Esses sintomas são sinais de que a circulação está comprometida, podendo indicar problemas como arritmias graves.
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Dor no peito
Dor ou desconforto no peito são frequentemente associados a ataques cardíacos, mas também podem preceder uma parada cardíaca. A dor pode ser sentida como uma pressão, aperto ou queimação e pode irradiar para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou costas. A presença desses sintomas, especialmente se acompanhados de sudorese, náuseas ou falta de ar, requer avaliação médica urgente.
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Falta de ar
Dificuldade para respirar ou sensação de falta de ar, mesmo em repouso, pode ser um sinal de que o coração não está funcionando corretamente. Esse sintoma pode indicar insuficiência cardíaca, uma condição que aumenta o risco de arritmias e parada cardíaca. Se a falta de ar for intensa ou surgir de forma repentina, procure ajuda médica imediatamente.
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Fadiga e cansaço excessivo
Sentir-se extremamente cansado, mesmo após atividades simples ou em repouso, pode ser um sinal de que o coração está sobrecarregado e não está conseguindo bombear sangue de forma eficiente.
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Quando procurar ajuda médica?
Qualquer um desses sintomas, especialmente quando novos ou intensos, deve ser levado a sério. Não hesite em procurar ajuda médica se você ou alguém ao seu redor apresentar:
✅ Dor no peito que dura mais de alguns minutos;
✅ Sensação de desmaio, tontura intensa ou perda de consciência;
✅ Palpitações associadas a tontura, dor no peito ou falta de ar;
✅ Falta de ar intensa, sem motivo aparente.
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Como agir em caso de parada cardíaca
Se uma pessoa perder a consciência e parar de respirar, é crucial agir rapidamente, pois cada minuto conta para salvar a vida. Veja o que fazer:
✅ Verifique a respiração e o pulso – Se a pessoa não está respirando ou não tem pulso, inicie a reanimação cardiopulmonar (RCP) imediatamente.
✅ Ligue para o serviço de emergência (SAMU – 192) – Peça ajuda de emergência o mais rápido possível e siga as orientações do atendente.
✅ Inicie a reanimação cardiopulmonar – Pressione o centro do peito da pessoa com força e ritmo constante (cerca de 100-120 compressões por minuto). Se possível, peça ajuda para utilizar um desfibrilador externo automático (DEA) disponível em locais públicos.
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Prevenção de parada cardíaca
Prevenir a parada cardíaca envolve adotar hábitos saudáveis e realizar o acompanhamento médico regular, especialmente para quem possui fatores de risco.
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Mudanças no estilo de vida
Adotar um estilo de vida saudável é a primeira linha de defesa contra a parada cardíaca e outras doenças cardiovasculares, como:
✅ Alimentação balanceada – Prefira alimentos ricos em nutrientes, como frutas, legumes, verduras e grãos integrais. Evite o consumo excessivo de sal, açúcar e gorduras saturadas, presentes em alimentos processados e fast food. Alimentos ricos em ômega-3, como peixes (salmão, sardinha), castanhas e sementes de chia, ajudam a reduzir o risco de doenças cardíacas.
✅ Prática regular de atividades físicas – Exercícios físicos ajudam a manter o peso ideal, reduzir a pressão arterial e controlar os níveis de colesterol. A recomendação é de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, como caminhada, ciclismo ou natação.
✅ Controle do peso – Manter o peso corporal adequado é essencial para reduzir o risco de hipertensão, diabetes e colesterol alto, que são fatores de risco para a parada cardíaca. Consultar um(a) nutricionista vai te ajudar a estabelecer um plano alimentar equilibrado e sustentável.
✅ Não fumar – O tabagismo é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Parar de fumar reduz significativamente as chances de infarto, derrame e parada cardíaca. Se necessário, busque apoio médico e psicológico para abandonar o vício.
✅ Consumo moderado de álcool – O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode levar a problemas como hipertensão e arritmias. Para proteger o coração, limite o consumo de álcool a uma dose diária para mulheres e duas para homens, ou evite completamente.
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Tratamento de outras doenças
Pessoas com condições de saúde preexistentes – como hipertensão, diabetes e colesterol alto – têm maior risco de desenvolver problemas cardíacos. O controle dessas condições é essencial para prevenir a parada cardíaca:
✅ Controlar a pressão arterial – A hipertensão é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Mantenha a pressão arterial dentro dos limites normais com dieta equilibrada, prática de exercícios e, se necessário, medicação prescrita pelo médico.
✅ Gerenciar o diabetes – O diabetes pode danificar os vasos sanguíneos e o coração. Manter os níveis de glicose sob controle com dieta, exercícios e medicamentos ajuda a reduzir o risco de complicações cardíacas.
✅ Redução do colesterol – Níveis elevados de colesterol LDL (“ruim”) podem levar à formação de placas nas artérias, aumentando o risco de infarto e parada cardíaca. Adote uma dieta rica em fibras, frutas e vegetais, e siga as orientações médicas quanto ao uso de medicamentos para controle do colesterol.
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Acompanhamento regular com cardiologista
Para pessoas com fatores de risco, histórico familiar de doenças cardíacas ou que já sofreram eventos cardíacos prévios, é essencial manter um acompanhamento regular com um cardiologista. As consultas e exames periódicos permitem monitorar a saúde do coração e identificar precocemente qualquer alteração que necessite de intervenção.
✅ Check-ups regulares – Realize check-ups anuais ou conforme a recomendação médica. Inclua exames como eletrocardiograma, ecocardiograma e teste ergométrico para avaliar a função cardíaca.
✅ Exames de imagem – Exames como o holter de 24h e o eletrocardiograma são importantes para detectar anomalias estruturais e funcionais do coração que podem passar despercebidas em exames de rotina.
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Dispomos de todos os recursos necessários para investigar e acompanhar sua saúde e da sua família, além de um time de profissionais altamente qualificados e atenciosos.
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O consumo de açúcar tem aumentado de forma alarmante nas últimas décadas, e seus efeitos vão muito além de causar ganho de peso. Estudos recentes mostram que o excesso de açúcar pode ter um impacto direto na saúde do coração, contribuindo para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto e derrames.
Diante disso, é fundamental entender como o açúcar age no corpo e, principalmente, quais são os riscos que ele representa para o sistema cardiovascular.
Neste artigo, você vai conhecer as consequências do consumo exagerado de açúcar para o coração e como você pode proteger sua saúde!
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A relação entre consumo de açúcar e saúde do coração
Nas últimas décadas, o consumo de açúcar aumentou drasticamente em todo o mundo, principalmente por causa do estilo de vida moderno e do fácil acesso a alimentos industrializados.
Bebidas açucaradas, doces, bolos e alimentos ultraprocessados fazem parte do dia a dia de muitas pessoas, muitas vezes sem que se perceba o quanto de açúcar está sendo ingerido.
Esse aumento no consumo de açúcar tem gerado preocupações significativas em relação à saúde pública, especialmente em relação ao impacto na saúde cardiovascular.
O coração é diretamente afetado pelo excesso de açúcar. Quando ingerimos mais açúcar do que o corpo pode processar, ele acaba sendo armazenado como gordura. Esse acúmulo de gordura afeta o funcionamento normal do coração e aumenta o risco de várias doenças cardíacas, como infarto e insuficiência cardíaca.
Além disso, o açúcar pode contribuir para o aumento da pressão arterial e dos níveis de colesterol, que são fatores de risco conhecidos para doenças cardiovasculares.
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O que é considerado excesso de açúcar na alimentação?
O açúcar está presente em muitos alimentos que consumimos diariamente, mas nem sempre sabemos quanto estamos ingerindo e se essa quantidade pode ser prejudicial.
Para entender o impacto do açúcar na saúde do coração, é importante saber o que é considerado um consumo excessivo e como identificar as principais fontes de açúcar na dieta.
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Recomendações de consumo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições de saúde, como a American Heart Association (AHA), o consumo diário de açúcar deve ser limitado para reduzir o risco de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas. A OMS recomenda que o açúcar adicionado à dieta não ultrapasse 10% do total de calorias ingeridas no dia, sendo ideal que esse número fique abaixo de 5% para garantir benefícios adicionais à saúde.
Isso significa que, para uma dieta de 2.000 calorias por dia, a quantidade de açúcar recomendada é de no máximo 50 gramas, mas o ideal seria menos de 25 gramas de açúcar adicionado por dia.
Para que você tenha uma ideia real, só uma lata de Coca-Cola normal, de 350 ml, já fornece 37 gramas de açúcar.
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Fontes comuns de açúcar na dieta
O açúcar está presente em uma variedade de alimentos, muitas vezes de forma “oculta”, o que pode dificultar o controle da ingestão. Alguns exemplos comuns de alimentos e bebidas com alto teor de açúcar adicionado incluem:
✅ Bebidas açucaradas – Refrigerantes, sucos industrializados, bebidas energéticas e chás adoçados são algumas das maiores fontes de açúcar na dieta moderna.
✅ Doces e sobremesas – Chocolates, balas, sorvetes, bolos e biscoitos são ricos em açúcar e, muitas vezes, consumidos em grandes quantidades.
✅ Alimentos industrializados – Molhos prontos, cereais matinais, iogurtes adoçados e barrinhas de cereais podem conter altos níveis de açúcar, mesmo quando parecem opções saudáveis.
✅ Pães e massas processadas – Alguns tipos de pães e massas, especialmente os ultraprocessados, contêm açúcar para melhorar o sabor e a textura.
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Açúcar natural vs. açúcar adicionado
Uma distinção importante a ser feita é entre o açúcar natural e o açúcar adicionado. O açúcar natural é aquele que está presente em alimentos como frutas, vegetais e laticínios de forma não processada. Esses alimentos contêm não apenas açúcar, mas também fibras, vitaminas e minerais, que ajudam o corpo a processar o açúcar de maneira mais eficiente, sem sobrecarregar o sistema cardiovascular.
Já o açúcar adicionado é aquele que é inserido nos alimentos durante o processo de fabricação ou preparo. Ele é absorvido mais rapidamente pelo corpo, o que pode causar picos nos níveis de glicose no sangue, levando a um maior risco de doenças como diabetes e problemas cardíacos.
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O que o açúcar causa no coração
O consumo excessivo de açúcar não está apenas relacionado ao ganho de peso, mas também a vários problemas graves para a saúde do coração. Entender esses impactos pode ajudar a tomar decisões melhores sobre a alimentação e proteger o coração contra doenças.
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Aumento da pressão arterial
Comer muito açúcar pode aumentar a pressão arterial. Isso acontece porque o açúcar faz com que o corpo retenha mais sódio, o que faz os vasos sanguíneos ficarem mais rígidos e o coração precisar trabalhar mais para bombear o sangue.
Com o tempo, essa pressão extra pode causar doenças cardíacas e levar a ataques cardíacos.
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Aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos
O excesso de açúcar também está ligado a níveis mais altos de colesterol “ruim” (LDL) e triglicerídeos no sangue. Esses elementos podem se acumular nas paredes das artérias, formando placas que restringem o fluxo de sangue para o coração.
Esse processo é chamado de aterosclerose e aumenta o risco de ataque cardíaco e derrame.
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Inflamação no corpo
Quando consumimos muito açúcar, o corpo pode reagir com inflamação. A inflamação é uma resposta do corpo para combater lesões, mas, quando se torna crônica (ou seja, quando dura muito tempo), pode danificar as artérias e o coração.
O açúcar é um dos fatores que mais contribuem para a inflamação prolongada, prejudicando o sistema cardiovascular.
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Diabetes e resistência à insulina
O consumo regular e excessivo de açúcar pode causar resistência à insulina; hormônio que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue. Quando o corpo se torna resistente à insulina, o açúcar no sangue permanece alto, o que pode levar ao diabetes tipo 2. Ter diabetes, por sua vez, aumenta o risco de doenças cardíacas.
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Acúmulo de gordura no corpo
Quando consumimos mais açúcar do que o corpo precisa, ele é convertido em gordura e armazenado, especialmente na região abdominal. Esse tipo de gordura, chamada gordura visceral, é particularmente perigosa porque está ligada a um risco maior de doenças cardíacas. A gordura acumulada ao redor dos órgãos internos pode causar problemas sérios no coração.
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Como reduzir o consumo de açúcar e proteger a saúde do coração?
Diminuir o consumo de açúcar no dia a dia é uma das maneiras mais eficazes de proteger a saúde do coração. Embora o açúcar esteja presente em muitos alimentos que consumimos regularmente, com algumas mudanças simples nos hábitos alimentares, é possível reduzir essa ingestão e melhorar a saúde cardiovascular.
Aqui estão algumas dicas práticas para diminuir o açúcar na sua alimentação e, assim, preservar a saúde do coração:
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Evite bebidas açucaradas
As bebidas açucaradas, como refrigerantes, sucos industrializados e chás adoçados, são algumas das principais fontes de açúcar na dieta. Para reduzir o consumo de açúcar:
✅ Troque por água – A água é sempre a melhor escolha. Para variar, você pode adicionar fatias de frutas ou folhas de hortelã para dar sabor sem adicionar açúcar.
✅ Prefira sucos naturais – Se optar por sucos, faça com frutas frescas, sem adicionar açúcar. Porém, consuma com moderação, já que as frutas também têm açúcares naturais.
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Leia os rótulos dos alimentos
Muitos alimentos que parecem saudáveis, como iogurtes, cereais e molhos prontos, podem conter grandes quantidades de açúcar adicionado. Para evitar o consumo excessivo:
✅ Verifique a lista de ingredientes – O açúcar pode aparecer com vários nomes, como glicose, frutose, xarope de milho e sacarose. Quanto mais alto na lista, maior a quantidade presente.
✅ Escolha produtos com baixo teor de açúcar – Prefira alimentos com menos açúcar ou sem açúcar adicionado. Muitas marcas oferecem versões alternativas e mais saudáveis.
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Substitua doces e sobremesas
Muitas vezes, sentimos vontade de comer doces depois das refeições ou como lanches. Embora essa prática seja comum, é possível fazer substituições mais saudáveis:
✅ Coma frutas frescas – Elas são naturalmente doces e cheias de fibras e vitaminas, ajudando a saciar a vontade por açúcar.
✅ Experimente sobremesas caseiras – Fazer seus próprios doces permite que você controle a quantidade de açúcar. Você pode usar alternativas mais saudáveis, como mel ou adoçantes naturais, com moderação.
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Cozinhe mais em casa
Quando você prepara suas próprias refeições, pode controlar melhor os ingredientes e a quantidade de açúcar utilizada. Isso ajuda a evitar o excesso de açúcar presente em alimentos processados e ultraprocessados. Alguns cuidados importante são:
✅ Usar temperos naturais – Ervas e especiarias, como canela e gengibre, podem ser usadas para dar sabor aos alimentos, sem a necessidade de adicionar açúcar.
✅ Evitar molhos prontos – Molhos industrializados, como ketchup e mostarda, costumam ter açúcar. Prepare molhos caseiros ou escolha opções sem adição de açúcar.
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Planeje suas refeições
Organizar suas refeições e lanches com antecedência pode ajudar a evitar escolhas alimentares ricas em açúcar. Nesse sentido, você pode:
✅ Fazer lanches saudáveis – Tenha à mão opções como frutas, castanhas e iogurte natural para evitar recorrer a biscoitos e doces industrializados.
✅ Evitar comprar alimentos ricos em açúcar – Se você não tiver esses alimentos em casa, será menos tentador consumi-los.
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Acompanhamento regular com o cardiologista
Reduzir o açúcar na dieta é um passo importante para proteger a saúde do coração, mas o acompanhamento regular com cardiologista é fundamental para garantir que o coração esteja em boas condições.
Cardiologistas podem monitorar sua saúde cardiovascular, pedir exames e oferecer orientações personalizadas, com base em suas necessidades e histórico familiar.
Além disso, esses(as) profissionais podem identificar fatores de risco que talvez você não tenha percebido, como níveis elevados de colesterol ou pressão arterial, que também podem estar ligados ao consumo excessivo de açúcar.
Consultas regulares ajudam a prevenir problemas antes que eles se tornem graves, garantindo uma vida mais saudável e longa.
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A morte do jogador de futebol Juan Izquierdo, do time do Nacional (Uruguai), durante partida válida pela Copa Libertadores, em São Paulo, ligou o alerta sobre os riscos de problemas cardíacos em pessoas jovens.
Em geral, as pessoas costumam imaginar que problemas de coração sejam riscos limitados a pessoas idosas. Na verdade, há condições que podem afetar pessoas de todas as idades.
Se você quer entender melhor esse caso e aprender a se proteger ou proteger sua família, continue a leitura!
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O que é arritmia cardíaca?
Arritmia cardíaca é uma condição em que o ritmo dos batimentos do coração se torna irregular, seja muito rápido (taquicardia), muito lento (bradicardia) ou desorganizado (fibrilação).
O coração depende de sinais elétricos para bater de maneira ritmada e eficiente. Quando esses sinais falham ou ficam irregulares, ocorre a arritmia. Embora algumas arritmias sejam inofensivas, outras podem ser graves, causando complicações sérias como desmaios, falência cardíaca ou até mesmo morte súbita.
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Existem vários tipos de arritmia, como:
✅ Fibrilação atrial – É o tipo mais comum e faz o coração bater de maneira irregular e muito rápida.
✅ Taquicardia ventricular – Uma arritmia que começa nos ventrículos e pode ser perigosa se não tratada rapidamente.
✅ Bradicardia – Quando o coração bate de forma mais lenta do que o normal.
No caso de atletas, como o jogador Juan Izquierdo, a arritmia pode ser desencadeada por vários fatores, como estresse físico extremo, desidratação ou mesmo uma tendência genética.
Esses episódios de arritmia podem levar a consequências graves, como foi o caso de Izquierdo, que sofreu uma parada cardíaca durante uma partida.
A detecção precoce e o tratamento adequado das arritmias são cruciais para evitar complicações. Para isso, exames cardíacos regulares, especialmente em pessoas com histórico familiar ou sintomas de arritmia, são essenciais.
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Arritmia e exercícios físicos: o que atletas e praticantes de esportes devem saber
A arritmia cardíaca pode ser um risco para quem pratica exercícios físicos, especialmente atletas de alta performance.
O coração de um atleta já trabalha mais intensamente durante o exercício, e, se houver uma arritmia, o ritmo dos batimentos pode ficar desorganizado, o que aumenta o risco de complicações graves, como desmaios, paradas cardíacas ou até morte súbita.
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Como a arritmia pode afetar a prática de atividades físicas?
Quando uma arritmia ocorre, o coração não bombeia sangue de maneira eficiente. Isso significa que o corpo pode não receber oxigênio suficiente durante o exercício. Para quem pratica esportes, esse problema pode se agravar com o esforço físico, aumentando os riscos de episódios graves, como aconteceu com o jogador Juan Izquierdo.
Atletas podem estar expostos a vários fatores que aumentam o risco de arritmia, como:
✅ Esforço físico extremo – Exercícios de alta intensidade podem sobrecarregar o coração.
✅ Desidratação – A falta de líquidos pode afetar o equilíbrio de eletrólitos no corpo, que é essencial para manter o ritmo cardíaco.
✅ Uso de substâncias – Estimulantes, como cafeína e alguns suplementos, podem acelerar os batimentos e aumentar o risco de arritmia.
✅ Condições genéticas – Algumas pessoas têm maior predisposição para desenvolver arritmias, especialmente se houver histórico familiar.
É importante que atletas e praticantes de exercícios físicos façam exames cardíacos regulares para detectar qualquer problema antes que ele cause complicações. Dessa forma, eles podem continuar praticando atividades físicas com segurança.
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Sintomas de alerta: quando interromper os exercícios?
Quem pratica exercícios físicos deve ficar atento aos sinais que o corpo dá, especialmente quando há problemas cardíacos como a arritmia. Algumas arritmias podem ser silenciosas, mas outras podem causar sintomas que precisam ser levados a sério.
Por isso, é importante saber quando parar o exercício e procurar ajuda médica para evitar complicações graves. Alguns dos sintomas que podem indicar que está havendo uma arritmia durante o exercício são:
✅ Palpitações – Se você sentir o coração batendo muito rápido, forte ou de forma irregular, isso pode ser um sinal de arritmia.
✅ Tontura ou desmaios – Sensação de fraqueza ou desmaio pode indicar que o coração não está bombeando sangue suficiente para o cérebro.
✅ Falta de ar fora do normal – Se você sentir dificuldade para respirar, mesmo em atividades que não costumam ser tão intensas, isso pode ser um alerta.
✅ Dor no peito – Qualquer dor no peito deve ser investigada imediatamente, pois pode ser um sinal de problemas cardíacos graves.
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O que fazer ao sentir esses sintomas?
Se você sentir qualquer um desses sintomas, o ideal é interromper o exercício imediatamente. Não tente forçar o corpo além de seus limites. Procure ajuda médica o mais rápido possível para avaliar a saúde do coração.
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A importância de estar atento aos sinais
Reconhecer esses sintomas precocemente pode evitar complicações sérias. É sempre melhor interromper a atividade e buscar orientação médica do que correr o risco de agravar um problema cardíaco. Para atletas, é essencial manter check-ups cardíacos regulares e seguir as orientações dos especialistas.
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Arritmia impede a prática de exercícios físicos?
A arritmia não significa necessariamente que a pessoa precisa parar de praticar exercícios físicos, mas é algo que precisa ser monitorado com atenção. Muitas pessoas com arritmia conseguem se exercitar de forma segura, desde que sigam o tratamento adequado e as recomendações médicas.
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Quando a arritmia pode impedir exercícios?
Existem casos em que a arritmia é mais grave e pode aumentar os riscos durante a atividade física, especialmente quando não está sendo controlada. Se a pessoa tem uma arritmia que causa sintomas fortes, como desmaios, falta de ar ou dor no peito, o médico pode recomendar a suspensão temporária dos exercícios até que a condição esteja estabilizada.
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Tratamentos e controle da arritmia
Hoje em dia, existem várias formas de tratar e controlar a arritmia, permitindo que a pessoa leve uma vida ativa:
✅ Medicamentos – Alguns medicamentos ajudam a regular o ritmo cardíaco e podem ser usados por quem deseja continuar praticando exercícios.
✅ Marcapasso – Em casos mais graves, um marcapasso pode ser necessário para ajudar o coração a manter o ritmo correto.
✅ Ablação cardíaca – Esse procedimento pode eliminar áreas do coração que estão causando as batidas irregulares, ajudando a pessoa a voltar à sua rotina normal, incluindo a prática de exercícios.
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Exercícios seguros para quem tem arritmia
Mesmo para quem tem arritmia, existem exercícios que podem ser seguros e benéficos para o coração. Atividades de baixo impacto – como caminhadas leves, natação, yoga ou alongamentos – são ótimas opções que podem ajudar a manter a saúde cardiovascular sem sobrecarregar o coração.
O importante é que qualquer pessoa com arritmia consulte um cardiologista antes de iniciar ou continuar uma rotina de exercícios. Esse(a) especialista irá avaliar a condição e criar um plano de atividade física seguro e personalizado, permitindo que a pessoa mantenha uma vida ativa e saudável.
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Problema silencioso, que causa o endurecimento e reduz o fluxo de sangue nas artérias, a aterosclerose é uma condição que pode levar a riscos graves, até mesmo à vida.
Ela pode ocorrer em diferentes partes do corpo, afetando diferentes órgãos e tecidos, causando desde dor na perda até um derrame.
Para que você possa entender (de verdade) o que é esse problema e aprender como se proteger, listamos logo abaixo as informações mais importantes sobre a aterosclerose.
Confira!
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O que é aterosclerose?
A aterosclerose é uma condição crônica e progressiva, caracterizada pelo endurecimento e estreitamento das artérias devido ao acúmulo de placas de gordura, colesterol, cálcio e outras substâncias na parede interna das artérias.
Essas placas, conhecidas como ateromas, podem se formar em qualquer artéria do corpo, incluindo as artérias do coração, cérebro, rins e pernas, comprometendo o fluxo sanguíneo e, consequentemente, o fornecimento de oxigênio e nutrientes para os tecidos e órgãos.
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Como a aterosclerose se desenvolve?
O desenvolvimento da aterosclerose é um processo complexo, que ocorre ao longo de muitos anos e geralmente começa na infância ou adolescência, progredindo silenciosamente até a idade adulta.
A formação das placas de ateroma envolve várias etapas:
✅ Dano à camada interna das artérias (endotélio) – O processo de aterosclerose começa com uma lesão ou dano ao endotélio, que é a camada interna e delicada das artérias. Esse dano pode ser causado por vários fatores, incluindo pressão arterial elevada, níveis elevados de colesterol, tabagismo, diabetes e inflamação.
✅ Acúmulo de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) – Após o dano ao endotélio, as lipoproteínas de baixa densidade (LDL), conhecidas como “colesterol ruim”, penetram na parede arterial danificada e começam a se acumular. Essas LDL oxidam, o que desencadeia uma resposta inflamatória.
✅ Resposta inflamatória e formação de placas – Em resposta ao acúmulo de LDL oxidado, os glóbulos brancos (macrófagos) são atraídos para o local e tentam “limpar” o colesterol. No entanto, eles podem se transformar em células espumosas carregadas de gordura, contribuindo para a formação de placas gordurosas.
✅ Endurecimento e estreitamento das artérias – À medida que as placas se acumulam, as paredes das artérias ficam mais espessas e rígidas, um processo conhecido como esclerose. Isso diminui a elasticidade das artérias e estreita o lúmen (a passagem interna da artéria), restringindo o fluxo sanguíneo.
✅ Ruptura de placas e formação de coágulos – Em casos avançados, a superfície das placas pode se romper devido à inflamação contínua e ao estresse mecânico. Quando isso ocorre, o conteúdo da placa entra em contato com o sangue, levando à formação de um coágulo (trombose) no local. Esses coágulos podem obstruir completamente o fluxo sanguíneo na artéria afetada ou se desprender e viajar para outros locais, causando complicações graves, como ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC).
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Diferenças entre aterosclerose e arteriosclerose
Embora frequentemente usados como sendo a mesma coisa, aterosclerose e arteriosclerose não são sinônimos.
Arteriosclerose é um termo genérico, que se refere ao endurecimento e perda de elasticidade das artérias. Por outro lado, a aterosclerose é um tipo específico de arteriosclerose, que envolve o acúmulo de placas de gordura (ateromas) dentro das artérias.
Portanto, enquanto todas as ateroscleroses são formas de arteriosclerose, nem todas as arterioscleroses são necessariamente ateroscleroses.
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Quais os riscos da aterosclerose?
A aterosclerose é uma das principais causas de doenças cardiovasculares e está associada a condições graves, como:
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Doença arterial coronariana (DAC)
Ocorre quando a aterosclerose afeta as artérias coronárias que fornecem sangue ao coração, aumentando o risco de angina (dor no peito) e infarto do miocárdio (ataque cardíaco).
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Doença arterial carotídea
A aterosclerose nas artérias carótidas, que fornecem sangue ao cérebro, pode levar a acidentes vasculares cerebrais (AVC) e a ataques isquêmicos transitórios (AIT).
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Doença arterial periférica (DAP)
Quando a aterosclerose ocorre nas artérias das pernas e braços, pode causar dor ao caminhar e aumentar o risco de infecções e úlceras nos membros inferiores.
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Aneurisma aórtico
A aterosclerose pode enfraquecer a parede da aorta, a maior artéria do corpo, levando à formação de um aneurisma (dilatação da artéria), que pode se romper e causar sangramento interno fatal.
A aterosclerose é uma condição progressiva e frequentemente silenciosa, até que atinja um estágio avançado, o que ressalta a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
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A aterosclerose dá algum sintoma? Como perceber?
A aterosclerose é uma doença silenciosa e progressiva, o que significa que muitas pessoas podem não apresentar sintomas por muitos anos, até que as artérias estejam significativamente estreitadas ou bloqueadas. O que a torna ainda mais perigosa.
Os sintomas de aterosclerose geralmente começam a se manifestar quando o fluxo sanguíneo para os órgãos e tecidos é reduzido, levando a complicações mais graves.
A natureza e a gravidade dos sintomas dependem das artérias afetadas e da extensão do estreitamento ou bloqueio.
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Aterosclerose nas artérias coronárias (doença arterial coronariana)
Quando a aterosclerose afeta as artérias coronárias, que fornecem sangue ao coração, os sintomas mais comuns incluem:
✅ Dor no peito (angina) – Uma dor ou desconforto no peito, muitas vezes descrito como uma sensação de aperto, pressão ou queimação. A angina pode se estender para os ombros, braços, pescoço, mandíbula ou costas. Ela geralmente ocorre durante atividades físicas ou estresse emocional, quando o coração necessita de mais oxigênio do que as artérias estreitadas podem fornecer.
✅ Falta de ar – Devido à redução no fluxo de sangue e oxigênio para o coração, as pessoas podem experimentar falta de ar, especialmente durante a atividade física ou mesmo em repouso em casos mais graves.
✅ Ataque cardíaco (infarto do miocárdio) – Quando uma artéria coronária é bloqueada completamente por um coágulo sanguíneo sobre uma placa de ateroma rompida, ocorre um ataque cardíaco. Os sintomas incluem dor intensa no peito que pode irradiar para outras partes do corpo, falta de ar, sudorese, náusea e tontura. Esse é um quadro de emergência médica que requer tratamento imediato.
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Aterosclerose nas artérias carótidas
As artérias carótidas são responsáveis por fornecer sangue ao cérebro. Quando a aterosclerose afeta essas artérias, os sintomas podem ser sutis ou manifestar-se como sinais de alerta de um possível acidente vascular cerebral (AVC):
✅ Ataques isquêmicos transitórios (AIT) – Também conhecidos como “mini-AVCs”, são episódios temporários, que ocorrem quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é bloqueado por um curto período. Os sintomas incluem fraqueza ou dormência em um lado do corpo, dificuldade para falar ou entender a fala, visão turva ou perda de visão em um ou ambos os olhos e perda de equilíbrio ou coordenação. Embora os sintomas do AIT desapareçam rapidamente, geralmente em minutos a horas, eles são um sinal de alerta para um risco iminente de AVC.
✅ Acidente vascular cerebral (AVC) – Quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido por um coágulo ou por uma placa de ateroma que rompe e obstrui uma artéria, pode ocorrer um AVC. Os sintomas são semelhantes aos do AIT, mas duram mais tempo e podem causar danos permanentes ao cérebro.
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Aterosclerose nas artérias periféricas (doença arterial periférica)
A DAP ocorre quando a aterosclerose afeta as artérias que fornecem sangue às pernas, braços e outras partes do corpo. Os sintomas típicos incluem:
✅ Claudicação intermitente – Dor, cãibras ou sensação de queimação nas pernas ou quadris durante a caminhada ou exercício, que melhora com o repouso. Esse sintoma ocorre devido ao fluxo sanguíneo insuficiente para os músculos durante a atividade física.
✅ Pele fria ou pálida – As extremidades, como os pés e dedos, podem parecer mais frias do que o resto do corpo devido à circulação inadequada. A pele também pode apresentar coloração pálida ou azulada.
✅ Feridas que demoram a cicatrizar – Feridas nos pés ou nas pernas que não cicatrizam bem podem ser um sinal de DAP avançada. Em casos graves, a falta de fluxo sanguíneo adequado pode levar a gangrena, necessitando de amputação.
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Aterosclerose nas artérias renais
Quando a aterosclerose afeta as artérias que fornecem sangue aos rins, pode causar problemas renais e hipertensão. Os sintomas incluem:
✅ Pressão arterial elevada (hipertensão) – O estreitamento das artérias renais reduz o fluxo sanguíneo para os rins, o que pode causar hipertensão secundária, uma forma de pressão alta que é difícil de controlar com medicamentos convencionais.
✅ Função renal reduzida – A diminuição do fluxo sanguíneo para os rins pode prejudicar sua capacidade de filtrar resíduos do sangue, levando a uma piora da função renal e, possivelmente, insuficiência renal.
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Aneurismas e rupturas
A aterosclerose pode enfraquecer a parede das artérias, resultando em aneurismas, que são dilatações anormais das artérias. Embora os aneurismas possam ser assintomáticos, a ruptura de um aneurisma pode causar dor intensa, queda de pressão sanguínea e choque, exigindo intervenção médica urgente.
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Causas e fatores de risco da aterosclerose
A aterosclerose é uma condição complexa, que resulta de uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Entender as causas e os fatores de risco é fundamental para a prevenção e o controle da doença.
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Níveis elevados de colesterol
O colesterol é uma substância cerosa que, em excesso, pode se acumular nas paredes das artérias. O colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), conhecido como “colesterol ruim”, é particularmente prejudicial. Quando o LDL se oxida, ele provoca uma resposta inflamatória, levando ao acúmulo de placas de gordura e outros detritos celulares nas artérias.
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Pressão alta
A pressão alta pode danificar o endotélio das artérias ao longo do tempo. Essa pressão excessiva enfraquece a parede arterial e facilita a infiltração de LDL e outros materiais, promovendo a formação de placas.
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Inflamação crônica
Inflamação de baixo grau crônica, em resposta a fatores como obesidade, infecções ou doenças autoimunes, pode contribuir para o desenvolvimento da aterosclerose. A inflamação danifica as paredes arteriais e torna mais provável o acúmulo de placas.
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Fumar
As substâncias químicas presentes no cigarro danificam o endotélio das artérias, aumentam a aderência das células sanguíneas e elevam os níveis de colesterol LDL. Fumantes têm um risco significativamente maior de desenvolver aterosclerose em comparação com não fumantes.
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Diabetes
Pessoas com diabetes ou resistência à insulina apresentam maior risco de aterosclerose. Níveis elevados de glicose no sangue podem danificar as artérias e aumentar o acúmulo de placas. Além disso, o diabetes está frequentemente associado a outros fatores de risco, como hipertensão e colesterol alto.
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Obesidade
O excesso de peso está associado a níveis elevados de colesterol LDL e triglicerídeos, pressão arterial alta e resistência à insulina, todos fatores que contribuem para o desenvolvimento da aterosclerose.
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Fatores de risco para aterosclerose
Além das causas diretas, vários fatores de risco aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver aterosclerose, como:
✅ Idade – O risco de aterosclerose aumenta com a idade. À medida que envelhecemos, as artérias naturalmente perdem parte de sua elasticidade e tornam-se mais propensas ao acúmulo de placas.
✅ Histórico familiar e predisposição genética – Ter um histórico familiar de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio ou AVC, aumenta o risco de aterosclerose.
✅ Sexo – Homens são mais propensos a desenvolver aterosclerose em uma idade mais jovem do que mulheres. No entanto, após a menopausa, o risco de aterosclerose nas mulheres aumenta, possivelmente devido à redução dos níveis de estrogênio, que tem um efeito protetor sobre as artérias.
✅ Sedentarismo – A falta de atividade física regular está associada a uma série de fatores de risco para aterosclerose, incluindo obesidade, pressão arterial elevada, baixos níveis de colesterol HDL (colesterol “bom”) e aumento da resistência à insulina.
✅ Dieta rica em gorduras saturadas e trans – O consumo de uma dieta rica em gorduras saturadas e trans contribui para o aumento dos níveis de colesterol LDL no sangue. Alimentos processados, frituras e carnes gordurosas são exemplos de alimentos que contêm essas gorduras prejudiciais.
✅ Estresse crônico – O estresse emocional constante pode contribuir para a hipertensão e outros comportamentos de risco, como alimentação inadequada e tabagismo, aumentando o risco de aterosclerose.
✅ Consumo excessivo de álcool – Embora o consumo moderado de álcool possa ter alguns benefícios para a saúde cardiovascular, o consumo excessivo está associado ao aumento da pressão arterial, obesidade e níveis elevados de triglicerídeos, fatores que contribuem para a aterosclerose.
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Diagnóstico da aterosclerose
O diagnóstico precoce da aterosclerose é essencial para evitar complicações graves, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e doença arterial periférica.
Conheça os principais métodos de diagnóstico utilizados para detectar a aterosclerose e avaliar a saúde cardiovascular.
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Anamnese e exame físico
O primeiro passo para diagnosticar a aterosclerose envolve uma consulta detalhada – de preferência com um médico cardiologista – quando serão avaliados os antecedentes médicos, histórico familiar de doenças cardiovasculares e presença de fatores de risco, como tabagismo, hipertensão, diabetes e colesterol alto.
Durante o exame físico, o médico pode verificar sinais de má circulação, como pulsos fracos ou ausentes em áreas específicas, ruídos anormais (sopros) nas artérias, e alterações na pele, como palidez ou temperatura mais fria em membros inferiores.
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Exames de sangue
Testes laboratoriais são fundamentais para medir os níveis de colesterol total, LDL (colesterol ruim), HDL (colesterol bom) e triglicerídeos.
Além disso, exames de sangue podem avaliar a presença de marcadores inflamatórios, como a proteína C-reativa (PCR), que está associada a um risco aumentado de doenças cardiovasculares.
Já a glicose no sangue e os níveis de hemoglobina glicada também são medidos para avaliar o risco de diabetes, que é um fator de risco significativo para a aterosclerose.
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Eletrocardiograma (ECG)
O eletrocardiograma é um exame simples e não invasivo que registra a atividade elétrica do coração. Alterações no ECG podem indicar isquemia (fluxo sanguíneo reduzido) para o coração, o que sugere a presença de doença arterial coronariana. Embora o ECG não possa confirmar a aterosclerose, ele pode detectar sinais de danos causados por obstruções arteriais.
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Teste de esforço (teste ergométrico)
Este exame avalia a resposta do coração ao esforço físico. Durante o teste, o paciente caminha ou corre em uma esteira, enquanto é monitorado com um eletrocardiograma e um medidor de pressão arterial.
O teste de esforço pode revelar problemas de fluxo sanguíneo para o coração que não são aparentes em repouso, ajudando a identificar a doença arterial coronariana associada à aterosclerose.
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Ecocardiograma
O ecocardiograma utiliza ondas de ultrassom para criar imagens do coração em movimento. Este exame permite ao médico avaliar a função do coração e das válvulas cardíacas, além de detectar problemas estruturais.
O ecocardiograma pode identificar áreas do coração que não estão recebendo oxigênio suficiente devido a obstruções arteriais, sugerindo a presença de aterosclerose.
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Ultrassonografia com doppler
A ecografia com doppler é um exame não invasivo, que utiliza ondas sonoras para avaliar o fluxo sanguíneo nas artérias e veias. É especialmente útil para examinar as artérias carótidas no pescoço e as artérias nas pernas.
O Doppler pode detectar estreitamentos ou bloqueios nas artérias, que são indicativos de aterosclerose, e medir a velocidade do fluxo sanguíneo, ajudando a identificar áreas com circulação comprometida.
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Angiografia coronária (cateterismo cardíaco)
A angiografia coronária é um exame invasivo, considerado o padrão-ouro para diagnosticar a aterosclerose nas artérias coronárias. Durante o procedimento, um cateter é inserido em uma artéria, geralmente na virilha ou no braço, e avançado até as artérias coronárias.
Um corante de contraste é injetado, permitindo que as artérias sejam visualizadas por meio de raios-X. A angiografia pode mostrar estreitamentos e bloqueios nas artérias coronárias em tempo real, ajudando a planejar tratamentos como angioplastia ou cirurgia de revascularização.
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Angiotomografia computadorizada (angio-TC) e angiorressonância magnética (angio-RM)
Esses exames de imagem avançados oferecem uma visão detalhada das artérias e são utilizados para diagnosticar a aterosclerose em várias partes do corpo.
A Angio-TC e a Angio-RM podem identificar placas de ateroma, medir a espessura das paredes arteriais e avaliar a extensão do estreitamento arterial. Esses métodos são menos invasivos que a angiografia tradicional e fornecem informações valiosas sobre a presença e a gravidade da aterosclerose.
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