O estresse se tornou uma companhia constante da maioria das pessoas. No entanto, estudos revelam que as mulheres são mais afetadas pelos seus efeitos nocivos. Mas por que isso acontece? A resposta envolve uma complexa relação entre questões biológicas, sociais e emocionais.
Neste artigo, você vai conhecer as razões por que o estresse afeta mais a saúde das mulheres, como lidar nesses momentos, além de dicas de autocuidado para que as mulheres possam proteger sua saúde e bem-estar. Siga a leitura e saiba tudo sobre o estresse feminino e seus riscos!
Por que as mulheres são mais afetadas?
As diferenças na forma como homens e mulheres lidam com o estresse vão além dos fatores sociais e emocionais. Têm a ver também com questões fisiológicas e até hormonais.
Questões hormonais
Quando uma mulher passa por uma situação de estresse, são liberados hormônios que preparam o corpo para agir. Esse sistema hormonal, chamado de eixo HPA, funciona assim: o cérebro envia um sinal para a glândula pituitária, que libera hormônios que estimulam as glândulas adrenais a produzirem cortisol, o hormônio do estresse.
Pesquisas mostram que, nas mulheres, esse sistema tende a reagir de forma mais intensa e por mais tempo do que nos homens, resultando em mais cortisol no corpo.
Os hormônios estrogênio e progesterona também influenciam essa resposta ao estresse feminino. O estrogênio pode aumentar a reação ao estresse, enquanto a progesterona pode ter um efeito calmante.
As mudanças nos níveis desses hormônios durante o ciclo menstrual, na gravidez e na menopausa podem fazer com que as mulheres reajam de formas diferentes ao estresse em cada fase da vida. Entenda como cada situação influencia:
✅ Menstruação: As alterações hormonais durante o ciclo menstrual podem exacerbar os sintomas de estresse, como ansiedade e irritabilidade.
✅ Gravidez: O estresse durante a gravidez pode aumentar o risco de complicações, como parto prematuro e baixo peso ao nascer.
✅ Menopausa: A queda nos níveis de estrogênio durante a menopausa pode tornar as mulheres mais vulneráveis aos efeitos do estresse, como ondas de calor, insônia e alterações de humor.
Fatores psicossociais
As mulheres frequentemente enfrentam uma carga psicossocial que contribui para o aumento do estresse e seus impactos na saúde. A combinação entre fatores sociais, culturais e emocionais cria um cenário complexo que exige atenção. Entre os principais, estão:
✅ Dupla jornada – A divisão desigual das responsabilidades domésticas e familiares sobrecarrega muitas mulheres, que conciliam o trabalho remunerado com o cuidado dos filhos, tarefas domésticas e atenção aos familiares. Essa dupla jornada pode levar à exaustão física e mental, aumentando os níveis de estresse.
✅ Pressões sociais e culturais – A sociedade impõe às mulheres padrões de beleza irreais, papéis de gênero rígidos e expectativas elevadas em relação ao desempenho em diversas áreas da vida. A pressão para se adequar a esses padrões pode gerar ansiedade, baixa autoestima e estresse crônico.
✅ Desigualdades no trabalho – Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam desigualdades no ambiente de trabalho, como assédio, discriminação salarial e dificuldades de ascensão profissional. Essas situações geram estresse e podem afetar a saúde mental e emocional.
✅ Violência de gênero – A violência de gênero, seja física, psicológica ou sexual, é uma grave violação dos direitos humanos que afeta a saúde e o bem-estar das mulheres. O estresse pós-traumático, a ansiedade e a depressão são algumas das consequências da violência de gênero.
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👉 Saiba mais – Como o estresse no trabalho afeta a saúde do coração
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Efeitos do estresse feminino na saúde
O estresse crônico pode desencadear uma série de efeitos negativos na saúde das mulheres, afetando diferentes sistemas do corpo e comprometendo o bem-estar geral.
Saúde mental
O estresse crônico aumenta a produção de cortisol, que pode afetar a regulação do humor e levar ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão.
A sobrecarga de trabalho e responsabilidades pode levar à exaustão emocional, caracterizada pelo burnout, com sintomas como fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração.
Saúde reprodutiva
O estresse pode desregular o ciclo menstrual, causando irregularidades, cólicas intensas e síndrome pré-menstrual (TPM) exacerbada. Além disso, pode afetar a produção de hormônios reprodutivos, dificultando a concepção.
Já o estresse durante a gravidez pode aumentar o risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer e pré-eclâmpsia.
Saúde gastrointestinal
O estresse pode exacerbar os sintomas da Síndrome do intestino irritável (SII), como dor abdominal, inchaço e alterações no ritmo intestinal.
Além disso, também aumenta a produção de ácido no estômago, o que pode levar ao desenvolvimento de gastrite e úlceras.
Saúde da pele e cabelos
O estresse aumenta a produção de sebo, o que pode obstruir os poros e levar ao desenvolvimento de acne e também pode provocar queda de cabelo, tanto temporária quanto permanente.
Já o cortisol em excesso pode danificar o colágeno e a elastina, proteínas que mantêm a pele firme e jovem, levando ao envelhecimento precoce.
Impactos do estresse na saúde do coração
O estresse crônico eleva a pressão arterial e a frequência cardíaca, aumentando o risco de doenças cardíacas, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
A exposição prolongada ao estresse pode levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial, um importante fator de risco para doenças cardiovasculares.
Como se cuidar?
Diante do impacto significativo do estresse na saúde feminina, é fundamental tomar alguns cuidados e estratégias para promover o bem-estar físico e emocional. Entre as principais, estão:
Técnicas de relaxamento
✅ Meditação: A prática regular de meditação ajuda a acalmar a mente, reduzir a ansiedade e aumentar a resiliência ao estresse.
✅ Ioga: A combinação de posturas físicas, técnicas de respiração e meditação da ioga promove relaxamento, flexibilidade e equilíbrio emocional.
✅ Respiração profunda: Exercícios de respiração profunda ajudam a acalmar o sistema nervoso, reduzir a frequência cardíaca e promover a sensação de relaxamento.
✅ Mindfulness: O mindfulness, ou atenção plena, é a prática de focar no presente, com atenção e aceitação, o que pode reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão.
Atividade física
✅ Exercícios regulares: A atividade física regular libera endorfinas, hormônios que promovem a sensação de bem-estar e reduzem o estresse.
✅ Escolha atividades prazerosas: Opte por atividades físicas que você goste, como caminhada, corrida, dança, natação ou ioga.
✅ Defina metas realistas: Comece com pequenas metas e aumente gradualmente a intensidade e a duração dos exercícios.
Alimentação equilibrada
✅ Nutrientes para o bem-estar: Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras fornece os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo e da mente.
✅ Evite alimentos processados: Alimentos processados, ricos em açúcar, gordura saturada e sódio, podem aumentar a ansiedade e prejudicar a saúde.
✅ Hidratação: Beba água regularmente para manter o corpo hidratado e favorecer o bom funcionamento do cérebro.
Sono de qualidade
✅ Rotina de sono: Estabeleça horários regulares para dormir e acordar, mesmo nos finais de semana.
✅ Ambiente propício: Crie um ambiente de sono escuro, silencioso e com temperatura agradável.
✅ Evite estimulantes: Evite cafeína, álcool e nicotina antes de dormir.
✅ Telas: Evite usar telas de aparelhos eletrônicos antes de dormir.
Busca por apoio
✅ Terapia: A terapia com um psicólogo ou psiquiatra pode ajudar a desenvolver estratégias de enfrentamento e lidar com o estresse crônico.
✅ Grupos de apoio: Participar de grupos de apoio com outras mulheres que enfrentam situações semelhantes pode proporcionar suporte emocional e compartilhar experiências.
✅ Rede de suporte social: Cultivar relacionamentos saudáveis com amigos, familiares e colegas pode fornecer apoio emocional e reduzir o estresse.
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