Infarto silencioso: como reconhecer? Quais exames fazer?

A maioria das pessoas conhece os sintomas clássicos de um infarto, como dor no peito que se irradia para o braço esquerdo. Mas sabia que é possível ter um infarto e não ter sintomas claros?

Estamos falando do infarto silencioso.

Nesse quadro os sintomas são sutis (ou até ausentes), o que torna tudo ainda mais perigoso, já que a pessoa deixa de buscar uma avaliação médica ou demora para fazer isso.

A seguir, nós te ajudamos a entender o que é um infarto silencioso, como reconhecê-lo mais facilmente e os exames usados para diagnosticá-lo.

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Afinal, o que é um infarto silencioso?

O infarto silencioso é um tipo de ataque cardíaco, que ocorre sem os sintomas típicos associados a um infarto clássico. Muitos pacientes que sofrem um infarto silencioso podem não perceber que tiveram um problema cardíaco, pois os sintomas são sutis ou inexistentes. 

Esse tipo de infarto é particularmente perigoso porque a falta de sintomas visíveis pode levar ao atraso no diagnóstico e tratamento, aumentando o risco de complicações graves ou até fatais.

Conheça as principais diferenças entre um infarto silencioso e um infarto com sintomas clássicos:

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Sintomas

No caso de um infarto silencioso, os sintomas são leves ou ausentes e, por isso, são frequentemente confundidos com outras condições menos graves, como indigestão ou estresse. Quando presentes, os sintomas podem incluir:

✅ desconforto leve no peito;

✅ fadiga inexplicável;

✅ dor leve nas costas, mandíbula ou braço esquerdo;

✅ náuseas. 

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Já no caso de um infarto com sintomas clássicos, os sintomas são intensos e imediatos, como:

✅ dor ou pressão severa no peito;

✅ dor forte irradiando para o braço esquerdo, mandíbula, pescoço ou costas;

✅ suor excessivo;

✅ falta de ar;

✅ tontura

✅ desmaios.

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Reconhecimento e diagnóstico

Devido à ausência de sintomas graves, muitas vezes um infarto silencioso só é identificado durante exames de rotina ou investigações de outros problemas de saúde, como num exame de eletrocardiograma (ECG), que pode revelar sinais de um infarto anterior que passou despercebido.

Já um infarto com sintomas clássicos geralmente é reconhecido rapidamente devido aos sintomas agudos. A maioria dos pacientes procura atendimento médico imediato, e o diagnóstico é confirmado por meio de ECG, exames de sangue (para detectar enzimas cardíacas) e outros exames de imagem.

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Risco e prognóstico

Já em relação aos riscos, infartos silenciosos em geral são subnotificados e costumam não ser tratados imediatamente, o que pode levar a danos permanentes no coração e aumento do risco de um novo infarto ou insuficiência cardíaca. A falta de tratamento também pode resultar em cicatrizes no tecido cardíaco, que comprometem a função cardíaca.

Embora também sejam graves, a presença de sintomas intensos nos infartos mais usuais geralmente leva a uma resposta médica rápida, o que aumenta as chances de tratamento eficaz e recuperação. No entanto, se não tratado imediatamente, pode causar danos graves ao coração ou ser fatal.

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👉 Saiba mais – Sintomas de infarto em homens e mulheres

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Infarto silencioso: diagnóstico e exames

Detectar um infarto silencioso pode ser desafiador devido à ausência de sintomas clássicos. No entanto, vários exames são eficazes na identificação de danos ao coração causados por infartos não diagnosticados. 

Conhecer e realizar esses exames regularmente (check-up cardiológico), especialmente em indivíduos com fatores de risco, é crucial para prevenir complicações graves. Aqui estão os principais exames utilizados:

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Eletrocardiograma (ECG)

O eletrocardiograma é um exame que registra a atividade elétrica do coração por meio de eletrodos colocados na pele do paciente. Ele detecta irregularidades no ritmo e nos padrões elétricos do coração.

Um ECG pode revelar sinais de um infarto anterior, mesmo que o paciente não tenha apresentado sintomas. Alterações específicas nos traçados do ECG indicam cicatrizes ou áreas do coração que não estão recebendo oxigênio adequadamente, sugerindo um infarto silencioso.

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Ecocardiograma

O ecocardiograma utiliza ondas sonoras (ultrassom) para criar imagens do coração em movimento. É um exame não invasivo e indolor que fornece detalhes sobre a estrutura e a função do coração.

Este exame pode mostrar áreas do músculo cardíaco que foram danificadas e que não se contraem de maneira adequada, indicando a presença de cicatrizes de um infarto. Além disso, pode ajudar a avaliar a capacidade do coração de bombear sangue, um indicador crucial da saúde cardíaca.

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Exames de sangue

Exames de sangue específicos podem detectar a presença de enzimas e proteínas liberadas no sangue quando há dano ao músculo cardíaco. As mais comuns são as troponinas e a creatina quinase (CK-MB).

Embora os níveis dessas enzimas sejam mais comumente usados para diagnosticar infartos recentes, eles também podem indicar danos cardíacos passados que podem ter ocorrido de forma silenciosa.

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Ressonância magnética cardíaca

A ressonância usa campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do coração. Este exame pode ser realizado com contraste para visualizar com precisão as áreas do músculo cardíaco.

Esse exame é particularmente útil para identificar cicatrizes e áreas de fibrose no coração, resultantes de infartos passados. É um exame altamente sensível para detectar danos que não são visíveis em outros tipos de imagens.

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Tomografia computadorizada do coração

A TC cardíaca usa raios-X para criar imagens detalhadas das artérias coronárias e do coração. Pode ser realizada com ou sem a injeção de um contraste.

Este exame é útil para identificar placas de gordura e cálcio nas artérias coronárias, que podem ter causado um infarto silencioso. Também ajuda a avaliar o risco de futuros eventos cardíacos.

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Angiografia coronariana

A angiografia é um exame invasivo, que envolve a injeção de um contraste nas artérias coronárias, seguido de imagens de raios-X para visualizar o fluxo sanguíneo.

É considerado o padrão-ouro para diagnosticar doenças coronarianas. Pode identificar bloqueios e áreas onde o fluxo sanguíneo foi reduzido ou interrompido, o que pode indicar um infarto passado.

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Importância do diagnóstico precoce

Detectar um infarto silencioso o mais cedo possível é vital para iniciar um tratamento adequado e prevenir complicações futuras. O diagnóstico precoce permite que os(as) cardiologistas prescrevam tratamentos que podem melhorar a função cardíaca e reduzir o risco de um segundo infarto, que pode ser mais grave e sintomático.

Pacientes com fatores de risco elevados – como diabetes, hipertensão, colesterol alto, histórico familiar de doenças cardíacas e tabagismo – devem realizar exames regulares para monitorar a saúde do coração. 

A detecção precoce e o manejo adequado de um infarto silencioso podem salvar vidas e melhorar significativamente a qualidade de vida.

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Qual a diferença entre dor muscular e dor de infarto?

Apesar de terem origens e riscos muito diferentes, alguns tipos de dor muscular podem se confundir com a dor de um infarto, causando muita preocupação, tanto na própria pessoa quanto em quem está próximo. 

Naturalmente, há casos em que apenas especialistas (como cardiologistas) poderão definir com certeza a origem da dor, mas saber identificar alguns sinais pode te ajudar a conduzir o problema da melhor forma – por conta própria ou buscando ajuda médica.

Pensando nisso, listamos abaixo os principais sinais de cada um desses quadros para te ajudar a identificar cada caso mais facilmente; seja em si, seja em alguém próximo. 

Boa leitura!

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Qual a diferença entre dor muscular e dor de infarto

Inicialmente, vale reforçar que, em alguns casos, apenas a avaliação de um(a) cardiologista poderá diagnosticar realmente um problema cardíaco, e as orientações a seguir seguem apenas como direcionamentos para facilitar a identificação de cada caso e ajudar você a avaliar se é hora de buscar ajuda médica. 

Para ajudar na diferenciação entre dores musculares e a dor de um infarto, é importante destacar as características específicas de cada tipo de dor. Aqui estão as principais delas:

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Dor muscular

Uma das principais formas de diferenciar esses dois tipos de dores é tentar identificar possíveis causas para a queixa. No caso de dores musculares, as causas mais comuns costumam ser:

✅ Esforço físico – Exercícios intensos, atividades físicas extenuantes ou novos tipos de exercícios podem causar dor muscular.

✅ Lesões – Contusões, distensões ou torções podem resultar em dores musculares.

✅ Tensão ou estresse – Estresse emocional e físico pode levar a tensões musculares, causando dor.

Outro aspecto que deve ser avaliado é a característica da dor. Dores meramente musculares costumam se localizar no músculo afetado, podendo ser limitada a uma área específica. Além disso, pode ser descrita como contínua, latejante ou em forma de cãibra, variando de leve a moderada e podendo aumentar com o movimento ou palpação da área afetada. Pode durar de horas a semanas, dependendo da causa e da severidade.

Como sintomas associados, pode haver dificuldade em mover a área afetada, apresentar sinais visíveis de inflamação (como vermelhidão e inchaço local) e ser sensível ao toque.

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Dor de Infarto

Já as causas para uma dor de infarto costumam ser bastante diferentes, principalmente a aterosclerose, que é o acúmulo de placas nas artérias coronárias, que pode levar ao infarto. E suas principais características são:

Geralmente se localizam no centro ou lado esquerdo do peito, podendo irradiar para os braços (especialmente o esquerdo), pescoço, mandíbula, ombros ou costas.

É descrita como uma sensação de aperto, pressão, peso ou queimação.

Pode ser intensa e contínua, frequentemente descrita como “esmagadora”.

Dura mais de alguns minutos e pode ir e vir. Não alivia com descanso ou mudanças de posição.

Como sintomas associados, é possível citar a falta de ar, que pode ocorrer com ou sem dor no peito; suor frio e profuso; náusea ou vômito, que pode ocorrer junto com a dor; sensação de fraqueza ou desmaio iminente; sensação de medo ou pressentimento de que algo está muito errado.

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👉 Saiba mais – Principais sintomas do infarto!

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Dor muscular ou dor e infarto: quando buscar ajuda?

Para te ajudar a diferenciar mais facilmente uma queixa da outra e te ajudar na decisão de buscar ou não ajuda médica, seguem algumas orientações práticas:

✅ Contexto – Enquanto dores musculares frequentemente estão relacionadas a atividades físicas ou lesões recentes, a dor de um infarto pode ocorrer tanto em repouso quanto durante esforço físico, e geralmente em pessoas com fatores de risco cardíaco.

✅ Resposta ao movimento – Uma dor muscular costuma piorar com o movimento do músculo afetado ou à palpação da área. Já a dor de infarto não alivia com mudanças de posição ou descanso.

✅ Sintomas sistêmicos – Queixas de dores musculares geralmente são limitadas ao sistema musculoesquelético, ou seja, estruturas da região afetada. Já a dor de infarto costuma vir acompanhada de sintomas sistêmicos graves, como falta de ar, sudorese e náusea.

Quando procurar ajuda médica?

No caso de dores musculares, em geral elas podem ser tratadas em casa mesmo, com o uso de analgésicos comuns, compressas quentes e repouso. Porém, caso persistam por  mais de uma semana sem melhora ou se houver sinais de infecção, como febre, inchaço ou vermelhidão, é aconselhável buscar ajuda médica.

Já no caso de uma suspeita de infarto, é sempre indicado buscar ajuda profissional o quanto antes, sendo que seus principais indícios são se a dor no peito for intensa, persistente ou acompanhada de outros sintomas como falta de ar, sudorese, náusea ou desmaio; ou ainda se houver histórico de doenças cardíacas ou fatores de risco.

Diferenciar corretamente entre dor muscular e dor de infarto é crucial para preservar sua saúde e segurança. Em caso de dúvida, é sempre melhor procurar atendimento médico imediato para uma avaliação adequada.

Dor muscular e infarto: o que fazer para prevenir esses problemas?

A prevenção é fundamental tanto para evitar dores musculares quanto para reduzir o risco de um infarto. Cada condição requer abordagens específicas, que podem ser incorporadas ao estilo de vida para promover a saúde geral.

Prevenção de dores musculares

Se você pratica atividades físicas de forma profissional ou amadora, de alta ou baixa intensidade, algumas medidas são importantes de serem tomadas, como:

✅ Alongamento e aquecimento – Antes de qualquer atividade física, é essencial realizar um aquecimento adequado para preparar os músculos e aumentar a circulação sanguínea. Realizar alongamentos antes e após os exercícios ajuda a manter a flexibilidade muscular e prevenir lesões.

✅ Exercício regular – Começar novos exercícios ou aumentar a intensidade de forma gradual pode ajudar a evitar sobrecarga muscular. Além disso, variar os tipos de exercícios pode prevenir a repetição excessiva de movimentos que podem causar lesões.

✅ Postura e ergonomia – Manter uma boa postura durante as atividades diárias e no trabalho reduz a tensão nos músculos. Ajustar a estação de trabalho para uma posição ergonômica pode prevenir dores musculares, especialmente em pessoas que passam muito tempo sentadas.

✅ Hidratação e nutrição – Manter-se bem hidratado é crucial para uma função muscular adequada. Além disso, uma dieta rica em nutrientes, incluindo proteínas, vitaminas e minerais, suporta a saúde muscular e a recuperação.

✅ Descanso e recuperação – Dar tempo suficiente para os músculos se recuperarem entre os treinos é importante para prevenir dores e lesões. Nesse sentido, ter um sono de qualidade é essencial para a recuperação muscular e a saúde geral.

Prevenção de Infarto

Já para reduzir – ou mesmo evitar – o risco de um infarto, algumas medidas devem fazer parte o seu dia a dia, como:

✅ Dieta balanceada – Adotar uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis ajuda a manter o coração saudável.

✅ Exercício regular – Praticar atividade física moderada, como caminhada, natação ou ciclismo por pelo menos 150 minutos por semana, fortalece o coração e melhora a circulação.

✅ Controle de fatores de risco – É fundamental acompanhar fatores como pressão arterial, colesterol e diabetes.

✅ Evitar hábitos nocivos – O tabagismo é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas. Parar de fumar melhora significativamente a saúde do coração, assim como limitar o consumo de bebidas alcoólicas.

✅ Redução do estresse – Praticar técnicas de relaxamento como meditação, ioga, ou exercícios de respiração e manter um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal podem contribuir para a redução do estresse.

Como vimos, existem diferenças claras entre dor muscular e dor de infarto, sendo importante conhecê-las para ajudar a identificar cada caso e a decidir quando é hora de buscar ajuda médica.

Na dúvida, porém, é sempre indicado contar com uma avaliação médica profissional, para garantir que você não esteja em risco.

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Anabolizantes: consequências e riscos para a saúde do coração

A busca por um corpo atlético, definido e com músculos desenvolvidos tem sido o objeto de desejo de cada vez mais pessoas – tanto homens quanto mulheres. 

E seja para acelerar esse processo ou para conseguir resultados que não seriam possíveis de forma natural, muitas pessoas têm recorrido ao uso dos esteroides anabolizantes.

Apesar de todo o resultado estético obtido com o uso dessas substâncias, é sabido que elas trazem enormes riscos à saúde como um todo, especialmente ao sistema cardiovascular.

Pensando nisso, mostramos a seguir as consequências e riscos para a saúde do coração com o uso de anabolizantes. Confira!

Afinal, o que são e como funcionam os anabolizantes?

Os anabolizantes – também conhecidos como esteroides anabolizantes androgênicos – são substâncias sintéticas derivadas do hormônio testosterona. 

Essas substâncias são amplamente utilizadas para aumentar a massa muscular e melhorar o desempenho físico. Originalmente desenvolvidos na década de 1930 para tratar condições médicas como a deficiência de testosterona, os anabolizantes rapidamente ganharam popularidade entre atletas e fisiculturistas devido aos seus efeitos anabólicos,  ou seja, a capacidade de promover o crescimento dos músculos.

Nos últimos anos, o uso de anabolizantes se expandiu além dos círculos esportivos, atingindo indivíduos comuns que buscam melhorias estéticas e de performance. No entanto, o uso indiscriminado dessas substâncias tem levantado sérias preocupações devido aos inúmeros efeitos adversos à saúde, especialmente no que diz respeito ao sistema cardiovascular.

Funcionamento dos anabolizantes no corpo

Os anabolizantes funcionam ao imitar os efeitos da testosterona no corpo. Eles se ligam aos receptores de andrógenos em várias células, incluindo as musculares, promovendo a síntese de proteínas e, consequentemente, o crescimento muscular. 

Este processo é acompanhado por um aumento na retenção de nitrogênio nos músculos, o que contribui para a hipertrofia muscular.

Existem diferenças significativas entre os anabolizantes sintéticos e os hormônios naturais produzidos pelo corpo. Enquanto a testosterona endógena (natural) é regulada de forma equilibrada pelo organismo, os anabolizantes sintéticos podem ser administrados em doses muito superiores às produzidas naturalmente, levando a uma série de efeitos colaterais. 

Além disso, os anabolizantes sintéticos podem ser formulados para ter uma meia-vida mais longa e uma maior resistência ao metabolismo, o que prolonga seus efeitos no corpo.

Impacto dos anabolizantes no sistema cardiovascular

O uso de anabolizantes está fortemente associado a uma série de complicações cardiovasculares. 

Uma das principais preocupações é o efeito dessas substâncias na pressão arterial. Os anabolizantes podem aumentar a retenção de sódio e água, levando à hipertensão arterial. A pressão arterial elevada é um fator de risco significativo para doenças cardíacas, incluindo infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Outro efeito adverso importante é a alteração nos níveis de colesterol. Os anabolizantes podem reduzir os níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL), conhecida como colesterol “bom”, e aumentar os níveis de lipoproteína de baixa densidade (LDL), ou colesterol “ruim”. Esse desequilíbrio lipídico contribui para a aterosclerose, uma condição em que as artérias se tornam estreitas e rígidas devido ao acúmulo de placas de gordura, aumentando o risco de doenças coronarianas.

Além disso, os anabolizantes podem levar à hipertrofia ventricular esquerda, um tipo de cardiomiopatia em que a parede do ventrículo esquerdo do coração se torna anormalmente espessa. Isso compromete a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente, podendo evoluir para insuficiência cardíaca. O uso prolongado de anabolizantes também tem sido associado a um risco aumentado de arritmias cardíacas, que são irregularidades nos batimentos cardíacos que podem ser fatais.

Esses efeitos adversos destacam a necessidade de conscientização sobre os riscos do uso de anabolizantes e a importância de medidas preventivas e educativas para proteger a saúde cardiovascular dos indivíduos.

Alternativas saudáveis para o desenvolvimento muscular

Embora os anabolizantes possam oferecer ganhos rápidos em termos de massa muscular e performance física, os riscos associados ao seu uso superam em muito os benefícios. 

Felizmente, existem alternativas saudáveis e eficazes para o desenvolvimento muscular que não comprometem a saúde do coração. Estas alternativas envolvem uma combinação de estratégias nutricionais, exercícios físicos e práticas de recuperação adequadas.

Nutrição adequada

A alimentação correta – em qualidade e quantidade – é o que dá ao corpo a matéria-prima para construir novos tecidos, ou seja, músculos. Confira o que consumir:

✅ Proteínas de alta qualidade – As proteínas são os blocos de construção dos músculos. Consumir fontes de proteína de alta qualidade, como carnes magras, peixes, ovos, laticínios, leguminosas e proteínas vegetais, é essencial para o crescimento muscular. O consumo de proteína deve ser distribuído ao longo do dia para maximizar a síntese proteica.

✅ Carboidratos complexos – Carboidratos são a principal fonte de energia para exercícios intensos. Optar por carboidratos complexos, como grãos integrais, vegetais e frutas, fornece energia sustentada e apoia a recuperação muscular.

✅ Gorduras saudáveis – As gorduras saudáveis, encontradas em alimentos como abacate, nozes, sementes e azeite de oliva, são importantes para a produção hormonal e a absorção de vitaminas lipossolúveis.

✅ Hidratação – Manter-se bem hidratado é fundamental para o desempenho físico e a recuperação muscular. A água é essencial para inúmeras funções corporais, incluindo a regulação da temperatura e o transporte de nutrientes.

Exercícios físicos

Outro pilar fundamental do ganho de massa muscular é a atividade física adequada. Entre as orientações mais importantes, estão:

✅ Treinamento de resistência – O treinamento de força, como levantamento de pesos, é crucial para o desenvolvimento muscular. Programas de treinamento bem estruturados, que incluem exercícios compostos como agachamentos, levantamento terra, supino e remada, são eficazes para promover o crescimento muscular.

✅ Variedade de exercícios – Alternar entre diferentes tipos de exercícios e métodos de treinamento pode prevenir a estagnação e promover ganhos contínuos. Isso inclui a incorporação de exercícios de peso corporal, treinamento funcional e técnicas de alta intensidade (HIIT).

✅ Progressão gradual – Aumentar gradualmente a carga e a intensidade dos exercícios ajuda a evitar lesões e promove o crescimento muscular de maneira segura. O princípio da sobrecarga progressiva é fundamental para o desenvolvimento muscular.

Recuperação e descanso

Além de se alimentar e se exercitar corretamente, é fundamental dar ao corpo o tempo necessário para que ele possa se recuperar e reparar os tecidos lesionados nos treinos, a fim de torná-los mais fortes e maiores. Nesse sentido, os principais cuidados são:

✅ Sono adequado – O sono é um componente vital da recuperação muscular. Durante o sono, o corpo repara tecidos musculares danificados e sintetiza hormônios importantes para o crescimento muscular. Adultos devem buscar de 7 a 9 horas de sono por noite.

✅ Alongamento e mobilidade – Práticas de alongamento e mobilidade articular podem melhorar a flexibilidade e a mobilidade, reduzindo o risco de lesões e promovendo a recuperação.

✅ Massagem e terapias de recuperação – Massagens, terapias de liberação miofascial e outras técnicas de recuperação podem ajudar a aliviar a tensão muscular e acelerar o processo de recuperação.

Suplementação segura

Existem opções bastante eficazes e seguras para fornecer ao corpo os nutrientes que ele necessita para ter um bom crescimento muscular. Entre as opções mais interessantes, estão:

✅ Suplementos proteicos – Suplementos como whey protein, caseína e proteínas vegetais podem ser utilizados para garantir a ingestão adequada de proteínas, especialmente em horários convenientes, como após o treino.

✅ Creatina – A creatina é um suplemento bem pesquisado que pode aumentar a força e a massa muscular sem os efeitos adversos associados aos anabolizantes.

✅ Aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) – BCAAs podem ajudar na síntese proteica e na recuperação muscular, especialmente durante períodos de treinamento intenso.

O desenvolvimento muscular saudável é alcançado através de uma abordagem integral,  que combina nutrição adequada, treinamento eficaz e práticas de recuperação. Essas estratégias não apenas promovem o crescimento muscular, mas também protegem a saúde do coração e melhoram o bem-estar geral. 

Optar por métodos naturais e seguros é fundamental para alcançar resultados sustentáveis e duradouros sem comprometer a saúde cardiovascular.

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O que falar na primeira consulta com cardiologista?

A primeira consulta com cardiologista é um momento especial, que deve ser aproveitado da melhor maneira, já que pode garantir informações e avaliações fundamentais para a saúde e a vida como um todo.

Você sabe o que perguntar a esse(a) especialista nessa consulta? Quais ações você deve tomar antes e após essa avaliação para aproveitar ao máximo essa orientação? Quando deve ser feita essa primeira consulta?

Essas e muitas outras dúvidas você esclarece logo abaixo. Confira!

Quando fazer a primeira consulta com cardiologista

A primeira consulta com cardiologista é um cuidado crucial para garantir a saúde do coração ao longo de toda a vida. Muitas pessoas acreditam que só devem procurar um especialista em cardiologia quando apresentam sintomas evidentes de problemas cardíacos, mas essa percepção está longe de ser ideal. 

Uma avaliação cardiológica precoce pode identificar potenciais problemas antes que eles se tornem graves e possibilitar intervenções preventivas eficazes.

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Avaliação cardiológica na infância

A importância de uma primeira consulta cardiológica desde a infância não pode ser subestimada. Algumas condições cardíacas são congênitas, ou seja, presentes desde o nascimento, e podem passar despercebidas sem uma avaliação especializada. Detectar essas condições precocemente permite iniciar o tratamento adequado desde cedo, melhorando significativamente a qualidade de vida e o prognóstico da pessoa. 

Durante a infância, um(a) cardiologista pode avaliar o desenvolvimento do coração e dos vasos sanguíneos, detectar anomalias estruturais e monitorar a saúde cardiovascular à medida que a criança cresce.

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Importância da avaliação mesmo na ausência de sintomas

Diversos problemas cardiovasculares são “silenciosos”, isto é, não apresentam sintomas evidentes, até que estejam em estágios avançados e mais difíceis de tratar. A hipertensão arterial, por exemplo, é frequentemente chamada de “assassina silenciosa” porque pode causar danos significativos ao coração e aos vasos sanguíneos sem apresentar sinais claros. 

Outros exemplos incluem o colesterol alto, doenças das válvulas cardíacas e certas arritmias, que também podem progredir sem sintomas perceptíveis. Por isso, realizar uma avaliação cardiológica periódica é fundamental mesmo na ausência de sintomas.

Todos podem se beneficiar de uma avaliação cardiológica, mas certos grupos devem considerar essa consulta prioritária, especialmente quem possui:

✅ Histórico familiar de doenças cardíacas – Se há casos de doenças cardíacas na família, especialmente em parentes de primeiro grau (pais, irmãos), o risco de desenvolver problemas cardíacos pode ser maior.

✅ Condições de saúde preexistentes – Pessoas com diabetes, hipertensão, colesterol alto, obesidade ou outras condições crônicas devem monitorar a saúde do coração regularmente.

✅ Estilo de vida e fatores de risco – Fumantes, pessoas sedentárias, aquelas com dietas pouco saudáveis ou sob alto nível de estresse também estão em maior risco e devem buscar uma avaliação.

✅ Praticantes de atividades físicas intensas – Atletas e quem pratica exercícios intensos devem verificar se o coração está saudável e capaz de suportar a carga de esforço físico.

A frequência das consultas cardiológicas pode variar de acordo com a idade, histórico familiar e condição de saúde do indivíduo. Para crianças e adolescentes, uma avaliação inicial pode ser suficiente, com consultas adicionais se algum problema for identificado. Adultos sem fatores de risco conhecidos podem considerar uma avaliação anual, enquanto as pessoas com condições preexistentes ou histórico familiar devem seguir as recomendações específicas do seu cardiologista, que podem incluir consultas anuais ou mais frequentes.

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O que falar na primeira consulta com cardiologista

A primeira consulta com um(a) cardiologista é momento especial, que deve ser aproveitado ao máximo, para extrair desse(a) profissional tão importante as orientações necessárias para cuidar da sua saúde cardiovascular da melhor maneira.

Entre os tópicos que devem ser abordados nessa avaliação, estão:

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Histórico médico

Durante a primeira consulta com um(a) cardiologista, é essencial fornecer seu histórico médico completo. Isso inclui informações sobre condições médicas pré-existentes, como hipertensão, diabetes, colesterol alto ou outras doenças crônicas. 

Se você tem um histórico de doenças cardíacas na família, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (AVC), informe ao(à) profissional, pois esses dados podem indicar predisposição genética a algum problema. 

Além disso, mencione todos os medicamentos que você está tomando atualmente, incluindo prescrições, medicamentos de venda livre, suplementos vitamínicos e fitoterápicos. Essa informação ajudará o(a) cardiologista a entender melhor sua saúde e a identificar possíveis interações medicamentosas.

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Sintomas e sinais de alerta

Descrever detalhadamente os sintomas é crucial para o diagnóstico correto. Informe o(a) cardiologista sobre qualquer dor no peito, falta de ar, palpitações, tontura ou inchaço nas pernas que você tenha experimentado. Detalhe a duração e a frequência desses sintomas e se eles ocorrem em momentos específicos, como durante exercícios ou em repouso. 

Também é importante mencionar se há fatores que pioram ou melhoram esses sintomas, como posições corporais ou o uso de certos medicamentos. Quanto mais informações você puder fornecer, mais preciso será o diagnóstico e o plano de tratamento.

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Estilo de vida e hábitos

O(A) cardiologista precisará saber sobre seu estilo de vida e hábitos diários para avaliar os fatores de risco e recomendar mudanças benéficas. 

Discuta seu nível de atividade física, incluindo a frequência e a intensidade dos exercícios que você pratica. Informe sobre seus hábitos alimentares, especificando o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares e sal. Além disso, mencione o consumo de álcool e o uso de tabaco ou outras substâncias. 

Outro ponto relevante é o padrão de sono e o nível de estresse no seu dia a dia, pois esses fatores podem influenciar significativamente a saúde cardiovascular.

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Exames e testes anteriores

Se você já fez exames laboratoriais ou de imagem recentemente, leve os resultados para a consulta. Testes como eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma, exames de sangue, tomografias ou ressonâncias magnéticas podem fornecer informações valiosas ao(à) cardiologista. 

Além disso, traga relatórios de consultas anteriores com outros especialistas que possam estar relacionados à sua saúde cardiovascular. Esses documentos ajudam a ter uma visão completa do seu estado de saúde e a planejar o melhor tratamento.

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Dicas para uma consulta mais eficaz

Uma consulta bem-sucedida com um(a) cardiologista depende não apenas do conhecimento e experiência do médico, mas também da preparação do paciente. Aqui estão algumas dicas para garantir que você aproveite ao máximo sua consulta:

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Levar um diário de sintomas

Manter um diário de sintomas é uma prática extremamente útil. Anote qualquer dor no peito, falta de ar, palpitações ou outros sintomas que você esteja experimentando. Registre a frequência, duração e intensidade desses sintomas, bem como quaisquer fatores que os desencadeiem ou aliviem.

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Anotar todas as perguntas antes da consulta

É comum esquecer de fazer perguntas importantes durante a consulta, por conta do nervosismo e da ansiedade. Para evitar isso, escreva todas as suas dúvidas e preocupações antes de ir ao consultório. Pense em perguntas sobre seus sintomas, resultados de exames, opções de tratamento e mudanças no estilo de vida.

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Trazer exames relevantes

Levar exames relevantes para a consulta é essencial para uma avaliação completa. Isso inclui resultados de exames laboratoriais, relatórios de exames de imagem (como ecocardiogramas e eletrocardiogramas), receitas de medicamentos e registros de consultas anteriores com outros médicos.

Ser transparente

A transparência é fundamental para uma consulta eficaz. Tenha sinceridade quanto a seus hábitos, mesmo que você ache que são negativos. Informe o(a) médico(a) sobre seu consumo de álcool, cigarro ou drogas ilícitas, níveis de atividade física, alimentação e uso de hormônios. Detalhe também quaisquer sintomas, mesmo os que possam parecer triviais.

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Chegar com antecedência e levar o tempo suficiente

Chegar com antecedência à consulta permite que você preencha formulários necessários e se acalme antes de falar com o(a) médico. Além disso, reserve tempo suficiente para a consulta, sem agendar compromissos logo em seguida. Consultas cardiológicas podem exigir discussões detalhadas e, às vezes, a realização de exames adicionais, portanto, é importante não estar com pressa.

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Informar sobre medicamentos e suplementos

Tenha uma lista completa de todos os medicamentos que você está tomando, incluindo a dosagem e a frequência. Isso inclui medicamentos prescritos, de venda livre, suplementos vitamínicos e remédios fitoterápicos. 

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Seguir as recomendações pós-consulta

Após a consulta, siga todas as recomendações do cardiologista. Isso pode incluir mudanças no estilo de vida, novos medicamentos, exames adicionais ou encaminhamentos para outros especialistas. 

Se tiver dúvidas sobre as instruções recebidas, não hesite em entrar em contato com o consultório para esclarecimentos.

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Agendar consultas de seguimento

Mantenha-se atento às consultas de seguimento e marque-as conforme recomendado. O acompanhamento regular é crucial para monitorar sua saúde cardíaca e ajustar o tratamento conforme necessário. Não espere que os sintomas piorem para procurar o médico novamente.

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