A valvulopatia é uma alteração cardíaca que pode ocorrer por diversos motivos, como traumas, acidentes, doenças, medicamentos ou até mesmo a pessoa já nascer com o problema.
Em alguns casos, podem não apresentar qualquer sintoma e até passarem despercebidas. Já em outros, podem representar problemas graves e trazer grandes riscos.
Neste conteúdo você vai entender o que é uma valvulopatia, quais os seus sintomas típicos, suas causas e saber como diagnosticar e tratar!
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O que é uma valvulopatia?
Valvulopatia é um termo médico que se refere a qualquer doença ou disfunção das válvulas do coração. Mas para entender isso bem, é importante saber que o coração possui quatro válvulas principais, que desempenham um papel crucial no bombeamento eficaz do sangue pelo corpo. Essas válvulas são:
✅ Válvula mitral: localizada entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo.
✅ Válvula aórtica: situada entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta, que transporta o sangue oxigenado para o corpo.
✅ Válvula tricúspide: localizada entre o átrio direito e o ventrículo direito.
✅ Válvula pulmonar: situada entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar, que leva o sangue desoxigenado para os pulmões.
Uma valvulopatia ocorre quando uma ou mais dessas válvulas não funcionam corretamente. Isso pode acontecer de várias maneiras, incluindo:
✅ Estenose valvar: ocorre quando a válvula se estreita, dificultando o fluxo sanguíneo através dela. Isso coloca uma carga adicional no coração, pois ele precisa bombear com mais força para superar a estenose.
✅ Insuficiência valvar: acontece quando a válvula não fecha adequadamente, permitindo que o sangue flua na direção oposta à normal. Isso resulta em vazamento de sangue e pode causar o enfraquecimento do coração.
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Sintomas da valvulopatia?
Os sintomas de uma valvulopatia podem variar, a depender do tipo e da gravidade da disfunção valvar, bem como da capacidade do coração em compensar essa disfunção.
Alguns pacientes podem não apresentar sintomas, especialmente nas fases iniciais da doença, enquanto outros podem experimentar uma série de sintomas, como:
✅ Falta de ar (dispneia): sintoma frequentemente observado, especialmente durante atividades físicas ou quando a pessoa se deita.
✅ Fadiga: muitas pessoas com valvulopatia relatam cansaço constante e falta de energia.
✅ Palpitações cardíacas: Isso pode ser percebido como batimentos cardíacos irregulares ou acelerados.
✅ Inchaço (edema): inchaço nos tornozelos, pés ou abdômen é um sintoma que pode ocorrer devido à acumulação de fluido.
✅ Dor no peito: algumas pessoas podem sentir dor no peito ou desconforto, particularmente durante atividade física.
✅ Tontura ou desmaios: isso pode ocorrer quando o coração não consegue bombear sangue adequadamente para o cérebro.
✅ Ritmo cardíaco irregular (arritmia): algumas valvulopatias podem causar arritmias.
É importante notar que a gravidade dos sintomas pode variar amplamente. Em alguns casos, a valvulopatia pode ser assintomática ou causar sintomas leves, enquanto em outros, os sintomas podem ser graves e impactar significativamente a qualidade de vida.
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O que causa problema na válvula do coração?
As valvulopatias podem ser causadas por uma variedade de fatores, que podem estar relacionados a problemas congênitos (desde o nascimento), degeneração valvar relacionada à idade, infecções, doenças cardíacas prévias e outros fatores. As principais causas de valvulopatia incluem:
Degeneração valvar
O envelhecimento natural pode levar à degeneração das válvulas cardíacas. À medida que as válvulas envelhecem, podem ficar rígidas, espessas e menos flexíveis, o que pode resultar em estenose valvar ou insuficiência valvar.
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Infecções
As infecções cardíacas, como a endocardite, podem danificar as válvulas cardíacas. A endocardite é uma infecção das válvulas cardíacas ou do revestimento interno do coração e pode causar cicatrizes e deformidades nas válvulas.
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Febre reumática
A febre reumática é uma doença inflamatória que pode ocorrer após uma infecção por estreptococos não tratada. Ela pode danificar as válvulas cardíacas, especialmente a válvula mitral.
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Congênitas
Algumas valvulopatias são congênitas, o que significa que uma pessoa nasce com uma válvula cardíaca anormal. Esses defeitos congênitos podem envolver válvulas com número incorreto de folhetos, válvulas anormalmente estreitas (estenose) ou válvulas que não se fecham adequadamente (insuficiência).
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Lesões traumáticas
Traumas torácicos (como em um acidente de trânsito) ou traumas diretos no coração (como uma perfuração por arma de fogo) podem danificar as válvulas cardíacas.
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Doenças cardíacas anteriores
Doenças cardíacas preexistentes, como doença cardíaca coronária ou cardiomiopatia, podem causar tensão adicional nas válvulas e levar ao desenvolvimento de valvulopatias.
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Doenças do tecido conjuntivo
Alguns distúrbios do tecido conjuntivo, como a síndrome de Marfan e a síndrome de Ehlers-Danlos, podem afetar as válvulas cardíacas.
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Radioterapia para o tórax
A exposição excessiva à radiação no tórax, geralmente como parte do tratamento do câncer, pode danificar as válvulas cardíacas.
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Uso de drogas e substâncias tóxicas
Certas drogas ou mesmo medicamentos, como o uso prolongado de medicamentos para o tratamento da fenilcetonúria, podem afetar as válvulas cardíacas.
É importante notar que, em alguns casos, a causa da valvulopatia pode ser desconhecida. Independentemente da causa, o diagnóstico e tratamento adequados são essenciais para gerenciar essa condição, como veremos a seguir.
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Valvulopatia: diagnóstico e tratamentos
O diagnóstico de uma valvulopatia envolve uma série de etapas, incluindo avaliação clínica, exames de imagem e testes cardíacos especializados. Os principais métodos de diagnóstico e tratamento de valvulopatias incluem:
Avaliação clínica
O médico coletará informações sobre os sintomas do paciente, histórico médico pessoal e familiar, bem como qualquer exposição prévia a doenças cardíacas, infecções ou cirurgias cardíacas.
Além disso, será feito exame físico, que pode incluir ausculta cardíaca para detectar sopros, verificação de inchaço, pressão arterial e outros sinais relacionados ao coração.
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Exames de imagem
- Ecocardiograma: o exame mais comum para diagnosticar valvulopatias. Um ecocardiograma usa ondas sonoras para criar imagens em tempo real do coração, permitindo a avaliação das válvulas e do fluxo sanguíneo.
- Ecocardiograma transesofágico: em alguns casos, pode ser necessário um TEE para obter imagens mais detalhadas das válvulas cardíacas. Isso envolve a inserção de uma sonda esofágica para visualizar o coração.
- Ressonância magnética cardíaca: a ressonância oferece imagens detalhadas do coração e das válvulas e é especialmente útil em casos complexos.
- Tomografia computadorizada cardíaca: pode ser usada para avaliar as válvulas cardíacas, especialmente em combinação com outros exames.
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Testes cardíacos especializados
- Cateterismo cardíaco: procedimento invasivo, no qual um cateter é inserido nas artérias para medir as pressões dentro do coração e avaliar a gravidade da valvulopatia.
- Avaliação do fluxo sanguíneo (doppler): testes com doppler podem ser usados para avaliar o fluxo sanguíneo através das válvulas e detectar estenoses ou regurgitações.
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Já o tratamento de uma valvulopatia depende da gravidade da condição, dos sintomas e do tipo de valvulopatia. As opções de tratamento incluem:
- Observação médica: se a valvulopatia for leve e não causar sintomas significativos, o médico pode optar por observar a condição e monitorá-la regularmente.
- Medicamentos: alguns medicamentos, como diuréticos e betabloqueadores, podem ser prescritos para aliviar sintomas como edema e palpitações.
- Cirurgia de reparo ou substituição valvar: se a valvulopatia for grave e ameaçar a saúde do paciente, pode ser necessária cirurgia. Durante a cirurgia, as válvulas podem ser reparadas (quando possível) ou substituídas por próteses artificiais.
- Procedimentos minimamente invasivos: em alguns casos, procedimentos minimamente invasivos, como a valvuloplastia por balão ou o implante de válvulas cardíacas transcateter, podem ser uma opção.
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O tratamento específico será determinado pelo médico, com base na avaliação do paciente e nos resultados dos exames.
É fundamental que os pacientes com valvulopatia sigam o plano de tratamento recomendado e mantenham o acompanhamento médico regular para monitorar a evolução da condição. O tratamento adequado ajuda a controlar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações cardíacas.
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