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A pressão alta e as doenças do coração caminham de mãos dadas. E, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a hipertensão afeta homens e mulheres de todas as idades, não só idosos.

Essa crença errônea contribui para o cenário atual, no qual um terço dos brasileiros que possuem a condição desconhecem o diagnóstico, segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Diante dessa alarmante informação, vamos neste artigo entender o que é pressão alta, o perigo que essa doença representa e o que pode ser feito para controlá-la. Acompanhe!

Hipertensão é coisa séria!

A hipertensão arterial é o aumento anormal e duradouro da pressão que o sangue exerce nas artérias durante sua circulação.

Ao longo do dia, e dependendo das atividades exercidas, a nossa pressão varia. É mais baixa quando se está em repouso e mais alta quando nos movimentamos, o que é normal.

O diagnóstico de hipertensão é feito quando o indivíduo apresenta pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg, registrada por profissional habilitado, em pelo menos duas oportunidades diferentes 

A hipertensão é uma doença crônica (não tem cura), sendo responsável pela morte de cerca de 10 milhões de pessoas no mundo anualmente. No Brasil, cerca de 30% da população é hipertensa, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

A hipertensão é, na maioria das vezes, uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas, mas que pode acarretar diversos problemas sérios, como veremos mais adiante.

Apesar de não haver cura para a hipertensão, é possível preveni-la. Confira nossas dicas abaixo.

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Coração Acelerado: O que fazer?

Pressão alta: o que fazer para baixar imediatamente?

Nos casos em que a hipertensão está sendo devidamente acompanhada e controlada, raramente haverá picos hipertensivos que exijam medidas imediatas para baixá-la. Mas, caso isso ocorra, existem medicações que podem ser administradas – geralmente por via sublingual – para baixar a pressão mais rapidamente.

A recomendação nesses casos, porém, é caso a pressão arterial se mostre muito elevada, que o(a) paciente permaneça em repouso e seja levado imediatamente a serviço de pronto-atendimento para medidas de emergência.

A hipertensão possui fatores de risco inalteráveis, como predisposição genética e envelhecimento, e os modificáveis, que estão relacionados ao estilo de vida de cada um, como alimentação e sedentarismo.

Veja a seguir algumas práticas que podem contribuir para manter a pressão controlada.

  1. Praticar exercícios

A prática de exercícios físicos estimula a liberação  do óxido nítrico, substância que relaxa as artérias, facilitando a circulação sanguínea e mantendo a pressão baixa.

Exercícios aeróbicos, como caminhada, pular corda, subir e descer escadas são os mais indicados.

Vale lembrar, porém, que se você vai iniciar uma atividade física – especialmente se é sedentário ou está acima do peso – o ideal é buscar uma avaliação com um cardiologista antes.

  1. Cuidar da alimentação

O consumo exagerado de sal, frituras, carboidratos e bebidas alcoólicas contribui para a elevação da pressão arterial.

Se o objetivo é baixar a pressão, busque ingerir menos sódio (embutidos, alimentos processados e industrializados, temperos prontos, macarrão instantâneo), não acrescente mais sal nos alimentos ao se servir, prefira opções assadas às fritas, opte pelas massas integrais, beba mais água e consuma legumes e verduras.

  1. Tomar remédios (com prescrição)

Pacientes que têm pressão alta devem seguir rigorosamente as recomendações médicas em relação à medicação, pois esses remédios têm justamente a função de manter a pressão controlada.

Dessa forma, é possível evitar que a doença resulte em problemas mais graves.

Você sabe quando deve ir ao cardiologista? Clique no link que conheça os sinais e sintomas de problemas cardiacos que precisam de acompanhamento.

Quando procurar um médico? 

No caso de hipertensos já diagnosticados, o ideal é que eles possuam aparelhos em casa para acompanhar regularmente os níveis pressóricos e, caso a pressão se mostre constantemente alterada, retornem ao seu médico para reavaliação da medicação.

Agora, aos que ainda não possuem diagnóstico de pressão alta, recomenda-se medir a pressão ao menos uma vez ao ano, para monitorar seus valores. E, caso pertençam a grupos de risco para hipertensão (mais de 40 anos, sedentarismo, sobrepeso/obesidade, histórico familiar ou má alimentação), além desse acompanhamento regular, é fundamental realizar o check-up cardiológico anual ou de acordo com a recomendação do cardiologista.

É preciso lembrar que a hipertensão é uma doença silenciosa e pode só dar sinais em quadros já muito graves.

Portanto, é indicado que pessoas a partir dos 20 anos realizem a medição da pressão arterial anualmente. 

Veja também:

Quais são os sintomas para procurar um cardiologista?

Quais as consequências da pressão alta?

O que faz da pressão alta uma doença tão perigosa são as suas consequências.

Conheça alguns dos problemas de saúde que podem ser causados pela hipertensão:

  • Acidente vascular cerebral (AVC): se a condição não for controlada, as artérias passam a encontrar dificuldade para se dilatar. Então, a tendência é que com o tempo elas se rompem, causando o chamado “derrame”.
  • Demência vascular: o aumento da pressão vai causando pequenas hemorragias no cérebro, que, ao longo do tempo, podem afetar os neurônios.
  • Infarto e insuficiência cardíaca: a hipertensão pode causar hipertrofia ventricular e obstrução do fluxo sanguíneo, com o acúmulo de placas nas paredes das artérias, podendo acarretar insuficiência cardíaca e/ou infarto.
  • Retinopatia: a pressão alta afeta os vasos sanguíneos ligados à retina (tecido responsável pela captação de imagens), podendo levar à cegueira.
  • Insuficiência renal: a hipertensão pode causar a rigidez dos vasos sanguíneos dos rins, diminuindo a irrigação deste órgão e, consequentemente, tornando sua função ineficiente.

Veja também:

Insuficiência cardíaca: o que é, sintomas e tratamentos

Estou com pressão alta, e agora?

De acordo com a SOCESP, a hipertensão está associada a 45% das mortes cardíacas e a 51% dos óbitos por doenças como o acidente vascular cerebral (AVC). 

Para reduzir esse número, é fundamental o diagnóstico e o início do tratamento de forma precoce, além de uma rotina de vida saudável, com prática de atividades físicas e alimentação balanceada.

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