O ronco é um distúrbio bastante conhecido e que atrapalha o sono tanto da própria pessoa quanto de quem está próximo.
O que muitos podem não saber é que esse problema também está diretamente associado a alguns problemas cardíacos. Quer saber como?
Descubra por que dormir bem é tão importante!
O sono é um momento importantíssimo para o restabelecimento das energias que permitem o pleno funcionamento do nosso corpo e também do nosso cérebro.
Sua (boa ou má) qualidade impacta desde o funcionamento dos órgãos, a produção hormonal e, até mesmo, a capacidade do nosso sistema imunológico.
Veja abaixo alguns aspectos que estão diretamente ligados a uma boa qualidade de sono:
- Manutenção de um peso saudável;
- Redução dos riscos de desenvolver problemas como diabetes e doenças cardiovasculares;
- Redução nos níveis de estresse;
- Melhora no humor e capacidade de socialização;
- Concentrar-se melhor;
- Evitar acidentes que podem ser causados pelo cansaço;
Por isso, dormir uma quantidade de horas suficiente e de forma correta, são ações indispensáveis para todos aqueles que buscam manter uma boa saúde.
Especialmente para aquelas pessoas que já sofrem de problemas do coração ou que não querem vir a desenvolver cardiopatias, a qualidade de sono pode influenciar, e muito, o funcionamento do sistema cardiovascular.
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O ronco persistente pode prejudicar o coração?
De forma direta, o ronco pode, sim, contribuir para o desenvolvimento de problemas cardíacos.
Isso acontece pois, durante o ronco, ocorre o estreitamento das vias aéreas, diminuindo a concentração de oxigênio em partes importantes do corpo — como o coração e o cérebro — e o pior: durante as várias horas de sono.
O que aumenta as chances de surgimento de certas cardiopatias, como o aumento da pressão arterial, as arritmias, assim como o risco de infarto e até de acidente vascular cerebral (AVC).
Além disso, o ronco provoca microdespertares noturnos, ou seja, a interrupção do sono repetidas vezes, o que impede que a pessoa chegue (ou permaneça) nas fases mais profundas do sono, que é quando o corpo realmente promove a regeneração dos tecidos. Isso traz ainda mais danos à saúde em geral.
Para mais informações sobre outras doenças do coração, leia:
Doenças cardíacas: o que são e como prevenir
Causas do ronco persistente
Nos tópicos a seguir você confere algumas das principais causas do ronco. Veja!
1. Sobrepeso ou obesidade
O excesso de gordura no corpo — especialmente ao redor do pescoço e garganta — faz com que os tecidos já presentes no local se dobrem, afetando o desempenho das vias aéreas e, consequentemente, o fluxo de ar na região.
2. Idade avançada
A musculatura corporal tende a ficar mais flácida com o passar dos anos e, em determinada idade, o mesmo passa a acontecer com as vias aéreas, como é o caso da faringe.
Esse processo faz com que os tecidos da região vibrem com maior facilidade e intensidade, resultando no som característico do ronco.
3. Uso de medicamentos
Certos tipos de remédios — especialmente os utilizados para dormir — contribuem para um maior relaxamento do corpo, o que resulta também em uma maior flacidez das vias aéreas, como visto no tópico anterior.
4. Dormir de barriga pra cima
Esta posição faz com que a língua cubra parte da garganta, reduzindo de forma considerável a passagem de ar pelo local.
5. Resfriados e condições alérgicas
Diversas doenças, como: gripes, sinusites, rinites crônicas, resfriados e até mesmo alergias, contribuem para a concentração de muco na região nasal.
O muco na região nasal bloqueia a passagem de ar pelas vias aéreas, obstruindo a passagem de ar pelo nariz (aumentando a respiração bucal), que está diretamente ligada ao ronco.
Além destes, outros fatores, mais ligados a questões físicas, também podem contribuir para a obstrução do fluxo de ar na hora de dormir, como: desvio de septo, adenoide, nariz quebrado, úvula aumentada ou inchaço nas amígdalas.
Como resolver problemas com o ronco
O tratamento do ronco pode acontecer de diversas formas, algumas das mais recomendadas são:
- Intervenções comportamentais – envolvem desde ações que promovam a perda de peso, a tratamento alérgicos e até mesmo o uso de faixas e/ou aparelhos nasais inibidores do ronco.
- Intervenções não-cirúrgicas – utilização de dispositivos como o CPAP (imagem acima), um compressor de ar silencioso usado para a expansão pulmonar e melhora da respiração durante o sono.
- Intervenções cirúrgicas – realização de cirurgias nasais, de palato ou até mesmo bariátricas.
Para todos os casos, é sempre recomendada a consulta com um especialista, seja com um médico voltado para o tratamento de problemas de sono ou, se for o caso, com um cardiologista.
Veja também:
6 razões para ir ao cardiologista?
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