Miocardite: o que é, como investigar, tratar e quando buscar ajuda

A miocardite é uma inflamação do miocárdio, o músculo responsável por bombear o sangue do coração para o corpo. Embora possa passar despercebida em casos leves, em situações mais graves pode evoluir rapidamente para insuficiência cardíaca ou arritmias, exigindo atendimento especializado.

Neste artigo, você vai entender o que é a miocardite, como ela se manifesta, quais exames ajudam a diagnosticar, como é feito o tratamento e por que o acompanhamento com cardiologista é essencial.

O que é miocardite?

A miocardite é a inflamação do músculo cardíaco, geralmente causada por infecções virais (como adenovírus, enterovírus e até o coronavírus), bactérias, doenças autoimunes ou reações a medicamentos. 

Essa inflamação compromete a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente.

Em alguns casos, a miocardite se apresenta de forma discreta e regride sozinha. Em outros, pode progredir para complicações graves, incluindo insuficiência cardíaca, arritmias e até morte súbita.

Quais as causas da miocardite?

As principais causas de miocardite incluem:

Infecções virais: adenovírus, parvovírus B19, vírus da gripe, HIV e coronavírus (Covid-19).

Infecções bacterianas: como difteria ou febre reumática.

Doenças autoimunes: lúpus, artrite idiopática juvenil ou vasculites.

Reações tóxicas ou alérgicas: medicamentos, vacinas (raramente) ou drogas ilícitas.

Miopericardite: inflamação que envolve o miocárdio e o pericárdio simultaneamente.

Quais são os sintomas da miocardite?

Os sintomas da miocardite podem variar bastante, desde quadros leves até graves. É comum que o paciente apresente dor no peito, semelhante à dor do infarto, além de falta de ar mesmo em repouso ou durante atividades leves. 

Outros sinais incluem palpitações ou sensação de taquicardia, cansaço excessivo, inchaço em pernas ou abdômen e desmaios. Esses sintomas podem aparecer dias ou semanas depois de uma infecção viral e devem ser investigados pelo cardiologista.

Como é feito o diagnóstico da miocardite?

O diagnóstico da miocardite exige avaliação cuidadosa. O cardiologista pode solicitar exames como:

Eletrocardiograma (ECG): detecta alterações no ritmo ou sinais indiretos de inflamação.

Ecocardiograma: avalia a função do coração e identifica áreas com contração reduzida.

Exames de sangue: dosagem de marcadores de lesão cardíaca (troponina, CK-MB) e inflamatórios.

Ressonância magnética cardíaca: padrão-ouro para confirmar inflamação, áreas de fibrose ou edema.

Cateterismo cardíaco: descarta obstrução coronária em casos de dor torácica.

Biópsia endomiocárdica: feita em situações específicas, quando há dúvida diagnóstica ou piora progressiva.

Esses exames são essenciais para diferenciar a miocardite de outras doenças cardíacas e definir o tratamento mais adequado.

Como é o tratamento da miocardite?

O tratamento da miocardite depende da causa e da gravidade do quadro. Durante a fase aguda, é fundamental manter repouso absoluto para reduzir o estresse no coração. O médico pode prescrever medicamentos para controlar os sintomas e proteger o coração, como betabloqueadores, diuréticos e inibidores da ECA. 

Quando a miocardite é causada por infecção, o tratamento da causa pode incluir antivirais, antibióticos ou imunossupressores. 

Em casos graves, pode ser necessário controlar arritmias com medicamentos ou implante de marcapasso ou desfibrilador. Em situações extremas, quando o coração não responde ao tratamento clínico, pode ser indicado transplante cardíaco.

O acompanhamento constante com cardiologista é essencial para monitorar a recuperação e prevenir complicações como insuficiência cardíaca crônica.

A miocardite tem cura definitiva?

Na maioria dos casos, sim. Quando diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada, a inflamação regride totalmente, permitindo que o coração retome sua função normal.

Entretanto, em casos mais graves, podem ocorrer sequelas como dilatação do coração (miocardiopatia dilatada) ou necessidade de tratamento prolongado para controlar sintomas.

Quando procurar um cardiologista?

Procure avaliação especializada se apresentar sintomas como:

✅ Falta de ar que piora progressivamente;

✅ Dor no peito persistente;

✅ Palpitações ou desmaios;

✅ Sinais de insuficiência cardíaca (inchaço, ganho rápido de peso, fadiga extrema).

Na Clínica Átrios, contamos com equipe especializada em cardiologia clínica e exames para diagnosticar e tratar a miocardite com segurança e cuidado humanizado.

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Pressão alta pode causar cegueira? Entenda esse risco para os olhos e o coração

A hipertensão arterial não atinge apenas o coração e as artérias. Quando os níveis de pressão se mantêm elevados por muito tempo, os pequenos vasos sanguíneos da retina – a “tela” que reveste o fundo do olho – também sofrem danos. O resultado pode variar desde visão borrada à perda de visão irreversível.

Por que a pressão alta afeta a visão?

O aumento crônico da pressão arterial danifica as paredes dos vasos sanguíneos em todo o corpo. Nos olhos, isso leva à retinopatia hipertensiva, caracterizada por estreitamento arteriolar, micro‑hemorragias e vazamento de líquido. Quanto mais descontrolada a pressão, maior a chance de ruptura vascular e isquemia da retina.

O que a pressão alta pode causar nos olhos?

✅ Retinopatia hipertensiva: dilatação dos vasos da retina (microaneurismas), sangramentos em forma de “chama” na retina (hemorragias em chama) e manchas brancas formadas por vazamento de proteínas (exsudatos algodonosos).

✅ Oclusão de veia ou artéria da retina: obstrução súbita, que pode apagar parte do campo visual.

✅ Edema de papila: inchaço do nervo óptico, sinal de hipertensão grave e de risco para o cérebro.

✅ Glaucoma secundário: aumento da pressão intraocular associado a alterações vasculares.

Por que controlar a pressão é essencial para prevenir perda de visão?

O mesmo processo que causa infarto ou AVC também compromete a microcirculação ocular. Quando cuidamos da saúde cardiovascular – com mudanças de estilo de vida e, se necessário, medicamentos – protegemos os vasos do olho. 

Estudos mostram que manter a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg reduz drasticamente a incidência de retinopatia hipertensiva e suas complicações.

Sinais de alerta que exigem avaliação imediata

✅ Visão borrada ou manchas escuras repentinas;

✅ Perda súbita de parte do campo visual;

✅ Dor de cabeça intensa associada a visão dupla;

✅ “Luzes” ou flashes sem explicação;

✅ Inchaço nas pálpebras ao acordar.

Se notar qualquer um desses sintomas – especialmente se já é hipertenso – procure atendimento de urgência. Muitos quadros podem ser revertidos quando tratados nas primeiras horas.

👉 Saiba mais – Hipertensão (pressão alta): sintomas, causas, diagnóstico e tratamento

Como diminuir o risco de cegueira por hipertensão

✅ Monitore sua pressão regularmente. Caso faça em casa, use aparelhos validados pelo Inmetro.

✅ Mantenha os cuidados recomendados, como uso correto de medicação (caso seja prescrita), dieta com pouco sal, atividade física e controle de peso.

✅ Faça exames oftalmológicos anuais (mapeamento de retina) para detectar alterações precoces.

✅ Gerencie fatores de risco: controle de colesterol, diabetes, não fumar e redução do consumo de álcool.

✅ Reduza o estresse com técnicas de relaxamento, pois picos de pressão também prejudicam os olhos.

Quando procurar um cardiologista?

Qualquer pessoa com diagnóstico de hipertensão, histórico familiar de doença cardiovascular ou sintomas visuais recorrentes deve agendar avaliação. O cardiologista ajusta o tratamento, solicita exames complementares (como ecocardiograma e monitorização ambulatorial) e trabalha em conjunto com o oftalmologista para preservar a sua visão e a sua saúde geral.

Na Clínica Átrios, nossa equipe de cardiologia oferece acompanhamento completo e integrado para controlar a pressão arterial e evitar complicações, incluindo danos oculares.

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Taquicardia: o que é, causas, sintomas e como tratar

Sentir o coração disparado pode ser algo normal em momentos de ansiedade, susto ou após esforço físico. Mas quando essa aceleração acontece sem motivo aparente e com frequência, é preciso ligar o sinal de alerta. 

A taquicardia pode ser um sintoma de que o coração está trabalhando de forma desregulada e, em alguns casos, pode te colocar em risco.

O que é taquicardia?

A taquicardia é um tipo de alteração dos batimentos (arritmia), caracterizada por uma frequência cardíaca mais rápida que o normal. Em adultos, considera-se taquicardia quando o coração bate a mais de 100 batimentos por minuto (bpm) em repouso.

Ela pode acontecer por poucos segundos ou durar mais tempo, dependendo da causa. E embora nem sempre represente perigo, a taquicardia precisa ser avaliada por um(a) cardiologista, especialmente se vier acompanhada de outros sintomas.

Além da sensação de coração acelerado, a taquicardia pode provocar sintomas como:

Falta de ar

Tontura ou vertigem

Dor ou pressão no peito

Cansaço excessivo

✅ Sensação de desmaio ou desmaio (síncope)

✅ Ansiedade e mal-estar

É importante observar a frequência e intensidade desses episódios. Quando ocorrem repetidamente ou prejudicam as atividades do dia a dia, é hora de procurar um(a) cardiologista.

O que pode causar taquicardia?

As causas da taquicardia variam de situações simples a condições mais graves. Entre os principais fatores estão:

Estresse, ansiedade ou crises de pânico: causam liberação de adrenalina, que acelera os batimentos.

Consumo excessivo de energéticos e álcool: podem aumentar temporariamente e perigosamente a frequência cardíaca.

Uso de medicamentos ou substâncias estimulantes: como descongestionantes nasais ou drogas ilícitas.

Febre, anemia ou desidratação: exigem mais esforço do coração.

Doenças cardíacas: como insuficiência cardíaca, infarto ou alterações nas válvulas do coração.

Distúrbios hormonais: como hipertireoidismo.

Distúrbios elétricos no coração: quando o problema está nos impulsos que regulam o ritmo cardíaco.

Nem toda taquicardia está associada a uma doença grave, mas somente uma avaliação médica detalhada pode identificar a causa e indicar o melhor caminho.

Quais são os principais tipos de taquicardia?

A taquicardia pode ser classificada de acordo com a origem do distúrbio elétrico no coração:

Fibrilação atrial: um tipo de arritmia comum em pessoas idosas ou com outras doenças cardíacas; os batimentos ficam irregulares e acelerados.

Taquicardia sinusal: é a forma mais comum e geralmente benigna, ocorrendo em resposta ao estresse, febre ou atividade física.

Taquicardia supraventricular: começa nas câmaras superiores do coração (átrios) e pode causar crises súbitas e intensas.

Taquicardia ventricular: tem origem nos ventrículos e pode ser mais perigosa, principalmente se associada a doenças no músculo cardíaco.

Como é feito o diagnóstico da taquicardia?

O diagnóstico da taquicardia começa com a escuta dos sintomas e o exame físico. Mas para entender exatamente o que está acontecendo com o coração, o cardiologista pode solicitar exames como:

Eletrocardiograma (ECG)

Holter 24h (monitoramento do ritmo cardíaco ao longo do dia)

✅ Teste de esforço

✅ Ecocardiograma

✅ Estudo eletrofisiológico (em casos específicos)

Quais os tratamentos para taquicardia?

O tratamento depende da causa e do tipo de taquicardia. As abordagens mais comuns incluem:

Mudança no estilo de vida: reduzir estresse, evitar cafeína, parar de fumar e cuidar do sono.

Medicamentos antiarrítmicos: para controlar a frequência cardíaca e estabilizar o ritmo.

Ablação por cateter: procedimento minimamente invasivo que corrige a origem da arritmia.

Implante de marcapasso ou desfibrilador: em casos mais graves, quando o coração precisa de auxílio para manter o ritmo adequado.

Tratamento de doenças de base: como tireoide, pressão alta ou insuficiência cardíaca.

Taquicardia tem cura?

Em muitos casos, sim. A taquicardia causada por fatores externos ou transitórios pode desaparecer com mudanças no estilo de vida ou uso de medicamentos.

Já em casos de taquicardias mais graves ou ligadas a problemas estruturais do coração, o controle é possível com tratamentos específicos, garantindo mais segurança e qualidade de vida.

Quando procurar um cardiologista?

Se você sentir seu coração acelerado com frequência, mesmo em repouso, ou se esse sintoma vier acompanhado de tontura, dor no peito ou falta de ar, não ignore.

A taquicardia pode ser o sinal de algo simples, mas também pode indicar condições que precisam de acompanhamento médico.

Na Clínica Átrios, nossa equipe de cardiologistas está preparada para avaliar, diagnosticar e tratar alterações no ritmo cardíaco com acolhimento e tecnologia.

Inchaço nas pernas e pés: 8 causas principais, sinais de alerta e como aliviar

Sentir inchaço nas pernas e pés é algo relativamente comum, mas que não deve ser ignorado. O edema pode surgir por motivos simples, como passar muitas horas de pé, ou indicar problemas de circulação, rins, coração ou sistema linfático. 

Neste artigo, você confere as causas mais frequentes, aprende a reconhecer quando o inchaço é preocupante e descobre medidas práticas para reduzir o desconforto.

As 8 causas principais por que as pernas e pés incham

Existem muitas possíveis razões para que o corpo – especialmente as pernas e os pés – fiquem inchados. Confira as mais comuns (mas não as únicas):

1. Insuficiência venosa crônica

Quando as válvulas das veias das pernas não fecham adequadamente, o sangue fica represado, provocando edema, sensação de peso e, em alguns casos, varizes visíveis.

2. Trombose venosa profunda (TVP)

Trata-se da formação de um ou mais coágulos em veias profundas da perna, gerando inchaço súbito, dor, calor e vermelhidão. Trata-se de uma emergência médica, pois o coágulo pode migrar para o pulmão (causando embolia pulmonar) ou para o cérebro (causando derrame cerebral).

3. Linfedema

É uma falha ou obstrução nos vasos linfáticos, que diminui a drenagem do líquido intersticial. O inchaço costuma ser assimétrico e persistente, piorando ao longo do dia, e afetando principalmente as pernas.

4. Problemas cardíacos

Insuficiência cardíaca faz o coração bombear menos sangue; os rins retêm sódio e água, levando a edema nas pernas e, em casos avançados, no abdômen.

5. Doenças renais

Problemas renais podem dificultar a filtragem do sangue, causando acúmulo de líquido e proteínas na corrente sanguínea. O edema pode aparecer nas pernas, pés e até nas pálpebras.

6. Doenças hepáticas

Alterações no fígado podem comprometer a produção de proteínas responsáveis por manter o líquido dentro dos vasos. Além das pernas, pode surgir ascite (barriga d’água).

7. Gravidez e variações hormonais

Durante a gravidez, ocorre um aumento do volume sanguíneo da mãe, o que pode levar à compressão da veia cava e alterações hormonais, o que favorece o inchaço, sobretudo no terceiro trimestre.

8. Medicamentos e estilo de vida

O uso de anticoncepcionais, corticoides, anti‑hipertensivos ou ficar longos períodos sentado ou de pé são fatores que podem causar pernas inchadas temporariamente.

👉 Veja também – Tornozelo inchado pode ser sinal de problema no coração?

Quando o inchaço nas pernas é preocupante?

Procure atendimento rápido se o inchaço:

🚨 Surge de forma súbita ou afeta apenas uma perna – pode indicar trombose venosa profunda, que exige atendimento imediato devido ao risco de embolia pulmonar.

🚨 Vem acompanhado de dor, calor, vermelhidão ou veias saltadas – esses sinais inflamatórios sugerem tromboflebite ou infecção local que podem evoluir para complicações graves.

🚨 Aparece junto com falta de ar, dor no peito ou palpitações – pode ser manifestação de insuficiência cardíaca descompensada ou até embolia, situações que demandam avaliação de urgência.

🚨 Persiste por mais de uma semana mesmo com repouso e medidas de alívio – sugere condições crônicas como insuficiência venosa, linfedema ou doença renal, que necessitam investigação específica.

🚨Está associado a feridas que não cicatrizam, alteração de cor ou perda de sensibilidade – pode indicar comprometimento arterial grave ou neuropatia, aumentando o risco de úlceras e infecções.

O que fazer para diminuir o inchaço dos pés e pernas

Algumas medidas simples, do dia a dia, podem ser tomadas para tentar reverter o inchaço nas pernas. Mas caso elas não resolvam o problema, o ideal é buscar uma avaliação médica para investigar as possíveis causas:

✅ Eleve as pernas acima do nível do coração por 15–20 minutos, de 2 a 3 vezes ao dia.

✅ Use meias de compressão graduada indicadas por profissional.

✅ Mantenha-se ativo: caminhar ou fazer exercícios de panturrilha melhora o retorno venoso.

✅ Reduza o sal e beba água suficiente para evitar retenção.

✅ Evite ficar parado: se trabalha sentado ou em pé, faça pausas para mover as pernas.

✅ Aplique compressas frias para aliviar desconforto temporário.

Quando procurar um cardiologista?

Se você apresenta edema nos membros inferiores de repetição, histórico de doença cardíaca, venosa ou linfática, ou qualquer sinal de alerta citado, agende uma avaliação médica o quanto antes, com cardiologista ou angiologista.

Na Clínica Átrios, contamos com um time de cardiologistas experientes e atenciosos para diagnosticar e tratar inchaços nas pernas e pés com abordagem integrada e humanizada.

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Cirurgia no coração: quando é indicada, tipos e o que fazer para evitar

A cirurgia no coração é um procedimento que, para muitas pessoas, pode parecer assustador. No entanto, com os avanços da medicina, tornou-se cada vez mais segura, eficaz e acessível. 

Mas afinal, quando ela é realmente necessária? Quais são os tipos existentes? E o que é possível fazer no dia a dia para ter menos chance de passar por isso?

Quando a cirurgia no coração é indicada?

A cirurgia cardíaca é indicada quando tratamentos clínicos ou medicamentosos não são suficientes para controlar doenças do coração e evitar complicações mais graves. Algumas situações em que o procedimento pode ser necessário incluem:

✅ Obstrução grave das artérias coronárias, que pode causar angina (dor no peito) e aumentar o risco de infarto. Quando a obstrução é extensa ou afeta múltiplos vasos, a cirurgia é muitas vezes preferida à angioplastia;

✅ Doenças das válvulas cardíacas, como a estenose (estreitamento) ou insuficiência (vazamento) das válvulas, que dificultam a passagem ou o retorno do sangue e sobrecarregam o coração;

✅ Aneurismas da aorta ou de outras estruturas cardíacas, que representam risco de rompimento e hemorragia;

Cardiopatias congênitas, presentes desde o nascimento, que exigem correção cirúrgica para melhorar a circulação sanguínea e a oxigenação do corpo;

Arritmias graves, como a fibrilação atrial ou taquicardias ventriculares, que não respondem bem a medicamentos ou ablação por cateter, podendo precisar de cirurgia para correção ou implante de dispositivos como o marcapasso ou desfibrilador.

A decisão pela cirurgia é tomada após análise detalhada dos sintomas, exames clínicos e de imagem, e da condição geral do paciente. O objetivo sempre é preservar a função cardíaca e garantir mais qualidade de vida.

Quais são os principais tipos de cirurgia cardíaca?

Existem diferentes tipos de cirurgia no coração, e a escolha depende da doença, gravidade e condição do paciente. Os principais procedimentos são:

Cirurgia de revascularização miocárdica (ponte de safena)

Indicada para pacientes com obstruções importantes nas artérias coronárias. Nesse procedimento, veias da perna ou artérias do tórax são usadas para criar um novo caminho para o sangue chegar ao músculo cardíaco, aliviando sintomas como dor no peito e reduzindo o risco de infarto.

Cirurgia valvar

Realizada para corrigir válvulas que não estão abrindo ou fechando corretamente. Pode envolver a troca por uma válvula biológica ou mecânica, ou a reparação da válvula original. As válvulas mais afetadas costumam ser a mitral e a aórtica.

Cirurgias para arritmias

Em casos de arritmias cardíacas graves, como a fibrilação atrial, podem ser necessários procedimentos cirúrgicos para restaurar o ritmo normal do coração. Isso inclui a implantação de dispositivos como marcapasso ou desfibrilador cardíaco implantável (CDI).

Transplante cardíaco

Indicado para pacientes com insuficiência cardíaca terminal, quando todos os outros tratamentos foram esgotados. Envolve a substituição do coração doente por um saudável, proveniente de um doador compatível.

Cirurgia minimamente invasiva ou robótica

Essas técnicas usam incisões menores e instrumentos especiais, com ou sem o uso de robôs. Reduzem o tempo de internação, a dor pós-operatória e aceleram a recuperação. São indicadas em casos específicos, dependendo da estrutura anatômica do paciente e da experiência da equipe.

Cada tipo de cirurgia tem indicações, riscos e tempo de recuperação distintos, e a escolha é feita após avaliação individualizada com o cardiologista e a equipe cirúrgica.

👉 Veja também – Sintomas de infarto em homens e mulheres

O que fazer no dia a dia para reduzir o risco de uma cirurgia cardíaca?

Embora algumas cirurgias no coração sejam inevitáveis – como nos casos de cardiopatias congênitas ou insuficiências cardíacas graves –, em grande parte das situações é possível reduzir significativamente o risco de precisar de uma cirurgia por meio de cuidados com a saúde cardiovascular ao longo da vida.

Algumas medidas fundamentais incluem:

✅ Manter uma alimentação saudável: dar preferência a alimentos naturais, ricos em fibras, com pouco sal e gorduras saturadas. Evitar alimentos ultraprocessados, refrigerantes e excesso de açúcar ajuda a controlar a pressão e o colesterol.

✅ Praticar atividade física regularmente: caminhadas, bicicleta, natação ou exercícios de força ajudam a fortalecer o coração, melhorar a circulação e controlar o peso.

✅ Controlar doenças crônicas: como hipertensão, diabetes e dislipidemias, com acompanhamento médico e uso correto de medicamentos.

✅ Não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool: o tabagismo é um dos principais fatores de risco para infarto e outras doenças cardiovasculares.

✅ Reduzir o estresse e dormir bem: o bem-estar emocional tem influência direta na saúde do coração.

✅ Fazer check-ups regulares com cardiologista: para monitorar a saúde cardíaca, especialmente em pessoas com histórico familiar ou fatores de risco.

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Rins e coração: qual é a relação entre os dois e por que ela importa?

Você sabia que existe uma forte ligação entre rins e o coração? Problemas em um órgão podem impactar diretamente o outro. 

Por isso, entender a relação entre rins e coração é essencial para prevenir complicações graves e cuidar da saúde como um todo. 

Qual a função dos rins e do coração?

O coração tem a função de bombear o sangue por todo o corpo, garantindo que os tecidos recebam oxigênio e nutrientes. Já os rins são responsáveis por filtrar o sangue, eliminando substâncias tóxicas e o excesso de líquidos por meio da urina. Além disso, regulam a pressão arterial e produzem hormônios importantes.

Quando um desses órgãos não funciona bem, todo o sistema entra em desequilíbrio. Isso porque o coração depende dos rins para manter o volume de sangue estável, e os rins dependem do coração para receber sangue em quantidade suficiente para filtrar corretamente.

Qual a relação entre rins e coração?

A conexão entre os dois órgãos é chamada de relação cardiorrenal. Isso significa que uma disfunção renal pode provocar problemas cardíacos e vice-versa. Quando o coração está fraco, ele bombeia menos sangue, e os rins recebem menos oxigênio e nutrientes. Isso prejudica a filtração e pode levar a uma retenção de líquidos que sobrecarrega ainda mais o coração.

O contrário também acontece: quando os rins estão comprometidos, eles passam a liberar substâncias que elevam a pressão arterial e aumentam o trabalho do coração. Esse ciclo pode evoluir para condições graves, como insuficiência cardíaca ou doença renal crônica.

O que é a síndrome cardiorrenal?

A síndrome cardiorrenal é o nome dado à condição em que coração e rins estão comprometidos ao mesmo tempo. Ela pode ocorrer em diferentes graus e direções:

✅ Quando a insuficiência cardíaca causa disfunção nos rins;

✅ Quando a doença renal crônica desencadeia problemas no coração;

✅ Ou quando ambos se comprometem simultaneamente por outras causas, como hipertensão ou diabetes mal controlada.

A síndrome cardiorrenal exige acompanhamento médico multiprofissional e pode ter sérias consequências se não for tratada precocemente.

👉 Veja também – Alimentos para pressão alta: o que comer e o que evitar para controlar a hipertensão

Quais doenças afetam rins e coração ao mesmo tempo?

Algumas condições de saúde costumam prejudicar esses dois sistemas simultaneamente. Entre as mais comuns estão:

✅ Hipertensão arterial: força o coração e danifica os vasos dos rins;

✅ Diabetes: afeta os vasos sanguíneos de ambos os órgãos;

✅ Doença renal crônica: reduz a capacidade de filtração e sobrecarrega o coração;

✅ Insuficiência cardíaca: prejudica o fluxo sanguíneo para os rins;

✅ Inflamações sistêmicas: como a sepse, que pode afetar todos os órgãos vitais.

👉 Saiba mais – Inflamação no corpo: quais os riscos para o coração

Como prevenir problemas cardiorrenais?

Manter os rins e o coração saudáveis depende de alguns cuidados essenciais:

Controlar a pressão arterial e o diabetes com orientação médica;

Ter uma alimentação equilibrada, com pouco sal e rica em vegetais e fibras;

Praticar atividades físicas regularmente;

Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool;

Fazer check-ups periódicos com cardiologista e nefrologista.

Quando procurar um cardiologista?

Se você já tem histórico de doença renal, hipertensão, diabetes ou sente sintomas como cansaço, inchaço, palpitações ou pressão alta frequente, o ideal é buscar avaliação especializada. O acompanhamento precoce pode evitar complicações graves.

Na Clínica Átrios, oferecemos atendimento especializado em cardiologia, com equipes preparadas para acompanhar pacientes com doenças renais ou cardiovasculares, de forma integrada e humanizada.

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Alimentos para pressão alta: o que comer e o que evitar para controlar a hipertensão

A pressão alta, ou hipertensão arterial, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. E, embora existam medicamentos para o controle da condição, a alimentação tem papel decisivo tanto na prevenção quanto no tratamento da hipertensão. 

Neste artigo, você vai entender quais alimentos ajudam a baixar a pressão, quais devem ser evitados e como fazer escolhas saudáveis no dia a dia.

Por que a alimentação influencia tanto na pressão arterial?

A alimentação exerce um impacto direto sobre a pressão arterial porque afeta fatores-chave para o funcionamento do sistema cardiovascular. 

O consumo excessivo de sódio, por exemplo, leva à retenção de líquidos e ao aumento do volume sanguíneo, o que eleva a pressão nas paredes dos vasos. Além disso, dietas pobres em potássio, magnésio e cálcio prejudicam o equilíbrio desses minerais, que são essenciais para a contração e relaxamento dos vasos sanguíneos. Outro ponto importante é que alimentos ricos em gordura saturada e trans podem causar inflamação nas artérias e contribuir para o acúmulo de placas, dificultando a circulação. 

Por outro lado, uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras e gorduras saudáveis contribui para a manutenção da pressão arterial dentro dos níveis adequados e para a saúde geral do coração.

O que comer para baixar a pressão alta?

Veja a seguir uma lista de alimentos que ajudam a controlar a hipertensão e proteger o coração:

✅ Banana: rica em potássio, ajuda a equilibrar os efeitos do sódio no organismo;

✅ Beterraba: possui nitratos naturais que dilatam os vasos e reduzem a pressão arterial;

✅ Água de coco: hidrata e é rica em eletrólitos como potássio e magnésio;

✅ Iogurte natural desnatado: fonte de cálcio, ajuda na regulação da pressão e é pouco calórico;

✅ Aveia: rica em fibras solúveis, auxilia no controle da pressão e do colesterol;

✅ Frutas oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas): contêm gorduras boas e magnésio, desde que consumidas com moderação;

✅ Alho: possui compostos com efeito vasodilatador;

✅ Folhas verde-escuras: espinafre, couve e brócolis são ricos em minerais essenciais.

Alimentos que devem ser evitados por quem tem pressão alta

Alguns alimentos podem elevar significativamente a pressão arterial e devem ser evitados ou consumidos com muita moderação:

❌ Sal em excesso: presente tanto no sal de cozinha quanto em alimentos processados e temperos prontos;

❌ Embutidos: presunto, mortadela, salsicha e linguiça contêm muito sódio e conservantes;

❌ Comidas instantâneas: macarrão e sopas prontas são fontes concentradas de sal e gordura ruim;

❌ Enlatados e conservas: milho, ervilha, palmito e atum enlatado costumam vir com alto teor de sódio;

❌ Frituras e fast food: além do sal, contêm gorduras saturadas e trans, que comprometem a saúde cardiovascular;

❌ Refrigerantes e bebidas açucaradas: contribuem para ganho de peso e aumento da pressão;

❌ Bebidas alcoólicas em excesso: alteram o funcionamento dos vasos sanguíneos e sobrecarregam o coração.

Dicas práticas para melhorar a alimentação de quem tem hipertensão

Dê preferência a temperos naturais 

Em vez de caldos prontos e temperos industrializados, use alho, cebola, limão,salsinha, cebolinha, manjericão, orégano e açafrão. Eles realçam o sabor dos alimentos e ajudam a reduzir o uso de sal.

Leia os rótulos dos alimentos 

Fique atento à quantidade de sódio por porção. Alimentos com mais de 400mg de sódio por porção devem ser evitados. Também observe a presença de gorduras saturadas e trans.

Reduza o consumo de alimentos ultraprocessados

Esses produtos geralmente contêm alto teor de sódio, açúcar e aditivos químicos. Substitua por opções naturais ou minimamente processadas, como frutas, castanhas e iogurtes sem adição de açúcar.

Mantenha uma boa hidratação 

Beba água ao longo do dia, mesmo sem sede. A hidratação adequada ajuda a regular o volume sanguíneo e favorece o bom funcionamento dos rins, que participam do controle da pressão.

Planeje suas refeições 

Quando você organiza o que vai comer, evita recorrer a opções rápidas e menos saudáveis. Preparar marmitas com alimentos frescos e balanceados é uma forma eficiente de manter a alimentação sob controle, mesmo em dias corridos.

Quando procurar ajuda médica?

A alimentação é uma aliada poderosa no controle da hipertensão, mas não substitui o acompanhamento profissional. Se você já tem diagnóstico de pressão alta ou apresenta sintomas como dor de cabeça frequente, tontura, zumbido no ouvido ou palpitações, procure um cardiologista.

Na Clínica Átrios, oferecemos atendimento especializado em cardiologia e orientação nutricional para ajudar você a cuidar da sua pressão com segurança e qualidade de vida.

Se você quer proteger ou tratar sua saúde cardiovascular e está em Brasília-DF ou Entorno, considere a Clínica Átrios como a sua opção!

Síndrome do Coração Partido: o que é, sintomas, riscos e tratamento

A síndrome do coração partido, também conhecida como cardiomiopatia de Takotsubo, é uma condição real e potencialmente grave, que pode surgir após situações de estresse emocional intenso, como luto, término de relacionamento ou traumas súbitos. 

Embora muitas vezes confundida com um infarto, ela tem causas, diagnóstico e tratamento específicos. Continue a leitura e saiba mais.

O que é a Síndrome do Coração Partido?

A síndrome do coração partido é uma forma de insuficiência cardíaca temporária, que ocorre quando o músculo do coração enfraquece repentinamente em resposta a um forte estresse emocional ou físico. 

O nome “Takotsubo” vem do formato que o ventrículo esquerdo assume durante o episódio, semelhante a uma armadilha japonesa usada para capturar polvos.

Apesar de não ser causada por obstrução das artérias coronárias, como acontece no infarto, a síndrome pode causar sintomas muito parecidos e também comprometer a função cardíaca.

Quais são as causas da síndrome do coração partido?

A principal causa é um aumento abrupto nos níveis de hormônios do estresse, como a adrenalina, que afeta diretamente o funcionamento do coração. Alguns gatilhos comuns incluem:

✅ Morte de um ente querido;

✅ Divórcio ou separação traumática;

✅ Acidentes graves;

✅ Diagnóstico de uma doença séria;

✅ Perda de emprego;

✅ Estresse crônico ou ansiedades intensas.

A condição é mais comum em mulheres acima de 50 anos, especialmente após a menopausa, possivelmente pela redução dos níveis de estrogênio, que tem efeito protetor sobre o coração.

Quais são os sintomas da síndrome do coração partido?

Os sintomas se assemelham muito aos de um infarto do miocárdio. A seguir, detalhamos cada um dos principais sinais que merecem atenção:

Dor no peito repentina e intensa 

Geralmente localizada no centro ou lado esquerdo do tórax, essa dor costuma surgir de forma súbita e pode durar vários minutos. É descrita como uma sensação de aperto, queimação ou pressão.

Falta de ar 

Pode ocorrer mesmo em repouso e tende a piorar com esforço físico ou estresse. A dificuldade para respirar é um dos sinais que mais assusta os pacientes.

Palpitações 

A pessoa sente o coração bater de forma acelerada ou irregular, o que pode vir acompanhado de ansiedade e sensação de descompasso.

Tontura ou desmaios

O fluxo sanguíneo pode ficar comprometido temporariamente, causando queda de pressão, tontura e até perda de consciência em casos mais graves.

Sensação de opressão no tórax

Diferentemente da dor localizada, esse sintoma é descrito como uma sensação difusa de peso ou aperto no peito, muitas vezes associada a angústia emocional.

Ansiedade e sudorese

O estado emocional alterado pode gerar agitação, sensação de pânico, suor frio e tremores.

🚨 Por serem sintomas semelhantes aos de outras condições cardíacas graves, é essencial procurar atendimento médico imediato para confirmação do diagnóstico e início do tratamento adequado.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da síndrome do coração partido exige uma avaliação cuidadosa, já que seus sintomas são muito semelhantes aos de um infarto. Os principais exames utilizados são:

Eletrocardiograma (ECG): detecta alterações na atividade elétrica do coração. Embora o padrão possa ser semelhante ao de um infarto, algumas diferenças ajudam na diferenciação.

✅ Exames de sangue: medem enzimas cardíacas, como a troponina, que indicam se houve lesão no músculo do coração. Em geral, os níveis são apenas levemente elevados na síndrome do coração partido, ao contrário do que ocorre em um infarto.

✅ Ecocardiograma (ultrassom do coração): permite visualizar o formato e o funcionamento do ventrículo esquerdo. Na síndrome, é comum observar uma dilatação na ponta do ventrículo e movimento anormal das paredes cardíacas.

✅ Cateterismo cardíaco: é realizado para descartar a presença de obstruções nas artérias coronárias. Em casos de síndrome do coração partido, as artérias estão livres, o que ajuda a confirmar o diagnóstico.

Quais os riscos e possíveis sequelas?

Embora a síndrome do coração partido seja, na maioria das vezes, reversível, ela pode causar complicações, como: 

Arritmias (alterações no ritmo cardíaco);

Insuficiência cardíaca temporária;

Trombose;

Edema pulmonar;

Em casos raros, morte.

A síndrome do coração partido tem cura? Qual é o tratamento?

Sim. A síndrome do coração partido tem cura na maioria dos casos, especialmente quando diagnosticada precocemente e acompanhada de forma adequada. A recuperação completa costuma ocorrer dentro de semanas, mas o tempo pode variar conforme a gravidade dos sintomas e o estado geral de saúde da paciente.

O tratamento foca em estabilizar o coração, aliviar os sintomas e prevenir novas crises. Os principais componentes incluem uso de medicamentos, repouso e redução de estresse, apoio psicológico ou psiquiátrico e acompanhamento com cardiologista.

Síndrome do Coração Partido: o que fazer para evitar?

Embora a síndrome do coração partido esteja ligada a eventos emocionais imprevisíveis, é possível adotar hábitos que fortalecem o coração e promovem equilíbrio emocional, reduzindo o risco de desenvolver essa condição. Veja algumas orientações preventivas:

✅ Cuide da saúde mental: reservar tempo para atividades que promovam bem-estar emocional, como meditação, leitura, arte, jardinagem ou espiritualidade, ajuda a controlar o estresse e a ansiedade.

✅ Pratique atividades físicas regularmente: o exercício físico libera endorfinas, melhora o humor e fortalece o sistema cardiovascular. Caminhadas, danças, alongamentos ou qualquer atividade que traga prazer são bem-vindas.

✅ Durma bem: a qualidade do sono influencia diretamente a saúde do coração e a capacidade de lidar com emoções. Priorize um ambiente tranquilo e uma rotina de sono regular.

✅ Fortaleça seus vínculos afetivos: manter relações saudáveis com amigos e familiares é uma das formas mais eficazes de reduzir o impacto do estresse emocional.

✅ Procure ajuda psicológica quando necessário: terapia é uma ferramenta poderosa de autoconhecimento e apoio emocional. Não hesite em buscar acompanhamento profissional diante de situações difíceis.

✅ Mantenha o acompanhamento médico em dia: realizar check-ups periódicos com cardiologista e outros especialistas contribui para identificar fatores de risco e orientar os melhores cuidados.

Essas medidas não eliminam totalmente o risco, mas reduzem significativamente as chances de desencadeamento da síndrome do coração partido e promovem uma vida mais equilibrada e saudável.

Quando procurar um cardiologista?

Se você apresentar sintomas como dor no peito, falta de ar ou palpitações, especialmente após uma situação emocional intensa, não hesite em procurar atendimento médico imediatamente. Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, maiores são as chances de recuperação sem complicações.

Na Clínica Átrios, oferecemos acompanhamento completo com cardiologistas experientes, prontos para acolher, diagnosticar e tratar doenças como a síndrome do coração partido com atenção e cuidado humanizado.

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Menopausa e coração: como a queda do estrogênio afeta a saúde cardiovascular da mulher

Durante a menopausa, o corpo da mulher passa por diversas transformações hormonais. Uma das principais mudanças é a queda na produção de estrogênio, hormônio essencial para várias funções do organismo feminino. Entre seus efeitos, está o impacto direto na saúde do coração. 

Neste artigo, vamos explicar como o estrogênio protege o sistema cardiovascular, quais são os riscos da sua redução na menopausa e o que fazer para manter o coração saudável nessa fase da vida.

Qual é o papel do estrogênio na saúde cardiovascular?

O estrogênio é um hormônio produzido principalmente pelos ovários e tem papel importante na regulação do colesterol, elevando o HDL (colesterol “bom”) e reduzindo o LDL (colesterol “ruim”)

Também atua na proteção dos vasos sanguíneos, já que ajuda a manter as artérias flexíveis e a prevenir o acúmulo de placas de gordura nas paredes dos vasos (aterosclerose).

Finalmente, o estrogênio é importante também no controle da pressão arterial

O que acontece com o coração da mulher quando o estrogênio diminui?

Com a redução do estrogênio na menopausa, o sistema cardiovascular da mulher passa a ficar mais vulnerável. Esse hormônio, que antes contribuía para manter as artérias flexíveis e facilitava a circulação sanguínea, deixa de exercer esse efeito protetor. 

A consequência é um aumento gradual da rigidez dos vasos sanguíneos e maior propensão ao acúmulo de placas de gordura, o que favorece a hipertensão arterial e a aterosclerose.

Além disso, a diminuição do estrogênio está ligada a alterações no metabolismo das gorduras, o que pode levar a níveis mais altos de colesterol LDL e triglicerídeos, ao mesmo tempo em que reduz o colesterol HDL. 

Todas essas mudanças aumentam consideravelmente o risco de infarto, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).

Outro fator importante é que, sem o estrogênio, o organismo pode ter mais dificuldade para controlar a resposta inflamatória e o estresse oxidativo, processos que também são ligados ao desenvolvimento de doenças do coração. 

Pesquisas indicam que, após a menopausa, o risco de doenças do coração pode se igualar ao dos homens.

Sinais de alerta e sintomas que merecem atenção

Alguns sintomas podem indicar que o coração não está indo bem durante ou após a menopausa. Entre eles:

✅ Falta de ar ao fazer esforços leves;

✅ Dor ou aperto no peito;

✅ Palpitações;

✅ Pressão alta sem causa aparente;

✅ Cansaço excessivo.

Esses sinais devem ser avaliados por um cardiologista, especialmente se coincidirem com o início da menopausa.

Estrogênio na menopausa e coração: como reduzir os riscos?

Apesar da queda do estrogênio ser um processo natural, é possível adotar algumas medidas para proteger o coração:

1. Exercícios físicos

Atividades regulares, como caminhadas, dança, natação ou musculação ajudam a controlar o peso, a pressão arterial e os níveis de colesterol. A prática de pelo menos 150 minutos semanais de exercícios aeróbicos moderados contribui diretamente para a saúde do coração, melhora a circulação e reduz o estresse. Além disso, o exercício ajuda a manter a massa muscular e a densidade óssea, que também podem ser afetadas durante a menopausa.

2. Alimentação balanceada

É benéfico adotar uma dieta rica em fibras, frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras boas (como azeite, oleaginosas, abacate e peixes gordurosos como salmão e sardinha). Evitar alimentos ultraprocessados, ricos em sal, açúcar e gorduras trans também é essencial. Uma dieta equilibrada contribui para controlar o colesterol, a pressão arterial e o peso corporal, todos fatores importantes para a saúde cardiovascular da mulher na menopausa.

3. Evitar o tabaco e o álcool em excesso

O cigarro acelera o envelhecimento das artérias, favorece a formação de placas de gordura nos vasos e aumenta significativamente o risco de infarto e AVC. 

Já o consumo excessivo de álcool pode elevar a pressão arterial, causar arritmias e prejudicar o funcionamento do músculo cardíaco. Reduzir ou eliminar esses hábitos é uma das formas mais eficazes de proteger o coração, especialmente durante e após a menopausa.

4. Manter o peso adequado

O excesso de peso aumenta significativamente o risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e colesterol alto, todos fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 

Durante a menopausa, é comum haver ganho de peso, especialmente na região abdominal, o que exige atenção redobrada. Manter um peso saudável com alimentação equilibrada e prática regular de exercícios é essencial para preservar a saúde do coração.

5. Consultar um cardiologista

Fazer exames regulares é essencial para identificar precocemente qualquer alteração na saúde do coração. O acompanhamento médico permite avaliar fatores de risco como hipertensão, colesterol elevado, diabetes e histórico familiar de doenças cardiovasculares. 

O cardiologista também pode solicitar exames específicos, como eletrocardiograma, ecocardiograma e teste ergométrico, além de orientar sobre prevenção e tratamento individualizado conforme a fase da menopausa e o estado geral de saúde da paciente.

A reposição hormonal é uma opção para proteger o coração?

A terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser indicada para aliviar sintomas da menopausa e, em alguns casos, também pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares. 

No entanto, essa decisão deve ser tomada com acompanhamento médico especializado – por ginecologistas e endocrinologistas – pois a TRH não é recomendada para todas as mulheres e pode ter riscos em determinadas condições de saúde.

Quando procurar um cardiologista?

Toda mulher na menopausa deve considerar uma avaliação com cardiologista, especialmente se tiver histórico familiar de doenças do coração, hipertensão, diabetes ou colesterol alto. A prevenção é o melhor caminho para manter a saúde do coração em dia.

Na Clínica Átrios, nossos cardiologistas estão prontos para acolher e cuidar da saúde cardiovascular da mulher em todas as fases da vida. 

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Entenda por que seu médico pode pedir um eletrocardiograma

O eletrocardiograma (ECG) é um exame simples, rápido, mas fundamental para avaliar a saúde do coração. Mesmo sendo bastante conhecido, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre por que o médico pede esse exame e em quais situações ele é indicado. 

O que é o eletrocardiograma?

O eletrocardiograma é um exame que registra a atividade elétrica do coração. Durante o procedimento, pequenos sensores (eletrodos) são colocados na pele do paciente para captar os impulsos elétricos gerados a cada batimento cardíaco. 

Essas informações são transformadas em um gráfico, permitindo que o médico avalie o ritmo, a frequência e a estrutura elétrica do coração.

O exame de eletrocardiograma é indolor, não invasivo e costuma durar apenas alguns minutos.

Por que o médico pede um eletrocardiograma?

Seu médico pode solicitar um eletrocardiograma para:

✅ Investigar sintomas: Dores no peito, palpitações, tonturas, falta de ar ou desmaios podem indicar problemas cardíacos que o ECG ajuda a diagnosticar.

✅ Avaliar condições que já existem: Pessoas com histórico de doenças cardíacas ou fatores de risco, como hipertensão e diabetes, podem precisar do exame para monitorar a saúde do coração.

✅ Antes de cirurgias: O eletrocardiograma é frequentemente solicitado no pré-operatório para garantir que o coração esteja em boas condições para procedimentos cirúrgicos.

✅ Acompanhar tratamentos: Para pacientes que usam medicamentos que afetam o coração, o ECG ajuda a monitorar possíveis alterações cardíacas.

✅ Check-ups de rotina: Em alguns casos, o exame é pedido como parte da avaliação de rotina, especialmente para pessoas acima de 40 anos ou atletas.

Em quais situações o eletrocardiograma é indicado?

Existem muitas situações em que um eletrocardiograma é indicado. Confira as principais a seguir:

Identificar arritmias (alterações no ritmo do coração)

O eletrocardiograma é capaz de detectar batimentos cardíacos irregulares, como taquicardias (batimento acelerado), bradicardias (batimento lento) e arritmias atriais ou ventriculares. 

Essas alterações no ritmo podem comprometer a eficiência do bombeamento de sangue e aumentar o risco de complicações graves, como insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).

Diagnosticar infartos (atuais ou antigos)

O eletrocardiograma é capaz de identificar sinais de infarto agudo do miocárdio, como alterações específicas nas ondas do traçado elétrico (como a elevação do segmento ST), indicando um evento em curso. 

Além disso, o exame pode mostrar cicatrizes de infartos antigos, ajudando a avaliar os danos já causados ao tecido cardíaco e direcionar o melhor tratamento para cada paciente.

Avaliar sinais de insuficiência cardíaca

O eletrocardiograma pode identificar alterações no padrão elétrico do coração que sugerem insuficiência cardíaca, como sobrecarga das câmaras cardíacas, ritmo irregular ou alterações na condução elétrica. 

Essas alterações indicam que o coração pode estar com dificuldade para bombear o sangue de maneira eficiente para o corpo, o que pode gerar sintomas como cansaço excessivo, inchaço nas pernas e falta de ar. 

Investigar problemas nas válvulas cardíacas

O eletrocardiograma pode revelar sinais indiretos de doenças nas válvulas do coração, como estenose (estreitamento) ou insuficiência (vazamento). Essas alterações podem modificar o ritmo e a condução elétrica do coração, além de causar sobrecarga nas câmaras cardíacas. Identificar essas mudanças ajuda o médico a suspeitar de disfunções valvares, que podem exigir exames complementares, como o ecocardiograma, para confirmação e definição do tratamento adequado.

Detectar alterações no tamanho das câmaras do coração

O eletrocardiograma pode apontar sinais de aumento das cavidades cardíacas, como dilatação dos átrios ou dos ventrículos. Essas alterações podem ser consequência de doenças como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca ou doenças das válvulas cardíacas. 

Identificar essas mudanças ajuda o médico a entender a adaptação do coração às sobrecargas e definir a necessidade de novos exames, como ecocardiograma, para investigação detalhada e planejamento do tratamento mais adequado.

Monitorar o efeito de medicamentos no coração

Alguns medicamentos usados no tratamento de diversas condições, como arritmias, hipertensão ou mesmo doenças psiquiátricas, podem interferir na atividade elétrica do coração. O eletrocardiograma é importante para avaliar se esses remédios estão causando efeitos colaterais, como prolongamento do intervalo QT ou bloqueios de condução elétrica.

Esse monitoramento é essencial para ajustar doses, trocar medicamentos ou adotar medidas preventivas que protejam a saúde cardíaca do paciente.

Diferenças entre ECG e Holter 24h

Embora ambos os exames avaliem a atividade elétrica do coração, existem diferenças importantes entre o eletrocardiograma (ECG) e o Holter 24h.

O ECG tradicional registra a atividade elétrica do coração em um único momento, enquanto o paciente está em repouso. É indicado para investigar sintomas que estão presentes no momento do exame ou para uma avaliação de rotina.

Já o Holter 24h é um monitoramento contínuo da atividade cardíaca durante 24 horas (ou mais, em alguns casos). O paciente usa um pequeno aparelho portátil conectado a eletrodos, permitindo o registro dos batimentos durante suas atividades normais do dia a dia e durante o sono.

O Holter é especialmente indicado para:

✅ Investigar arritmias que acontecem de tempos em tempos.

✅ Avaliar episódios de palpitação, tontura ou desmaio que não ocorrem o tempo todo.

✅ Analisar a resposta do coração durante diferentes atividades.

✅ Monitorar a eficácia de tratamentos para arritmias.

Enquanto o ECG oferece uma “fotografia” do coração em repouso, o Holter proporciona um “filme” contínuo, permitindo identificar alterações que poderiam passar despercebidas em um exame pontual.

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