Retenção de líquidos: por que acontece, o que fazer e quando é algo sério?

É comum ouvir pessoas reclamando de inchaço nas pernas ao fim do dia, ou sentir que os sapatos apertaram de repente. Em muitos casos, isso pode ser um sinal de retenção de líquidos, um tema que gera muitas dúvidas, principalmente sobre as causas, sintomas e o que fazer para aliviar esse desconforto. 

Neste artigo, você vai entender por que a retenção de líquidos acontece, como reconhecer quando o inchaço é preocupante e por que, em alguns casos, procurar um cardiologista faz toda a diferença.

O que é retenção de líquidos?

A retenção de líquidos acontece quando o corpo acumula água entre as células e nos tecidos, levando ao famoso inchaço (ou edema). Essa situação é mais comum do que parece, principalmente em dias quentes, durante a TPM ou depois de passar horas sentado ou em pé. 

Mas a retenção de líquidos também pode ser um sinal de que algo não vai bem no organismo, especialmente quando persiste ou vem acompanhada de outros sintomas.

Você pode perceber a retenção de líquidos quando, ao pressionar a pele do tornozelo ou da perna, ela fica marcada por alguns segundos. Outro indício é o aumento súbito do peso corporal em poucos dias, mesmo sem mudanças na alimentação.

Principais causas da retenção de líquidos

A retenção de líquidos tem diversas causas, que vão desde hábitos do dia a dia até problemas de saúde que exigem atenção. Algumas das mais frequentes incluem:

Consumo excessivo de sal: O sal faz o corpo reter mais água para diluir o sódio, causando inchaço principalmente nas pernas, mãos e ao redor dos olhos.

Baixa ingestão de água: Pode parecer contraditório, mas beber pouca água faz o organismo segurar ainda mais o líquido.

Sedentarismo: Ficar muito tempo na mesma posição dificulta a circulação, facilitando o acúmulo de líquidos nos membros inferiores.

Alterações hormonais: Situações como menstruação, gravidez e uso de anticoncepcionais favorecem o inchaço temporário.

Uso de alguns medicamentos: Remédios como corticoides, anti-hipertensivos e certos antidepressivos podem aumentar a retenção.

Doenças do coração, rins ou fígado: Quando órgãos vitais não funcionam bem, o corpo pode perder a capacidade de eliminar o excesso de água de forma eficiente.

Vale destacar que nem todo inchaço é sinal de doença grave, mas, em alguns casos, principalmente quando há relação com o coração, merece atenção especial.

Retenção de líquidos pode ser problema no coração?

Sim, e é aqui que entra a importância da avaliação cardiológica. O coração é responsável por bombear o sangue de forma eficiente por todo o corpo. Se esse bombeamento está comprometido, como em casos de insuficiência cardíaca, o sangue pode se acumular nas veias das pernas, levando ao inchaço persistente.

No contexto cardíaco, a retenção de líquidos costuma vir acompanhada de outros sinais, como:

✅ Falta de ar ao fazer esforços ou até mesmo em repouso;

✅ Cansaço excessivo;

✅ Inchaço crescente ao longo dos dias, principalmente nas pernas, tornozelos e pés;

✅ Ganho de peso rápido (1 a 2 kg em poucos dias, sem explicação aparente);

✅ Sensação de estômago “cheio”, perda de apetite.

Como diferenciar retenção de líquidos de ganho de peso (gordura)?

Essa dúvida é muito comum e faz todo sentido. O ganho de peso por retenção de líquidos é geralmente rápido e vem acompanhado de inchaço visível: roupas, calçados e até anéis ficam mais apertados de um dia para o outro. 

Já o aumento de peso por gordura costuma ser gradual e não provoca o aspecto inchado.

💡Um teste simples é apertar a pele da perna ou do tornozelo: se ela ficar marcada por alguns segundos (chamado “sinal do cacifo”), provavelmente se trata de retenção de líquidos.

O que fazer para reduzir a retenção de líquidos no dia a dia

Algumas atitudes simples ajudam bastante:

Beba mais água: Isso estimula o organismo a eliminar o excesso de sódio;

Reduza o sal: Evite temperos industrializados, embutidos e alimentos processados;

Pratique exercícios físicos: Caminhadas, alongamentos e até elevar as pernas ajudam a melhorar a circulação;

Inclua alimentos naturais: Frutas como melancia, abacaxi e melão têm efeito diurético natural.

Evite ficar muito tempo parado: Se trabalha sentado, levante-se e movimente-se sempre que possível;

Atenção aos medicamentos: Nunca interrompa sem orientação, mas relate ao médico caso note inchaço após começar algum remédio.

Quando procurar ajuda médica?

Procure um médico, de preferência um cardiologista, se:

✅ O inchaço for persistente, doloroso ou vier acompanhado de sintomas como falta de ar, dor no peito ou cansaço intenso;

✅ Você apresentar ganho de peso rápido sem explicação;

✅ Houver histórico de doenças cardíacas, renais ou hepáticas;

✅ O inchaço surgir repentinamente, sem relação clara com alimentação ou alterações de rotina.

Na dúvida, sempre vale buscar uma avaliação profissional. O cardiologista pode investigar a fundo, solicitar exames específicos e orientar sobre o tratamento ideal para o seu caso.

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Acidente vascular cerebral (AVC): o que causa, como prevenir e quando investigar

O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma condição grave, que ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido. 

Essa interrupção pode causar sequelas permanentes ou até levar à morte, dependendo da gravidade e da rapidez no atendimento. A boa notícia é que, na maioria dos casos, o AVC pode ser prevenido.

Neste artigo, você vai entender o que é o AVC, quais são suas causas e fatores de risco, como identificar os sintomas e quais exames ajudam a prevenir e investigar a doença.

O que é o acidente vascular cerebral?

O AVC acontece quando há um problema na circulação do sangue no cérebro. Ele pode ser de dois tipos:

AVC isquêmico: é o mais comum e ocorre quando um coágulo obstrui um vaso sanguíneo cerebral.

AVC hemorrágico: menos comum, mas mais grave, ocorre quando há rompimento de um vaso no cérebro, causando sangramento.

Ambos os tipos interrompem o fornecimento de oxigênio às células cerebrais, provocando danos que podem ser temporários ou permanentes.

Causas e fatores de risco do AVC

Diversos fatores aumentam a probabilidade de sofrer um AVC. Os principais são:

Hipertensão arterial (pressão alta): considerada o principal fator de risco, a hipertensão força os vasos sanguíneos, favorecendo seu rompimento ou obstrução.

Diabetes: níveis elevados de glicose no sangue danificam os vasos sanguíneos ao longo do tempo, aumentando a chance de bloqueios e AVC isquêmico.

Colesterol alto: o excesso de colesterol no sangue leva à formação de placas nas artérias (aterosclerose), o que pode dificultar ou interromper o fluxo sanguíneo cerebral.

Tabagismo: o cigarro provoca inflamações e estreitamento dos vasos, além de aumentar a pressão arterial e reduzir a oxigenação do sangue.

Sedentarismo e obesidade: a falta de atividade física contribui para ganho de peso, aumento do colesterol, pressão alta e resistência à insulina — todos fatores ligados ao AVC.

Consumo excessivo de álcool: grandes quantidades de bebida alcoólica elevam a pressão arterial e o risco de arritmias cardíacas, além de afetarem o fígado, que participa da regulação do colesterol.

Histórico familiar de AVC: quem tem parentes próximos que sofreram AVC tem maior predisposição, principalmente se associar esse fator a hábitos pouco saudáveis.

Doenças cardíacas, como fibrilação atrial: esse tipo de arritmia pode formar coágulos no coração, que podem ser levados até o cérebro, obstruindo artérias cerebrais.

Idade avançada: o envelhecimento naturalmente aumenta os riscos de problemas vasculares, incluindo o AVC, devido ao desgaste dos vasos e maior incidência de doenças crônicas.

AVC e derrame cerebral são a mesma coisa?

Sim. Embora o termo médico mais usado seja “acidente vascular cerebral”, a expressão “derrame cerebral” é popular e se refere à mesma condição. Ambos indicam um problema de circulação sanguínea no cérebro, com risco de sequelas e necessidade de atendimento imediato.

Sintomas de alerta: como reconhecer um AVC

O reconhecimento rápido dos sinais de AVC é essencial para buscar socorro médico com urgência. Os principais sintomas incluem:

✅ Fraqueza súbita em um lado do corpo (braço, perna ou face)

✅ Dificuldade para falar ou compreender o que as pessoas dizem

✅ Boca torta

✅ Perda de visão em um ou ambos os olhos

✅ Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação

✅ Dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente

Na presença desses sinais, o ideal é acionar o SAMU imediatamente (192).

Como prevenir um AVC

A prevenção do AVC começa com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico regular. Veja abaixo como cada ação pode ajudar:

Manter a pressão arterial sob controle: a hipertensão é o principal fator de risco para o AVC. Monitorar a pressão regularmente e seguir as orientações médicas é essencial para evitar crises e proteger os vasos cerebrais.

Controlar diabetes e colesterol: manter os níveis de glicose e colesterol sob controle ajuda a preservar a saúde dos vasos sanguíneos e a reduzir o risco de entupimentos ou rompimentos que causam AVC.

Praticar atividade física regularmente: a prática de exercícios melhora a circulação, ajuda a controlar o peso e contribui para a redução da pressão arterial e do colesterol.

Evitar o tabaco e o álcool em excesso: o cigarro e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas aumentam a pressão arterial e comprometem a saúde dos vasos, favorecendo o aparecimento de doenças cardiovasculares.

Adotar uma alimentação equilibrada: uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, fibras e alimentos integrais e pobre em sal e gorduras saturadas ajuda a manter o sistema cardiovascular saudável.

Fazer exames periódicos: exames de rotina permitem identificar fatores de risco antes que eles evoluam para um problema grave. Eles são fundamentais para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças associadas ao AVC.

Exames que ajudam a prevenir e investigar o AVC

Além dos exames de sangue e avaliação clínica regular, alguns exames de imagem ajudam a mapear riscos e diagnosticar alterações que podem levar ao AVC:

Ecografia de carótidas (Doppler de carótidas): avalia se há placas de gordura ou estreitamentos nas artérias que levam sangue ao cérebro.

Doppler transcraniano: examina a circulação cerebral e detecta alterações na velocidade do fluxo sanguíneo.

Ecocardiograma: útil quando há suspeita de origem cardíaca para o AVC.

Tomografia e ressonância magnética: usados em casos de suspeita de AVC agudo ou para avaliar possíveis lesões cerebrais.

O acidente vascular cerebral é uma das principais causas de morte e incapacitação no Brasil, mas pode ser prevenido com acompanhamento médico regular e exames específicos. Saber identificar os sintomas, controlar os fatores de risco e cuidar da saúde vascular é a melhor forma de se proteger.

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Obesidade infantil: quais os riscos para o coração e como proteger seu filho

A obesidade infantil se tornou uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil. Dados alarmantes mostram que uma em cada três crianças brasileiras está acima do peso, e essa condição vai muito além de questões estéticas. Os riscos da obesidade infantil para o coração começam na infância e podem acompanhar a criança por toda a vida.

O que é obesidade infantil e como diagnosticar

A obesidade infantil é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em crianças e adolescentes. O diagnóstico é feito principalmente através do Índice de Massa Corporal (IMC), que considera a relação entre peso, altura e idade da criança.

Segundo os critérios de IMC (índice de massa corporal) mais usados para avaliar o peso infantil, os valores costumam ser: 

✅ Peso adequado: IMC entre 5 e 85

✅ Sobrepeso: IMC entre 85 e 95

✅ Obesidade: IMC acima de 95

✅ Obesidade grave: IMC acima de 99

É importante ressaltar que o IMC infantil é interpretado de forma diferente do adulto, utilizando curvas de crescimento específicas para cada idade e sexo. Por isso, sempre procure orientação médica para uma avaliação adequada.

Quais doenças a obesidade infantil pode causar

A obesidade na infância não afeta apenas o peso da criança, mas pode desencadear uma série de problemas:

Doenças metabólicas

Diabetes tipo 2: Antes restrita aos adultos, hoje afeta cada vez mais crianças obesas devido à resistência à insulina.

Síndrome metabólica infantil: Combinação de hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade abdominal.

Dislipidemia: Alterações nos níveis de colesterol e triglicérides, aumentando o risco cardiovascular.

Outras complicações

Apneia do sono: Pode afetar a oxigenação e sobrecarregar o coração durante a noite.

Esteatose hepática: Acúmulo de gordura no fígado, que pode evoluir para problemas mais graves.

Problemas ortopédicos: Sobrecarga nas articulações e ossos em desenvolvimento.

Como a obesidade afeta o coração da criança

O coração de uma criança obesa enfrenta desafios únicos que podem ter consequências duradouras:

Sobrecarga cardiovascular

O excesso de peso força o coração a trabalhar mais intensamente para bombear sangue por todo o corpo. Isso leva ao aumento da pressão arterial e pode causar hipertrofia (aumento) das paredes do coração.

Alterações na circulação

A obesidade infantil pode causar alterações nos vasos sanguíneos, tornando-os menos flexíveis e reduzindo sua capacidade de se adaptar às necessidades do corpo. Isso cria a base para problemas circulatórios futuros.

Inflamação sistêmica

O tecido adiposo em excesso produz substâncias inflamatórias que circulam pelo corpo, afetando diretamente o coração e os vasos sanguíneos. Essa inflamação crônica acelera o desenvolvimento de aterosclerose.

Resistência à insulina cardíaca

O coração também pode desenvolver resistência à insulina, dificultando sua capacidade de usar a glicose como energia de forma eficiente. Isso compromete a função cardíaca e aumenta o risco de complicações.

O papel da cardiologia pediátrica na obesidade infantil

A cardiologia pediátrica tem papel fundamental na avaliação e acompanhamento de crianças com obesidade.

Avaliação cardiológica preventiva: O cardiologista pediátrico pode detectar precocemente alterações cardiovasculares em crianças obesas, permitindo intervenção antes que problemas mais graves aconteçam. 

Exames cardiológicos em crianças: Podem ser solicitados exames como eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma, avaliação da pressão arterial, além de exames de sangue.

Cardiologistas pediátricos trabalham em conjunto com outros especialistas – como nutricionistas e endocrinologistas – para criar um plano de tratamento abrangente, monitorando a evolução cardiovascular da criança durante o processo de perda de peso.

Sinais de alerta que os pais devem observar

Reconhecer precocemente os sinais de que a obesidade está afetando o coração da criança é fundamental:

Sintomas cardiovasculares

✅ Cansaço excessivo durante atividades físicas leves;

✅ Falta de ar ao subir escadas ou correr;

✅ Palpitações ou batimentos cardíacos irregulares;

✅ Dores no peito durante exercícios;

✅ Tontura ou desmaios.

Alterações comportamentais

✅ Recusa em participar de atividades físicas;

✅ Sonolência excessiva durante o dia;

✅ Mudanças no humor ou irritabilidade;

✅ Dificuldade de concentração na escola.

Sinais físicos

✅ Ganho de peso rápido e progressivo;

✅ Aumento da circunferência abdominal;

✅ Surgimento de estrias ou manchas escuras na pele;

✅ Ronco durante o sono.

A obesidade infantil e seus riscos para o coração representam um desafio real e crescente, mas que pode ser enfrentado com conhecimento, dedicação familiar e acompanhamento médico adequado. A prevenção continua sendo a melhor estratégia. 

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O que pode causar um derrame: fatores de risco, sintomas e prevenção

O derrame, também conhecido como AVC (acidente vascular cerebral), é uma emergência médica que atinge milhares de brasileiros todos os anos. Como segunda principal causa de morte no país, compreender o que pode causar um derrame é fundamental para a prevenção e pode literalmente salvar vidas.

AVC e derrame: qual a diferença?

Uma das perguntas mais comuns é: “qual a diferença entre um AVC e um derrame?” A resposta é simples: não há diferença! AVC e derrame se referem à mesma condição médica.

O termo “acidente vascular cerebral” é o nome técnico usado pelos médicos, enquanto “derrame” é a forma popular de chamar a doença. O nome “derrame” surgiu porque, em um dos tipos de AVC, há literalmente um derramamento de sangue no cérebro.

Ambos os termos descrevem a mesma situação: quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido, seja por obstrução (AVC isquêmico) ou por rompimento de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico). Conheça cada um:

✅ AVC isquêmico: Representa cerca de 85% de todos os casos de derrame. Acontece quando uma artéria que leva sangue ao cérebro fica obstruída por um coágulo ou por placas de gordura (aterosclerose). Sem o fornecimento adequado de oxigênio e nutrientes, as células cerebrais começam a morrer rapidamente.

AVC hemorrágico: Ocorre em aproximadamente 15% dos casos, quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento. Este tipo é geralmente mais grave e tem maior taxa de mortalidade, mas também é menos comum.

Principais fatores que podem causar um derrame

1. Hipertensão arterial

A pressão alta é o fator de risco mais importante para o derrame. O que leva a ter um derrame na maioria dos casos é justamente a hipertensão descontrolada. Quando a pressão arterial permanece elevada por longos períodos, ela danifica as paredes dos vasos sanguíneos, facilitando tanto o entupimento quanto o rompimento.

2. Diabetes

O diabetes descontrolado acelera o processo de aterosclerose, facilitando a formação de placas nas artérias cerebrais. Além disso, níveis elevados de glicose no sangue podem tornar o sangue mais espesso, aumentando o risco de formação de coágulos.

3. Problemas cardíacos e arritmias

Várias condições do coração podem causar derrame, especialmente:

Fibrilação atrial: Esta arritmia faz com que o coração bata de forma irregular, permitindo que o sangue se acumule e forme coágulos. Esses coágulos podem viajar até o cérebro e causar um derrame.

Insuficiência cardíaca: Quando o coração não bombeia sangue adequadamente, aumenta o risco de formação de coágulos.

Doença das válvulas cardíacas: Válvulas defeituosas podem facilitar a formação de coágulos que migram para o cérebro.

4. Colesterol elevado e aterosclerose

O excesso de colesterol no sangue leva à formação de placas nas artérias, que vão ficando cada vez mais estreitas. Essas placas podem se romper e formar coágulos, ou simplesmente bloquear completamente o vaso sanguíneo.

5. Fumar

Fumar aumenta o risco de derrame de várias maneiras. A nicotina e outras substâncias do cigarro danificam os vasos sanguíneos, aumentam a pressão arterial, aceleram a formação de coágulos e reduzem o oxigênio no sangue.

6. Sedentarismo e obesidade

A falta de atividade física contribui para o desenvolvimento de hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade; todos fatores de risco para derrame. O excesso de peso, especialmente na região abdominal, está diretamente relacionado ao aumento do risco cardiovascular.

O que provoca AVC em jovens?

Embora o derrame seja mais comum em pessoas mais velhas, o que provoca AVC em jovens tem características específicas que merecem atenção especial:

Causas mais comuns em jovens

Uso de drogas ilícitas: Cocaína, crack e anfetaminas podem causar picos extremos de pressão arterial e espasmos nos vasos cerebrais.

Anticoncepcionais hormonais: Especialmente em mulheres fumantes, podem aumentar o risco de formação de coágulos.

Doenças autoimunes: Condições como lúpus podem afetar os vasos sanguíneos cerebrais.

Defeitos cardíacos congênitos: Problemas no coração presentes desde o nascimento podem facilitar a formação de coágulos.

Dissecção arterial: Lesão nas artérias do pescoço, muitas vezes após trauma ou exercício intenso.

Uso de esteroides anabolizantes

O uso de esteroides anabolizantes, mesmo por pessoas jovens e aparentemente saudáveis, aumenta significativamente o risco de derrame. Essas substâncias provocam alterações graves no sistema cardiovascular, incluindo aumento da pressão arterial, mudanças no colesterol (redução do HDL “bom” e aumento do LDL “ruim”), espessamento das paredes do coração e aumento da tendência à formação de coágulos sanguíneos. 

👉 Saiba mais – Anabolizantes: consequências e riscos para a saúde do coração

Os 7 principais sinais do derrame

Reconhecer rapidamente os sinais do derrame pode fazer a diferença entre a vida e a morte, ou entre uma recuperação completa e sequelas permanentes. Aqui estão os principais sinais de alerta:

Fraqueza ou paralisia súbita: Perda repentina de força em um lado do corpo, afetando braço, perna ou ambos. A pessoa pode não conseguir levantar o braço ou sustentar o próprio peso.

Alterações na fala: Dificuldade para falar, fala arrastada, palavras confusas ou incompreensíveis. A pessoa pode entender o que quer dizer, mas não consegue formar as palavras corretamente.

Paralisia facial: Um lado do rosto fica caído ou paralisado. Ao sorrir, a boca fica torta ou assimétrica.

Perda de visão súbita: Perda parcial ou total da visão em um ou ambos os olhos, visão dupla ou campo de visão reduzido.

Dor de cabeça intensa e súbita: Dor de cabeça muito forte, diferente de qualquer dor já sentida antes, especialmente se acompanhada de outros sintomas.

Perda de equilíbrio: Tontura súbita, perda de coordenação, dificuldade para caminhar ou quedas inexplicáveis.

Confusão mental: Dificuldade para compreender o que está acontecendo, confusão, desorientação ou alterações no nível de consciência.

Teste rápido: regra do SAMU

Para memorizar facilmente, use a regra do SAMU:

Sorriso (assimétrico)

Abraços (fraqueza de um lado)

Mensagem (dificuldade na fala)

Urgente (chame ajuda imediatamente)

Como a cardiologia pode ajudar na prevenção?

Muitas pessoas não sabem que o(a) cardiologista tem papel fundamental na prevenção do derrame. Na Clínica Átrios, nossos especialistas estão preparados para identificar e tratar os fatores de risco cardiovasculares que podem levar ao AVC.

Um(a) cardiologista pode detectar problemas cardíacos que aumentam o risco de derrame, como arritmias, problemas nas válvulas cardíacas ou insuficiência cardíaca. O diagnóstico precoce permite tratamento adequado e redução significativa do risco.

Além disso, alguns exames da cardiologia podem trazer importantes sinais e alerta para um risco aumentado de derrame, como o eletrocardiograma (ECG), o Holter 24 horas, o ecocardiograma e a própria medição da pressão arterial.

Não espere até ser tarde demais. A prevenção do derrame começa com conhecimento, continua com mudanças no estilo de vida e se fortalece com acompanhamento médico adequado.

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Apneia do sono e suas consequências para o coração: como proteger sua saúde cardiovascular

Você sabia que roncar alto e ter pausas na respiração durante o sono pode ser muito mais do que um incômodo noturno? A apneia do sono é uma condição séria que afeta milhões de brasileiros e pode ter consequências graves para o coração. Se você ou alguém próximo apresenta esses sintomas, é hora de entender como esse distúrbio pode impactar sua saúde cardiovascular.

Neste guia completo, você vai descobrir como a apneia do sono causa problemas cardíacos, quais são os principais riscos e quando é o momento certo de procurar um cardiologista.

O que é apneia do sono e como ela afeta o coração?

A apneia obstrutiva do sono acontece quando os músculos da garganta relaxam durante o sono, bloqueando temporariamente a passagem do ar. Isso causa pausas na respiração que podem durar de 10 segundos a mais de um minuto, repetindo-se dezenas ou até centenas de vezes por noite.

Mas qual a relação entre apneia do sono e problemas cardíacos?

Cada vez que a respiração para, o corpo entra em estado de alerta. O cérebro percebe a falta de oxigênio e desperta parcialmente a pessoa para restabelecer a respiração. Este ciclo constante de parada e retomada da respiração coloca o sistema cardiovascular sob estresse extremo.

Durante os episódios de apneia, acontece:

✅ Queda brusca nos níveis de oxigênio no sangue;

✅ Aumento da pressão arterial;

✅ Aceleração dos batimentos cardíacos;

✅ Liberação de hormônios do estresse como a adrenalina.

As principais consequências da apneia do sono para o coração

Apesar de parecer inofensiva, a apneia do sono pode trazer diversos riscos para a saúde cardiovascular. Conheça os principais:

1. Hipertensão arterial

A apneia do sono e hipertensão estão intimamente conectadas. Estudos mostram que 50% das pessoas com pressão alta também têm apneia do sono. Durante os episódios de parada respiratória, a pressão arterial pode subir drasticamente, chegando a níveis perigosos mesmo em pessoas que têm pressão normal durante o dia.

2. Arritmias cardíacas

A apneia do sono pode causar arritmias como:

✅ Fibrilação atrial

✅ Batimentos cardíacos irregulares

✅ Pausas sinusais (quando o coração “pula” batidas)

✅ Taquicardia ventricular

Essas alterações do ritmo cardíaco acontecem porque o coração precisa trabalhar mais para compensar a falta de oxigênio, criando um ambiente propício para distúrbios elétricos.

3. Risco de infarto do miocárdio

Uma das perguntas mais frequentes é: “a apneia do sono pode causar infarto?” A resposta é sim. A condição aumenta significativamente o risco de ataque cardíaco por várias razões:

✅ Formação de placas de gordura nas artérias (aterosclerose)

✅ Aumento da inflamação no corpo

✅ Maior tendência à formação de coágulos

✅ Sobrecarga constante do músculo cardíaco

4. Insuficiência cardíaca

O coração de quem tem apneia do sono trabalha como se estivesse em exercício constante, mesmo durante o sono. Com o tempo, essa sobrecarga pode levar ao enfraquecimento do músculo cardíaco e ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca.

Sinais de alerta: quando a apneia está prejudicando seu coração

Os principais sintomas da apneia do sono são ronco muito alto e irregular; pausas na respiração testemunhadas por outras pessoas; despertares frequentes com sensação de sufocamento; suor excessivo durante a noite e necessidade de urinar várias vezes.

Caso você apresente esses sintomas, como saber se a apneia pode já estar prejudicando a saúde do seu coração? Conheça os principais sintomas: 

Sintomas diurnos

✅ Cansaço extremo mesmo após dormir 8 horas;

✅ Sonolência durante atividades do dia;

✅ Dificuldade de concentração;

✅ Dores de cabeça matinais;

✅ Mudanças de humor e irritabilidade.

Sinais cardiovasculares específicos

✅ Pressão alta de difícil controle;

✅ Palpitações ou batimentos irregulares;

✅ Dor no peito;

✅ Falta de ar aos pequenos esforços.

Como o(a) cardiologista pode ajudar no diagnóstico

Muitas pessoas não sabem que o cardiologista tem papel fundamental no diagnóstico da apneia do sono. Esses especialistas estão preparados para identificar os sinais cardiovasculares da apneia e orientar o tratamento adequado. 

Confira alguns dos exames que podem ser solicitados para essa investigação:

Eletrocardiograma (ECG): pode detectar alterações no ritmo cardíaco características da apneia do sono, como sinais de sobrecarga do coração, arritmias e alterações na condução elétrica.

Holter 24 horas: exame especialmente útil porque monitora o coração por 24 horas, captando as alterações que acontecem durante o sono. Este exame pode identificar variações da frequência cardíaca durante a noite, episódios de arritmia relacionados aos períodos de apneia e padrões anormais de batimentos cardíacos.

Medidas que protegem o coração

Agora que já entendeu os muitos riscos trazidos pela apneia do sono, você deve estar se perguntando o que fazer para proteger seu coração, se você tem apneia do sono. Confira os principais cuidados:

Tratamentos médicos

O CPAP, aparelho de pressão positiva contínua, representa o tratamento mais eficaz para casos moderados e graves de apneia do sono. Este equipamento fornece um fluxo contínuo de ar através de uma máscara, mantendo as vias aéreas abertas durante toda a noite. O uso regular do CPAP pode reduzir drasticamente os riscos cardiovasculares associados à apneia.

Os aparelhos orais são dispositivos personalizados que mantêm a mandíbula e a língua em posição adequada durante o sono, evitando o colapso das vias aéreas. Esses aparelhos são especialmente indicados para casos leves a moderados ou para pacientes que não se adaptam ao CPAP. 

As cirurgias são consideradas apenas em casos específicos, quando outros tratamentos não são eficazes, e podem incluir procedimentos para remover tecidos excessivos da garganta ou corrigir deformidades estruturais.

Mudanças no estilo de vida

A perda de peso é considerada o tratamento mais eficaz para casos leves de apneia do sono. Mesmo uma redução de 10% do peso corporal pode melhorar significativamente os episódios de apneia e diminuir a sobrecarga cardiovascular. A prática de exercícios regulares fortalece os músculos respiratórios, melhora a capacidade pulmonar e contribui para a saúde cardiovascular geral.

É fundamental evitar o consumo de álcool e sedativos, especialmente nas horas próximas ao sono, pois essas substâncias relaxam excessivamente os músculos da garganta, agravando a obstrução das vias aéreas. Dormir de lado, em vez de dormir de barriga para cima, reduz significativamente o colapso das vias aéreas e pode diminuir a gravidade da apneia em muitos pacientes.

Acompanhamento cardiológico

O acompanhamento regular com cardiologista é fundamental para proteger o coração durante o tratamento da apneia do sono. Esse(a) especialista monitora continuamente a pressão arterial, ajustando medicações quando necessário e acompanhando a resposta cardiovascular ao tratamento da apneia.

O controle de arritmias é outro aspecto importante do acompanhamento cardiológico. Muitos pacientes apresentam melhora significativa dos distúrbios do ritmo cardíaco após o início do tratamento adequado da apneia. A prevenção de complicações cardiovasculares futuras, como infarto e derrame, também faz parte do cuidado integral oferecido pelo cardiologista, que pode indicar exames complementares como eletrocardiograma e holter para monitorar a evolução do quadro.

Mitos e verdades sobre apneia do sono e coração

Quando o assunto é a relação entre a apneia do sono e suas consequências para o coração, é comum surgirem muitos mitos e dúvidas sobre o tema. Confira alguns dos principais e qual a verdade: 

“Roncar é normal e não oferece riscos”

Ronco alto e irregular pode ser sinal de apneia do sono, que aumenta o risco de problemas cardíacos em até 3 vezes.

“Só pessoas obesas têm apneia do sono”

Embora a obesidade seja um fator de risco importante, pessoas magras também podem desenvolver apneia devido a características anatômicas.

“A apneia só afeta o sono”

A apneia tem impacto direto no sistema cardiovascular, podendo causar hipertensão, arritmias e aumentar o risco de infarto.

Quando procurar um cardiologista

Para finalizar, você deve estar se perguntando quando deve buscar uma avalição com cardiologista. Fique atento caso você (ou quem convive com você) perceber alguns dos sinais abaixo:

✅ Ronco alto com pausas na respiração;

✅ Hipertensão de difícil controle;

✅ Palpitações ou batimentos irregulares;

✅ Cansaço extremo durante o dia;

✅ Combinação de sintomas de apneia com problemas cardíacos.

Na Clínica Átrios, em Brasília, nossos cardiologistas especializados podem avaliar sua situação e indicar os melhores exames para proteger sua saúde cardiovascular.

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Miocardite: o que é, como investigar, tratar e quando buscar ajuda

A miocardite é uma inflamação do miocárdio, o músculo responsável por bombear o sangue do coração para o corpo. Embora possa passar despercebida em casos leves, em situações mais graves pode evoluir rapidamente para insuficiência cardíaca ou arritmias, exigindo atendimento especializado.

Neste artigo, você vai entender o que é a miocardite, como ela se manifesta, quais exames ajudam a diagnosticar, como é feito o tratamento e por que o acompanhamento com cardiologista é essencial.

O que é miocardite?

A miocardite é a inflamação do músculo cardíaco, geralmente causada por infecções virais (como adenovírus, enterovírus e até o coronavírus), bactérias, doenças autoimunes ou reações a medicamentos. 

Essa inflamação compromete a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente.

Em alguns casos, a miocardite se apresenta de forma discreta e regride sozinha. Em outros, pode progredir para complicações graves, incluindo insuficiência cardíaca, arritmias e até morte súbita.

Quais as causas da miocardite?

As principais causas de miocardite incluem:

Infecções virais: adenovírus, parvovírus B19, vírus da gripe, HIV e coronavírus (Covid-19).

Infecções bacterianas: como difteria ou febre reumática.

Doenças autoimunes: lúpus, artrite idiopática juvenil ou vasculites.

Reações tóxicas ou alérgicas: medicamentos, vacinas (raramente) ou drogas ilícitas.

Miopericardite: inflamação que envolve o miocárdio e o pericárdio simultaneamente.

Quais são os sintomas da miocardite?

Os sintomas da miocardite podem variar bastante, desde quadros leves até graves. É comum que o paciente apresente dor no peito, semelhante à dor do infarto, além de falta de ar mesmo em repouso ou durante atividades leves. 

Outros sinais incluem palpitações ou sensação de taquicardia, cansaço excessivo, inchaço em pernas ou abdômen e desmaios. Esses sintomas podem aparecer dias ou semanas depois de uma infecção viral e devem ser investigados pelo cardiologista.

Como é feito o diagnóstico da miocardite?

O diagnóstico da miocardite exige avaliação cuidadosa. O cardiologista pode solicitar exames como:

Eletrocardiograma (ECG): detecta alterações no ritmo ou sinais indiretos de inflamação.

Ecocardiograma: avalia a função do coração e identifica áreas com contração reduzida.

Exames de sangue: dosagem de marcadores de lesão cardíaca (troponina, CK-MB) e inflamatórios.

Ressonância magnética cardíaca: padrão-ouro para confirmar inflamação, áreas de fibrose ou edema.

Cateterismo cardíaco: descarta obstrução coronária em casos de dor torácica.

Biópsia endomiocárdica: feita em situações específicas, quando há dúvida diagnóstica ou piora progressiva.

Esses exames são essenciais para diferenciar a miocardite de outras doenças cardíacas e definir o tratamento mais adequado.

Como é o tratamento da miocardite?

O tratamento da miocardite depende da causa e da gravidade do quadro. Durante a fase aguda, é fundamental manter repouso absoluto para reduzir o estresse no coração. O médico pode prescrever medicamentos para controlar os sintomas e proteger o coração, como betabloqueadores, diuréticos e inibidores da ECA. 

Quando a miocardite é causada por infecção, o tratamento da causa pode incluir antivirais, antibióticos ou imunossupressores. 

Em casos graves, pode ser necessário controlar arritmias com medicamentos ou implante de marcapasso ou desfibrilador. Em situações extremas, quando o coração não responde ao tratamento clínico, pode ser indicado transplante cardíaco.

O acompanhamento constante com cardiologista é essencial para monitorar a recuperação e prevenir complicações como insuficiência cardíaca crônica.

A miocardite tem cura definitiva?

Na maioria dos casos, sim. Quando diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada, a inflamação regride totalmente, permitindo que o coração retome sua função normal.

Entretanto, em casos mais graves, podem ocorrer sequelas como dilatação do coração (miocardiopatia dilatada) ou necessidade de tratamento prolongado para controlar sintomas.

Quando procurar um cardiologista?

Procure avaliação especializada se apresentar sintomas como:

✅ Falta de ar que piora progressivamente;

✅ Dor no peito persistente;

✅ Palpitações ou desmaios;

✅ Sinais de insuficiência cardíaca (inchaço, ganho rápido de peso, fadiga extrema).

Na Clínica Átrios, contamos com equipe especializada em cardiologia clínica e exames para diagnosticar e tratar a miocardite com segurança e cuidado humanizado.

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Pressão alta pode causar cegueira? Entenda esse risco para os olhos e o coração

A hipertensão arterial não atinge apenas o coração e as artérias. Quando os níveis de pressão se mantêm elevados por muito tempo, os pequenos vasos sanguíneos da retina – a “tela” que reveste o fundo do olho – também sofrem danos. O resultado pode variar desde visão borrada à perda de visão irreversível.

Por que a pressão alta afeta a visão?

O aumento crônico da pressão arterial danifica as paredes dos vasos sanguíneos em todo o corpo. Nos olhos, isso leva à retinopatia hipertensiva, caracterizada por estreitamento arteriolar, micro‑hemorragias e vazamento de líquido. Quanto mais descontrolada a pressão, maior a chance de ruptura vascular e isquemia da retina.

O que a pressão alta pode causar nos olhos?

✅ Retinopatia hipertensiva: dilatação dos vasos da retina (microaneurismas), sangramentos em forma de “chama” na retina (hemorragias em chama) e manchas brancas formadas por vazamento de proteínas (exsudatos algodonosos).

✅ Oclusão de veia ou artéria da retina: obstrução súbita, que pode apagar parte do campo visual.

✅ Edema de papila: inchaço do nervo óptico, sinal de hipertensão grave e de risco para o cérebro.

✅ Glaucoma secundário: aumento da pressão intraocular associado a alterações vasculares.

Por que controlar a pressão é essencial para prevenir perda de visão?

O mesmo processo que causa infarto ou AVC também compromete a microcirculação ocular. Quando cuidamos da saúde cardiovascular – com mudanças de estilo de vida e, se necessário, medicamentos – protegemos os vasos do olho. 

Estudos mostram que manter a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg reduz drasticamente a incidência de retinopatia hipertensiva e suas complicações.

Sinais de alerta que exigem avaliação imediata

✅ Visão borrada ou manchas escuras repentinas;

✅ Perda súbita de parte do campo visual;

✅ Dor de cabeça intensa associada a visão dupla;

✅ “Luzes” ou flashes sem explicação;

✅ Inchaço nas pálpebras ao acordar.

Se notar qualquer um desses sintomas – especialmente se já é hipertenso – procure atendimento de urgência. Muitos quadros podem ser revertidos quando tratados nas primeiras horas.

👉 Saiba mais – Hipertensão (pressão alta): sintomas, causas, diagnóstico e tratamento

Como diminuir o risco de cegueira por hipertensão

✅ Monitore sua pressão regularmente. Caso faça em casa, use aparelhos validados pelo Inmetro.

✅ Mantenha os cuidados recomendados, como uso correto de medicação (caso seja prescrita), dieta com pouco sal, atividade física e controle de peso.

✅ Faça exames oftalmológicos anuais (mapeamento de retina) para detectar alterações precoces.

✅ Gerencie fatores de risco: controle de colesterol, diabetes, não fumar e redução do consumo de álcool.

✅ Reduza o estresse com técnicas de relaxamento, pois picos de pressão também prejudicam os olhos.

Quando procurar um cardiologista?

Qualquer pessoa com diagnóstico de hipertensão, histórico familiar de doença cardiovascular ou sintomas visuais recorrentes deve agendar avaliação. O cardiologista ajusta o tratamento, solicita exames complementares (como ecocardiograma e monitorização ambulatorial) e trabalha em conjunto com o oftalmologista para preservar a sua visão e a sua saúde geral.

Na Clínica Átrios, nossa equipe de cardiologia oferece acompanhamento completo e integrado para controlar a pressão arterial e evitar complicações, incluindo danos oculares.

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Taquicardia: o que é, causas, sintomas e como tratar

Sentir o coração disparado pode ser algo normal em momentos de ansiedade, susto ou após esforço físico. Mas quando essa aceleração acontece sem motivo aparente e com frequência, é preciso ligar o sinal de alerta. 

A taquicardia pode ser um sintoma de que o coração está trabalhando de forma desregulada e, em alguns casos, pode te colocar em risco.

O que é taquicardia?

A taquicardia é um tipo de alteração dos batimentos (arritmia), caracterizada por uma frequência cardíaca mais rápida que o normal. Em adultos, considera-se taquicardia quando o coração bate a mais de 100 batimentos por minuto (bpm) em repouso.

Ela pode acontecer por poucos segundos ou durar mais tempo, dependendo da causa. E embora nem sempre represente perigo, a taquicardia precisa ser avaliada por um(a) cardiologista, especialmente se vier acompanhada de outros sintomas.

Além da sensação de coração acelerado, a taquicardia pode provocar sintomas como:

Falta de ar

Tontura ou vertigem

Dor ou pressão no peito

Cansaço excessivo

✅ Sensação de desmaio ou desmaio (síncope)

✅ Ansiedade e mal-estar

É importante observar a frequência e intensidade desses episódios. Quando ocorrem repetidamente ou prejudicam as atividades do dia a dia, é hora de procurar um(a) cardiologista.

O que pode causar taquicardia?

As causas da taquicardia variam de situações simples a condições mais graves. Entre os principais fatores estão:

Estresse, ansiedade ou crises de pânico: causam liberação de adrenalina, que acelera os batimentos.

Consumo excessivo de energéticos e álcool: podem aumentar temporariamente e perigosamente a frequência cardíaca.

Uso de medicamentos ou substâncias estimulantes: como descongestionantes nasais ou drogas ilícitas.

Febre, anemia ou desidratação: exigem mais esforço do coração.

Doenças cardíacas: como insuficiência cardíaca, infarto ou alterações nas válvulas do coração.

Distúrbios hormonais: como hipertireoidismo.

Distúrbios elétricos no coração: quando o problema está nos impulsos que regulam o ritmo cardíaco.

Nem toda taquicardia está associada a uma doença grave, mas somente uma avaliação médica detalhada pode identificar a causa e indicar o melhor caminho.

Quais são os principais tipos de taquicardia?

A taquicardia pode ser classificada de acordo com a origem do distúrbio elétrico no coração:

Fibrilação atrial: um tipo de arritmia comum em pessoas idosas ou com outras doenças cardíacas; os batimentos ficam irregulares e acelerados.

Taquicardia sinusal: é a forma mais comum e geralmente benigna, ocorrendo em resposta ao estresse, febre ou atividade física.

Taquicardia supraventricular: começa nas câmaras superiores do coração (átrios) e pode causar crises súbitas e intensas.

Taquicardia ventricular: tem origem nos ventrículos e pode ser mais perigosa, principalmente se associada a doenças no músculo cardíaco.

Como é feito o diagnóstico da taquicardia?

O diagnóstico da taquicardia começa com a escuta dos sintomas e o exame físico. Mas para entender exatamente o que está acontecendo com o coração, o cardiologista pode solicitar exames como:

Eletrocardiograma (ECG)

Holter 24h (monitoramento do ritmo cardíaco ao longo do dia)

✅ Teste de esforço

✅ Ecocardiograma

✅ Estudo eletrofisiológico (em casos específicos)

Quais os tratamentos para taquicardia?

O tratamento depende da causa e do tipo de taquicardia. As abordagens mais comuns incluem:

Mudança no estilo de vida: reduzir estresse, evitar cafeína, parar de fumar e cuidar do sono.

Medicamentos antiarrítmicos: para controlar a frequência cardíaca e estabilizar o ritmo.

Ablação por cateter: procedimento minimamente invasivo que corrige a origem da arritmia.

Implante de marcapasso ou desfibrilador: em casos mais graves, quando o coração precisa de auxílio para manter o ritmo adequado.

Tratamento de doenças de base: como tireoide, pressão alta ou insuficiência cardíaca.

Taquicardia tem cura?

Em muitos casos, sim. A taquicardia causada por fatores externos ou transitórios pode desaparecer com mudanças no estilo de vida ou uso de medicamentos.

Já em casos de taquicardias mais graves ou ligadas a problemas estruturais do coração, o controle é possível com tratamentos específicos, garantindo mais segurança e qualidade de vida.

Quando procurar um cardiologista?

Se você sentir seu coração acelerado com frequência, mesmo em repouso, ou se esse sintoma vier acompanhado de tontura, dor no peito ou falta de ar, não ignore.

A taquicardia pode ser o sinal de algo simples, mas também pode indicar condições que precisam de acompanhamento médico.

Na Clínica Átrios, nossa equipe de cardiologistas está preparada para avaliar, diagnosticar e tratar alterações no ritmo cardíaco com acolhimento e tecnologia.

Inchaço nas pernas e pés: 8 causas principais, sinais de alerta e como aliviar

Sentir inchaço nas pernas e pés é algo relativamente comum, mas que não deve ser ignorado. O edema pode surgir por motivos simples, como passar muitas horas de pé, ou indicar problemas de circulação, rins, coração ou sistema linfático. 

Neste artigo, você confere as causas mais frequentes, aprende a reconhecer quando o inchaço é preocupante e descobre medidas práticas para reduzir o desconforto.

As 8 causas principais por que as pernas e pés incham

Existem muitas possíveis razões para que o corpo – especialmente as pernas e os pés – fiquem inchados. Confira as mais comuns (mas não as únicas):

1. Insuficiência venosa crônica

Quando as válvulas das veias das pernas não fecham adequadamente, o sangue fica represado, provocando edema, sensação de peso e, em alguns casos, varizes visíveis.

2. Trombose venosa profunda (TVP)

Trata-se da formação de um ou mais coágulos em veias profundas da perna, gerando inchaço súbito, dor, calor e vermelhidão. Trata-se de uma emergência médica, pois o coágulo pode migrar para o pulmão (causando embolia pulmonar) ou para o cérebro (causando derrame cerebral).

3. Linfedema

É uma falha ou obstrução nos vasos linfáticos, que diminui a drenagem do líquido intersticial. O inchaço costuma ser assimétrico e persistente, piorando ao longo do dia, e afetando principalmente as pernas.

4. Problemas cardíacos

Insuficiência cardíaca faz o coração bombear menos sangue; os rins retêm sódio e água, levando a edema nas pernas e, em casos avançados, no abdômen.

5. Doenças renais

Problemas renais podem dificultar a filtragem do sangue, causando acúmulo de líquido e proteínas na corrente sanguínea. O edema pode aparecer nas pernas, pés e até nas pálpebras.

6. Doenças hepáticas

Alterações no fígado podem comprometer a produção de proteínas responsáveis por manter o líquido dentro dos vasos. Além das pernas, pode surgir ascite (barriga d’água).

7. Gravidez e variações hormonais

Durante a gravidez, ocorre um aumento do volume sanguíneo da mãe, o que pode levar à compressão da veia cava e alterações hormonais, o que favorece o inchaço, sobretudo no terceiro trimestre.

8. Medicamentos e estilo de vida

O uso de anticoncepcionais, corticoides, anti‑hipertensivos ou ficar longos períodos sentado ou de pé são fatores que podem causar pernas inchadas temporariamente.

👉 Veja também – Tornozelo inchado pode ser sinal de problema no coração?

Quando o inchaço nas pernas é preocupante?

Procure atendimento rápido se o inchaço:

🚨 Surge de forma súbita ou afeta apenas uma perna – pode indicar trombose venosa profunda, que exige atendimento imediato devido ao risco de embolia pulmonar.

🚨 Vem acompanhado de dor, calor, vermelhidão ou veias saltadas – esses sinais inflamatórios sugerem tromboflebite ou infecção local que podem evoluir para complicações graves.

🚨 Aparece junto com falta de ar, dor no peito ou palpitações – pode ser manifestação de insuficiência cardíaca descompensada ou até embolia, situações que demandam avaliação de urgência.

🚨 Persiste por mais de uma semana mesmo com repouso e medidas de alívio – sugere condições crônicas como insuficiência venosa, linfedema ou doença renal, que necessitam investigação específica.

🚨Está associado a feridas que não cicatrizam, alteração de cor ou perda de sensibilidade – pode indicar comprometimento arterial grave ou neuropatia, aumentando o risco de úlceras e infecções.

O que fazer para diminuir o inchaço dos pés e pernas

Algumas medidas simples, do dia a dia, podem ser tomadas para tentar reverter o inchaço nas pernas. Mas caso elas não resolvam o problema, o ideal é buscar uma avaliação médica para investigar as possíveis causas:

✅ Eleve as pernas acima do nível do coração por 15–20 minutos, de 2 a 3 vezes ao dia.

✅ Use meias de compressão graduada indicadas por profissional.

✅ Mantenha-se ativo: caminhar ou fazer exercícios de panturrilha melhora o retorno venoso.

✅ Reduza o sal e beba água suficiente para evitar retenção.

✅ Evite ficar parado: se trabalha sentado ou em pé, faça pausas para mover as pernas.

✅ Aplique compressas frias para aliviar desconforto temporário.

Quando procurar um cardiologista?

Se você apresenta edema nos membros inferiores de repetição, histórico de doença cardíaca, venosa ou linfática, ou qualquer sinal de alerta citado, agende uma avaliação médica o quanto antes, com cardiologista ou angiologista.

Na Clínica Átrios, contamos com um time de cardiologistas experientes e atenciosos para diagnosticar e tratar inchaços nas pernas e pés com abordagem integrada e humanizada.

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Cirurgia no coração: quando é indicada, tipos e o que fazer para evitar

A cirurgia no coração é um procedimento que, para muitas pessoas, pode parecer assustador. No entanto, com os avanços da medicina, tornou-se cada vez mais segura, eficaz e acessível. 

Mas afinal, quando ela é realmente necessária? Quais são os tipos existentes? E o que é possível fazer no dia a dia para ter menos chance de passar por isso?

Quando a cirurgia no coração é indicada?

A cirurgia cardíaca é indicada quando tratamentos clínicos ou medicamentosos não são suficientes para controlar doenças do coração e evitar complicações mais graves. Algumas situações em que o procedimento pode ser necessário incluem:

✅ Obstrução grave das artérias coronárias, que pode causar angina (dor no peito) e aumentar o risco de infarto. Quando a obstrução é extensa ou afeta múltiplos vasos, a cirurgia é muitas vezes preferida à angioplastia;

✅ Doenças das válvulas cardíacas, como a estenose (estreitamento) ou insuficiência (vazamento) das válvulas, que dificultam a passagem ou o retorno do sangue e sobrecarregam o coração;

✅ Aneurismas da aorta ou de outras estruturas cardíacas, que representam risco de rompimento e hemorragia;

Cardiopatias congênitas, presentes desde o nascimento, que exigem correção cirúrgica para melhorar a circulação sanguínea e a oxigenação do corpo;

Arritmias graves, como a fibrilação atrial ou taquicardias ventriculares, que não respondem bem a medicamentos ou ablação por cateter, podendo precisar de cirurgia para correção ou implante de dispositivos como o marcapasso ou desfibrilador.

A decisão pela cirurgia é tomada após análise detalhada dos sintomas, exames clínicos e de imagem, e da condição geral do paciente. O objetivo sempre é preservar a função cardíaca e garantir mais qualidade de vida.

Quais são os principais tipos de cirurgia cardíaca?

Existem diferentes tipos de cirurgia no coração, e a escolha depende da doença, gravidade e condição do paciente. Os principais procedimentos são:

Cirurgia de revascularização miocárdica (ponte de safena)

Indicada para pacientes com obstruções importantes nas artérias coronárias. Nesse procedimento, veias da perna ou artérias do tórax são usadas para criar um novo caminho para o sangue chegar ao músculo cardíaco, aliviando sintomas como dor no peito e reduzindo o risco de infarto.

Cirurgia valvar

Realizada para corrigir válvulas que não estão abrindo ou fechando corretamente. Pode envolver a troca por uma válvula biológica ou mecânica, ou a reparação da válvula original. As válvulas mais afetadas costumam ser a mitral e a aórtica.

Cirurgias para arritmias

Em casos de arritmias cardíacas graves, como a fibrilação atrial, podem ser necessários procedimentos cirúrgicos para restaurar o ritmo normal do coração. Isso inclui a implantação de dispositivos como marcapasso ou desfibrilador cardíaco implantável (CDI).

Transplante cardíaco

Indicado para pacientes com insuficiência cardíaca terminal, quando todos os outros tratamentos foram esgotados. Envolve a substituição do coração doente por um saudável, proveniente de um doador compatível.

Cirurgia minimamente invasiva ou robótica

Essas técnicas usam incisões menores e instrumentos especiais, com ou sem o uso de robôs. Reduzem o tempo de internação, a dor pós-operatória e aceleram a recuperação. São indicadas em casos específicos, dependendo da estrutura anatômica do paciente e da experiência da equipe.

Cada tipo de cirurgia tem indicações, riscos e tempo de recuperação distintos, e a escolha é feita após avaliação individualizada com o cardiologista e a equipe cirúrgica.

👉 Veja também – Sintomas de infarto em homens e mulheres

O que fazer no dia a dia para reduzir o risco de uma cirurgia cardíaca?

Embora algumas cirurgias no coração sejam inevitáveis – como nos casos de cardiopatias congênitas ou insuficiências cardíacas graves –, em grande parte das situações é possível reduzir significativamente o risco de precisar de uma cirurgia por meio de cuidados com a saúde cardiovascular ao longo da vida.

Algumas medidas fundamentais incluem:

✅ Manter uma alimentação saudável: dar preferência a alimentos naturais, ricos em fibras, com pouco sal e gorduras saturadas. Evitar alimentos ultraprocessados, refrigerantes e excesso de açúcar ajuda a controlar a pressão e o colesterol.

✅ Praticar atividade física regularmente: caminhadas, bicicleta, natação ou exercícios de força ajudam a fortalecer o coração, melhorar a circulação e controlar o peso.

✅ Controlar doenças crônicas: como hipertensão, diabetes e dislipidemias, com acompanhamento médico e uso correto de medicamentos.

✅ Não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool: o tabagismo é um dos principais fatores de risco para infarto e outras doenças cardiovasculares.

✅ Reduzir o estresse e dormir bem: o bem-estar emocional tem influência direta na saúde do coração.

✅ Fazer check-ups regulares com cardiologista: para monitorar a saúde cardíaca, especialmente em pessoas com histórico familiar ou fatores de risco.

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