Inflamação no corpo: quais os riscos para o coração?

Muita gente não sabe, mas aquela inflamação que parece simples pode, sim, afetar a saúde do coração. Infecções que se repetem ou que não são tratadas direito, ou até doenças crônicas, têm um papel silencioso no aumento do risco de complicações cardiovasculares.

Neste artigo, você vai entender como a inflamação no corpo e no coração estão conectadas, quais os sintomas de alerta e quando procurar ajuda.

Diferença entre inflamação e infecção

Você sabe a diferença entre inflamação e infeção? É comum as pessoas confundirem esses termos, então vale explicar.

A inflamação é uma resposta natural do organismo a agressores externos ou internos, como vírus, bactérias, lesões físicas, substâncias químicas e até estresse. O objetivo da inflamação é combater esses agentes prejudiciais e reparar danos nos tecidos. Esse processo pode ser de dois tipos: agudo e crônico.

✅ Inflamação aguda: Ocorre como uma defesa rápida e visível em casos como resfriados, lesões ou infecções locais. Ela é temporária e tende a desaparecer quando o problema é resolvido.

✅ Inflamação crônica: Ocorre quando o processo inflamatório não é resolvido de forma adequada e persiste por longos períodos, como nas doenças autoimunes ou doenças cardiovasculares. Essa inflamação prolongada pode ser prejudicial à saúde.

Por outro lado, a infecção acontece quando agentes patológicos, como vírus, bactérias, fungos ou parasitas, invadem o corpo e se multiplicam. Esse processo afeta diretamente o organismo e pode gerar uma inflamação num local específico do corpo ou pelo corpo todo. 

Embora toda infecção resulte em inflamação, nem toda inflamação é causada por uma infecção. Em condições autoimunes, por exemplo, o corpo gera uma resposta inflamatória contra seus próprios tecidos, sem a presença de agentes infecciosos externos.

Como a inflamação no corpo afeta o coração?

Quando o corpo está inflamado de forma constante ou descontrolada, o processo inflamatório pode afetar as paredes dos vasos sanguíneos, tornando-as mais propensas a sofrer danos. Esse dano facilita o acúmulo de placas de gordura, chamadas de aterosclerose, que se depositam nas artérias e podem endurecê-las. 

Com o tempo, esse estreitamento das artérias dificulta o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de doenças graves como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. 

Além disso, infecções, como as virais ou bacterianas, podem afetar diretamente o músculo cardíaco, causando condições como miocardite e outras complicações sérias. Essas condições prejudicam o funcionamento do coração e podem comprometer sua capacidade de bombear sangue de forma eficiente.

Quando a infecção vai para o coração?

Quando uma infecção se espalha e atinge o coração, ela pode afetar diferentes partes do órgão, resultando em condições graves. Isso pode ocorrer de diversas formas:

Miocardite

É a inflamação do músculo cardíaco, geralmente causada por infecções por vírus, como o coronavírus. Ela pode enfraquecer o músculo do coração, dificultando sua capacidade de bombear sangue de forma eficiente. A miocardite pode ser leve ou grave, levando a complicações como insuficiência cardíaca, arritmias e até parada cardíaca.

Endocardite

Trata-se da infecção da camada interna do coração (endocárdio), frequentemente causada por bactérias que entram na corrente sanguínea e se fixam nas válvulas cardíacas. A endocardite é uma condição rara, mas pode ser extremamente grave se não for tratada rapidamente, podendo levar à falência das válvulas do coração e, em casos extremos, a infecção generalizada (sepse).

Pericardite

Inflamação do pericárdio, a membrana que envolve o coração. Ela pode ser causada por infecções virais, bacterianas ou até por reações autoimunes. Embora a pericardite em si nem sempre seja grave, ela pode causar dor intensa no peito e, em casos mais sérios, pode levar a complicações como derrame pericárdico (acúmulo de líquido no pericárdio), que pode comprometer o funcionamento do coração.

Quando a infecção afeta o coração, é importante um diagnóstico precoce e um tratamento adequado para evitar complicações graves. Isso pode incluir o uso de antibióticos, antivirais ou, em casos mais avançados, a necessidade de cirurgias.

Quais são os sintomas de inflamação cardíaca?

Os sintomas de inflamação cardíaca podem variar dependendo da gravidade e do tipo de inflamação, mas em geral incluem sinais que afetam a função do coração e o sistema circulatório. Os principais sintomas são:

✅ Falta de ar (dispneia): Um dos primeiros sinais de inflamação cardíaca, quando o coração não consegue bombear o sangue de maneira eficiente. A falta de ar pode ocorrer tanto com esforço quanto em repouso, e pode piorar à noite.

✅ Dor no peito: A dor no peito pode ser intensa e muitas vezes é confundida com dor associada ao infarto. Ela ocorre devido à inflamação no músculo cardíaco (miocardite) ou na membrana que envolve o coração (pericardite).

✅ Fadiga excessiva: O cansaço extremo é outro sintoma comum. Com o coração inflamado, ele precisa trabalhar mais para bombear o sangue, o que resulta em uma sensação de cansaço constante e falta de energia.

✅ Palpitações: Batimentos cardíacos alterados também são frequentes em casos de inflamação cardíaca. Essas palpitações ocorrem devido ao aumento do esforço do coração para compensar sua função comprometida.

✅ Inchaço nas pernas, tornozelos e abdômen: Quando a inflamação cardíaca prejudica a capacidade do coração de bombear o sangue adequadamente, o líquido pode se acumular no corpo, resultando em inchaço nas extremidades, especialmente nas pernas e tornozelos. Esse sintoma pode indicar que o coração está em insuficiência.

✅ Febre persistente: A febre pode ser um sintoma associado à inflamação, especialmente se a causa for uma infecção viral ou bacteriana. No entanto, a febre também pode ocorrer em inflamações cardíacas não infecciosas, como nas doenças autoimunes.

Quem corre mais risco?

Algumas pessoas têm mais chance de desenvolver complicações cardíacas devido à inflamação. Os principais grupos de risco são:

✅ Pessoas com doenças crônicas: Pacientes com condições como diabetes, hipertensão e colesterol alto têm uma tendência maior a desenvolver inflamações crônicas no corpo, que podem afetar o coração.

✅ Idosos: O envelhecimento aumenta a frequência de doenças inflamatórias, tornando o coração mais vulnerável a infecções e inflamações.

✅ Pessoas com doenças autoimunes: Doenças como lúpus e artrite reumatoide envolvem uma resposta inflamatória constante no corpo, o que aumenta o risco de inflamações cardíacas.

✅ Imunodeprimidos: pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como quem usa medicamentos imunossupressores ou tem HIV, apresentam maior risco de infecções que podem se espalhar para o coração.

✅ Fumantes e alcoólatras: O tabagismo e o consumo excessivo de álcool aumentam a inflamação no corpo, contribuindo para desenvolver doenças cardiovasculares, incluindo a inflamação cardíaca.

✅ Histórico familiar de doenças cardíacas: Pessoas com histórico de doenças cardíacas na família têm maior probabilidade de desenvolver problemas cardíacos relacionados à inflamação, devido a fatores genéticos.

Para reduzir esses riscos, sempre trate infecções corretamente, com acompanhamento médico; mantenha uma alimentação saudável, evitando alimentos industrializados; pratique atividade física regular; não fume; controle doenças como diabetes e hipertensão; realize check-ups regulares com cardiologista.

Se você teve uma infecção recente e está com sintomas persistentes, procure uma avaliação especializada. A Clínica Átrios está pronta para te atender com segurança, tecnologia e cuidado com o seu coração.

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Como a vida digital impacta sua saúde (até seu coração)

Vivemos conectados o tempo todo. Do despertador à última passada da noite nas redes sociais, nossa vida é cada vez mais digital. E isso impacta nossa saúde (até do coração), mais do que se imagina. 

Com o aumento do tempo de tela, do trabalho remoto e da exposição constante a notícias, mensagens e cobranças virtuais, nosso corpo – especialmente nosso sistema cardiovascular – sente os efeitos dessa rotina.

A seguir você vai conhecer os impactos reais de uma vida hiperconectada na saúde; como o sedentarismo, o estresse digital e a falta de sono afetam o coração; e o que você pode fazer para equilibrar tecnologia e bem-estar.

Consequências da vida digital para a saúde

A rotina digital intensa não afeta apenas o coração, afeta também outras áreas da saúde física e mental, criando um efeito dominó que pode levar a complicações mais graves a longo prazo. Confira:

Sono prejudicado

A exposição prolongada à luz azul das telas à noite interfere na produção de melatonina, hormônio que regula o sono. Isso pode dificultar o adormecer, reduzir a qualidade do sono e provocar cansaço crônico.

Problemas de visão

O uso excessivo de dispositivos eletrônicos também está relacionado à fadiga ocular digital, caracterizada por olhos secos, ardência, visão embaçada e dores de cabeça.

Postura e dores musculares

Horas seguidas em frente ao computador ou ao celular, muitas vezes sem pausas ou ergonomia adequada, podem causar dores nas costas, no pescoço e nos ombros, além de contribuir para problemas de coluna a longo prazo.

Saúde mental sob pressão

O excesso de informações, as comparações constantes nas redes sociais e a cobrança por produtividade geram estresse, ansiedade e, em alguns casos, depressão. Esses fatores afetam diretamente o equilíbrio hormonal e o sistema nervoso autônomo, que também regula o coração.

Sedentarismo e alimentação desregulada

O estilo de vida digital costuma estar associado a menos atividade física e a um maior consumo de alimentos ultraprocessados, seja por praticidade ou por comer diante das telas. Isso favorece o ganho de peso, o acúmulo de gordura abdominal e o desenvolvimento de doenças metabólicas.

Sobrecarga cerebral

O excesso de estímulos digitais deixa o cérebro em estado de alerta constante, o que prejudica a concentração, a memória e a capacidade de relaxar. Esse estresse crônico eleva os níveis de cortisol e coloca o sistema cardiovascular em risco.

Como a vida digital afeta seu coração?

O coração é um dos órgãos mais sensíveis aos efeitos indiretos da rotina digital. Embora a tecnologia em si não cause doenças cardíacas diretamente, os hábitos que ela estimula podem desencadear ou agravar problemas cardiovasculares.

Sedentarismo e risco cardiovascular

Horas em frente a telas, sem intervalos para movimentar o corpo, contribuem para o sedentarismo — um dos principais fatores de risco para doenças do coração. A falta de atividade física favorece o ganho de peso, a resistência à insulina e o aumento da pressão arterial, além de prejudicar a circulação e a saúde das artérias.

Estresse digital e liberação de cortisol

A hiperconectividade mantém o cérebro em estado de vigilância constante, elevando os níveis de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. O excesso desse hormônio ao longo do tempo pode aumentar a pressão arterial, causar inflamações e alterar os batimentos cardíacos, aumentando o risco de arritmias e outros distúrbios cardiovasculares.

Sono desregulado e impacto hormonal

A privação ou a má qualidade do sono, comum em quem usa dispositivos eletrônicos até tarde, interfere na regulação hormonal e no metabolismo. Isso eleva o risco de obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão — todos fatores que impactam negativamente o coração. 

Além disso, o sono insuficiente está associado a um maior risco de eventos cardiovasculares, como infartos e AVCs.

Quem está mais em risco?

Embora os efeitos da vida digital possam atingir todas as pessoas, alguns grupos estão mais vulneráveis aos impactos cardiovasculares associados ao estilo de vida conectado:

✅ Mulheres na menopausa: Com a queda dos níveis de estrogênio, que tem efeito protetor sobre o coração, as mulheres nessa fase da vida ficam mais propensas à hipertensão, ao acúmulo de gordura abdominal e a alterações no colesterol. Quando somados ao sedentarismo e ao estresse digital, esses fatores elevam ainda mais o risco cardiovascular.

✅ Pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas, hipertensos e ansiosos: Quem já apresenta fatores de risco tradicionais para doenças do coração deve ter atenção redobrada ao impacto da rotina digital. A pressão alta, por exemplo, pode ser agravada pelo estresse e pela má qualidade do sono.

✅ Pessoas em home office ou com alta carga digital diária: Essas pessoas passam muitas horas conectadas, às vezes sem pausas para se movimentar ou relaxar. A ausência de limites entre trabalho e descanso também contribui para um estado de alerta contínuo, prejudicando a saúde como um todo.

✅ Jovens que passam muito tempo em jogos ou redes sociais: Apesar da idade, o excesso de tempo de tela, o isolamento e a privação de sono já têm mostrado efeitos na saúde mental e metabólica de adolescentes e adultos jovens. Esses hábitos, quando mantidos por anos, podem acelerar o surgimento de problemas cardiovasculares no futuro.

Como equilibrar o uso da tecnologia e proteger o coração?

Encontrar equilíbrio entre o mundo digital e a saúde cardiovascular é possível com pequenas mudanças no dia a dia. Veja algumas estratégias práticas:

✅ Pausas conscientes ao longo do dia: Defina momentos sem telas, principalmente entre tarefas longas. Levantar a cada 60 minutos para alongar-se, caminhar ou respirar profundamente já ajuda a reduzir o impacto do sedentarismo e aliviar a tensão corporal.

✅ Rotina de sono saudável: Desconecte-se das telas ao menos 1 hora antes de dormir. Criar um ambiente escuro e silencioso e manter horários regulares para dormir e acordar favorece um sono reparador, essencial para o equilíbrio hormonal e o bom funcionamento do coração.

✅ Prática regular de atividades físicas: Caminhadas, exercícios aeróbicos ou mesmo alongamentos guiados em casa ajudam a estimular a circulação, reduzir o estresse e melhorar a saúde cardiovascular. O ideal é movimentar-se ao menos 30 minutos por dia.

✅ Redução do estresse digital: Use ferramentas de controle de tempo de tela, silencie notificações fora do horário de trabalho e pratique o “detox digital” sempre que sentir sobrecarga. Essas atitudes promovem mais foco, bem-estar emocional e reduzem os níveis de cortisol.

✅ Alimentação consciente e longe das telas: Fazer refeições com atenção plena, sem distrações digitais, ajuda a melhorar a digestão, evitar excessos e criar um momento de pausa no dia. Preferir alimentos naturais e evitar ultraprocessados também contribui para a saúde do coração.

Quando procurar um cardiologista?

Mesmo com hábitos saudáveis e uma boa rotina digital, é fundamental ter atenção aos sinais que o corpo envia. Alguns sintomas, muitas vezes ignorados ou associados ao cansaço do dia a dia, podem indicar que algo não vai bem com o coração, como palpitações ou batimentos irregulares, cansaço excessivo sem motivo aparente ou pressão alta persistente.

Além desses sinais, pessoas que vivem uma rotina altamente conectada, especialmente com altos níveis de estresse ou sedentarismo, devem considerar uma avaliação cardiológica mesmo sem sintomas. Exames preventivos ajudam a identificar fatores de risco precocemente e a traçar estratégias personalizadas de cuidado.

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Coração e hormônios: o que toda mulher deve saber

À medida que os hormônios flutuam ao longo da vida da mulher – da puberdade à menopausa – o impacto no sistema cardiovascular vai se tornando cada vez maior.

Como essas alterações influenciam a saúde do coração? Quais são os riscos em cada fase da vida? E o que pode ser feito para manter o equilíbrio hormonal e proteger o coração? 

Neste artigo, vamos responder a essas e outras dúvidas que você sempre teve e te ajudar a entender melhor essa conexão vital e como manter sua saúde cardiovascular em dia!

Como os hormônios afetam o coração?

Os hormônios desempenham um papel essencial na regulação do sistema cardiovascular, influenciando a pressão arterial, os níveis de colesterol e o funcionamento do coração. Entre os principais hormônios que afetam a saúde cardiovascular das mulheres, destacam-se o estrogênio, a progesterona e o cortisol. Saiba mais sobre cada um a seguir.

O papel do estrogênio na proteção cardiovascular

O estrogênio é um dos principais hormônios femininos e tem um impacto positivo na saúde do coração. Ele ajuda a manter os vasos sanguíneos flexíveis, promove o aumento do HDL (o “bom” colesterol) e reduz os níveis de LDL (o “mau” colesterol). Além disso, auxilia na regulação da pressão arterial e na prevenção de formação de placas nas artérias, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares.

Porém, após a menopausa, a queda dos níveis de estrogênio pode aumentar o risco de hipertensão arterial, aterosclerose e outros problemas cardiovasculares, tornando ainda mais importante o acompanhamento cardiológico.

Progesterona e sua influência na circulação

A progesterona, outro hormônio essencial no ciclo menstrual, também afeta a saúde cardiovascular. Ela tem um efeito relaxante sobre os vasos sanguíneos e pode ajudar a regular a pressão arterial. 

No entanto, o desequilíbrio entre progesterona e estrogênio pode levar a retenção de líquidos e aumento da pressão arterial em algumas fases do ciclo menstrual.

O impacto do cortisol e do estresse no coração

O cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, também desempenha um papel crucial na saúde cardiovascular. Em situações de estresse crônico, os níveis elevados de cortisol podem contribuir para aumento da pressão arterial, inflamação dos vasos sanguíneos e maior risco de doenças do coração.

O impacto das fases hormonais na saúde cardiovascular

A depender do momento de vida da mulher, os hormônios podem ter diferentes impactos na saúde do coração. Confira a seguir todas essas mudanças.

Coração e hormônios na juventude

Durante a juventude, os altos níveis de estrogênio oferecem proteção cardiovascular, ajudando a manter os vasos sanguíneos saudáveis e regulando o metabolismo do colesterol. Entretanto, oscilações hormonais durante o ciclo menstrual podem causar alterações temporárias na pressão arterial e nos batimentos cardíacos.

Saúde do coração na gravidez

Durante a gravidez, o corpo passa por mudanças hormonais significativas para sustentar o desenvolvimento do bebê. O volume sanguíneo aumenta, e o coração trabalha mais para bombear sangue para a mãe e o feto. 

Porém, condições como hipertensão gestacional (pressão alta na gravidez) e pré-eclâmpsia podem surgir e requerem acompanhamento médico rigoroso.

Menopausa e maior risco cardiovascular

Com a menopausa, os níveis de estrogênio caem drasticamente, resultando em um aumento significativo do risco cardiovascular. O corpo passa a acumular mais gordura visceral, o que pode elevar a pressão arterial, o colesterol e a resistência à insulina. 

Nessa fase, a atenção com exames cardiológicos e a adoção de hábitos saudáveis são essenciais para a prevenção de doenças do coração.

Doenças cardiovasculares mais comuns em mulheres

As mulheres apresentam riscos específicos quando se trata de doenças cardiovasculares, muitas vezes com sintomas diferentes dos homens. Conhecer essas condições ajuda na prevenção e no diagnóstico precoce.

O infarto em mulheres pode se manifestar de forma atípica, com sintomas como fadiga intensa, náuseas, falta de ar e dor nas costas ou mandíbula, em vez da clássica dor no peito. Esse quadro muitas vezes leva a diagnósticos tardios, tornando essencial o acompanhamento cardiológico regular.

A hipertensão arterial é uma das principais causas de doenças cardiovasculares e pode ser influenciada por variações hormonais. A menopausa, por exemplo, aumenta a predisposição à pressão alta devido à queda do estrogênio, exigindo atenção redobrada com hábitos saudáveis e acompanhamento médico.

Já a chamada síndrome do coração partido, ou cardiomiopatia de Takotsubo, ocorre principalmente em mulheres e está associada a eventos de grande estresse emocional. Os sintomas são semelhantes aos de um infarto, mas sem a presença de obstruções nas artérias coronárias. 

O controle do estresse e o suporte emocional são fundamentais para evitar essa condição.

Quando procurar um cardiologista?

O ideal é que você não espere surgirem sinais ou sintomas para buscar a avaliação de um(a) cardiologista. Como sabemos, muitas doenças cardiovasculares são silenciosas, ou seja, não mostram sinais até que estejam avançadas (e graves). Assim, o ideal é fazer consultas e exames de rotina.

Ainda assim, alguns sinais indicam que é preciso buscar um(a) cardiologista o quanto antes, como:

Dores no peito ou desconforto persistente, mesmo que leves, podem ser sinais de problemas cardíacos, como angina ou infarto. O desconforto nas mulheres pode se manifestar como aperto, queimação ou sensação de peso no peito, podendo irradiar para os braços, costas ou mandíbula. 

Falta de ar frequente ou fadiga sem explicação podem indicar problemas cardiovasculares, como insuficiência cardíaca ou doença arterial coronariana. 

✅ Palpitações ou batimentos cardíacos irregulares podem ser sinais de arritmias, como fibrilação atrial, que aumentam o risco de complicações cardiovasculares. Esses sintomas podem ser percebidos como batimentos acelerados, pausas ou sensação de falha no ritmo do coração. 

Hipertensão arterial não controlada pode aumentar significativamente o risco de infarto, AVC e insuficiência cardíaca. Muitas vezes, a pressão alta não apresenta sintomas evidentes, tornando essencial o monitoramento regular e o uso adequado de medicamentos prescritos. 

Histórico familiar de doenças cardíacas pode aumentar significativamente o risco de desenvolver problemas cardiovasculares, como hipertensão, infarto e insuficiência cardíaca. Ter parentes de primeiro grau com doenças do coração exige uma atenção redobrada.

✅ Alterações nos exames laboratoriais, como colesterol elevado, podem indicar um risco aumentado para doenças cardiovasculares, mesmo na ausência de sintomas. Níveis elevados de LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos, combinados com baixos níveis de HDL (colesterol bom), favorecem o acúmulo de placas nas artérias, aumentando a chance de infarto e AVC. 

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Por que o estresse afeta mais a saúde das mulheres?

O estresse se tornou uma companhia constante da maioria das pessoas. No entanto, estudos revelam que as mulheres são mais afetadas pelos seus efeitos nocivos. Mas por que isso acontece? A resposta envolve uma complexa relação entre questões biológicas, sociais e emocionais.

Neste artigo, você vai conhecer as razões por que o estresse afeta mais a saúde das mulheres, como lidar nesses momentos, além de dicas de autocuidado para que as mulheres possam proteger sua saúde e bem-estar. Siga a leitura e saiba tudo sobre o estresse feminino e seus riscos!

Por que as mulheres são mais afetadas?

As diferenças na forma como homens e mulheres lidam com o estresse vão além dos fatores sociais e emocionais. Têm a ver também com questões fisiológicas e até hormonais. 

Questões hormonais

Quando uma mulher passa por uma situação de estresse, são liberados hormônios que preparam o corpo para agir. Esse sistema hormonal, chamado de eixo HPA, funciona assim: o cérebro envia um sinal para a glândula pituitária, que libera hormônios que estimulam as glândulas adrenais a produzirem cortisol, o hormônio do estresse.

Pesquisas mostram que, nas mulheres, esse sistema tende a reagir de forma mais intensa e por mais tempo do que nos homens, resultando em mais cortisol no corpo. 

Os hormônios estrogênio e progesterona também influenciam essa resposta ao estresse feminino. O estrogênio pode aumentar a reação ao estresse, enquanto a progesterona pode ter um efeito calmante. 

As mudanças nos níveis desses hormônios durante o ciclo menstrual, na gravidez e na menopausa podem fazer com que as mulheres reajam de formas diferentes ao estresse em cada fase da vida. Entenda como cada situação influencia:

✅ Menstruação: As alterações hormonais durante o ciclo menstrual podem exacerbar os sintomas de estresse, como ansiedade e irritabilidade.

✅ Gravidez: O estresse durante a gravidez pode aumentar o risco de complicações, como parto prematuro e baixo peso ao nascer.

✅ Menopausa: A queda nos níveis de estrogênio durante a menopausa pode tornar as mulheres mais vulneráveis aos efeitos do estresse, como ondas de calor, insônia e alterações de humor.

Fatores psicossociais

As mulheres frequentemente enfrentam uma carga psicossocial que contribui para o aumento do estresse e seus impactos na saúde. A combinação entre fatores sociais, culturais e emocionais cria um cenário complexo que exige atenção. Entre os principais, estão:

✅ Dupla jornada – A divisão desigual das responsabilidades domésticas e familiares sobrecarrega muitas mulheres, que conciliam o trabalho remunerado com o cuidado dos filhos, tarefas domésticas e atenção aos familiares. Essa dupla jornada pode levar à exaustão física e mental, aumentando os níveis de estresse.

✅ Pressões sociais e culturais – A sociedade impõe às mulheres padrões de beleza irreais, papéis de gênero rígidos e expectativas elevadas em relação ao desempenho em diversas áreas da vida. A pressão para se adequar a esses padrões pode gerar ansiedade, baixa autoestima e estresse crônico.

✅ Desigualdades no trabalho – Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam desigualdades no ambiente de trabalho, como assédio, discriminação salarial e dificuldades de ascensão profissional. Essas situações geram estresse e podem afetar a saúde mental e emocional.

✅ Violência de gênero – A violência de gênero, seja física, psicológica ou sexual, é uma grave violação dos direitos humanos que afeta a saúde e o bem-estar das mulheres. O estresse pós-traumático, a ansiedade e a depressão são algumas das consequências da violência de gênero.

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👉 Saiba mais – Como o estresse no trabalho afeta a saúde do coração

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Efeitos do estresse feminino na saúde

O estresse crônico pode desencadear uma série de efeitos negativos na saúde das mulheres, afetando diferentes sistemas do corpo e comprometendo o bem-estar geral.

Saúde mental

O estresse crônico aumenta a produção de cortisol, que pode afetar a regulação do humor e levar ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão.

A sobrecarga de trabalho e responsabilidades pode levar à exaustão emocional, caracterizada pelo burnout, com sintomas como fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração.

Saúde reprodutiva

O estresse pode desregular o ciclo menstrual, causando irregularidades, cólicas intensas e síndrome pré-menstrual (TPM) exacerbada. Além disso, pode afetar a produção de hormônios reprodutivos, dificultando a concepção.

Já o estresse durante a gravidez pode aumentar o risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer e pré-eclâmpsia.

Saúde gastrointestinal

O estresse pode exacerbar os sintomas da Síndrome do intestino irritável (SII), como dor abdominal, inchaço e alterações no ritmo intestinal.

Além disso, também aumenta a produção de ácido no estômago, o que pode levar ao desenvolvimento de gastrite e úlceras.

Saúde da pele e cabelos

O estresse aumenta a produção de sebo, o que pode obstruir os poros e levar ao desenvolvimento de acne e também pode provocar queda de cabelo, tanto temporária quanto permanente.

Já o cortisol em excesso pode danificar o colágeno e a elastina, proteínas que mantêm a pele firme e jovem, levando ao envelhecimento precoce.

Impactos do estresse na saúde do coração

O estresse crônico eleva a pressão arterial e a frequência cardíaca, aumentando o risco de doenças cardíacas, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

A exposição prolongada ao estresse pode levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial, um importante fator de risco para doenças cardiovasculares.

Como se cuidar?

Diante do impacto significativo do estresse na saúde feminina, é fundamental tomar alguns cuidados e estratégias para promover o bem-estar físico e emocional. Entre as principais, estão:

Técnicas de relaxamento

✅ Meditação: A prática regular de meditação ajuda a acalmar a mente, reduzir a ansiedade e aumentar a resiliência ao estresse.

✅ Ioga: A combinação de posturas físicas, técnicas de respiração e meditação da ioga promove relaxamento, flexibilidade e equilíbrio emocional.

✅ Respiração profunda: Exercícios de respiração profunda ajudam a acalmar o sistema nervoso, reduzir a frequência cardíaca e promover a sensação de relaxamento.

✅ Mindfulness: O mindfulness, ou atenção plena, é a prática de focar no presente, com atenção e aceitação, o que pode reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão.

Atividade física

✅ Exercícios regulares: A atividade física regular libera endorfinas, hormônios que promovem a sensação de bem-estar e reduzem o estresse.

✅ Escolha atividades prazerosas: Opte por atividades físicas que você goste, como caminhada, corrida, dança, natação ou ioga.

✅ Defina metas realistas: Comece com pequenas metas e aumente gradualmente a intensidade e a duração dos exercícios.

Alimentação equilibrada

✅ Nutrientes para o bem-estar: Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras fornece os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo e da mente.

✅ Evite alimentos processados: Alimentos processados, ricos em açúcar, gordura saturada e sódio, podem aumentar a ansiedade e prejudicar a saúde.

✅ Hidratação: Beba água regularmente para manter o corpo hidratado e favorecer o bom funcionamento do cérebro.

Sono de qualidade

✅ Rotina de sono: Estabeleça horários regulares para dormir e acordar, mesmo nos finais de semana.

✅ Ambiente propício: Crie um ambiente de sono escuro, silencioso e com temperatura agradável.

✅ Evite estimulantes: Evite cafeína, álcool e nicotina antes de dormir.

✅ Telas: Evite usar telas de aparelhos eletrônicos antes de dormir.

Busca por apoio

✅ Terapia: A terapia com um psicólogo ou psiquiatra pode ajudar a desenvolver estratégias de enfrentamento e lidar com o estresse crônico.

✅ Grupos de apoio: Participar de grupos de apoio com outras mulheres que enfrentam situações semelhantes pode proporcionar suporte emocional e compartilhar experiências.

✅ Rede de suporte social: Cultivar relacionamentos saudáveis com amigos, familiares e colegas pode fornecer apoio emocional e reduzir o estresse.

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