Pressão alta pode causar cegueira? Entenda esse risco para os olhos e o coração

A hipertensão arterial não atinge apenas o coração e as artérias. Quando os níveis de pressão se mantêm elevados por muito tempo, os pequenos vasos sanguíneos da retina – a “tela” que reveste o fundo do olho – também sofrem danos. O resultado pode variar desde visão borrada à perda de visão irreversível.

Por que a pressão alta afeta a visão?

O aumento crônico da pressão arterial danifica as paredes dos vasos sanguíneos em todo o corpo. Nos olhos, isso leva à retinopatia hipertensiva, caracterizada por estreitamento arteriolar, micro‑hemorragias e vazamento de líquido. Quanto mais descontrolada a pressão, maior a chance de ruptura vascular e isquemia da retina.

O que a pressão alta pode causar nos olhos?

✅ Retinopatia hipertensiva: dilatação dos vasos da retina (microaneurismas), sangramentos em forma de “chama” na retina (hemorragias em chama) e manchas brancas formadas por vazamento de proteínas (exsudatos algodonosos).

✅ Oclusão de veia ou artéria da retina: obstrução súbita, que pode apagar parte do campo visual.

✅ Edema de papila: inchaço do nervo óptico, sinal de hipertensão grave e de risco para o cérebro.

✅ Glaucoma secundário: aumento da pressão intraocular associado a alterações vasculares.

Por que controlar a pressão é essencial para prevenir perda de visão?

O mesmo processo que causa infarto ou AVC também compromete a microcirculação ocular. Quando cuidamos da saúde cardiovascular – com mudanças de estilo de vida e, se necessário, medicamentos – protegemos os vasos do olho. 

Estudos mostram que manter a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg reduz drasticamente a incidência de retinopatia hipertensiva e suas complicações.

Sinais de alerta que exigem avaliação imediata

✅ Visão borrada ou manchas escuras repentinas;

✅ Perda súbita de parte do campo visual;

✅ Dor de cabeça intensa associada a visão dupla;

✅ “Luzes” ou flashes sem explicação;

✅ Inchaço nas pálpebras ao acordar.

Se notar qualquer um desses sintomas – especialmente se já é hipertenso – procure atendimento de urgência. Muitos quadros podem ser revertidos quando tratados nas primeiras horas.

👉 Saiba mais – Hipertensão (pressão alta): sintomas, causas, diagnóstico e tratamento

Como diminuir o risco de cegueira por hipertensão

✅ Monitore sua pressão regularmente. Caso faça em casa, use aparelhos validados pelo Inmetro.

✅ Mantenha os cuidados recomendados, como uso correto de medicação (caso seja prescrita), dieta com pouco sal, atividade física e controle de peso.

✅ Faça exames oftalmológicos anuais (mapeamento de retina) para detectar alterações precoces.

✅ Gerencie fatores de risco: controle de colesterol, diabetes, não fumar e redução do consumo de álcool.

✅ Reduza o estresse com técnicas de relaxamento, pois picos de pressão também prejudicam os olhos.

Quando procurar um cardiologista?

Qualquer pessoa com diagnóstico de hipertensão, histórico familiar de doença cardiovascular ou sintomas visuais recorrentes deve agendar avaliação. O cardiologista ajusta o tratamento, solicita exames complementares (como ecocardiograma e monitorização ambulatorial) e trabalha em conjunto com o oftalmologista para preservar a sua visão e a sua saúde geral.

Na Clínica Átrios, nossa equipe de cardiologia oferece acompanhamento completo e integrado para controlar a pressão arterial e evitar complicações, incluindo danos oculares.

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Taquicardia: o que é, causas, sintomas e como tratar

Sentir o coração disparado pode ser algo normal em momentos de ansiedade, susto ou após esforço físico. Mas quando essa aceleração acontece sem motivo aparente e com frequência, é preciso ligar o sinal de alerta. 

A taquicardia pode ser um sintoma de que o coração está trabalhando de forma desregulada e, em alguns casos, pode te colocar em risco.

O que é taquicardia?

A taquicardia é um tipo de alteração dos batimentos (arritmia), caracterizada por uma frequência cardíaca mais rápida que o normal. Em adultos, considera-se taquicardia quando o coração bate a mais de 100 batimentos por minuto (bpm) em repouso.

Ela pode acontecer por poucos segundos ou durar mais tempo, dependendo da causa. E embora nem sempre represente perigo, a taquicardia precisa ser avaliada por um(a) cardiologista, especialmente se vier acompanhada de outros sintomas.

Além da sensação de coração acelerado, a taquicardia pode provocar sintomas como:

Falta de ar

Tontura ou vertigem

Dor ou pressão no peito

Cansaço excessivo

✅ Sensação de desmaio ou desmaio (síncope)

✅ Ansiedade e mal-estar

É importante observar a frequência e intensidade desses episódios. Quando ocorrem repetidamente ou prejudicam as atividades do dia a dia, é hora de procurar um(a) cardiologista.

O que pode causar taquicardia?

As causas da taquicardia variam de situações simples a condições mais graves. Entre os principais fatores estão:

Estresse, ansiedade ou crises de pânico: causam liberação de adrenalina, que acelera os batimentos.

Consumo excessivo de energéticos e álcool: podem aumentar temporariamente e perigosamente a frequência cardíaca.

Uso de medicamentos ou substâncias estimulantes: como descongestionantes nasais ou drogas ilícitas.

Febre, anemia ou desidratação: exigem mais esforço do coração.

Doenças cardíacas: como insuficiência cardíaca, infarto ou alterações nas válvulas do coração.

Distúrbios hormonais: como hipertireoidismo.

Distúrbios elétricos no coração: quando o problema está nos impulsos que regulam o ritmo cardíaco.

Nem toda taquicardia está associada a uma doença grave, mas somente uma avaliação médica detalhada pode identificar a causa e indicar o melhor caminho.

Quais são os principais tipos de taquicardia?

A taquicardia pode ser classificada de acordo com a origem do distúrbio elétrico no coração:

Fibrilação atrial: um tipo de arritmia comum em pessoas idosas ou com outras doenças cardíacas; os batimentos ficam irregulares e acelerados.

Taquicardia sinusal: é a forma mais comum e geralmente benigna, ocorrendo em resposta ao estresse, febre ou atividade física.

Taquicardia supraventricular: começa nas câmaras superiores do coração (átrios) e pode causar crises súbitas e intensas.

Taquicardia ventricular: tem origem nos ventrículos e pode ser mais perigosa, principalmente se associada a doenças no músculo cardíaco.

Como é feito o diagnóstico da taquicardia?

O diagnóstico da taquicardia começa com a escuta dos sintomas e o exame físico. Mas para entender exatamente o que está acontecendo com o coração, o cardiologista pode solicitar exames como:

Eletrocardiograma (ECG)

Holter 24h (monitoramento do ritmo cardíaco ao longo do dia)

✅ Teste de esforço

✅ Ecocardiograma

✅ Estudo eletrofisiológico (em casos específicos)

Quais os tratamentos para taquicardia?

O tratamento depende da causa e do tipo de taquicardia. As abordagens mais comuns incluem:

Mudança no estilo de vida: reduzir estresse, evitar cafeína, parar de fumar e cuidar do sono.

Medicamentos antiarrítmicos: para controlar a frequência cardíaca e estabilizar o ritmo.

Ablação por cateter: procedimento minimamente invasivo que corrige a origem da arritmia.

Implante de marcapasso ou desfibrilador: em casos mais graves, quando o coração precisa de auxílio para manter o ritmo adequado.

Tratamento de doenças de base: como tireoide, pressão alta ou insuficiência cardíaca.

Taquicardia tem cura?

Em muitos casos, sim. A taquicardia causada por fatores externos ou transitórios pode desaparecer com mudanças no estilo de vida ou uso de medicamentos.

Já em casos de taquicardias mais graves ou ligadas a problemas estruturais do coração, o controle é possível com tratamentos específicos, garantindo mais segurança e qualidade de vida.

Quando procurar um cardiologista?

Se você sentir seu coração acelerado com frequência, mesmo em repouso, ou se esse sintoma vier acompanhado de tontura, dor no peito ou falta de ar, não ignore.

A taquicardia pode ser o sinal de algo simples, mas também pode indicar condições que precisam de acompanhamento médico.

Na Clínica Átrios, nossa equipe de cardiologistas está preparada para avaliar, diagnosticar e tratar alterações no ritmo cardíaco com acolhimento e tecnologia.

Inchaço nas pernas e pés: 8 causas principais, sinais de alerta e como aliviar

Sentir inchaço nas pernas e pés é algo relativamente comum, mas que não deve ser ignorado. O edema pode surgir por motivos simples, como passar muitas horas de pé, ou indicar problemas de circulação, rins, coração ou sistema linfático. 

Neste artigo, você confere as causas mais frequentes, aprende a reconhecer quando o inchaço é preocupante e descobre medidas práticas para reduzir o desconforto.

As 8 causas principais por que as pernas e pés incham

Existem muitas possíveis razões para que o corpo – especialmente as pernas e os pés – fiquem inchados. Confira as mais comuns (mas não as únicas):

1. Insuficiência venosa crônica

Quando as válvulas das veias das pernas não fecham adequadamente, o sangue fica represado, provocando edema, sensação de peso e, em alguns casos, varizes visíveis.

2. Trombose venosa profunda (TVP)

Trata-se da formação de um ou mais coágulos em veias profundas da perna, gerando inchaço súbito, dor, calor e vermelhidão. Trata-se de uma emergência médica, pois o coágulo pode migrar para o pulmão (causando embolia pulmonar) ou para o cérebro (causando derrame cerebral).

3. Linfedema

É uma falha ou obstrução nos vasos linfáticos, que diminui a drenagem do líquido intersticial. O inchaço costuma ser assimétrico e persistente, piorando ao longo do dia, e afetando principalmente as pernas.

4. Problemas cardíacos

Insuficiência cardíaca faz o coração bombear menos sangue; os rins retêm sódio e água, levando a edema nas pernas e, em casos avançados, no abdômen.

5. Doenças renais

Problemas renais podem dificultar a filtragem do sangue, causando acúmulo de líquido e proteínas na corrente sanguínea. O edema pode aparecer nas pernas, pés e até nas pálpebras.

6. Doenças hepáticas

Alterações no fígado podem comprometer a produção de proteínas responsáveis por manter o líquido dentro dos vasos. Além das pernas, pode surgir ascite (barriga d’água).

7. Gravidez e variações hormonais

Durante a gravidez, ocorre um aumento do volume sanguíneo da mãe, o que pode levar à compressão da veia cava e alterações hormonais, o que favorece o inchaço, sobretudo no terceiro trimestre.

8. Medicamentos e estilo de vida

O uso de anticoncepcionais, corticoides, anti‑hipertensivos ou ficar longos períodos sentado ou de pé são fatores que podem causar pernas inchadas temporariamente.

👉 Veja também – Tornozelo inchado pode ser sinal de problema no coração?

Quando o inchaço nas pernas é preocupante?

Procure atendimento rápido se o inchaço:

🚨 Surge de forma súbita ou afeta apenas uma perna – pode indicar trombose venosa profunda, que exige atendimento imediato devido ao risco de embolia pulmonar.

🚨 Vem acompanhado de dor, calor, vermelhidão ou veias saltadas – esses sinais inflamatórios sugerem tromboflebite ou infecção local que podem evoluir para complicações graves.

🚨 Aparece junto com falta de ar, dor no peito ou palpitações – pode ser manifestação de insuficiência cardíaca descompensada ou até embolia, situações que demandam avaliação de urgência.

🚨 Persiste por mais de uma semana mesmo com repouso e medidas de alívio – sugere condições crônicas como insuficiência venosa, linfedema ou doença renal, que necessitam investigação específica.

🚨Está associado a feridas que não cicatrizam, alteração de cor ou perda de sensibilidade – pode indicar comprometimento arterial grave ou neuropatia, aumentando o risco de úlceras e infecções.

O que fazer para diminuir o inchaço dos pés e pernas

Algumas medidas simples, do dia a dia, podem ser tomadas para tentar reverter o inchaço nas pernas. Mas caso elas não resolvam o problema, o ideal é buscar uma avaliação médica para investigar as possíveis causas:

✅ Eleve as pernas acima do nível do coração por 15–20 minutos, de 2 a 3 vezes ao dia.

✅ Use meias de compressão graduada indicadas por profissional.

✅ Mantenha-se ativo: caminhar ou fazer exercícios de panturrilha melhora o retorno venoso.

✅ Reduza o sal e beba água suficiente para evitar retenção.

✅ Evite ficar parado: se trabalha sentado ou em pé, faça pausas para mover as pernas.

✅ Aplique compressas frias para aliviar desconforto temporário.

Quando procurar um cardiologista?

Se você apresenta edema nos membros inferiores de repetição, histórico de doença cardíaca, venosa ou linfática, ou qualquer sinal de alerta citado, agende uma avaliação médica o quanto antes, com cardiologista ou angiologista.

Na Clínica Átrios, contamos com um time de cardiologistas experientes e atenciosos para diagnosticar e tratar inchaços nas pernas e pés com abordagem integrada e humanizada.

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Cirurgia no coração: quando é indicada, tipos e o que fazer para evitar

A cirurgia no coração é um procedimento que, para muitas pessoas, pode parecer assustador. No entanto, com os avanços da medicina, tornou-se cada vez mais segura, eficaz e acessível. 

Mas afinal, quando ela é realmente necessária? Quais são os tipos existentes? E o que é possível fazer no dia a dia para ter menos chance de passar por isso?

Quando a cirurgia no coração é indicada?

A cirurgia cardíaca é indicada quando tratamentos clínicos ou medicamentosos não são suficientes para controlar doenças do coração e evitar complicações mais graves. Algumas situações em que o procedimento pode ser necessário incluem:

✅ Obstrução grave das artérias coronárias, que pode causar angina (dor no peito) e aumentar o risco de infarto. Quando a obstrução é extensa ou afeta múltiplos vasos, a cirurgia é muitas vezes preferida à angioplastia;

✅ Doenças das válvulas cardíacas, como a estenose (estreitamento) ou insuficiência (vazamento) das válvulas, que dificultam a passagem ou o retorno do sangue e sobrecarregam o coração;

✅ Aneurismas da aorta ou de outras estruturas cardíacas, que representam risco de rompimento e hemorragia;

Cardiopatias congênitas, presentes desde o nascimento, que exigem correção cirúrgica para melhorar a circulação sanguínea e a oxigenação do corpo;

Arritmias graves, como a fibrilação atrial ou taquicardias ventriculares, que não respondem bem a medicamentos ou ablação por cateter, podendo precisar de cirurgia para correção ou implante de dispositivos como o marcapasso ou desfibrilador.

A decisão pela cirurgia é tomada após análise detalhada dos sintomas, exames clínicos e de imagem, e da condição geral do paciente. O objetivo sempre é preservar a função cardíaca e garantir mais qualidade de vida.

Quais são os principais tipos de cirurgia cardíaca?

Existem diferentes tipos de cirurgia no coração, e a escolha depende da doença, gravidade e condição do paciente. Os principais procedimentos são:

Cirurgia de revascularização miocárdica (ponte de safena)

Indicada para pacientes com obstruções importantes nas artérias coronárias. Nesse procedimento, veias da perna ou artérias do tórax são usadas para criar um novo caminho para o sangue chegar ao músculo cardíaco, aliviando sintomas como dor no peito e reduzindo o risco de infarto.

Cirurgia valvar

Realizada para corrigir válvulas que não estão abrindo ou fechando corretamente. Pode envolver a troca por uma válvula biológica ou mecânica, ou a reparação da válvula original. As válvulas mais afetadas costumam ser a mitral e a aórtica.

Cirurgias para arritmias

Em casos de arritmias cardíacas graves, como a fibrilação atrial, podem ser necessários procedimentos cirúrgicos para restaurar o ritmo normal do coração. Isso inclui a implantação de dispositivos como marcapasso ou desfibrilador cardíaco implantável (CDI).

Transplante cardíaco

Indicado para pacientes com insuficiência cardíaca terminal, quando todos os outros tratamentos foram esgotados. Envolve a substituição do coração doente por um saudável, proveniente de um doador compatível.

Cirurgia minimamente invasiva ou robótica

Essas técnicas usam incisões menores e instrumentos especiais, com ou sem o uso de robôs. Reduzem o tempo de internação, a dor pós-operatória e aceleram a recuperação. São indicadas em casos específicos, dependendo da estrutura anatômica do paciente e da experiência da equipe.

Cada tipo de cirurgia tem indicações, riscos e tempo de recuperação distintos, e a escolha é feita após avaliação individualizada com o cardiologista e a equipe cirúrgica.

👉 Veja também – Sintomas de infarto em homens e mulheres

O que fazer no dia a dia para reduzir o risco de uma cirurgia cardíaca?

Embora algumas cirurgias no coração sejam inevitáveis – como nos casos de cardiopatias congênitas ou insuficiências cardíacas graves –, em grande parte das situações é possível reduzir significativamente o risco de precisar de uma cirurgia por meio de cuidados com a saúde cardiovascular ao longo da vida.

Algumas medidas fundamentais incluem:

✅ Manter uma alimentação saudável: dar preferência a alimentos naturais, ricos em fibras, com pouco sal e gorduras saturadas. Evitar alimentos ultraprocessados, refrigerantes e excesso de açúcar ajuda a controlar a pressão e o colesterol.

✅ Praticar atividade física regularmente: caminhadas, bicicleta, natação ou exercícios de força ajudam a fortalecer o coração, melhorar a circulação e controlar o peso.

✅ Controlar doenças crônicas: como hipertensão, diabetes e dislipidemias, com acompanhamento médico e uso correto de medicamentos.

✅ Não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool: o tabagismo é um dos principais fatores de risco para infarto e outras doenças cardiovasculares.

✅ Reduzir o estresse e dormir bem: o bem-estar emocional tem influência direta na saúde do coração.

✅ Fazer check-ups regulares com cardiologista: para monitorar a saúde cardíaca, especialmente em pessoas com histórico familiar ou fatores de risco.

Na Clínica Átrios, contamos com equipe especializada em cardiologia clínica para oferecer um atendimento completo e humanizado. Se você está no Distrito Federal ou Entorno, não perca tempo; clique no link abaixo e venha cuidar da saúde do seu coração com a gente!