Obesidade infantil: quais os riscos para o coração e como proteger seu filho

A obesidade infantil se tornou uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil. Dados alarmantes mostram que uma em cada três crianças brasileiras está acima do peso, e essa condição vai muito além de questões estéticas. Os riscos da obesidade infantil para o coração começam na infância e podem acompanhar a criança por toda a vida.

O que é obesidade infantil e como diagnosticar

A obesidade infantil é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em crianças e adolescentes. O diagnóstico é feito principalmente através do Índice de Massa Corporal (IMC), que considera a relação entre peso, altura e idade da criança.

Segundo os critérios de IMC (índice de massa corporal) mais usados para avaliar o peso infantil, os valores costumam ser: 

✅ Peso adequado: IMC entre 5 e 85

✅ Sobrepeso: IMC entre 85 e 95

✅ Obesidade: IMC acima de 95

✅ Obesidade grave: IMC acima de 99

É importante ressaltar que o IMC infantil é interpretado de forma diferente do adulto, utilizando curvas de crescimento específicas para cada idade e sexo. Por isso, sempre procure orientação médica para uma avaliação adequada.

Quais doenças a obesidade infantil pode causar

A obesidade na infância não afeta apenas o peso da criança, mas pode desencadear uma série de problemas:

Doenças metabólicas

Diabetes tipo 2: Antes restrita aos adultos, hoje afeta cada vez mais crianças obesas devido à resistência à insulina.

Síndrome metabólica infantil: Combinação de hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade abdominal.

Dislipidemia: Alterações nos níveis de colesterol e triglicérides, aumentando o risco cardiovascular.

Outras complicações

Apneia do sono: Pode afetar a oxigenação e sobrecarregar o coração durante a noite.

Esteatose hepática: Acúmulo de gordura no fígado, que pode evoluir para problemas mais graves.

Problemas ortopédicos: Sobrecarga nas articulações e ossos em desenvolvimento.

Como a obesidade afeta o coração da criança

O coração de uma criança obesa enfrenta desafios únicos que podem ter consequências duradouras:

Sobrecarga cardiovascular

O excesso de peso força o coração a trabalhar mais intensamente para bombear sangue por todo o corpo. Isso leva ao aumento da pressão arterial e pode causar hipertrofia (aumento) das paredes do coração.

Alterações na circulação

A obesidade infantil pode causar alterações nos vasos sanguíneos, tornando-os menos flexíveis e reduzindo sua capacidade de se adaptar às necessidades do corpo. Isso cria a base para problemas circulatórios futuros.

Inflamação sistêmica

O tecido adiposo em excesso produz substâncias inflamatórias que circulam pelo corpo, afetando diretamente o coração e os vasos sanguíneos. Essa inflamação crônica acelera o desenvolvimento de aterosclerose.

Resistência à insulina cardíaca

O coração também pode desenvolver resistência à insulina, dificultando sua capacidade de usar a glicose como energia de forma eficiente. Isso compromete a função cardíaca e aumenta o risco de complicações.

O papel da cardiologia pediátrica na obesidade infantil

A cardiologia pediátrica tem papel fundamental na avaliação e acompanhamento de crianças com obesidade.

Avaliação cardiológica preventiva: O cardiologista pediátrico pode detectar precocemente alterações cardiovasculares em crianças obesas, permitindo intervenção antes que problemas mais graves aconteçam. 

Exames cardiológicos em crianças: Podem ser solicitados exames como eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma, avaliação da pressão arterial, além de exames de sangue.

Cardiologistas pediátricos trabalham em conjunto com outros especialistas – como nutricionistas e endocrinologistas – para criar um plano de tratamento abrangente, monitorando a evolução cardiovascular da criança durante o processo de perda de peso.

Sinais de alerta que os pais devem observar

Reconhecer precocemente os sinais de que a obesidade está afetando o coração da criança é fundamental:

Sintomas cardiovasculares

✅ Cansaço excessivo durante atividades físicas leves;

✅ Falta de ar ao subir escadas ou correr;

✅ Palpitações ou batimentos cardíacos irregulares;

✅ Dores no peito durante exercícios;

✅ Tontura ou desmaios.

Alterações comportamentais

✅ Recusa em participar de atividades físicas;

✅ Sonolência excessiva durante o dia;

✅ Mudanças no humor ou irritabilidade;

✅ Dificuldade de concentração na escola.

Sinais físicos

✅ Ganho de peso rápido e progressivo;

✅ Aumento da circunferência abdominal;

✅ Surgimento de estrias ou manchas escuras na pele;

✅ Ronco durante o sono.

A obesidade infantil e seus riscos para o coração representam um desafio real e crescente, mas que pode ser enfrentado com conhecimento, dedicação familiar e acompanhamento médico adequado. A prevenção continua sendo a melhor estratégia. 

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O que pode causar um derrame: fatores de risco, sintomas e prevenção

O derrame, também conhecido como AVC (acidente vascular cerebral), é uma emergência médica que atinge milhares de brasileiros todos os anos. Como segunda principal causa de morte no país, compreender o que pode causar um derrame é fundamental para a prevenção e pode literalmente salvar vidas.

AVC e derrame: qual a diferença?

Uma das perguntas mais comuns é: “qual a diferença entre um AVC e um derrame?” A resposta é simples: não há diferença! AVC e derrame se referem à mesma condição médica.

O termo “acidente vascular cerebral” é o nome técnico usado pelos médicos, enquanto “derrame” é a forma popular de chamar a doença. O nome “derrame” surgiu porque, em um dos tipos de AVC, há literalmente um derramamento de sangue no cérebro.

Ambos os termos descrevem a mesma situação: quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido, seja por obstrução (AVC isquêmico) ou por rompimento de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico). Conheça cada um:

✅ AVC isquêmico: Representa cerca de 85% de todos os casos de derrame. Acontece quando uma artéria que leva sangue ao cérebro fica obstruída por um coágulo ou por placas de gordura (aterosclerose). Sem o fornecimento adequado de oxigênio e nutrientes, as células cerebrais começam a morrer rapidamente.

AVC hemorrágico: Ocorre em aproximadamente 15% dos casos, quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento. Este tipo é geralmente mais grave e tem maior taxa de mortalidade, mas também é menos comum.

Principais fatores que podem causar um derrame

1. Hipertensão arterial

A pressão alta é o fator de risco mais importante para o derrame. O que leva a ter um derrame na maioria dos casos é justamente a hipertensão descontrolada. Quando a pressão arterial permanece elevada por longos períodos, ela danifica as paredes dos vasos sanguíneos, facilitando tanto o entupimento quanto o rompimento.

2. Diabetes

O diabetes descontrolado acelera o processo de aterosclerose, facilitando a formação de placas nas artérias cerebrais. Além disso, níveis elevados de glicose no sangue podem tornar o sangue mais espesso, aumentando o risco de formação de coágulos.

3. Problemas cardíacos e arritmias

Várias condições do coração podem causar derrame, especialmente:

Fibrilação atrial: Esta arritmia faz com que o coração bata de forma irregular, permitindo que o sangue se acumule e forme coágulos. Esses coágulos podem viajar até o cérebro e causar um derrame.

Insuficiência cardíaca: Quando o coração não bombeia sangue adequadamente, aumenta o risco de formação de coágulos.

Doença das válvulas cardíacas: Válvulas defeituosas podem facilitar a formação de coágulos que migram para o cérebro.

4. Colesterol elevado e aterosclerose

O excesso de colesterol no sangue leva à formação de placas nas artérias, que vão ficando cada vez mais estreitas. Essas placas podem se romper e formar coágulos, ou simplesmente bloquear completamente o vaso sanguíneo.

5. Fumar

Fumar aumenta o risco de derrame de várias maneiras. A nicotina e outras substâncias do cigarro danificam os vasos sanguíneos, aumentam a pressão arterial, aceleram a formação de coágulos e reduzem o oxigênio no sangue.

6. Sedentarismo e obesidade

A falta de atividade física contribui para o desenvolvimento de hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade; todos fatores de risco para derrame. O excesso de peso, especialmente na região abdominal, está diretamente relacionado ao aumento do risco cardiovascular.

O que provoca AVC em jovens?

Embora o derrame seja mais comum em pessoas mais velhas, o que provoca AVC em jovens tem características específicas que merecem atenção especial:

Causas mais comuns em jovens

Uso de drogas ilícitas: Cocaína, crack e anfetaminas podem causar picos extremos de pressão arterial e espasmos nos vasos cerebrais.

Anticoncepcionais hormonais: Especialmente em mulheres fumantes, podem aumentar o risco de formação de coágulos.

Doenças autoimunes: Condições como lúpus podem afetar os vasos sanguíneos cerebrais.

Defeitos cardíacos congênitos: Problemas no coração presentes desde o nascimento podem facilitar a formação de coágulos.

Dissecção arterial: Lesão nas artérias do pescoço, muitas vezes após trauma ou exercício intenso.

Uso de esteroides anabolizantes

O uso de esteroides anabolizantes, mesmo por pessoas jovens e aparentemente saudáveis, aumenta significativamente o risco de derrame. Essas substâncias provocam alterações graves no sistema cardiovascular, incluindo aumento da pressão arterial, mudanças no colesterol (redução do HDL “bom” e aumento do LDL “ruim”), espessamento das paredes do coração e aumento da tendência à formação de coágulos sanguíneos. 

👉 Saiba mais – Anabolizantes: consequências e riscos para a saúde do coração

Os 7 principais sinais do derrame

Reconhecer rapidamente os sinais do derrame pode fazer a diferença entre a vida e a morte, ou entre uma recuperação completa e sequelas permanentes. Aqui estão os principais sinais de alerta:

Fraqueza ou paralisia súbita: Perda repentina de força em um lado do corpo, afetando braço, perna ou ambos. A pessoa pode não conseguir levantar o braço ou sustentar o próprio peso.

Alterações na fala: Dificuldade para falar, fala arrastada, palavras confusas ou incompreensíveis. A pessoa pode entender o que quer dizer, mas não consegue formar as palavras corretamente.

Paralisia facial: Um lado do rosto fica caído ou paralisado. Ao sorrir, a boca fica torta ou assimétrica.

Perda de visão súbita: Perda parcial ou total da visão em um ou ambos os olhos, visão dupla ou campo de visão reduzido.

Dor de cabeça intensa e súbita: Dor de cabeça muito forte, diferente de qualquer dor já sentida antes, especialmente se acompanhada de outros sintomas.

Perda de equilíbrio: Tontura súbita, perda de coordenação, dificuldade para caminhar ou quedas inexplicáveis.

Confusão mental: Dificuldade para compreender o que está acontecendo, confusão, desorientação ou alterações no nível de consciência.

Teste rápido: regra do SAMU

Para memorizar facilmente, use a regra do SAMU:

Sorriso (assimétrico)

Abraços (fraqueza de um lado)

Mensagem (dificuldade na fala)

Urgente (chame ajuda imediatamente)

Como a cardiologia pode ajudar na prevenção?

Muitas pessoas não sabem que o(a) cardiologista tem papel fundamental na prevenção do derrame. Na Clínica Átrios, nossos especialistas estão preparados para identificar e tratar os fatores de risco cardiovasculares que podem levar ao AVC.

Um(a) cardiologista pode detectar problemas cardíacos que aumentam o risco de derrame, como arritmias, problemas nas válvulas cardíacas ou insuficiência cardíaca. O diagnóstico precoce permite tratamento adequado e redução significativa do risco.

Além disso, alguns exames da cardiologia podem trazer importantes sinais e alerta para um risco aumentado de derrame, como o eletrocardiograma (ECG), o Holter 24 horas, o ecocardiograma e a própria medição da pressão arterial.

Não espere até ser tarde demais. A prevenção do derrame começa com conhecimento, continua com mudanças no estilo de vida e se fortalece com acompanhamento médico adequado.

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Apneia do sono e suas consequências para o coração: como proteger sua saúde cardiovascular

Você sabia que roncar alto e ter pausas na respiração durante o sono pode ser muito mais do que um incômodo noturno? A apneia do sono é uma condição séria que afeta milhões de brasileiros e pode ter consequências graves para o coração. Se você ou alguém próximo apresenta esses sintomas, é hora de entender como esse distúrbio pode impactar sua saúde cardiovascular.

Neste guia completo, você vai descobrir como a apneia do sono causa problemas cardíacos, quais são os principais riscos e quando é o momento certo de procurar um cardiologista.

O que é apneia do sono e como ela afeta o coração?

A apneia obstrutiva do sono acontece quando os músculos da garganta relaxam durante o sono, bloqueando temporariamente a passagem do ar. Isso causa pausas na respiração que podem durar de 10 segundos a mais de um minuto, repetindo-se dezenas ou até centenas de vezes por noite.

Mas qual a relação entre apneia do sono e problemas cardíacos?

Cada vez que a respiração para, o corpo entra em estado de alerta. O cérebro percebe a falta de oxigênio e desperta parcialmente a pessoa para restabelecer a respiração. Este ciclo constante de parada e retomada da respiração coloca o sistema cardiovascular sob estresse extremo.

Durante os episódios de apneia, acontece:

✅ Queda brusca nos níveis de oxigênio no sangue;

✅ Aumento da pressão arterial;

✅ Aceleração dos batimentos cardíacos;

✅ Liberação de hormônios do estresse como a adrenalina.

As principais consequências da apneia do sono para o coração

Apesar de parecer inofensiva, a apneia do sono pode trazer diversos riscos para a saúde cardiovascular. Conheça os principais:

1. Hipertensão arterial

A apneia do sono e hipertensão estão intimamente conectadas. Estudos mostram que 50% das pessoas com pressão alta também têm apneia do sono. Durante os episódios de parada respiratória, a pressão arterial pode subir drasticamente, chegando a níveis perigosos mesmo em pessoas que têm pressão normal durante o dia.

2. Arritmias cardíacas

A apneia do sono pode causar arritmias como:

✅ Fibrilação atrial

✅ Batimentos cardíacos irregulares

✅ Pausas sinusais (quando o coração “pula” batidas)

✅ Taquicardia ventricular

Essas alterações do ritmo cardíaco acontecem porque o coração precisa trabalhar mais para compensar a falta de oxigênio, criando um ambiente propício para distúrbios elétricos.

3. Risco de infarto do miocárdio

Uma das perguntas mais frequentes é: “a apneia do sono pode causar infarto?” A resposta é sim. A condição aumenta significativamente o risco de ataque cardíaco por várias razões:

✅ Formação de placas de gordura nas artérias (aterosclerose)

✅ Aumento da inflamação no corpo

✅ Maior tendência à formação de coágulos

✅ Sobrecarga constante do músculo cardíaco

4. Insuficiência cardíaca

O coração de quem tem apneia do sono trabalha como se estivesse em exercício constante, mesmo durante o sono. Com o tempo, essa sobrecarga pode levar ao enfraquecimento do músculo cardíaco e ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca.

Sinais de alerta: quando a apneia está prejudicando seu coração

Os principais sintomas da apneia do sono são ronco muito alto e irregular; pausas na respiração testemunhadas por outras pessoas; despertares frequentes com sensação de sufocamento; suor excessivo durante a noite e necessidade de urinar várias vezes.

Caso você apresente esses sintomas, como saber se a apneia pode já estar prejudicando a saúde do seu coração? Conheça os principais sintomas: 

Sintomas diurnos

✅ Cansaço extremo mesmo após dormir 8 horas;

✅ Sonolência durante atividades do dia;

✅ Dificuldade de concentração;

✅ Dores de cabeça matinais;

✅ Mudanças de humor e irritabilidade.

Sinais cardiovasculares específicos

✅ Pressão alta de difícil controle;

✅ Palpitações ou batimentos irregulares;

✅ Dor no peito;

✅ Falta de ar aos pequenos esforços.

Como o(a) cardiologista pode ajudar no diagnóstico

Muitas pessoas não sabem que o cardiologista tem papel fundamental no diagnóstico da apneia do sono. Esses especialistas estão preparados para identificar os sinais cardiovasculares da apneia e orientar o tratamento adequado. 

Confira alguns dos exames que podem ser solicitados para essa investigação:

Eletrocardiograma (ECG): pode detectar alterações no ritmo cardíaco características da apneia do sono, como sinais de sobrecarga do coração, arritmias e alterações na condução elétrica.

Holter 24 horas: exame especialmente útil porque monitora o coração por 24 horas, captando as alterações que acontecem durante o sono. Este exame pode identificar variações da frequência cardíaca durante a noite, episódios de arritmia relacionados aos períodos de apneia e padrões anormais de batimentos cardíacos.

Medidas que protegem o coração

Agora que já entendeu os muitos riscos trazidos pela apneia do sono, você deve estar se perguntando o que fazer para proteger seu coração, se você tem apneia do sono. Confira os principais cuidados:

Tratamentos médicos

O CPAP, aparelho de pressão positiva contínua, representa o tratamento mais eficaz para casos moderados e graves de apneia do sono. Este equipamento fornece um fluxo contínuo de ar através de uma máscara, mantendo as vias aéreas abertas durante toda a noite. O uso regular do CPAP pode reduzir drasticamente os riscos cardiovasculares associados à apneia.

Os aparelhos orais são dispositivos personalizados que mantêm a mandíbula e a língua em posição adequada durante o sono, evitando o colapso das vias aéreas. Esses aparelhos são especialmente indicados para casos leves a moderados ou para pacientes que não se adaptam ao CPAP. 

As cirurgias são consideradas apenas em casos específicos, quando outros tratamentos não são eficazes, e podem incluir procedimentos para remover tecidos excessivos da garganta ou corrigir deformidades estruturais.

Mudanças no estilo de vida

A perda de peso é considerada o tratamento mais eficaz para casos leves de apneia do sono. Mesmo uma redução de 10% do peso corporal pode melhorar significativamente os episódios de apneia e diminuir a sobrecarga cardiovascular. A prática de exercícios regulares fortalece os músculos respiratórios, melhora a capacidade pulmonar e contribui para a saúde cardiovascular geral.

É fundamental evitar o consumo de álcool e sedativos, especialmente nas horas próximas ao sono, pois essas substâncias relaxam excessivamente os músculos da garganta, agravando a obstrução das vias aéreas. Dormir de lado, em vez de dormir de barriga para cima, reduz significativamente o colapso das vias aéreas e pode diminuir a gravidade da apneia em muitos pacientes.

Acompanhamento cardiológico

O acompanhamento regular com cardiologista é fundamental para proteger o coração durante o tratamento da apneia do sono. Esse(a) especialista monitora continuamente a pressão arterial, ajustando medicações quando necessário e acompanhando a resposta cardiovascular ao tratamento da apneia.

O controle de arritmias é outro aspecto importante do acompanhamento cardiológico. Muitos pacientes apresentam melhora significativa dos distúrbios do ritmo cardíaco após o início do tratamento adequado da apneia. A prevenção de complicações cardiovasculares futuras, como infarto e derrame, também faz parte do cuidado integral oferecido pelo cardiologista, que pode indicar exames complementares como eletrocardiograma e holter para monitorar a evolução do quadro.

Mitos e verdades sobre apneia do sono e coração

Quando o assunto é a relação entre a apneia do sono e suas consequências para o coração, é comum surgirem muitos mitos e dúvidas sobre o tema. Confira alguns dos principais e qual a verdade: 

“Roncar é normal e não oferece riscos”

Ronco alto e irregular pode ser sinal de apneia do sono, que aumenta o risco de problemas cardíacos em até 3 vezes.

“Só pessoas obesas têm apneia do sono”

Embora a obesidade seja um fator de risco importante, pessoas magras também podem desenvolver apneia devido a características anatômicas.

“A apneia só afeta o sono”

A apneia tem impacto direto no sistema cardiovascular, podendo causar hipertensão, arritmias e aumentar o risco de infarto.

Quando procurar um cardiologista

Para finalizar, você deve estar se perguntando quando deve buscar uma avalição com cardiologista. Fique atento caso você (ou quem convive com você) perceber alguns dos sinais abaixo:

✅ Ronco alto com pausas na respiração;

✅ Hipertensão de difícil controle;

✅ Palpitações ou batimentos irregulares;

✅ Cansaço extremo durante o dia;

✅ Combinação de sintomas de apneia com problemas cardíacos.

Na Clínica Átrios, em Brasília, nossos cardiologistas especializados podem avaliar sua situação e indicar os melhores exames para proteger sua saúde cardiovascular.

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Miocardite: o que é, como investigar, tratar e quando buscar ajuda

A miocardite é uma inflamação do miocárdio, o músculo responsável por bombear o sangue do coração para o corpo. Embora possa passar despercebida em casos leves, em situações mais graves pode evoluir rapidamente para insuficiência cardíaca ou arritmias, exigindo atendimento especializado.

Neste artigo, você vai entender o que é a miocardite, como ela se manifesta, quais exames ajudam a diagnosticar, como é feito o tratamento e por que o acompanhamento com cardiologista é essencial.

O que é miocardite?

A miocardite é a inflamação do músculo cardíaco, geralmente causada por infecções virais (como adenovírus, enterovírus e até o coronavírus), bactérias, doenças autoimunes ou reações a medicamentos. 

Essa inflamação compromete a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente.

Em alguns casos, a miocardite se apresenta de forma discreta e regride sozinha. Em outros, pode progredir para complicações graves, incluindo insuficiência cardíaca, arritmias e até morte súbita.

Quais as causas da miocardite?

As principais causas de miocardite incluem:

Infecções virais: adenovírus, parvovírus B19, vírus da gripe, HIV e coronavírus (Covid-19).

Infecções bacterianas: como difteria ou febre reumática.

Doenças autoimunes: lúpus, artrite idiopática juvenil ou vasculites.

Reações tóxicas ou alérgicas: medicamentos, vacinas (raramente) ou drogas ilícitas.

Miopericardite: inflamação que envolve o miocárdio e o pericárdio simultaneamente.

Quais são os sintomas da miocardite?

Os sintomas da miocardite podem variar bastante, desde quadros leves até graves. É comum que o paciente apresente dor no peito, semelhante à dor do infarto, além de falta de ar mesmo em repouso ou durante atividades leves. 

Outros sinais incluem palpitações ou sensação de taquicardia, cansaço excessivo, inchaço em pernas ou abdômen e desmaios. Esses sintomas podem aparecer dias ou semanas depois de uma infecção viral e devem ser investigados pelo cardiologista.

Como é feito o diagnóstico da miocardite?

O diagnóstico da miocardite exige avaliação cuidadosa. O cardiologista pode solicitar exames como:

Eletrocardiograma (ECG): detecta alterações no ritmo ou sinais indiretos de inflamação.

Ecocardiograma: avalia a função do coração e identifica áreas com contração reduzida.

Exames de sangue: dosagem de marcadores de lesão cardíaca (troponina, CK-MB) e inflamatórios.

Ressonância magnética cardíaca: padrão-ouro para confirmar inflamação, áreas de fibrose ou edema.

Cateterismo cardíaco: descarta obstrução coronária em casos de dor torácica.

Biópsia endomiocárdica: feita em situações específicas, quando há dúvida diagnóstica ou piora progressiva.

Esses exames são essenciais para diferenciar a miocardite de outras doenças cardíacas e definir o tratamento mais adequado.

Como é o tratamento da miocardite?

O tratamento da miocardite depende da causa e da gravidade do quadro. Durante a fase aguda, é fundamental manter repouso absoluto para reduzir o estresse no coração. O médico pode prescrever medicamentos para controlar os sintomas e proteger o coração, como betabloqueadores, diuréticos e inibidores da ECA. 

Quando a miocardite é causada por infecção, o tratamento da causa pode incluir antivirais, antibióticos ou imunossupressores. 

Em casos graves, pode ser necessário controlar arritmias com medicamentos ou implante de marcapasso ou desfibrilador. Em situações extremas, quando o coração não responde ao tratamento clínico, pode ser indicado transplante cardíaco.

O acompanhamento constante com cardiologista é essencial para monitorar a recuperação e prevenir complicações como insuficiência cardíaca crônica.

A miocardite tem cura definitiva?

Na maioria dos casos, sim. Quando diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada, a inflamação regride totalmente, permitindo que o coração retome sua função normal.

Entretanto, em casos mais graves, podem ocorrer sequelas como dilatação do coração (miocardiopatia dilatada) ou necessidade de tratamento prolongado para controlar sintomas.

Quando procurar um cardiologista?

Procure avaliação especializada se apresentar sintomas como:

✅ Falta de ar que piora progressivamente;

✅ Dor no peito persistente;

✅ Palpitações ou desmaios;

✅ Sinais de insuficiência cardíaca (inchaço, ganho rápido de peso, fadiga extrema).

Na Clínica Átrios, contamos com equipe especializada em cardiologia clínica e exames para diagnosticar e tratar a miocardite com segurança e cuidado humanizado.

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