Retenção de líquidos: por que acontece, o que fazer e quando é algo sério?

É comum ouvir pessoas reclamando de inchaço nas pernas ao fim do dia, ou sentir que os sapatos apertaram de repente. Em muitos casos, isso pode ser um sinal de retenção de líquidos, um tema que gera muitas dúvidas, principalmente sobre as causas, sintomas e o que fazer para aliviar esse desconforto. 

Neste artigo, você vai entender por que a retenção de líquidos acontece, como reconhecer quando o inchaço é preocupante e por que, em alguns casos, procurar um cardiologista faz toda a diferença.

O que é retenção de líquidos?

A retenção de líquidos acontece quando o corpo acumula água entre as células e nos tecidos, levando ao famoso inchaço (ou edema). Essa situação é mais comum do que parece, principalmente em dias quentes, durante a TPM ou depois de passar horas sentado ou em pé. 

Mas a retenção de líquidos também pode ser um sinal de que algo não vai bem no organismo, especialmente quando persiste ou vem acompanhada de outros sintomas.

Você pode perceber a retenção de líquidos quando, ao pressionar a pele do tornozelo ou da perna, ela fica marcada por alguns segundos. Outro indício é o aumento súbito do peso corporal em poucos dias, mesmo sem mudanças na alimentação.

Principais causas da retenção de líquidos

A retenção de líquidos tem diversas causas, que vão desde hábitos do dia a dia até problemas de saúde que exigem atenção. Algumas das mais frequentes incluem:

Consumo excessivo de sal: O sal faz o corpo reter mais água para diluir o sódio, causando inchaço principalmente nas pernas, mãos e ao redor dos olhos.

Baixa ingestão de água: Pode parecer contraditório, mas beber pouca água faz o organismo segurar ainda mais o líquido.

Sedentarismo: Ficar muito tempo na mesma posição dificulta a circulação, facilitando o acúmulo de líquidos nos membros inferiores.

Alterações hormonais: Situações como menstruação, gravidez e uso de anticoncepcionais favorecem o inchaço temporário.

Uso de alguns medicamentos: Remédios como corticoides, anti-hipertensivos e certos antidepressivos podem aumentar a retenção.

Doenças do coração, rins ou fígado: Quando órgãos vitais não funcionam bem, o corpo pode perder a capacidade de eliminar o excesso de água de forma eficiente.

Vale destacar que nem todo inchaço é sinal de doença grave, mas, em alguns casos, principalmente quando há relação com o coração, merece atenção especial.

Retenção de líquidos pode ser problema no coração?

Sim, e é aqui que entra a importância da avaliação cardiológica. O coração é responsável por bombear o sangue de forma eficiente por todo o corpo. Se esse bombeamento está comprometido, como em casos de insuficiência cardíaca, o sangue pode se acumular nas veias das pernas, levando ao inchaço persistente.

No contexto cardíaco, a retenção de líquidos costuma vir acompanhada de outros sinais, como:

✅ Falta de ar ao fazer esforços ou até mesmo em repouso;

✅ Cansaço excessivo;

✅ Inchaço crescente ao longo dos dias, principalmente nas pernas, tornozelos e pés;

✅ Ganho de peso rápido (1 a 2 kg em poucos dias, sem explicação aparente);

✅ Sensação de estômago “cheio”, perda de apetite.

Como diferenciar retenção de líquidos de ganho de peso (gordura)?

Essa dúvida é muito comum e faz todo sentido. O ganho de peso por retenção de líquidos é geralmente rápido e vem acompanhado de inchaço visível: roupas, calçados e até anéis ficam mais apertados de um dia para o outro. 

Já o aumento de peso por gordura costuma ser gradual e não provoca o aspecto inchado.

💡Um teste simples é apertar a pele da perna ou do tornozelo: se ela ficar marcada por alguns segundos (chamado “sinal do cacifo”), provavelmente se trata de retenção de líquidos.

O que fazer para reduzir a retenção de líquidos no dia a dia

Algumas atitudes simples ajudam bastante:

Beba mais água: Isso estimula o organismo a eliminar o excesso de sódio;

Reduza o sal: Evite temperos industrializados, embutidos e alimentos processados;

Pratique exercícios físicos: Caminhadas, alongamentos e até elevar as pernas ajudam a melhorar a circulação;

Inclua alimentos naturais: Frutas como melancia, abacaxi e melão têm efeito diurético natural.

Evite ficar muito tempo parado: Se trabalha sentado, levante-se e movimente-se sempre que possível;

Atenção aos medicamentos: Nunca interrompa sem orientação, mas relate ao médico caso note inchaço após começar algum remédio.

Quando procurar ajuda médica?

Procure um médico, de preferência um cardiologista, se:

✅ O inchaço for persistente, doloroso ou vier acompanhado de sintomas como falta de ar, dor no peito ou cansaço intenso;

✅ Você apresentar ganho de peso rápido sem explicação;

✅ Houver histórico de doenças cardíacas, renais ou hepáticas;

✅ O inchaço surgir repentinamente, sem relação clara com alimentação ou alterações de rotina.

Na dúvida, sempre vale buscar uma avaliação profissional. O cardiologista pode investigar a fundo, solicitar exames específicos e orientar sobre o tratamento ideal para o seu caso.

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Acidente vascular cerebral (AVC): o que causa, como prevenir e quando investigar

O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma condição grave, que ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido. 

Essa interrupção pode causar sequelas permanentes ou até levar à morte, dependendo da gravidade e da rapidez no atendimento. A boa notícia é que, na maioria dos casos, o AVC pode ser prevenido.

Neste artigo, você vai entender o que é o AVC, quais são suas causas e fatores de risco, como identificar os sintomas e quais exames ajudam a prevenir e investigar a doença.

O que é o acidente vascular cerebral?

O AVC acontece quando há um problema na circulação do sangue no cérebro. Ele pode ser de dois tipos:

AVC isquêmico: é o mais comum e ocorre quando um coágulo obstrui um vaso sanguíneo cerebral.

AVC hemorrágico: menos comum, mas mais grave, ocorre quando há rompimento de um vaso no cérebro, causando sangramento.

Ambos os tipos interrompem o fornecimento de oxigênio às células cerebrais, provocando danos que podem ser temporários ou permanentes.

Causas e fatores de risco do AVC

Diversos fatores aumentam a probabilidade de sofrer um AVC. Os principais são:

Hipertensão arterial (pressão alta): considerada o principal fator de risco, a hipertensão força os vasos sanguíneos, favorecendo seu rompimento ou obstrução.

Diabetes: níveis elevados de glicose no sangue danificam os vasos sanguíneos ao longo do tempo, aumentando a chance de bloqueios e AVC isquêmico.

Colesterol alto: o excesso de colesterol no sangue leva à formação de placas nas artérias (aterosclerose), o que pode dificultar ou interromper o fluxo sanguíneo cerebral.

Tabagismo: o cigarro provoca inflamações e estreitamento dos vasos, além de aumentar a pressão arterial e reduzir a oxigenação do sangue.

Sedentarismo e obesidade: a falta de atividade física contribui para ganho de peso, aumento do colesterol, pressão alta e resistência à insulina — todos fatores ligados ao AVC.

Consumo excessivo de álcool: grandes quantidades de bebida alcoólica elevam a pressão arterial e o risco de arritmias cardíacas, além de afetarem o fígado, que participa da regulação do colesterol.

Histórico familiar de AVC: quem tem parentes próximos que sofreram AVC tem maior predisposição, principalmente se associar esse fator a hábitos pouco saudáveis.

Doenças cardíacas, como fibrilação atrial: esse tipo de arritmia pode formar coágulos no coração, que podem ser levados até o cérebro, obstruindo artérias cerebrais.

Idade avançada: o envelhecimento naturalmente aumenta os riscos de problemas vasculares, incluindo o AVC, devido ao desgaste dos vasos e maior incidência de doenças crônicas.

AVC e derrame cerebral são a mesma coisa?

Sim. Embora o termo médico mais usado seja “acidente vascular cerebral”, a expressão “derrame cerebral” é popular e se refere à mesma condição. Ambos indicam um problema de circulação sanguínea no cérebro, com risco de sequelas e necessidade de atendimento imediato.

Sintomas de alerta: como reconhecer um AVC

O reconhecimento rápido dos sinais de AVC é essencial para buscar socorro médico com urgência. Os principais sintomas incluem:

✅ Fraqueza súbita em um lado do corpo (braço, perna ou face)

✅ Dificuldade para falar ou compreender o que as pessoas dizem

✅ Boca torta

✅ Perda de visão em um ou ambos os olhos

✅ Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação

✅ Dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente

Na presença desses sinais, o ideal é acionar o SAMU imediatamente (192).

Como prevenir um AVC

A prevenção do AVC começa com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico regular. Veja abaixo como cada ação pode ajudar:

Manter a pressão arterial sob controle: a hipertensão é o principal fator de risco para o AVC. Monitorar a pressão regularmente e seguir as orientações médicas é essencial para evitar crises e proteger os vasos cerebrais.

Controlar diabetes e colesterol: manter os níveis de glicose e colesterol sob controle ajuda a preservar a saúde dos vasos sanguíneos e a reduzir o risco de entupimentos ou rompimentos que causam AVC.

Praticar atividade física regularmente: a prática de exercícios melhora a circulação, ajuda a controlar o peso e contribui para a redução da pressão arterial e do colesterol.

Evitar o tabaco e o álcool em excesso: o cigarro e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas aumentam a pressão arterial e comprometem a saúde dos vasos, favorecendo o aparecimento de doenças cardiovasculares.

Adotar uma alimentação equilibrada: uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, fibras e alimentos integrais e pobre em sal e gorduras saturadas ajuda a manter o sistema cardiovascular saudável.

Fazer exames periódicos: exames de rotina permitem identificar fatores de risco antes que eles evoluam para um problema grave. Eles são fundamentais para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças associadas ao AVC.

Exames que ajudam a prevenir e investigar o AVC

Além dos exames de sangue e avaliação clínica regular, alguns exames de imagem ajudam a mapear riscos e diagnosticar alterações que podem levar ao AVC:

Ecografia de carótidas (Doppler de carótidas): avalia se há placas de gordura ou estreitamentos nas artérias que levam sangue ao cérebro.

Doppler transcraniano: examina a circulação cerebral e detecta alterações na velocidade do fluxo sanguíneo.

Ecocardiograma: útil quando há suspeita de origem cardíaca para o AVC.

Tomografia e ressonância magnética: usados em casos de suspeita de AVC agudo ou para avaliar possíveis lesões cerebrais.

O acidente vascular cerebral é uma das principais causas de morte e incapacitação no Brasil, mas pode ser prevenido com acompanhamento médico regular e exames específicos. Saber identificar os sintomas, controlar os fatores de risco e cuidar da saúde vascular é a melhor forma de se proteger.

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