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As cardiopatias são todas as condições que afetam o bom funcionamento do coração, como insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana, entre outras.

De acordo com o Ministério da Saúde, apenas nos casos de infarto do miocárdio, cerca de 300 mil pessoas apresentam esse quadro por ano, ocorrendo óbito em cerca de 30% dos casos.

Se você quer saber, em detalhes, o que são cardiopatias, quais os principais tipos, seus sintomas, causas e os melhores exames para investigar ou tratar, este conteúdo especial da Clínica Átrios é para você.

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O que é uma cardiopatia?

Cardiopatia é qualquer alteração na estrutura, função ou mecanismos de ação do coração. Ou seja, esse termo não se refere a uma doença, mas a um um grupo de patologias que podem afetar o músculo cardíaco.

As cardiopatias podem se manifestar de várias maneiras e afetando tanto o músculo cardíaco (miocárdio), quanto as válvulas cardíacas, as artérias e veias coronárias, ou até mesmo o revestimento do coração (pericárdio). 

Esses problemas podem ser tanto congênitos – desde o nascimento – quanto adquiridos ao longo da vida, fruto de fatores genéticos, estilo de vida, envelhecimento, doenças ou lesões.

Veja também:

Doença arterial coronariana (DAC): o que é, sintomas, causas e diagnósticos!

Falta de Ar: O que pode ser e como aliviar?

Marcapasso: como funciona e quando é indicado?

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Principais tipos de cardiopatias

Como dito acima, as cardiopatias são todas as condições que acabam comprometendo o perfeito funcionamento do coração. Entre os principais tipos, podemos citar:

1. Doença arterial coronariana (DAC)

Também conhecida como doença cardíaca coronária (DCC), é caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias que fornecem sangue ao músculo cardíaco. Isso pode levar ao estreitamento dessas artérias e reduzir o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de angina (dor no peito) e ataques cardíacos.

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2. Insuficiência cardíaca (ou coração fraco)

A insuficiência cardíaca é uma condição na qual o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender as necessidades do corpo. Isso pode resultar em sintomas como fadiga, falta de ar, inchaço nas pernas e tornozelos, e pode ser causado por diversas condições, desde a hipertensão arterial e doenças valvulares.

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3. Arritmias cardíacas

Refere-se a distúrbios do ritmo cardíaco, nos quais o coração bate muito rápido (taquicardia), muito devagar (bradicardia) ou de maneira irregular. Alguns exemplos de cardiopatias desse tipo são a fibrilação atrial, a taquicardia ventricular e o flutter atrial.

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4. Cardiomiopatias

São doenças do músculo cardíaco que podem enfraquecer o coração e prejudicar sua capacidade de bombear sangue. As cardiomiopatias incluem subtipos como a cardiomiopatia dilatada, hipertrófica e restritiva, cada uma com características específicas.

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5. Doenças valvulares cardíacas

Envolvem problemas nas válvulas do coração, como a estenose (estreitamento) ou insuficiência (vazamento) das válvulas. Isso pode afetar o fluxo sanguíneo adequado e sobrecarregar o coração.

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6. Doenças do pericárdio

Englobam condições que afetam o pericárdio, a membrana que envolve o coração. A pericardite, por exemplo, é uma inflamação do pericárdio que pode causar dor no peito.

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7. Hipertensão pulmonar

É uma condição em que a pressão nas artérias pulmonares está anormalmente alta, o que pode sobrecarregar o coração direito.

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8. Doenças das artérias pulmonares

Podem incluir embolia pulmonar, que é uma obstrução súbita das artérias pulmonares, e estenose pulmonar, que é o estreitamento dessas artérias.

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9. Doenças cardíacas congestivas

Geralmente referem-se a casos graves de insuficiência cardíaca, nos quais o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo, levando a sintomas avançados e complicações.

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10. Doença de Chagas

É uma infecção parasitária, transmitida pelo protozoário Trypanosoma cruzi, por meio da picada do inseto popularmente conhecido como Barbeiro. Pode afetar o músculo cardíaco e levar ao crescimento anormal do coração, com risco à vida.

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11. Síndrome do coração esquerdo hipoplásico

É uma cardiopatia congênita grave em que o lado esquerdo do coração não se desenvolve adequadamente, exigindo intervenção médica imediata após o nascimento.

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12. Cardiopatias congênitas

São problemas cardíacos presentes desde o nascimento e que podem variar de defeitos leves, que não causam sintomas, a condições graves, que requerem cirurgia ou tratamento médico. Alguns exemplos são:

✅ Comunicação interatrial (CIA): um orifício anormal entre os dois átrios do coração, permitindo o fluxo sanguíneo anormal entre eles.

Comunicação interventricular (CIV): uma passagem entre os dois ventrículos do coração, que permite a mistura de sangue entre essas duas câmaras.

✅ Tetralogia de Fallot: cardiopatia congênita complexa, que envolve quatro anormalidades cardíacas, incluindo estenose pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito, CIA e posicionamento incorreto da aorta.

✅ Transposição das grandes artérias: as artérias principaisl invertidas, resultando em uma circulação sanguínea inadequada.

✅ Coarctação da aorta: artéria aorta estreitada ou comprimida em uma área específica, o que pode levar a um fluxo sanguíneo restrito para partes do corpo.

✅ Atresia pulmonar: a válvula pulmonar não se desenvolve adequadamente, impedindo o fluxo sanguíneo normal dos ventrículos para os pulmões.

✅ Defeito do septo ventricular (DSV): semelhante à comunicação interventricular, mas envolve apenas uma passagem no septo entre os ventrículos.

✅ Persistência do canal arterial (PCA): normalmente o canal arterial fecha após o nascimento, mas em casos de PCA, ele permanece aberto, permitindo o fluxo sanguíneo entre a aorta e a artéria pulmonar.

✅ Estenose aórtica congênita: quando a válvula aórtica não se desenvolve adequadamente, o que dificulta o fluxo de sangue do ventrículo esquerdo para a aorta.

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Quais os sinais de uma cardiopatia

Os sinais apresentados nos casos de cardiopatias podem variar bastante, pois dependem tanto do tipo de problema cardíaco apresentado e da gravidade do caso, mas alguns dos  principais, aos quais vale a pena você estar atento, são:

✅ Dor no peito: dor no peito (ou angina), que pode variar de leve a grave, é um dos sintomas comuns em muitas cardiopatias. Esse tipo de desconforto é geralmente desencadeado pelo esforço e alivia com repouso.

✅ Falta de ar: a dificuldade em respirar ou a falta de ar, especialmente durante a atividade física, é um sintoma comum em muitas doenças cardíacas, incluindo insuficiência cardíaca.

✅ Fadiga: sentir-se cansado constantemente (fadiga crônica), mesmo após atividades leves, também pode ser um sinal de alguns tipos de cardiopatias.

✅ Palpitações: sensação de batimentos cardíacos irregulares (palpitações), acelerados ou muito fortes pode indicar arritmias cardíacas.

✅ Inchaço nas pernas, tornozelos e pés: a acumulação de líquido nos tecidos, conhecida como edema, pode ser um sinal de insuficiência cardíaca congestiva.

✅ Desmaio ou tontura: desmaios ou tonturas podem ocorrer devido a distúrbios do ritmo cardíaco, como a fibrilação atrial, ou devido a uma diminuição no fluxo sanguíneo para o cérebro.

✅ Cianose: a coloração azulada da pele, especialmente nos lábios e extremidades, pode indicar uma oxigenação inadequada do sangue, como em casos de cardiopatias congênitas cianóticas.

✅ Inchaço abdominal: a acumulação de fluido no abdômen, conhecida como ascite, pode ser observada em algumas condições cardíacas avançadas.

✅ Ganho de peso súbito: o aumento rápido de peso, devido à retenção de líquidos, pode ser um sinal de problemas no coração.

✅ Tosse crônica: apresentar uma tosse persistente, especialmente à noite ou ao deitar, pode ser um sintoma de insuficiência cardíaca congestiva.

✅ Sudorese excessiva: transpiração excessiva, especialmente durante o repouso, pode ser um sintoma de angina ou insuficiência cardíaca.

Esses são apenas sinais característicos de cardiopatias, mas o diagnóstico definitivo só pode ser dado por um cardiologista, a partir da avaliação pessoal do paciente e da realização dos exames adequados.

No entanto, servem de sinal de alerta de que algo pode estar errado com seu coração – ou alguma outra área do seu corpo – e que vale a pena buscar ajuda profissional o quanto antes.

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Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico de problemas no coração em geral envolve uma avaliação detalhada da saúde cardíaca do paciente para identificar problemas estruturais ou funcionais no órgão.

Para isso, os cardiologistas se valem de uma variedade de métodos e exames para confirmar a presença de cardiopatias e determinar tanto a causa quanto a gravidade e, assim, indicar a melhor conduta.

Aqui estão os principais passos envolvidos no diagnóstico de cardiopatias:

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Histórico clínico e exame físico

O primeiro passo é uma consulta médica, na qual o paciente fornece informações sobre seus sintomas, histórico médico e histórico familiar (positivo ou não) para doenças cardíacas. 

O médico também realiza um exame físico completo, auscultando o coração para detectar anormalidades nos sons cardíacos e verificando sinais físicos, como inchaço nas pernas.

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Eletrocardiograma (ECG)

Este é um exame que registra a atividade elétrica do coração. Um ECG pode mostrar arritmias, sinais de infarto (passado ou atual), distúrbios de condução elétrica e outras anormalidades do ritmo cardíaco.

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>>> Saiba mais – Exame de eletrocardiograma: o que é, para que serve e como é feito!

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Ecocardiograma

É um exame de ultrassom que fornece imagens em tempo real do coração. Isso permite a visualização das estruturas cardíacas, como válvulas, câmaras e músculo cardíaco, para identificar defeitos estruturais e avaliar a função cardíaca.

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Teste ergométrico (teste de esforço)

O teste ergométrico (ou teste de esforço) avalia a resposta do coração ao esforço físico, geralmente em uma esteira ergométrica ou em uma bicicleta ergométrica. Pode ser usado para diagnosticar isquemia cardíaca (falta de suprimento sanguíneo para o coração durante o exercício) e avaliar a capacidade de exercício.

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Cintilografia miocárdica

Como exame mais avançado, nos casos que exigem maiores confirmações, a cintilografia pode ser solicitada. 

É um exame que envolve a injeção de um traçador radioativo no sangue para avaliar o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco. Pode identificar áreas do músculo cardíaco que não estão recebendo sangue adequadamente.

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Angiografia coronariana

Um cateter é inserido em uma artéria (geralmente na virilha) e é avançado até as artérias coronárias. O contraste é injetado, e imagens de raios-X são capturadas para avaliar a presença de bloqueios nas artérias coronárias.

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Ressonância magnética cardíaca

Esse exame utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do coração em múltiplos planos. É especialmente útil para avaliar a estrutura e a função cardíaca, incluindo válvulas e paredes do coração.

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Tomografia computadorizada cardíaca (angiotomografia coronariana)

Outro exame que gera imagens extremamente detalhadas, a TC utiliza raios-X, cujas imagens são processadas em um computador para criar imagens das artérias coronárias e do coração, identificando bloqueios e outras anormalidades.

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Exames de sangue

Os níveis de biomarcadores cardíacos, como troponina e CK-MB, podem ser medidos no sangue para detectar lesões e inflamações no músculo cardíaco, como em casos de infarto.

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Holter de 24h

Envolve o uso de um dispositivo portátil, que registra continuamente a atividade elétrica do coração ao longo de 24 ou 48 horas, permitindo a detecção de arritmias intermitentes.

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MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial)

O MAPA é um exame que monitora a pressão arterial ao longo de um período de 24h, enquanto o paciente realiza suas atividades diárias normais. É usado para avaliar a pressão arterial em intervalos regulares durante um dia completo e uma noite, fornecendo uma visão mais abrangente das variações da pressão arterial.

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Quais os tratamentos?

O tratamento das cardiopatias pode variar dependendo do tipo e da gravidade da condição cardíaca, bem como das necessidades individuais de cada paciente. 

No entanto, alguns dos principais tratamentos e abordagens utilizados para cardiopatias incluem:

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Modificações no Estilo de Vida

Adoção de uma alimentação saudável, rica em vegetais, frutas, grãos integrais, proteínas magras e baixo teor de sódio. Realização de atividades físicas regulares, com a devida orientação médica, para melhorar a saúde cardiovascular.

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Uso correto dos medicamentos prescritos

Em muitos tipos de cardiopatias, é fundamental o uso de algumas classes de medicamentos, como

  • anti-hipertensivos, para baixar a pressão arterial;
  • estatinas, para reduzir o colesterol;
  • antiagregantes plaquetários, para prevenir formação de coágulos sanguíneos;
  • diuréticos, para eliminar o excesso de líquidos do corpo;
  • medicamentos para controlar o ritmo cardíaco.

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Procedimentos cirúrgicos

Em casos mais graves, pode ser necessária a realização de procedimentos cirúrgicos, como o cateterismo cardíaco, a revascularização miocárdica, cirurgia de válvulas cardíacas, implante de marcapasso e até um transplante cardíaco, como ocorreu com o apresentador Fausto Silva (Faustão) recentemente.

Por mais que existam tratamentos eficazes para as cardiopatias, o cuidado mais importante é adotar medidas preventivas, que reduzam o risco de desenvolvimento dese tipo de problema.

Entre esses cuidados, a realização de check-ups regulares – especialmente após os 40 anos – é fundamental, tanto para a prevenção quanto para a detecção precoce e o início rápido do tratamento.

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Agora que você já sabe o que é uma cardiopatia, principais tipos, tratamentos e a importância de realizar check-ups, mesmo estando saudável, que tal começar hoje a dar uma maior atenção a saúde do seu coração?

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