Horários:

Segunda a Sexta 7H30 às 19H


Sábado das 07H30 às 12H

O coração, nosso motor vital, opera em um ritmo preciso e constante. No entanto, em algumas situações, esse ritmo pode ser perturbado, dando origem às chamadas arritmias cardíacas. 

Uma desses tipos de alteração é a taquicardia ventricular (TV), que merece atenção especial devido à sua gravidade e potencial para complicações sérias, comprometendo a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficaz, levando a sintomas como palpitações, tonturas, desmaios e, em casos mais graves, até mesmo à morte súbita cardíaca.

Neste artigo, vamos te mostrar em detalhes o que é a taquicardia ventricular, suas causas, sintomas, riscos, diagnóstico e tratamento. Acompanhe!

O que é taquicardia ventricular?

A taquicardia ventricular (TV) é uma arritmia cardíaca que se manifesta por um ritmo acelerado do coração, originado nos ventrículos, as câmaras inferiores do coração. 

Para entender a taquicardia ventricular, é importante compreender o que é um ritmo cardíaco normal.

Ritmo cardíaco normal e taquicardia ventricular

Em um coração saudável, o ritmo cardíaco é regulado pelo uma estrutura do coração chamada nó sinoatrial (SA), que emite impulsos elétricos coordenados, resultando em contrações rítmicas do coração. 

Nos casos de taquicardia ventricular, no entanto, os impulsos elétricos anormais são gerados nos ventrículos, resultando em um ritmo cardíaco acelerado e desordenado.

A TV pode ser classificada em dois tipos principais:

✅ TV sustentada: quando o ritmo acelerado dura mais de 30 segundos ou causa sintomas graves.

✅ TV não sustentada: quando o ritmo acelerado dura menos de 30 segundos e geralmente não causa sintomas graves.

Causas da taquicardia ventricular

A taquicardia ventricular pode ser provocada por diversas causas, incluindo:

Doenças cardíacas, como infarto do miocárdio, cardiomiopatia e insuficiência cardíaca.

✅ Distúrbios eletrolíticos, como desequilíbrios de potássio ou magnésio.

✅ Efeitos colaterais de medicamentos, como alguns medicamentos podem causar arritmias cardíacas.

✅ Abuso de substâncias como álcool, cocaína e outras drogas ilícitas.

✅ Condições congênitas, como nos casos de pessoas que nascem com predisposição a arritmias cardíacas.

💡 É importante ressaltar que, em alguns casos, a taquicardia ventricular pode ocorrer em pessoas sem histórico de doenças cardíacas.

Sintomas da taquicardia ventricular

A taquicardia ventricular pode se manifestar de diversas formas, desde sintomas leves até condições que representam risco à vida. A intensidade dos sintomas varia de acordo com a duração da arritmia, a velocidade do ritmo cardíaco e a presença de outras doenças cardíacas.

Sintomas comuns

Palpitações: Sensação de batimentos cardíacos rápidos, fortes ou irregulares.

Tonturas e vertigens: Sensação de desequilíbrio ou de que o ambiente está girando.

Desmaios (síncope): Perda súbita de consciência, devido à diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro.

Falta de ar (dispneia): Dificuldade em respirar, especialmente durante esforço físico.

Dor no peito (angina): Desconforto ou aperto no peito, que pode irradiar para o braço esquerdo, mandíbula ou costas.

Suor excessivo: Transpiração excessiva, mesmo em repouso.

Cansaço excessivo (fadiga): Sensação de fraqueza e falta de energia.

Sintomas que exigem atenção médica imediata

Alguns sintomas da taquicardia ventricular indicam uma condição grave e exigem atendimento médico de emergência:

✅ Dor no peito intensa e persistente: Pode ser sinal de infarto do miocárdio, uma das causas da TV.

✅ Desmaio prolongado ou repetido: Indica comprometimento grave do fluxo sanguíneo para o cérebro.

✅ Falta de ar súbita e intensa: Pode ser sinal de edema pulmonar, uma complicação da insuficiência cardíaca.

✅ Parada cardíaca: Perda da consciência e ausência de pulso, exigindo manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediata.

Taquicardia ventricular assintomática

Em alguns casos, a taquicardia ventricular pode ser assintomática, ou seja, não causa nenhum sintoma perceptível. Isso é mais comum na TV não sustentada, em que os episódios de ritmo acelerado são curtos e não comprometem significativamente a função cardíaca. 

No entanto, mesmo a TV assintomática pode representar um risco, especialmente em pessoas com doenças cardíacas preexistentes.

Riscos e complicações da taquicardia ventricular

A taquicardia ventricular é uma condição que exige atenção, pois pode levar a complicações graves e até fatais. A compreensão dos riscos associados à TV é fundamental para a prevenção e o tratamento adequado.

Risco de fibrilação ventricular e morte súbita cardíaca

A TV pode evoluir para fibrilação ventricular (FV), uma arritmia caótica e desorganizada que impede o coração de bombear sangue efetivamente. 

Esse tipo de fibrilação leva à perda da consciência e, se não for revertida rapidamente por meio de desfibrilação, à morte súbita cardíaca. Esse é o risco mais temido da taquicardia ventricular.

Impacto da taquicardia ventricular na função cardíaca e na qualidade de vida

Episódios frequentes de TV, mesmo que não evoluam para fibrilação ventricular, podem comprometer a função cardíaca a longo prazo, levando à insuficiência cardíaca. Além disso, os sintomas da TV, como palpitações, tonturas e desmaios, podem impactar negativamente a qualidade de vida, limitando as atividades diárias e causando ansiedade.

Fatores que aumentam a gravidade da taquicardia ventricular

A gravidade da taquicardia ventricular pode ser influenciada por diversos fatores de risco, incluindo:

✅ Doença cardíaca estrutural: pessoas com histórico de infarto, cardiomiopatia ou outras doenças cardíacas têm maior risco de complicações.

✅ Insuficiência cardíaca: a presença de insuficiência cardíaca aumenta a probabilidade de TV evoluir para fibrilação ventricular.

✅ Desequilíbrios eletrolíticos: alterações nos níveis de potássio, magnésio ou outros eletrólitos podem desencadear ou agravar a TV.

✅ Uso de medicamentos: alguns medicamentos podem aumentar o risco de arritmias ventriculares.

✅ Histórico familiar: pessoas com histórico familiar de morte súbita cardíaca ou arritmias ventriculares têm maior risco.

Taquicardia ventricular: diagnóstico e tratamento

O diagnóstico preciso e o tratamento adequado da taquicardia ventricular (TV) são fundamentais para prevenir complicações graves, como fibrilação ventricular e morte súbita cardíaca e envolve uma série de exames que avaliam o ritmo cardíaco e a função do coração:

✅ Eletrocardiograma (ECG): É o exame inicial e mais importante para identificar a TV. Ele registra a atividade elétrica do coração e permite visualizar o ritmo cardíaco anormal.

✅ Holter: É um ECG portátil que registra a atividade cardíaca continuamente por 24 horas ou mais. É útil para detectar episódios de TV que ocorrem de forma intermitente.

✅ Estudo eletrofisiológico: É um procedimento invasivo que permite mapear o sistema elétrico do coração e identificar o local exato onde a TV se origina. É útil para planejar o tratamento com ablação por cateter.

✅ Ecocardiograma: Utiliza ondas de ultrassom para criar imagens do coração, avaliando sua estrutura e função. Pode revelar doenças cardíacas que contribuem para a TV.

✅ Ressonância magnética cardíaca: Exame de imagem que auxilia na avaliação estrutural do coração, principalmente em casos de suspeita de cardiomiopatias.

Tratamento da taquicardia ventricular

O tratamento da TV varia de acordo com a causa, a gravidade dos sintomas e o risco de complicações. As principais opções de tratamento incluem:

✅ Medicamentos: Antiarrítmicos podem controlar o ritmo cardíaco e prevenir episódios de TV.

✅ Cardioversão elétrica: Choque elétrico controlado para restaurar o ritmo cardíaco normal.

✅ Ablação por cateter: Procedimento minimamente invasivo que utiliza energia de radiofrequência para destruir o tecido cardíaco que causa a TV.

✅ Desfibrilador cardioversor implantável (CDI): Dispositivo implantado no peito que monitora o ritmo cardíaco e aplica choques elétricos para reverter a TV ou fibrilação ventricular.

Prevenção da taquicardia ventricular

Devido aos riscos da taquicardia ventricular (TV), prevenir esse problema é muito importante, especialmente para pessoas com fatores de risco ou histórico de doenças cardíacas. Adotar hábitos saudáveis e realizar acompanhamento médico regular são medidas importantes para proteger o coração e reduzir o risco de arritmias, além das medidas abaixo.

Controle de doenças cardíacas

O controle de doenças cardíacas, como hipertensão, doença arterial coronariana e insuficiência cardíaca, é fundamental. Seguir as orientações médicas, tomar os medicamentos prescritos e realizar exames de acompanhamento são medidas essenciais.

Para pessoas que já tiveram um evento cardíaco, como infarto, a reabilitação cardíaca é crucial. Ela ajuda a fortalecer o coração, melhorar a capacidade física e reduzir o risco de novas complicações.

Hábitos de vida saudáveis

✅ Alimentação equilibrada: Adotar uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e grãos integrais, com baixo teor de gordura saturada e sódio, contribui para a saúde cardiovascular.

✅ Atividade física regular: Exercitar-se de forma regular, de acordo com as orientações médicas, ajuda a fortalecer o coração e controlar os fatores de risco, como hipertensão e colesterol alto.

✅ Controle do peso: Manter um peso saudável reduz o esforço do coração e diminui o risco de doenças cardiovasculares.

✅ Não fumar: O tabagismo é um fator de risco importante para doenças cardíacas e arritmias. Parar de fumar é essencial para a saúde do coração.

✅ Moderação no consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode desencadear arritmias cardíacas. A moderação é fundamental.

✅ Gerenciamento do estresse: O estresse crônico pode afetar a saúde do coração. Praticar técnicas de relaxamento, como meditação e ioga, pode ajudar a reduzir o estresse.

✅ Qualidade do sono: Noites mal dormidas podem afetar a saúde do coração. Procure manter uma rotina de sono regular, busque dormir de 7 a 8 horas por noite e, caso tenha dificuldades, busque ajuda médica.

Acompanhamento médico regular

Realizar consultas de rotina com o cardiologista é fundamental para monitorar a saúde do coração e identificar precocemente possíveis problemas, incluindo a realização de exames como ECG, Holter e ecocardiograma, conforme orientação médica, ajuda a monitorar o ritmo cardíaco e a função do coração.

Informar o médico sobre qualquer sintoma novo ou alteração nos sintomas existentes é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequados.

————————————

Se você quer proteger ou tratar sua saúde cardiovascular e está em Brasília-DF ou Entorno, considere a Clínica Átrios como a sua opção!

Temos todos os recursos necessários para investigar e acompanhar sua saúde e da sua família, além de um time de profissionais altamente qualificados e atenciosos.

Marque agora sua consulta com quem é referência no assunto.

Quero AGENDAR atendimento na Átrios

POSTS RELACIONADOS

Hipertensão (pressão alta): sintomas, causas, diagnóstico e tratamento

Dr. Nubia

5 de abril de 2024

Cardiologia - Doenças cardiovasculares - recomendado

Ler mais

Marcapasso: como funciona e quando é indicado?

Dr. Nubia

18 de setembro de 2023

Cardiologia - Cardiopatias - Exames cardiológicos - recomendado

Ler mais

Ecocardiograma em Brasília (DF)

Dr. Nubia

2 de março de 2022

Cardiologia - recomendado

Ler mais

Fale Conosco

SHLS 716 CENTRO CLINICO SUL TORRE 1 - Asa Sul, Brasília - DF, 70390-700

QS 03 lotes 03 05/07 Salas 08 e 217 - Taguatinga, Brasília - DF, 71953-000

(61) 3773-4700