A maioria das pessoas conhece os sintomas clássicos de um infarto, como dor no peito que se irradia para o braço esquerdo. Mas sabia que é possível ter um infarto e não ter sintomas claros?
Estamos falando do infarto silencioso.
Nesse quadro os sintomas são sutis (ou até ausentes), o que torna tudo ainda mais perigoso, já que a pessoa deixa de buscar uma avaliação médica ou demora para fazer isso.
A seguir, nós te ajudamos a entender o que é um infarto silencioso, como reconhecê-lo mais facilmente e os exames usados para diagnosticá-lo.
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Afinal, o que é um infarto silencioso?
O infarto silencioso é um tipo de ataque cardíaco, que ocorre sem os sintomas típicos associados a um infarto clássico. Muitos pacientes que sofrem um infarto silencioso podem não perceber que tiveram um problema cardíaco, pois os sintomas são sutis ou inexistentes.
Esse tipo de infarto é particularmente perigoso porque a falta de sintomas visíveis pode levar ao atraso no diagnóstico e tratamento, aumentando o risco de complicações graves ou até fatais.
Conheça as principais diferenças entre um infarto silencioso e um infarto com sintomas clássicos:
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Sintomas
No caso de um infarto silencioso, os sintomas são leves ou ausentes e, por isso, são frequentemente confundidos com outras condições menos graves, como indigestão ou estresse. Quando presentes, os sintomas podem incluir:
✅ desconforto leve no peito;
✅ fadiga inexplicável;
✅ dor leve nas costas, mandíbula ou braço esquerdo;
✅ náuseas.
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Já no caso de um infarto com sintomas clássicos, os sintomas são intensos e imediatos, como:
✅ dor ou pressão severa no peito;
✅ dor forte irradiando para o braço esquerdo, mandíbula, pescoço ou costas;
✅ suor excessivo;
✅ falta de ar;
✅ tontura
✅ desmaios.
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Reconhecimento e diagnóstico
Devido à ausência de sintomas graves, muitas vezes um infarto silencioso só é identificado durante exames de rotina ou investigações de outros problemas de saúde, como num exame de eletrocardiograma (ECG), que pode revelar sinais de um infarto anterior que passou despercebido.
Já um infarto com sintomas clássicos geralmente é reconhecido rapidamente devido aos sintomas agudos. A maioria dos pacientes procura atendimento médico imediato, e o diagnóstico é confirmado por meio de ECG, exames de sangue (para detectar enzimas cardíacas) e outros exames de imagem.
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Risco e prognóstico
Já em relação aos riscos, infartos silenciosos em geral são subnotificados e costumam não ser tratados imediatamente, o que pode levar a danos permanentes no coração e aumento do risco de um novo infarto ou insuficiência cardíaca. A falta de tratamento também pode resultar em cicatrizes no tecido cardíaco, que comprometem a função cardíaca.
Embora também sejam graves, a presença de sintomas intensos nos infartos mais usuais geralmente leva a uma resposta médica rápida, o que aumenta as chances de tratamento eficaz e recuperação. No entanto, se não tratado imediatamente, pode causar danos graves ao coração ou ser fatal.
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👉 Saiba mais – Sintomas de infarto em homens e mulheres
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Infarto silencioso: diagnóstico e exames
Detectar um infarto silencioso pode ser desafiador devido à ausência de sintomas clássicos. No entanto, vários exames são eficazes na identificação de danos ao coração causados por infartos não diagnosticados.
Conhecer e realizar esses exames regularmente (check-up cardiológico), especialmente em indivíduos com fatores de risco, é crucial para prevenir complicações graves. Aqui estão os principais exames utilizados:
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Eletrocardiograma (ECG)
O eletrocardiograma é um exame que registra a atividade elétrica do coração por meio de eletrodos colocados na pele do paciente. Ele detecta irregularidades no ritmo e nos padrões elétricos do coração.
Um ECG pode revelar sinais de um infarto anterior, mesmo que o paciente não tenha apresentado sintomas. Alterações específicas nos traçados do ECG indicam cicatrizes ou áreas do coração que não estão recebendo oxigênio adequadamente, sugerindo um infarto silencioso.
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Ecocardiograma
O ecocardiograma utiliza ondas sonoras (ultrassom) para criar imagens do coração em movimento. É um exame não invasivo e indolor que fornece detalhes sobre a estrutura e a função do coração.
Este exame pode mostrar áreas do músculo cardíaco que foram danificadas e que não se contraem de maneira adequada, indicando a presença de cicatrizes de um infarto. Além disso, pode ajudar a avaliar a capacidade do coração de bombear sangue, um indicador crucial da saúde cardíaca.
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Exames de sangue
Exames de sangue específicos podem detectar a presença de enzimas e proteínas liberadas no sangue quando há dano ao músculo cardíaco. As mais comuns são as troponinas e a creatina quinase (CK-MB).
Embora os níveis dessas enzimas sejam mais comumente usados para diagnosticar infartos recentes, eles também podem indicar danos cardíacos passados que podem ter ocorrido de forma silenciosa.
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Ressonância magnética cardíaca
A ressonância usa campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do coração. Este exame pode ser realizado com contraste para visualizar com precisão as áreas do músculo cardíaco.
Esse exame é particularmente útil para identificar cicatrizes e áreas de fibrose no coração, resultantes de infartos passados. É um exame altamente sensível para detectar danos que não são visíveis em outros tipos de imagens.
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Tomografia computadorizada do coração
A TC cardíaca usa raios-X para criar imagens detalhadas das artérias coronárias e do coração. Pode ser realizada com ou sem a injeção de um contraste.
Este exame é útil para identificar placas de gordura e cálcio nas artérias coronárias, que podem ter causado um infarto silencioso. Também ajuda a avaliar o risco de futuros eventos cardíacos.
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Angiografia coronariana
A angiografia é um exame invasivo, que envolve a injeção de um contraste nas artérias coronárias, seguido de imagens de raios-X para visualizar o fluxo sanguíneo.
É considerado o padrão-ouro para diagnosticar doenças coronarianas. Pode identificar bloqueios e áreas onde o fluxo sanguíneo foi reduzido ou interrompido, o que pode indicar um infarto passado.
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Importância do diagnóstico precoce
Detectar um infarto silencioso o mais cedo possível é vital para iniciar um tratamento adequado e prevenir complicações futuras. O diagnóstico precoce permite que os(as) cardiologistas prescrevam tratamentos que podem melhorar a função cardíaca e reduzir o risco de um segundo infarto, que pode ser mais grave e sintomático.
Pacientes com fatores de risco elevados – como diabetes, hipertensão, colesterol alto, histórico familiar de doenças cardíacas e tabagismo – devem realizar exames regulares para monitorar a saúde do coração.
A detecção precoce e o manejo adequado de um infarto silencioso podem salvar vidas e melhorar significativamente a qualidade de vida.
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