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Condição cardíaca grave e de alto risco, a fibrilação ventricular pode ocorrer por uma série de razões, desde problemas cardíacos até acidentes e traumas.

Conhecer esse problema, seus sinais e o que fazer em situações desse tipo é algo que pode salvar a vida da vítima.

Pensando nisso, nas próximas linhas falaremos sobre o que é a fibrilação ventricular, suas causas, sintomas, riscos e o que fazer nesses episódios.

Acompanhe!

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O que é fibrilação ventricular e quais as suas causas?

A fibrilação ventricular (FV) é um tipo de arritmia cardíaca que ocorre quando os impulsos elétricos no coração se tornam rápidos e caóticos, levando os ventrículos (as duas câmaras inferiores do coração) a tremerem em vez de bombear. 

Em vez de se contraírem de maneira sincronizada e eficaz, os ventrículos vibram descontroladamente, o que impede o coração de bombear sangue para o corpo e o cérebro, levando rapidamente à perda de consciência e, se não tratada, à morte.

As causas da fibrilação ventricular geralmente estão relacionadas a outros problemas cardíacos e incluem:

✅ Doença arterial coronariana (DAC): Esta é a causa mais comum de fibrilação ventricular. A doença arterial coronariana (DAC) resulta da acumulação de placas de gordura nas artérias do coração, o que pode levar a um bloqueio súbito e a um ataque cardíaco. Durante um ataque cardíaco, o tecido cardíaco danificado pode causar um curto-circuito elétrico no coração, resultando em fibrilação.

✅ Cardiomiopatias: Doenças do músculo cardíaco, como a cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica, podem alterar a estrutura e a função elétrica do coração, predispondo a fibrilação ventricular.

✅ Anormalidades eletrolíticas: Desbalanços em eletrólitos importantes – como potássio, magnésio e cálcio – podem afetar a condução elétrica no coração e precipitar arritmias, incluindo a fibrilação ventricular.

✅ Miocardite: Inflamação do músculo cardíaco, muitas vezes devido a uma infecção, pode causar fibrilação ventricular devido à irritação do tecido cardíaco.

✅ Problemas de condução elétrica: Condições como síndrome do QT longo ou outras síndromes de predisposição a arritmias podem aumentar o risco de FV.

✅ Trauma cardíaco: Um golpe direto no peito ou trauma (como em acidentes de carro ou ferimentos desportivos) também pode desencadear o problema.

✅ Uso de drogas: Certos medicamentos ou drogas ilícitas, que têm um impacto forte no sistema elétrico do coração, também podem causar.

Estas causas indicam uma ampla gama de condições e fatores que podem afetar a estabilidade elétrica do coração, levando à fibrilação ventricular. Em muitos casos, a fibrilação ventricular ocorre como uma condição médica de emergência, que necessita de tratamento imediato para restaurar o ritmo cardíaco normal.

Cardiologista em Brasília (DF)

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Quais os sintomas? Como perceber?

A fibrilação ventricular é uma emergência médica extremamente grave, e os sintomas, quando ocorrem, são imediatos e dramáticos. Devido à natureza da condição, que impede os ventrículos de bombear sangue efetivamente, os sintomas principais estão relacionados com a falha súbita da função cardíaca. Aqui estão os sintomas típicos:

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Colapso súbito

O sintoma mais comum e imediato da fibrilação ventricular é o colapso súbito, onde a pessoa perde a consciência rapidamente devido à falta de fluxo sanguíneo efetivo para o cérebro.

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Ausência de pulso

Como o coração não está bombeando sangue, não há pulso detectável. Isto é frequentemente verificado pelos socorristas ou pessoal médico como um sinal claro de uma parada cardíaca.

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Parada respiratória ou respiração alterada

A pessoa pode parar de respirar ou apresentar uma respiração agônica, que é uma respiração irregular e superficial.

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Pele azulada ou pálida

A falta de circulação sanguínea eficaz pode fazer com que a pele fique pálida, cinzenta ou azulada, especialmente nos lábios e nas unhas.

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Ausência de resposta

A pessoa não responderá a estímulos externos, como chamados ou toques, devido à perda de consciência.

É importante notar que, muitas vezes, não há sintomas de alerta antes do colapso súbito, especialmente se a pessoa não tem conhecimento de uma condição cardíaca pré-existente. Em muitos casos, a fibrilação ventricular ocorre sem sinais prévios e é identificada quando os sintomas de emergência se manifestam.

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🚨 Devido à rapidez com que os sintomas se desenvolvem e à gravidade da condição, a fibrilação ventricular requer resposta imediata com ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e uso de um desfibrilador externo automático (DEA), se disponível, para tentar restaurar o ritmo cardíaco normal. O reconhecimento imediato dos sintomas e a resposta rápida são cruciais para a sobrevivência.

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O que fazer quando ocorre uma fibrilação ventricular?

O tratamento da fibrilação ventricular deve ser considerado como uma emergência médica, que requer resposta imediata, pois trata-se de uma condição que pode ser fatal em poucos minutos se não tratada. 

A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é um procedimento de emergência vital que envolve compressões torácicas manuais para manter a circulação de sangue quando o coração não pode bombear por conta própria. É fundamental começar a RCP imediatamente após o colapso da pessoa, enquanto se aguarda ajuda médica ou a chegada de um desfibrilador.

O tratamento primário e mais eficaz para a fibrilação ventricular é a desfibrilação, que consiste no uso de um desfibrilador para aplicar um choque elétrico no peito. Este choque tem como objetivo parar a atividade elétrica caótica do coração, permitindo que o sistema elétrico cardíaco se redefina e reinicie a um ritmo normal. Desfibriladores externos automáticos (DEAs) estão frequentemente disponíveis em locais públicos e são projetados para que leigos possam usá-los com instruções de voz.

Em um ambiente hospitalar, medicamentos podem ser administrados para apoiar a estabilização do ritmo cardíaco e a função circulatória após a desfibrilação bem-sucedida. Os agentes antiarrítmicos, como amiodarona ou lidocaína, podem ser utilizados para prevenir a recorrência da fibrilação ventricular.

após a restauração de um ritmo cardíaco estável, o cuidado intensivo é necessário para tratar a causa subjacente da fibrilação ventricular e para monitorar e sustentar as funções vitais. Isso pode incluir terapias de suporte, como ventilação assistida, uso de medicamentos para apoiar a pressão arterial e a função cardíaca, e tratamentos específicos para qualquer condição subjacente.

Para pacientes que sobrevivem a um episódio de fibrilação ventricular, pode ser recomendada a implantação de um desfibrilador cardioversor implantável (DCI). Este dispositivo monitora continuamente o ritmo cardíaco e pode administrar automaticamente choques elétricos se detectar arritmias perigosas.

A abordagem rápida e eficaz, seguida de tratamento especializado em um ambiente hospitalar, é crucial para a sobrevivência e recuperação de pacientes que sofrem de fibrilação ventricular. A intervenção precoce é fundamental para evitar danos ao cérebro e a outros órgãos vitais devido à falta de fluxo sanguíneo.

O ideal é que todos – especialmente após os 40 anos – mantenham acompanhamento regular com cardiologista, para monitorar a saúde do coração e reduzir o risco de eventos cardíacos.

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