A obesidade é uma condição que oferece vários riscos – físicos e emocionais – para a pessoa, impactando praticamente todas as áreas da vida.
Um dos riscos mais comuns (e perigosos) é o aumento dos problemas relacionados ao coração e seus vasos.
A seguir você vai entender por que a obesidade aumenta o risco de doenças cardiovasculares e o que fazer para se proteger, além de dicas de como perder peso de forma saudável, sustentável e sem se colocar em perigo!
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Os riscos da obesidade para a saúde geral
A obesidade pode ter uma ampla gama de impactos negativos na saúde, indo além dos problemas cardiovasculares (ou cardiopatias). Aqui estão alguns prejuízos associados à obesidade para a saúde geral, incluindo aspectos emocionais:
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Diabetes tipo 2
A obesidade está fortemente ligada ao desenvolvimento de resistência à insulina e diabetes tipo 2, afetando o controle do açúcar no sangue e trazendo os inúmeros riscos que essa condição oferece.
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Síndrome metabólica
A obesidade também contribui para a chamada síndrome metabólica, um conjunto de condições que incluem resistência à insulina, pressão arterial elevada, níveis lipídicos anormais e excesso de gordura abdominal.
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Esteatose hepática (gordura no fígado)
O acúmulo de gordura no fígado, conhecido como esteatose hepática, é comum em pessoas com obesidade e pode levar a complicações graves no fígado, inclusive (em quadros avançados) à cirrose; condição incurável, que pode necessitar de transplante.
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Problemas respiratórios
A obesidade pode causar ou agravar distúrbios respiratórios, como apneia do sono e dificuldades respiratórias.
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Problemas articulares e musculares
O excesso de peso coloca uma carga adicional nas articulações, aumentando o risco de osteoartrite e outros problemas musculoesqueléticos.
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Distúrbios menstruais e infertilidade
Nas mulheres, a obesidade pode afetar o ciclo menstrual regular e contribuir para problemas de fertilidade.
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Problemas psicológicos e emocionais
A obesidade pode ter um impacto significativo na saúde mental, contribuindo para problemas como depressão, ansiedade e baixa autoestima. A estigmatização social associada à obesidade também pode influenciar negativamente a saúde emocional.
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Complicações na gravidez
A obesidade durante a gravidez está associada a complicações, como diabetes gestacional, hipertensão e maior risco de complicações para a mãe e o bebê.
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Aumento do risco de câncer
A obesidade tem sido associada a um maior risco de vários tipos de câncer, incluindo câncer de mama, cólon, útero, ovário e próstata.
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Diminuição da qualidade de vida
A obesidade pode impactar negativamente a qualidade de vida devido à redução da mobilidade, dificuldades sociais, limitações físicas e outros fatores.
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Problemas dermatológicos
A obesidade pode estar relacionada a problemas de pele, como atrito constante, infecções por fungos e outros distúrbios dermatológicos.
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Problemas de saúde sexual
Além disso, também são comuns problemas como disfunção erétil em homens e distúrbios sexuais em mulheres.
Esses são apenas alguns exemplos dos muitos impactos negativos que a obesidade pode ter na saúde geral, destacando a importância da prevenção, do controle do peso e da promoção de hábitos de vida saudáveis.
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Por que obesidade aumenta o risco de doenças cardiovasculares?
Além dos problemas trazidos pela obesidade para a saúde geral, existem também os riscos específicos para a saúde cardiovascular, ou seja, os problemas relacionados ao coração e seus vasos.
Aqui estão algumas razões pelas quais a obesidade contribui para o aumento do risco de doenças cardiovasculares:
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Pressão alta
A obesidade está frequentemente relacionada ao aumento da resistência à insulina, que pode levar à hipertensão arterial. O excesso de tecido adiposo também aumenta a produção de substâncias inflamatórias, afetando a regulação da pressão arterial.
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Dislipidemia
Podem ocorrer também alterações nos níveis de lipídios no sangue, como aumento do colesterol total, do colesterol LDL (colesterol ruim) e dos triglicerídeos, bem como diminuição do colesterol HDL (colesterol bom). Essa combinação aumenta o risco de aterosclerose, um processo de acúmulo de placas nas artérias.
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Inflamação crônica
O tecido adiposo em excesso libera substâncias inflamatórias, como citocinas e adipocinas, que promovem a inflamação crônica. A inflamação está diretamente envolvida no desenvolvimento e na progressão das doenças cardiovasculares.
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Acúmulo de gordura visceral
A gordura visceral, que se acumula ao redor dos órgãos internos na cavidade abdominal, está fortemente associada a riscos cardiovasculares. Essa gordura libera ácidos graxos e outras substâncias que afetam negativamente o metabolismo e a função cardiovascular.
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Apneia do sono
A obesidade é um fator de risco para a apneia do sono, uma condição em que a respiração é interrompida repetidamente durante o sono. A apneia do sono está associada a hipertensão e outros problemas cardiovasculares.
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Atividade do sistema nervoso simpático aumentada
O sistema nervoso simpático, que regula a resposta de luta ou fuga, pode estar aumentado na obesidade. Isso pode levar a um aumento na frequência cardíaca, na pressão arterial e no estresse sobre o sistema cardiovascular.
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Estresse oxidativo
O estresse oxidativo, causado pelo desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade do corpo de neutralizá-los, é mais comum na obesidade. Esse estresse pode danificar as células arteriais e contribuir para a aterosclerose.
Portanto, a obesidade não apenas aumenta os fatores de risco individualmente, mas também interage de maneira complexa, criando um ambiente propício ao desenvolvimento e à progressão das doenças cardiovasculares.
Veja também: Falta de Ar: O que pode ser e como aliviar?
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Como perder peso com saúde?
Perder peso de maneira saudável e sustentável envolve a adoção de hábitos de vida equilibrados que promovam a perda de peso gradual e a manutenção a longo prazo. Aqui estão algumas sugestões:
✅ Consulte um profissional de saúde: Antes de iniciar qualquer programa de perda de peso, é fundamental consultar um médico (como cardiologista ou endocrinologista). Eles podem avaliar sua saúde geral, identificar quaisquer condições médicas subjacentes e fornecer orientações personalizadas.
✅ Estabeleça metas realistas: Defina metas de perda de peso realistas e alcançáveis.
✅ Adote uma dieta equilibrada: Priorize uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais, proteínas magras, grãos integrais e gorduras saudáveis. Evite dietas extremas ou restritivas, pois podem ser difíceis de manter a longo prazo.
✅ Controle as porções: Esteja atento ao tamanho das porções para evitar o consumo excessivo de calorias. Use pratos menores, mastigue devagar e preste atenção aos sinais de saciedade.
✅ Aumente a atividade física: Incremente gradualmente a atividade física. Inclua exercícios aeróbicos, como caminhadas, ciclismo ou natação, e atividades de fortalecimento muscular. O objetivo é atingir pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana.
✅ Mantenha-se hidratado: Beba água regularmente ao longo do dia. Às vezes, a sensação de sede pode ser confundida com fome.
✅ Tenha um sono adequado: O sono adequado é crucial para a saúde e pode influenciar o peso. Estabeleça uma rotina de sono consistente e procure dormir de 7 a 9 horas por noite.
✅ Cuidado com certos alimentos: Reduza a ingestão de alimentos processados, fast food e alimentos ricos em açúcares adicionados. Opte por escolhas alimentares mais naturais e integrais.
✅ Registre alimentos e atividades: Manter um diário alimentar pode ajudar a aumentar a consciência sobre hábitos alimentares e a identificar áreas para melhoria. Anotar as atividades físicas também é útil. Hoje em dia, inclusive, existem diversos aplicativos de celular que ajudam a fazer isso.
✅ Busque apoio social: Compartilhe seus objetivos com amigos, familiares ou participe de grupos de apoio. O suporte social pode desempenhar um papel significativo na motivação e no sucesso a longo prazo.
✅ Seja paciente consigo mesmo: A perda de peso sustentável leva tempo. Seja paciente, celebre pequenas conquistas e concentre-se no progresso ao longo do tempo.
Lembre-se de que a chave para a perda de peso bem-sucedida é adotar mudanças realistas e sustentáveis no estilo de vida, em vez de depender de soluções rápidas. Um profissional de saúde – como cardiologista, endocrinologista e nutricionista – pode fornecer orientações personalizadas com base em suas necessidades e circunstâncias individuais.
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