Se você (ou alguém próximo) tem a indicação de receber um marcapasso, é comum a apreensão, já que se trata de um procedimento invasivo, usado geralmente em condições cardíacas mais sérias.
Mas com as tecnologias disponíveis atualmente, esse aparelho se tornou um recurso bastante confiável e seguro.
Neste conteúdo a gente vai te explicar o que é um marcapasso, como ele funciona, para que ele serve (de verdade) e em quais situações ele costuma ser indicado pelos cardiologistas.
Boa leitura!
Marcapasso: o que é e como funciona?
Um marcapasso é um dispositivo médico cardiológico, implantando – por meio de procedimento cirúrgico – em pacientes com problemas relacionados ao ritmo cardíaco (arritmias), o que coloca em risco essas pessoas.
Esse aparelho foi inventado no final dos anos de 1950, na Suécia, pelo engenheiro Rune Elmqvist, por encomenda do cirurgião Ake Senning, e ficou conhecido como o inventor do marcapasso. A primeira versão tinha quase 8 cm, enquanto os aparelhos de hoje são do tamanho de uma moeda e, obviamente, muito mais tecnológicos.
Como funciona o marcapasso?
Para entender seu funcionamento, é importante que ele é composto por várias partes essenciais, como:
- Gerador de pulso: este é o “cérebro” do marcapasso, uma pequena caixa de metal, que contém um circuito eletrônico e uma bateria. A bateria fornece a energia necessária para operar o marcapasso e enviar pulsos elétricos ao coração.
- Eletrodos: são fios flexíveis, que se conectam ao gerador de pulso e são inseridos no coração. Os eletrodos são responsáveis por transmitir os impulsos elétricos do marcapasso para o coração e também por monitorar a atividade elétrica do coração.
- Sistema de detecção: o marcapasso possui sensores que monitoram constantemente a atividade elétrica do coração. Se o ritmo cardíaco se tornar muito lento, muito rápido ou irregular, o marcapasso é acionado para corrigir a arritmia.
E para que serve o marcapasso?
O dispositivo monitora a atividade elétrica do coração em tempo real, por meio dos eletrodos. Se o ritmo cardíaco natural do paciente se torna anormal, o marcapasso envia impulsos elétricos ao coração através dos eletrodos. Esses impulsos elétricos estimulam o músculo cardíaco a contrair, restaurando assim um ritmo cardíaco normal.
Os marcapassos podem de dois tipos, que são escolhidos a depender da condição do paciente:
- Marcapassos temporários: são usados em situações agudas, como após uma cirurgia cardíaca.
- Marcapassos permanentes: são implantados cirurgicamente no peito e são destinados a pacientes que precisam de estimulação cardíaca constante.
Os marcapassos são dispositivos vitais para muitas pessoas com arritmias cardíacas, permitindo-lhes levar uma vida mais saudável e ativa, mantendo um ritmo cardíaco adequado para suas necessidades físicas e emocionais.
Veja também – Batimentos cardíacos: por que é importante medir regularmente?
Quando o marcapasso é indicado?
O uso de um marcapasso é indicado em diversas situações em que ocorrem distúrbios do ritmo cardíaco, também conhecidos como arritmias. Abaixo estão algumas das situações em que o uso de um marcapasso pode ser recomendado:
Bradicardia sintomática
Quando o coração bate muito lentamente e causa sintomas como desmaios, tonturas, fadiga extrema, falta de ar e fraqueza. Isso pode ocorrer devido ao envelhecimento, danos no sistema de condução elétrica do coração, cardiopatias (doenças cardíacas) ou efeitos colaterais de medicamentos.
Bloqueio cardíaco
Um bloqueio cardíaco ocorre quando os impulsos elétricos do coração são bloqueados ou atrasados ao passar pela via elétrica normal. Dependendo do grau de bloqueio, o marcapasso pode ser necessário para garantir a condução adequada dos impulsos elétricos.
Síndrome do nó sinusal doente
Isso ocorre quando o nó sinusal – o “marcapasso natural” do coração – não funciona adequadamente, levando a ritmos cardíacos irregulares e sintomas como desmaios e palpitações.
Fibrilação atrial com bradicardia
Alguns pacientes com fibrilação atrial (um ritmo cardíaco irregular) também podem ter bradicardia (batidas lentas) ao mesmo tempo, o que requer um marcapasso para manter um ritmo cardíaco estável.
Taquicardia ventricular assintomática
Em alguns casos, após o tratamento de taquicardia ventricular com medicamentos ou procedimentos, um marcapasso pode ser necessário para controlar a bradicardia que pode ocorrer como resultado do tratamento.
Após cirurgias cardíacas
Em pacientes que passaram por cirurgia cardíaca, como cirurgia de substituição da válvula aórtica ou cirurgia de revascularização do miocárdio, o marcapasso temporário pode ser usado durante o período pós-operatório para garantir que o coração mantenha um ritmo regular.
Doença do nó atrioventricular
Algumas condições podem afetar o nó atrioventricular, estrutura que coordena a transmissão de impulsos elétricos entre as câmaras superiores (átrios) e inferiores (ventrículos) do coração. Nestes casos, um marcapasso pode ser implantado.
Doença do seio coronariano (sick sinus syndrome)
Isso envolve uma variedade de problemas de ritmo cardíaco e sintomas, como pausas no coração ou ritmo cardíaco muito lento.
Rejeição de transplante cardíaco
Pacientes que passaram por transplante cardíaco podem precisar de um marcapasso temporário ou permanente para controlar os ritmos cardíacos após a cirurgia.
É importante ressaltar que a decisão de implantar um marcapasso é feita com base na avaliação do médico cardiologista, levando em consideração a gravidade dos sintomas, a causa da arritmia e outros fatores individuais do paciente. Cada caso é único, e o tratamento é personalizado, de acordo com as necessidades do paciente.
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Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que é um marcapasso, para que ele serve e quais as situações em que esse procedimento costuma ser indicado.
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