As doenças cardiovasculares são hoje a principal causa de mortes no mundo, tirando mais vidas que o câncer e os acidentes de trânsito.
No caso específico das mulheres, existem fatores que fazem com que elas corram ainda mais risco que os homens, como questões hormonais e hábitos de vida.
Logo abaixo, vamos te mostrar quais riscos são esses, por que elas correm mais perigo e o que fazer para se proteger.
Acompanhe!
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As mulheres estão em risco
A rotina de trabalho e os cuidados com a família muitas vezes colocam as mulheres em uma posição de grande estresse, e isso pode ter um impacto significativo em sua saúde cardiovascular. A exigência por equilibrar as demandas profissionais e as responsabilidades familiares pode levar a hábitos pouco saudáveis, como uma dieta inadequada e falta de atividade física regular.
A falta de tempo para o autocuidado muitas vezes resulta em escolhas alimentares rápidas e convenientes, que tendem a ser ricas em gorduras saturadas, açúcares refinados e sódio, contribuindo para a obesidade. Esse aumento alarmante da obesidade entre as mulheres é particularmente preocupante, já que é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Além disso, muitas mulheres recorrem ao tabagismo como uma forma de lidar com o estresse, o que aumenta ainda mais o risco de doenças cardiovasculares. É importante destacar que o risco associado ao tabagismo é ainda maior para as mulheres do que para os homens; estudos mostram que as mulheres fumantes têm um aumento de 25% no risco de doença cardiovascular em comparação com homens fumantes.
Portanto, compreender os desafios específicos enfrentados pelas mulheres em suas vidas diárias e os impactos desses desafios em sua saúde cardiovascular é crucial para promover estratégias eficazes de prevenção e intervenção.
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Fatores de risco específicos para mulheres
Certas características fisiológicas das mulheres as tornam mais suscetíveis a problemas cardiovasculares, especialmente em certos estágios da vida. Aqui estão algumas dessas características:
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Questões hormonais
Após a menopausa, os níveis de estrogênio diminuem significativamente nas mulheres. O estrogênio tem efeitos protetores sobre o sistema cardiovascular, incluindo a capacidade de dilatar os vasos sanguíneos e reduzir a inflamação. Com a diminuição dos níveis de estrogênio após a menopausa, as mulheres se tornam mais suscetíveis a desenvolver doenças cardiovasculares.
Além disso, alguns estudos sugeriram que a terapia hormonal pós-menopausa pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares em algumas mulheres, embora a questão ainda seja controversa e objeto de debate entre os especialistas. Isso não quer dizer que as mulheres devam evitar essa opção, mas apenas que isso deve ser conversado com o médico-assistente de forma cuidadosa.
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Mulheres fumantes
As mulheres que fumam têm um risco aumentado de doença cardiovascular, em comparação com homens fumantes. Estudos mostraram que o tabagismo pode aumentar o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral em mulheres em uma proporção maior do que em homens. Além disso, o tabagismo em mulheres está associado a complicações adicionais, como doença arterial coronariana microvascular, que afeta pequenos vasos sanguíneos do coração.
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Contraceptivos orais e tabagismo
O uso de contraceptivos orais combinados (aqueles que contêm estrogênio e progesterona) em mulheres fumantes aumenta ainda mais o risco de complicações cardiovasculares, como coágulos sanguíneos, ataques cardíacos e derrames. Novamente, isso não significa contraindicar terminantemente o uso, mas avaliar os riscos específicos de cada mulher e se não há opções mais seguras.
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Síndrome metabólica e resistência à insulina
Por conta de características físicas, hormonais e hábitos do dia a dia (como vimos no primeiro tópico deste artigo), as mulheres têm uma tendência crescente a desenvolver síndrome metabólica, que é um conjunto de fatores de risco metabólicos, incluindo obesidade abdominal, hipertensão, níveis elevados de triglicerídeos, baixos níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL) e resistência à insulina. Esses fatores aumentam o risco de doença cardiovascular nas mulheres.
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Estresse psicossocial
As mulheres tendem a enfrentar uma série de fatores de estresse psicossocial, como múltiplas responsabilidades de trabalho e familiares, discriminação de gênero e desigualdades no ambiente de trabalho.
O estresse crônico pode ter um impacto negativo na saúde cardiovascular das mulheres, aumentando o risco de hipertensão, aterosclerose e outros problemas cardiovasculares.
Portanto, é importante que as mulheres estejam cientes dessas características fisiológicas e fatores de risco específicos e adotem medidas preventivas adequadas, como adoção de um estilo de vida saudável, cessação do tabagismo, gerenciamento do estresse e monitoramento regular da saúde cardiovascular.
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Quais cuidados as mulheres devem ter
Certos cuidados específicos podem ajudar as mulheres a reduzir os riscos de problemas cardiovasculares. Aqui estão algumas recomendações:
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Exames de rotina e check-ups regulares
Faça visitas regulares ao médico para exames de saúde cardiovascular, incluindo medição da pressão arterial, níveis de colesterol e açúcar no sangue. Isso pode ajudar a detectar precocemente quaisquer problemas e tomar medidas preventivas.
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Mantenha um estilo de vida saudável
Adote hábitos alimentares saudáveis, incluindo uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Evite alimentos processados, gorduras saturadas e açúcares adicionados. Além disso, pratique exercícios regularmente e mantenha um peso saudável.
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Gerencie o estresse
Encontre maneiras saudáveis de lidar com o estresse, como meditação, yoga, exercícios de respiração profunda ou hobbies relaxantes. O estresse crônico pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares, portanto, é importante encontrar maneiras eficazes de reduzi-lo.
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Não fume e evite a exposição ao fumo passivo
O tabagismo é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, por isso é crucial não fumar. Além disso, evite ambientes onde haja fumo passivo, pois isso também pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares.
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Limite o consumo de álcool
Se optar por consumir álcool, faça-o com moderação. O consumo excessivo de álcool pode aumentar a pressão arterial e os níveis de triglicerídeos, além de contribuir para a obesidade, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
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Controle os fatores de risco
Se você tiver condições de saúde que aumentam o risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão, diabetes ou colesterol alto, siga o plano de tratamento prescrito pelo seu médico e tome os medicamentos conforme indicado.
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Conheça seus números
Esteja ciente dos seus números de saúde, incluindo pressão arterial, níveis de colesterol, açúcar no sangue e índice de massa corporal (IMC). Mantenha registros desses números e compartilhe-os com seu médico regularmente.
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Conheça seus sinais de alerta
Familiarize-se com os sinais e sintomas de problemas cardiovasculares nas mulheres e saiba quando procurar ajuda médica. Não ignore sintomas incomuns, mesmo que sejam sutis, e sempre busque avaliação médica se tiver dúvidas ou preocupações.
Ao adotar esses cuidados específicos, as mulheres podem reduzir significativamente o risco de desenvolver problemas cardiovasculares e manter uma boa saúde cardiovascular ao longo da vida.
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