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O derrame, também conhecido como AVC (acidente vascular cerebral), é uma emergência médica que atinge milhares de brasileiros todos os anos. Como segunda principal causa de morte no país, compreender o que pode causar um derrame é fundamental para a prevenção e pode literalmente salvar vidas.

AVC e derrame: qual a diferença?

Uma das perguntas mais comuns é: “qual a diferença entre um AVC e um derrame?” A resposta é simples: não há diferença! AVC e derrame se referem à mesma condição médica.

O termo “acidente vascular cerebral” é o nome técnico usado pelos médicos, enquanto “derrame” é a forma popular de chamar a doença. O nome “derrame” surgiu porque, em um dos tipos de AVC, há literalmente um derramamento de sangue no cérebro.

Ambos os termos descrevem a mesma situação: quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido, seja por obstrução (AVC isquêmico) ou por rompimento de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico). Conheça cada um:

✅ AVC isquêmico: Representa cerca de 85% de todos os casos de derrame. Acontece quando uma artéria que leva sangue ao cérebro fica obstruída por um coágulo ou por placas de gordura (aterosclerose). Sem o fornecimento adequado de oxigênio e nutrientes, as células cerebrais começam a morrer rapidamente.

AVC hemorrágico: Ocorre em aproximadamente 15% dos casos, quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento. Este tipo é geralmente mais grave e tem maior taxa de mortalidade, mas também é menos comum.

Principais fatores que podem causar um derrame

1. Hipertensão arterial

A pressão alta é o fator de risco mais importante para o derrame. O que leva a ter um derrame na maioria dos casos é justamente a hipertensão descontrolada. Quando a pressão arterial permanece elevada por longos períodos, ela danifica as paredes dos vasos sanguíneos, facilitando tanto o entupimento quanto o rompimento.

2. Diabetes

O diabetes descontrolado acelera o processo de aterosclerose, facilitando a formação de placas nas artérias cerebrais. Além disso, níveis elevados de glicose no sangue podem tornar o sangue mais espesso, aumentando o risco de formação de coágulos.

3. Problemas cardíacos e arritmias

Várias condições do coração podem causar derrame, especialmente:

Fibrilação atrial: Esta arritmia faz com que o coração bata de forma irregular, permitindo que o sangue se acumule e forme coágulos. Esses coágulos podem viajar até o cérebro e causar um derrame.

Insuficiência cardíaca: Quando o coração não bombeia sangue adequadamente, aumenta o risco de formação de coágulos.

Doença das válvulas cardíacas: Válvulas defeituosas podem facilitar a formação de coágulos que migram para o cérebro.

4. Colesterol elevado e aterosclerose

O excesso de colesterol no sangue leva à formação de placas nas artérias, que vão ficando cada vez mais estreitas. Essas placas podem se romper e formar coágulos, ou simplesmente bloquear completamente o vaso sanguíneo.

5. Fumar

Fumar aumenta o risco de derrame de várias maneiras. A nicotina e outras substâncias do cigarro danificam os vasos sanguíneos, aumentam a pressão arterial, aceleram a formação de coágulos e reduzem o oxigênio no sangue.

6. Sedentarismo e obesidade

A falta de atividade física contribui para o desenvolvimento de hipertensão, diabetes, colesterol alto e obesidade; todos fatores de risco para derrame. O excesso de peso, especialmente na região abdominal, está diretamente relacionado ao aumento do risco cardiovascular.

O que provoca AVC em jovens?

Embora o derrame seja mais comum em pessoas mais velhas, o que provoca AVC em jovens tem características específicas que merecem atenção especial:

Causas mais comuns em jovens

Uso de drogas ilícitas: Cocaína, crack e anfetaminas podem causar picos extremos de pressão arterial e espasmos nos vasos cerebrais.

Anticoncepcionais hormonais: Especialmente em mulheres fumantes, podem aumentar o risco de formação de coágulos.

Doenças autoimunes: Condições como lúpus podem afetar os vasos sanguíneos cerebrais.

Defeitos cardíacos congênitos: Problemas no coração presentes desde o nascimento podem facilitar a formação de coágulos.

Dissecção arterial: Lesão nas artérias do pescoço, muitas vezes após trauma ou exercício intenso.

Uso de esteroides anabolizantes

O uso de esteroides anabolizantes, mesmo por pessoas jovens e aparentemente saudáveis, aumenta significativamente o risco de derrame. Essas substâncias provocam alterações graves no sistema cardiovascular, incluindo aumento da pressão arterial, mudanças no colesterol (redução do HDL “bom” e aumento do LDL “ruim”), espessamento das paredes do coração e aumento da tendência à formação de coágulos sanguíneos. 

👉 Saiba mais – Anabolizantes: consequências e riscos para a saúde do coração

Os 7 principais sinais do derrame

Reconhecer rapidamente os sinais do derrame pode fazer a diferença entre a vida e a morte, ou entre uma recuperação completa e sequelas permanentes. Aqui estão os principais sinais de alerta:

Fraqueza ou paralisia súbita: Perda repentina de força em um lado do corpo, afetando braço, perna ou ambos. A pessoa pode não conseguir levantar o braço ou sustentar o próprio peso.

Alterações na fala: Dificuldade para falar, fala arrastada, palavras confusas ou incompreensíveis. A pessoa pode entender o que quer dizer, mas não consegue formar as palavras corretamente.

Paralisia facial: Um lado do rosto fica caído ou paralisado. Ao sorrir, a boca fica torta ou assimétrica.

Perda de visão súbita: Perda parcial ou total da visão em um ou ambos os olhos, visão dupla ou campo de visão reduzido.

Dor de cabeça intensa e súbita: Dor de cabeça muito forte, diferente de qualquer dor já sentida antes, especialmente se acompanhada de outros sintomas.

Perda de equilíbrio: Tontura súbita, perda de coordenação, dificuldade para caminhar ou quedas inexplicáveis.

Confusão mental: Dificuldade para compreender o que está acontecendo, confusão, desorientação ou alterações no nível de consciência.

Teste rápido: regra do SAMU

Para memorizar facilmente, use a regra do SAMU:

Sorriso (assimétrico)

Abraços (fraqueza de um lado)

Mensagem (dificuldade na fala)

Urgente (chame ajuda imediatamente)

Como a cardiologia pode ajudar na prevenção?

Muitas pessoas não sabem que o(a) cardiologista tem papel fundamental na prevenção do derrame. Na Clínica Átrios, nossos especialistas estão preparados para identificar e tratar os fatores de risco cardiovasculares que podem levar ao AVC.

Um(a) cardiologista pode detectar problemas cardíacos que aumentam o risco de derrame, como arritmias, problemas nas válvulas cardíacas ou insuficiência cardíaca. O diagnóstico precoce permite tratamento adequado e redução significativa do risco.

Além disso, alguns exames da cardiologia podem trazer importantes sinais e alerta para um risco aumentado de derrame, como o eletrocardiograma (ECG), o Holter 24 horas, o ecocardiograma e a própria medição da pressão arterial.

Não espere até ser tarde demais. A prevenção do derrame começa com conhecimento, continua com mudanças no estilo de vida e se fortalece com acompanhamento médico adequado.

Se você está no Distrito Federal ou Entorno, clique no link abaixo e venha cuidar da sua saúde (e a da sua família) conosco!

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