O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma condição grave, que ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do cérebro é interrompido.
Essa interrupção pode causar sequelas permanentes ou até levar à morte, dependendo da gravidade e da rapidez no atendimento. A boa notícia é que, na maioria dos casos, o AVC pode ser prevenido.
Neste artigo, você vai entender o que é o AVC, quais são suas causas e fatores de risco, como identificar os sintomas e quais exames ajudam a prevenir e investigar a doença.
O que é o acidente vascular cerebral?

O AVC acontece quando há um problema na circulação do sangue no cérebro. Ele pode ser de dois tipos:
✅ AVC isquêmico: é o mais comum e ocorre quando um coágulo obstrui um vaso sanguíneo cerebral.
✅ AVC hemorrágico: menos comum, mas mais grave, ocorre quando há rompimento de um vaso no cérebro, causando sangramento.
Ambos os tipos interrompem o fornecimento de oxigênio às células cerebrais, provocando danos que podem ser temporários ou permanentes.
Causas e fatores de risco do AVC
Diversos fatores aumentam a probabilidade de sofrer um AVC. Os principais são:
✅ Hipertensão arterial (pressão alta): considerada o principal fator de risco, a hipertensão força os vasos sanguíneos, favorecendo seu rompimento ou obstrução.
✅ Diabetes: níveis elevados de glicose no sangue danificam os vasos sanguíneos ao longo do tempo, aumentando a chance de bloqueios e AVC isquêmico.
✅ Colesterol alto: o excesso de colesterol no sangue leva à formação de placas nas artérias (aterosclerose), o que pode dificultar ou interromper o fluxo sanguíneo cerebral.
✅ Tabagismo: o cigarro provoca inflamações e estreitamento dos vasos, além de aumentar a pressão arterial e reduzir a oxigenação do sangue.
✅ Sedentarismo e obesidade: a falta de atividade física contribui para ganho de peso, aumento do colesterol, pressão alta e resistência à insulina — todos fatores ligados ao AVC.
✅ Consumo excessivo de álcool: grandes quantidades de bebida alcoólica elevam a pressão arterial e o risco de arritmias cardíacas, além de afetarem o fígado, que participa da regulação do colesterol.
✅ Histórico familiar de AVC: quem tem parentes próximos que sofreram AVC tem maior predisposição, principalmente se associar esse fator a hábitos pouco saudáveis.
✅ Doenças cardíacas, como fibrilação atrial: esse tipo de arritmia pode formar coágulos no coração, que podem ser levados até o cérebro, obstruindo artérias cerebrais.
✅ Idade avançada: o envelhecimento naturalmente aumenta os riscos de problemas vasculares, incluindo o AVC, devido ao desgaste dos vasos e maior incidência de doenças crônicas.
AVC e derrame cerebral são a mesma coisa?
Sim. Embora o termo médico mais usado seja “acidente vascular cerebral”, a expressão “derrame cerebral” é popular e se refere à mesma condição. Ambos indicam um problema de circulação sanguínea no cérebro, com risco de sequelas e necessidade de atendimento imediato.
Sintomas de alerta: como reconhecer um AVC

O reconhecimento rápido dos sinais de AVC é essencial para buscar socorro médico com urgência. Os principais sintomas incluem:
✅ Fraqueza súbita em um lado do corpo (braço, perna ou face)
✅ Dificuldade para falar ou compreender o que as pessoas dizem
✅ Boca torta
✅ Perda de visão em um ou ambos os olhos
✅ Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação
✅ Dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente
Na presença desses sinais, o ideal é acionar o SAMU imediatamente (192).
Como prevenir um AVC
A prevenção do AVC começa com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico regular. Veja abaixo como cada ação pode ajudar:
✅ Manter a pressão arterial sob controle: a hipertensão é o principal fator de risco para o AVC. Monitorar a pressão regularmente e seguir as orientações médicas é essencial para evitar crises e proteger os vasos cerebrais.
✅ Controlar diabetes e colesterol: manter os níveis de glicose e colesterol sob controle ajuda a preservar a saúde dos vasos sanguíneos e a reduzir o risco de entupimentos ou rompimentos que causam AVC.
✅ Praticar atividade física regularmente: a prática de exercícios melhora a circulação, ajuda a controlar o peso e contribui para a redução da pressão arterial e do colesterol.
✅ Evitar o tabaco e o álcool em excesso: o cigarro e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas aumentam a pressão arterial e comprometem a saúde dos vasos, favorecendo o aparecimento de doenças cardiovasculares.
✅ Adotar uma alimentação equilibrada: uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, fibras e alimentos integrais e pobre em sal e gorduras saturadas ajuda a manter o sistema cardiovascular saudável.
✅ Fazer exames periódicos: exames de rotina permitem identificar fatores de risco antes que eles evoluam para um problema grave. Eles são fundamentais para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças associadas ao AVC.
Exames que ajudam a prevenir e investigar o AVC
Além dos exames de sangue e avaliação clínica regular, alguns exames de imagem ajudam a mapear riscos e diagnosticar alterações que podem levar ao AVC:
✅ Ecografia de carótidas (Doppler de carótidas): avalia se há placas de gordura ou estreitamentos nas artérias que levam sangue ao cérebro.
✅ Doppler transcraniano: examina a circulação cerebral e detecta alterações na velocidade do fluxo sanguíneo.
✅ Ecocardiograma: útil quando há suspeita de origem cardíaca para o AVC.
✅ Tomografia e ressonância magnética: usados em casos de suspeita de AVC agudo ou para avaliar possíveis lesões cerebrais.
O acidente vascular cerebral é uma das principais causas de morte e incapacitação no Brasil, mas pode ser prevenido com acompanhamento médico regular e exames específicos. Saber identificar os sintomas, controlar os fatores de risco e cuidar da saúde vascular é a melhor forma de se proteger.
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